ONU adverte que Estado Islâmico é ainda ameaça global
Bissau, 21 mai 19 (ANG) - O grupo
"jihadista" Estado Islâmico (EI) começou a reorganizar as suas
células no Iraque e permanece um perigo a nível global, em particular após se
converter numa rede clandestina, advertiu segunda-feira a ONU.
Apesar de ter perdido praticamente todo o território que
controlava nos seus bastiões no Médio Oriente, o EI permanece "a maior
ameaça terrorista internacional" e a organização que garante mais
recursos.
O alerta foi emitido por Dian Triansyah Djani, o embaixador da
Indonésia nas Nações Unidas e presidente do comité do Conselho de Segurança que
vigia as sanções impostas ao grupo "‘jihadista".
No decurso de uma apresentação perante os restantes membros do
Conselho de Segurança, explicou que prossegue a transformação do EI numa
"rede encoberta global", num processo que está mais adiantado no
Iraque que na Síria.
"No Iraque, o EI começou a organizar células a nível das
províncias e actualmente garante um saldo positivo de combatentes na Síria para
reforçar a rede emergente no Iraque", assinalou.
Segundo o comité, caso o grupo consiga o seu objectivo de
sobreviver e ressurgir nos seus bastiões no Médio Oriente, é provável que volte
a centrar-se na organização de operações no exterior.
De momento, segundo Djani, "o núcleo do EI carece da força
necessária para levar a cabo ataques internacionais coordenados".
A ONU tem advertido desde há alguns meses que o EI, apesar das
derrotas militares que sofreu na Síria e Iraque, permanece uma ameaça a nível
global.
Em paralelo, a Al-Qaida, também acompanhada pelo mesmo comité do
Conselho de Segurança, "permanece activa em muitas regiões e mantém a
ambição de projectar-se mais internacionalmente", acrescentou o embaixador
da Indonésia.
Triansyah Djani advertiu ainda sobre o risco de que a rede
fundada por Osama bin Laden possa beneficiar dos problemas do EI para se
reforçar e efectuar os seus próprios grandes ataques terroristas.
Segundo referiu, os peritos consideram ser possível que os
combatentes estrangeiros que nos últimos anos estiveram integrados no EI passem
agora para filiais da Al-Qaida nas zonas onde este grupo é dominante.ANG/Angop
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