China diz que
Trump faz "terrorismo econômico”, mas afirma não ter medo de Washington
Bissau, 31 mai 19 (ANG) - A China avaliou na quinta-feira (30) a guerra comercial
bilateral deflagrada pelo presidente americano, Donald Trump, baseada em
tarifas punitivas e sanções contra as companhias chinesas.
Em entrevista coletiva em Pequim, o vice-ministro chinês das
Relações Exteriores, Zhang Hanhui, disse que, acima de tudo, seu país é
contrário à guerra comercial. No entanto, “não temos medo", declarou.
"Rejeitamos completamente este recurso sistemático às
sanções comerciais, às tarifas e ao protecionismo. Esta instigação premeditada
de um conflito comercial constitui terrorismo econômico, chauvinismo econômico
e assédio econômico puro e duro", afirmou Zhang Hanhui.
"O unilateralismo e o assédio desenvolvidos afetam
gravemente as relações internacionais e seus princípios fundamentais",
alertou o representante de Pequim. "Este conflito comercial também terá um
impacto negativo importante no desenvolvimento e na retomada da economia
mundial", frisou o funcionário durante a coletiva.
Além da decisão de Washington de aumentar as tarifas de
importação sobre diversos produtos chineses, que intensificou a guerra
comercial entre China e Estados Unidos no início de maio, o governo
norte-americano também está visando a gigante chinesa das telecomunicações
Huawei, líder mundial de tecnologia 5G.
Em nome da segurança nacional, uma lei americana proíbe desde o
ano passado que órgãos federais comprem equipamentos e serviços da Huawei ou
trabalhem com afiliadas do grupo. A administração Trump também proibiu que
empresas americanas vendam componentes à empresa chinesa, o que ameaça a
sobrevivência do grupo, já que seus smartphones dependem de peças fabricadas
nos Estados Unidos.
Washington afirma que Pequim pode estar manipulando os sistemas
da Huawei para espionar outros países e interferir em comunicações cruciais, e
pede a outras nações que evitem as redes 5G do grupo chinês. ANG/RFI
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