STJ rejeita
recurso do MADEM-G15
Bissau, 16 mai 19 (ANG) - O Supremo Tribunal de
Justiça, por via de um Acórdão, negou
provimento ao pedido de anulação de todo o acto de eleição dos novos membros da
mesa do parlamento, feito pelo partido
Madem-G15.
Vista do Supremo Tribunal de Justiça |
O deputado Soares Sambu, em nome do Madem-G15 interpôs
uma providência cautelar, depois de ter sido rejeitado na plenária o nome de
Braima Camará para o cargo de segundo vice-presidente da Assembleia Nacional
Popular, pedindo a anulação da eleição do presidente e outros membros da
direção do novo parlamento guineense, evocando vícios e irregularidades no
processo que ocorreu no dia 18 de Abril passado.
Segundo o Acórdão , 10 dos 11 juízes que compõem o Supremo Tribunal
consideram que o Madem devia era entrar com um recurso contencioso para o
plenário do Supremo ao invés de requerer a impugnação do processo da votação,
junto do plenário da Assembleia Nacional Popular.
O acórdão realça ainda que o expediente utilizado pelo
Madem, não era o adequado perante aquilo que o partido estava a solicitar ao
tribunal e mesmo o recurso contencioso deveria ter sido interposto no Supremo
48 horas após a eleição dos membros da mesa do parlamento.
O desentendimento dos deputados, que só tomaram posse
a 18 de Abril mais de um mês depois de terem sido eleitos a 10 de Março, tem
condicionado a vida política do país. Até ao momento e apesar de apelos ao
diálogo, os deputados não se entendem quanto à fórmula para a indicação de
dirigentes da mesa do Parlamento.
Depois de Cipriano Cassamá, do PAIGC, ter sido
reconduzido no cargo de presidente do Parlamento, e Nuno Nabian, da APU-PDGB
ter sido eleito primeiro vice-presidente, a maior parte dos deputados
guineenses votou contra o nome do coordenador do Madem-G15, Braima Camará, para
segundo vice-presidente do Parlamento.
O PRS reclama para si a indicação do nome do primeiro
secretário da mesa da Assembleia.
Este impasse no parlamento tem sido um dos argumentos
a justificar a falta de nomeação de um primeiro-ministro. Na semana passada, em
declarações à imprensa, o Presidente guineense, José Mário Vaz, disse que
estava a aguardar que fosse esclarecido o impasse no Parlamento para dar posse
ao novo primeiro-ministro e consequentemente ao novo Governo. ANG/RFI
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