Oito países da UE pedem acção
imediata contra aquecimento global
Bissau, 8 mai 19 (ANG) – Oito países da
União Europeia, Portugal incluído, lançaram terça-feira um apelo no âmbito da
cimeira europeia de Sibiu, na Roménia, para se “agir agora” contra o
aquecimento global.
“Devido à sua importância fundamental
para o futuro da Europa, como desafio e como oportunidade, a luta contra as
alterações climáticas deve ser a pedra angular da agenda estratégica europeia
para o período 2019-2024”, diz o texto, assinado, além de Portugal, pela
Bélgica, Dinamarca, Espanha, França, Luxemburgo, Holanda e Suécia.
O texto foi enviado a todos os Estados
membros, com a esperança de que “outros o assinem antes ou depois de Sibiu”,
segundo uma informação divulgada pelo Governo francês.
A iniciativa, segundo a presidência
francesa, partiu dos países “mais ambiciosos em matéria climática”, numa altura
em que os dirigentes europeus devem discutir em Sibiu a agenda europeia para os
próximos cinco anos.
“Os dirigentes devem agir agora” para
que “a transição para uma sociedade climaticamente neutra” seja “justa e
socialmente equilibrada para todos”, diz o documento.
Nele apela-se também à União Europeia
para que respeite o objectivo de atingir a neutralidade de emissões de gases
com efeito de estufa até 2050 o mais tardar.
“É crucial redireccionar os fluxos
financeiros, públicos e privados, para a acção climática”, com “pelo menos 25%
das despesas” do orçamento europeu consagradas “a projectos destinados a lutar
contra as alterações climáticas”, segundo o texto, no qual se precisa que esse
orçamento “não deve financiar mais projectos prejudiciais à realização deste
objectivo” de redução de gases com efeito de estufa.
O documento apela ainda “à transformação
do BEI” (Banco Europeu de Investimentos), para tornar “o investimento verde na
sua prioridade”.
A dois dias da cimeira informal de
líderes da União Europeia em Sibiu dezenas de organizações de vários sectores
de países da Europa exigiram hoje a tomada de medidas decisivas para responder
às alterações climáticas.
No propósito juntaram-se cidades e
regiões, empresas, grupos juvenis e religiosos, organizações da sociedade
civil, organizações de direitos humanos, de desporto e de saúde, todos exigindo
que os líderes europeus alterem a maneira como as sociedades e economias se
desenvolvem, para limitar o aumento da temperatura global.
Os signatários exigem que os líderes da
União Europeia, actuais e futuramente eleitos, respondam à mobilização pública,
comprometendo-se publicamente a tornar a acção climática uma prioridade.
Acelerar as acções para reduzir as
emissões de gases com efeito de estufa até 2030, planear o fim do uso de
combustíveis fósseis e aumentar os esforços para implantar uma economia
circular são algumas das exigências dos subscritores. ANG/Inforpress/Lusa
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