quarta-feira, 29 de maio de 2019

UE


Dinamarquesa Margrethe é a mais cotada para assumir liderança
Bissau, 29 mai 19 (ANG) - A comissária europeia para a Concorrência, a dinamarquesa Margrethe Vestager é talvez a candidata mais forte para ser o novo rosto do executivo de Bruxelas. Vestager, que tem o apoio de Macron, é conhecida pelas  multas milionárias que aplicou contra as  gigantes como Apple e Google.
A dinamarquesa é uma das cabeças-de-lista do Grupo Aliança dos Democratas e Liberais pela Europa (Alde), que saiu reforçado no pleito de domingo (26). Se vencer a disputa, uma de suas promessas é formar uma equipe com maior paridade entre homens e mulheres, além de garantir destaque na agenda ao combate às mudanças climáticas.
Outro nome de peso na corrida é o do  social-democrata o holandês, Frans Timmermans, actual vice-presiente da Comissão Europeia.. Uma das ambições dele é a criação de um salário mínimo em todos os Estados membros da UE que seria cerca de 60% do salário médio.
Apesar da vitória na Holanda, Timmermans, que é “spitzenkandidat” (cabeça de lista) do grupo Socialistas e Democratas (S&D), reconheceu a perda de peso de sua bancada nas eleições europeias.
Outra opção é a escolha de um candidato não oficial, como o francês Michel Barnier, negociador chefe da UE para o Brexit, que não é um “spitzenkandidat”, mas tem muito apoio entre os líderes do bloco.
O sistema Spitzenkandifaten é  uma forma controversa para escolher o nome de quem vai ocupar o cargo de presidente da Comissão Europeia.
A partir deste princípio, os grupos políticos do Parlamento Europeu apontam candidatos – os “spitzenkandidaten” – para disputar a liderança do executivo de Bruxelas.
O sistema foi usado pela primeira vez em 2014 quando Jean-Claude Juncker foi nomeado para o posto mais estratégico da União Europeia. No entanto, os resultados das recentes eleições mudaram a composição do Parlamento Europeu, que está mais fragmentado, com o avanço dos verdes, liberais e populistas de direita e a perda de poder dos partidos majoritários.
Em resumo, nenhum grupo político é forte o suficiente para impor seu candidato. Além disso, Macron é um ferrenho opositor deste mecanismo.
Além de preparar as propostas de legislação da UE, a Comissão Europeia é responsável pela supervisão dos orçamentos em todos os países do bloco e vela pelo respeito dos tratados.
Para completar a sucessão dos altos cargos da União Europeia, os líderes do bloco terão que indicar nomes para as presidências do Conselho Europeu, atualmente ocupada por Donald Tusk, do Parlamento Europeu, do Banco Central Europeu, além da escolha do Alto Representante para a Política Externa da UE.
Tusk adiantou que haverá ao menos duas mulheres nos quatro cargos mais cobiçados da União Europeia.
As indicações deverão ser anunciadas na próxima reunião de Cúpula da UE, nos dias 20 e 21 de junho. ANG/RFI

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