quinta-feira, 16 de maio de 2019

Justiça


                                      STJ rejeita recurso do MADEM-G15
Bissau, 16 mai 19 (ANG) - O Supremo Tribunal de Justiça, por via de um Acórdão,  negou provimento ao pedido de anulação de todo o acto de eleição dos novos membros da mesa do parlamento, feito pelo  partido Madem-G15.
Vista do Supremo Tribunal de Justiça
O deputado Soares Sambu, em nome do Madem-G15 interpôs uma providência cautelar, depois de ter sido rejeitado na plenária o nome de Braima Camará para o cargo de segundo vice-presidente da Assembleia Nacional Popular, pedindo a anulação da eleição do presidente e outros membros da direção do novo parlamento guineense, evocando vícios e irregularidades no processo que ocorreu no dia 18 de Abril passado.
Segundo o Acórdão , 10  dos 11 juízes que compõem o Supremo Tribunal consideram que o Madem devia era entrar com um recurso contencioso para o plenário do Supremo ao invés de requerer a impugnação do processo da votação, junto do plenário da Assembleia Nacional Popular.
O acórdão realça ainda que o expediente utilizado pelo Madem, não era o adequado perante aquilo que o partido estava a solicitar ao tribunal e mesmo o recurso contencioso deveria ter sido interposto no Supremo 48 horas após a eleição dos membros da mesa do parlamento.
O desentendimento dos deputados, que só tomaram posse a 18 de Abril mais de um mês depois de terem sido eleitos a 10 de Março, tem condicionado a vida política do país. Até ao momento e apesar de apelos ao diálogo, os deputados não se entendem quanto à fórmula para a indicação de dirigentes da mesa do Parlamento.
Depois de Cipriano Cassamá, do PAIGC, ter sido reconduzido no cargo de presidente do Parlamento, e Nuno Nabian, da APU-PDGB ter sido eleito primeiro vice-presidente, a maior parte dos deputados guineenses votou contra o nome do coordenador do Madem-G15, Braima Camará, para segundo vice-presidente do Parlamento.
O PRS reclama para si a indicação do nome do primeiro secretário da mesa da Assembleia.
Este impasse no parlamento tem sido um dos argumentos a justificar a falta de nomeação de um primeiro-ministro. Na semana passada, em declarações à imprensa, o Presidente guineense, José Mário Vaz, disse que estava a aguardar que fosse esclarecido o impasse no Parlamento para dar posse ao novo primeiro-ministro e consequentemente ao novo Governo. ANG/RFI


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