Líder religioso pede autoridades políticas
para trabalharem para o bem do país
Bissau,07 Mai 19 (ANG) - O chefe religioso
guineense, residente no Senegal, exortou , segunda-feira, as autoridades
nacionais da Guiné-Bissau no sentido de esquecerem dos seus problemas pessoais
e trabalharem para o bem do país, proporcionando a população um clima de estabilidade e de paz como outros
países do mundo.
Sherif
Mohamed Aidara fez esta chamada de atenção à saída do encontro com a direcção
superior do Partido da Renovação Social (PRS), realizado na sua sede em Bissau.
Na
ocasião, Mohamed Aidara disse que em qualquer conflito há sempre um culpado,
porque não é possível responsabilizar toda gente, por isso é preciso cultivar
diálogo como arma para ultrapassar as diferenças, perdoar-se uns aos outros e
aceitar o próximo com todas as suas diferenças.
“Foi essa
mensagem que transmitimos aos dirigentes do Partido da Renovação Social, do
Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde, do Movimento para
Alternância Democrática (MADEM-15) e outros partidos com quais mantivemos ainda
contatos “, explicou.
Disse que
pediu aos responsáveis dos referidos partidos para que esqueçam os seus
problemas pessoais e pensem no povo guineense que já está cansado de ver o
futuro do país a ser adiado cada dia com constantes crises políticas e
institucionais, que não ajudam em nada.
Este
líder religioso considera de “uma autêntica vergonha” o facto de o país estar
frequentemente a recorrer às delegações das organizações sub-regionais para
ajudar na resolução dos problemas que os próprios filhos da Guiné-Bissau podem
resolver internamente.
“Não
devemos continuar a permitir essa situação no país. Nos outros países quando há
um desentendimento os mais velhos são obrigados a intervirem para aconselhar e
reconciliar as partes desavindas. Decidimos por iniciativa própria sair do
Senegal para pedir atores nacionais para se perdoarem para o bem da nação
guineense. Somos Sherifs descendentes do profeta e temos a obrigação de
trabalhar para o bem-estar’’, destacou.
A nova
crise política e parlamentar deve-se a composição da Mesa de Assembleia
Nacional Popular, sobretudo com a reprovação da candidatura do coordenador do
Movimento para a Alternância Democrática (MADEM-G 15), Braima Camará ao cargo
de segundo vice-presidente do parlamento.
Outro
estrangulamento tem a ver com o preenchimento do posto de primeiro Secretário
da Mesa da ANP, que os renovadores (PRS) reclamam ter direito.
Sherif
disse ter recebido garantias dos dirigentes dos renovadores em como irão
considerar os conselhos dos mais velhos e trabalhar para o bem da nação
guineense.ANG/ÂC//SG
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