Reunião
sobre mobilidade de pessoas na comunidade
termina em Lisboa sem acordo
Bissau, 29 mai 19 (ANG) -
Os 40 técnicos de países de lingua portuguesa que estiveram a analisar,
em Lisboa, uma proposta para a livre circulação de pessoas na comunidade , não
conseguiram fechar um acordo, mas avancaram mais em dois dias do que nos 23 anos da Cmunidade de Países da Língua
Portuguesa(CPLP).
Segundo o jornal português, O Público, há um “bom ambiente para se avançar” –
bateram-se palmas fortes no fim dos trabalhos -
mas a reunião de Lisboa não cumpriu as duas unicas tarefas expressamente atribuidas pelos
ministros da Administração Interna da
CPLP, que em Abril discutiram a proposta.
A primeira tarefa, clarificar o 2º artigo de Conceção de
Vistos de Múltiplas entradas para determinadas categorias de Pessoas.
Eurico Monteiro, embaixador de Cabo Verde em Portugal,
disse que não há objecções de fundo de nenhum
Estado-membro.
Já sobre a segunda, propor uma “estratégia comun de
segurança documental na CPLP”, antecipam-se dificuldades.
“Falta informação relevante de alguns Estados-membros sobre
o estado de segurança dos seus documentos”, reconheceu o embaixador Monteiro,
respondendo as perguntas do Público.
“Nem todos os países
remeteram à CPLP informação detalhada
sobre o estado dos seus sistemas de seguraça documental”, disse.
O projecto de mobilidade na CPLP apresentado por Cabo
Verde, que preside a Presidencia rotativa da organização, propõe um sistema “flexível e variável ao ponto de cada
país poder escolher o “tipo” e “espécie” de mobilidade que quer,
com que parceiro a vai aplicar e quando
a vai aplicar.
Segundo explicações de Monteiro: “há um país que quer
adoptar a livre circulação nos vistos de curta duração, mas não nos vistos de
residência? Nâo há problema. Só adopta na curta duração”.
O diplomata cabo-verdiano
disse que a reunião cumpriu os objectivos e que caminha para um largo cosenso, e que,
sendo um tema tão complexo, houve muitas
contribuições e propstas para enriquecer o projecto.
A próxima reunião de técnicos está marcada para 27 e 28 de Junho com funcionários dos ministérios
da Administração Interna, Justiça e Negócios Estrangeiros dos nove Estados-membros,
e espera-se que fique ultrapassado
a “segurança dos documentos”, tida como questão central do acordo, uma vez que se
denotam reservas e desconfianças entre os estados membros devido aos seus
diferentes níveis de desenvolvimento .
A livre circulação de pessoas é ,segundo o jornal português
que cita opiniões de alguns diplomatas, uma forma de aproximar os cidadãos da
instituição- CPLP.
ANG/Público
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