quarta-feira, 12 de junho de 2019

Brasil


          Moro vai ao Senado  depor sobre troca de mensagens polémicas

Bissau, 12 jun 19 (ANG) -  O ministro da Justiça brasileiro, Sérgio Moro, vai na próxima quarta-feira, dia 19, à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado depor sobre a troca de mensagens que coloca em causa a imparcialidade da operação Lava Jato.
A decisão foi anunciada na terça-feira pelo presidente do Senado, David Alcolumbre, durante uma sessão do Congresso, após ter recebido um comunicado do líder do Governo no Senado, Fernando Bezerra.
O documento, partilhado por Alcolumbre no seu Twitter, afirma que Moro se colocava à disposição do Senado para ser ouvido pela CCJ.
Sergio Moro, ex-juiz e actual responsável pela pasta da Justiça no Governo liderado por Jair Bolsonaro, foi citado no domingo numa série de reportagens sobre a operação Lava Jato do ‘site’ The Intercept.
Segundo o Intercept, conversas privadas revelam que o ex-juiz Sergio Moro sugeriu ao procurador e responsável pelas investigações da Lava Jato, Deltan Dallagnol, que alterasse a ordem das fases da operação, deu conselhos, indicou caminhos de investigação e deu orientações, isto é, teria ajudado a acusação, o que viola a legislação brasileira.
Moro, ministro da Justiça e Segurança Pública, ganhou notoriedade como juiz da operação Lava Jato, por condenar empresários, funcionários públicos e políticos de renome como o ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A acusação contra Lula da Silva, condenado por Moro a nove anos e seis meses de prisão num caso sobre um apartamento de luxo no Guarujá, São Paulo, supostamente recebido como suborno da construtora OAS, foi citada pelas reportagens do Intercept.
Segundo aquele portal de investigação, as mensagens indicam que os próprios procuradores da Lava Jato tinham sérias dúvidas sobre a qualidade das provas contra o ex-Presidente Lula da Silva neste processo.
Procuradores e o próprio Sérgio Moro negaram na segunda-feira a existência de irregularidades no conteúdo divulgado. Contudo, a Ordem dos Advogados do Brasil sugeriu o afastamento do actual ministro da Justiça e dos procuradores envolvidos naquele que consideram ser um caso que “ameaça os alicerces do Estado democrático de direito”.
“Este quadro recomenda que os envolvidos peçam afastamento dos cargos públicos que ocupam, especialmente para que as investigações corram sem qualquer suspeita”, considerou a Ordem dos Advogados.ANG/Inforpress/Lusa



terça-feira, 11 de junho de 2019

ANP


Sessão suspensa após ameaça de invasão da mesa por parte de deputados do PRS e Madem-G15 

Bissau,11 Jun 19(ANG) – O Presidente da Assembleia Nacional Popular(ANP) Cipriano Cassama mandou suspender a primeira Sessão Ordinária da X Legislatura hoje aberta devido as ameaças dos deputados aliados do Movimento para Alternância Democrática(MADEM G15) e do Partido da Renovação Social(PRS) de assaltar a mesa do parlamento.
Imagem do momento da invasão da mesa da ANP

As divergências começaram logo depois do anúncio da Ordem do Dia por parte da segunda secretária da ANP, Gabriela Fernandes.

No entendimento dos deputados do MADEM G15 e do PRS os pontos agendados não deviam ser discutidos nessa Sessão.

Afirmaram que apenas deviam ser agendados os  pontos que têm a ver com a eleição do 2º Vice Presidente da ANP, e do  1º Secretário da Mesa da ANP, que entretanto havia sido eleito na sessão anterior, em que os referidos deputados abandonaram a sala de reuniões.

O deputado do Partido da Renovação Social(PRS) Sola Nanquilin pediu de imediato aos colegas da sua formação política e do MADEM G15 para se invadir a mesa da ANP e em resultado o Presidente do parlamento mandou, de imediato, suspender a sessão.

A primeira sessão ordinária da X Legislatura que hoje inicia deveria decorrer até dia 22 de Julho próximo e nela serão discutidos, entre outros assuntos, a votação do Projecto Lei dos Oficiais de Justiça, da Lei Orgânica das Secretárias Judiciais e Privativas do Ministério Público, proposta do Estatuto Remuneratório da Polícia Judiciária, eleição do 2º Vice Presidente da Assembleia Nacional Popular, a proposta da Renovação do Mandato da Comissão Organizadora da Conferencia Nacional.

O lugar de 2º vice-presidente pertence ao Madem G-15, na qualidade de segunda força política mais votada nas legislativas de 10 de março passado. Na eleição do candidato do Madem designado para esse lugar, Braima Camará, a maioria dos deputados votou contra a proposta de Braima Camará para essas funções, tendo sido sugerido ao partido para designar outro elemento, o que recusara fazer.

O PRS, por seu lado, reclama o lugar de 1º secretário, entretanto atribuido ao PAIGC em resultado da aplicação do método de Hont, que o parlamento terá aplicado em legislaturas anteriores para a distribuição de lugares na mesa.

Entretanto últimas informações dão conta que os deputados dos partidos que constituem a maioria no parlamento nomeadamente o PAIGC, APU-PDGB, União para Mudança e PND já retomaram os trabalhos e aprovaram  a Ordem do Dia dos trabalhos da ANP.
 ANG/ÂC//SG

Brasil


     "Lava Jato" foi manobra para afastar Lula do poder, diz "The Intercept"
Bissau, 11 jun 19 (ANG) - A edição brasileira do jornal on-line de investigação "The Intercept" começou segunda-feira a publicar os primeiros capítulos de um inquérito com base em fugas de informação dando crédito à possibilidade de que os procuradores que conduziram a vasta operação anticorrupção "Lava Jato" tenham secretamente colaborado com o conhecido juiz Moro,  com vista nomeadamente a impedir o regresso do ex-presidente Lula ao poder, acusações logo desmentidas pelos interessados.
Procuradores do caso "Lava Jato"
Produzidas, segundo o site de investigação jornalística, a partir de mensagens privadas, gravações áudio, vídeos, fotos, documentos judiciais e outros dados transmitidos por uma fonte anónima, as três primeiras reportagens publicadas sustentam a tese segundo a qual o actual Ministro da Justiça do Brasil, o antigo juiz Moro, teria deixado de parte a obrigação de imparcialidade ao fornecer indicações e conselhos aos procuradores da operação "Lava Jato" no respeitante ao antigo presidente Lula da Silva.
Nestas reportagens, "The Intercept" divulga nomeadamente mensagens que teriam sido trocadas entre os procuradores falando abertamente do intento de afastar Lula da corrida às presidenciais do ano passado no Brasil, uma eleição em que era inicialmente dado como favorito.
Estas mensagens, segundo "The Intercept", revelam ainda que alguns membros da acusação tinham dúvidas sobre a eventualidade de ter provas suficientes para condenar Lula que actualmente está a cumprir uma pena de prisão de 8 anos e 10 meses -uma pena recentemente revista- após ter sido considerado culpado num caso de obtenção de um apartamento de luxo a troco de favores políticos.
A serem confirmados, estes comportamentos que "The Intercept" qualifica de "antiéticos" podem constituir segundo o site informativo um "escândalo generalizado" envolvendo "diversos oligarcas, lideranças políticas, os últimos presidentes e até mesmo líderes internacionais acusados de corrupção", refere ainda o jornal.
Reagindo  em comunicado, ao alegar que os dados publicados foram obtidos através de pirataria informática, a equipa de procuradores do "Lava Jato" refere que "nenhum pedido de esclarecimento ocorreu antes das publicações, o que surpreende e contraria as melhores práticas jornalísticas".
Utilizando o mesmo argumento  no Twitter, o Ministro da Justiça, Sérgio Moro, lamenta quanto a si "a falta de indicação de fonte de pessoa responsável pela invasão criminosa de celulares de procuradores" e considera ainda que no conteúdo das mensagens em que é citado "não se vislumbra qualquer anormalidade ou direccionamento da sua actuação enquanto magistrado".
Minimizando também a alçada destas revelações, o antigo Presidente brasileiro Fernando Henrique Cardoso falou quanto a si em "tempestade num copo de água". Já do outro lado do xadrez político, Fernando Haddad, antigo candidato às presidenciais no ano passado pelo PT após a inviabilização da candidatura de Lula, reclamou a abertura de um inquérito sobre aquilo que a seu ver "poderia ser o maior escândalo institucional da República".
A publicação  destas informações poderia contudo ainda fazer escorrer muita tinta. Na sua nota de preâmbulo, o jornalista americano e co-fundador do "The Intercept", Glenn Greenwald, que já no passado publicou as revelações de Edward Snowden sobre os serviços de segurança americanos, avisou que "esse é apenas o começo do que se pretende tornar uma investigação jornalística contínua das acções de Moro" e dos outros intervenientes da operação "lava jato". ANG/RFI

ANP


Cipriano Cassamá critica posicionamento do Presidente da República face a nomeação de novo PM

Bissau,11 Jun 19(ANG) – O Presidente da Assembleia Nacional Popular(ANP), afirmou hoje que no sistema constitucional da Guiné-Bissau o Presidente da República não é concebido como líder de grupo ou de partidos políticos nem tutela os seus interesses.

Cipriano Cassama que discursava na abertura da 1ª Sessão Ordinária da Assembleia Nacional Popular(ANP),  disse que quando o Presidente da República pretende presidencializar o sistema parlamentar de governo cria, artificialmente a crise no sistema político e no equilíbrio parlamentar, o que contraria a lógica da democracia e do Estado de Direito.

“Aliás, nesta matéria, o texto constitucional é cristalinamente claro ao estabelecer que o Presidente da República é o chefe de Estado, símbolo da unidade, garante da independência  nacional e da Constituição e comandante supremo das Forças Armadas, razão pela qual a sua actuação deverá limitar-se ao estrito cumprimento dos ditames constitucionais”, disse.

O Presidente da ANP sublinhou que a crise dos partidos políticos limita-se exclusivamente aos mesmos e suas estruturas, como resultado da dinâmica do jogo político numa democracia.

“O papel constitucional do Presidente da República enquanto símbolo da unidade e garante da estabilidade deveria resumir-se ao uso da sua magistratura de influência visando a aproximação das partes em contenda, particularmente quando essa disputa implicar consequências gravosas para a protecção do interesse público e não o contrário”, aconselhou.

Cipriano Cassama disse que vai andar mal a democracia parlamentar se o Presidente da República pretender tutelar o interesses de um grupo de guineenses, marcada por um acentuado défice de relacionamento e cultura institucionais, porventura, sem precedentes na história do país  e com reflexos negativos nas actividades governativa e parlamentar.

Declarou que o Presidente da República não deve por nisso ignorar as suas incumbências constitucionais e muito menos deve agir como líder partidário, numa lógica divisionista de pertença à grupos, mas que antes, tem a obrigação de convocar as partes sempre que das suas acções resultem ou possam resultar em prejuízos para o interesse público e da Nação.

“Convence-nos a todos que a decisão soberana dos cidadãos, nos termos da Constituição da República deve ser correspondido no plano político por todos os órgãos da soberania como de resto se cumpriu e cumpre com  as reuniões plenárias da Assembleia Nacional Popular que decide completar a sua mesa, com agendamento da eleição do 2º Vice Presidente”, disse. Cipriano Cassama.

O líder do parlamento questionou como é que se pode condicionar a nomeação do Primeiro-ministro ao preenchimento do lugar do 2º Vice Presidente da Assembleia Nacional Popular ou do estabelecimento dom diálogo entre as formações políticas representadas no parlamento, se no seu artigo 68 alínea g, fala apenas na nomeação do chefe do executivo tendo em conta os resultados eleitorais.

A primeira sessão ordinária da X Legislatura que hoje inicia irá decorrer até dia 22 de Julho próximo e nela serão discutidos, entre outros, a votação do Projecto Lei dos Oficiais de Justiça, da Lei Orgânica das Secretárias Judiciais e Privativas do Ministério Público, proposta do Estatuto Remuneratório da Polícia Judiciária, eleição do 2º Vice Presidente da Assembleia Nacional Popular, a proposta da Renovação do Mandato da Comissão Organizadora da Conferencia Nacional.ANG/ÂC//SG 


Mali


                          Cerca de 100 mortos em ataque a aldeia dogon

Bissau, 11 jun 19 (ANG) - Pelo menos 96 pessoas foram assassinadas na madrugada de segunda-feira num ataque contra uma aldeia dogon, no centro do Mali, onde a 29 de Março mais de 150 fulas foram massacrados.
Bandeira do Mali
conflito no Mali alastra do norte ao centro e cada vez mais ameaça a capital Bamako, a cerca de 300 kms do último ataque ocorrido na madrugada desta segunda-feira (10/06), que matou pelo menos 96 pessoas na aldeia de Sobane-Kou, perto da cidade de Sangha, no distrito de Bandiagara, habitada por cerca de 300 pessoas da etnia minoritária dogon, cujos corpos foram encontrados calcinados e a aldeia destruida.
Alguns sobreviventes acusam a etnia rival fula pelo ataque, em riposta ao ataque de 23 de Março passado em Ogossagou que matou mais de 150 fulas perto da vila de Bankass, também no centro do Mali, o que foi o ataque mais mortífero na história recente do país e que levou à demissão em Abril do governo de Soumeylou Boubeye Maiga.
empresário português Carlos Alberto Martins, que hà 10 anos reside em Bamako, não descarta a mão externa neste conflito intercomunitário, apesar da presença em massa de forças de interposição como a MONUSMA, G5 Sahel e Barkhane, cujo trabalho é também formar as forças armadas, mas afirma que o dinheiro chegado ao país para tal é desviado.
Desde o golpe de Estado de 2012 as forças armadas malianas viram as suas chefias disputarem-se por rivalidades internas e o controlo de partes do território, bem como o desmantelamento dos agentes do Estado, o que fez multiplicar os confrontos opondo os agricultores sedentários dogon e os pastores nómadas fula.
O Estado maliano perdeu terreno em Mopti face à rebelião touaregue do MNLA - Movimento Nacional de Libertação de Azawad e o seu aliado Ansar Dine, que couparam vastas zonas desta região.
Outra oranização jihadista o MUJAO - Movimento para a Unicidade e o Jihad na África do Oeste surgiu também nessa altura e ocupou a cidade de Douentza em Setembro de 2012, da qual foram expulsos em Janeiro 2013 por tropas da operação francesa Serval e numerosos fulas juntaram-se então ao MUJAO.
Desde o aparecimento em 2015 no centro do Mali do grupo ‘jihadista’ Frente de Libertação de Macina, do pregador fula Amadou Koufa, que recruta principalmente pessoas da etnia fula, tradicionalmente pastores nómadas, que os confrontos estão a aumentar entre esta etnia e as comunidades bambara e dogon, grupos sedentários ligados à agricultura e que também criaram as suas milícias.ANG/RFI

Bolama


ONG Cooperação da Pró-Bolama capacita seus membros com apoio de sua parceira francesa

Bissau, 11 jun 19 (ANG) – A ONG nacional “Cooperação Pró-Bolama promove nos próximos dias 14 e 15 de Junho em Bolama uma jornada de formação dos seus membros com apoio da sua parceira de França, denominada Conservatoire du Litoral.

Para o efeito, uma delegação da Conservatoire du Litoral chega esta terça-feira à Bissau.

Segundo um comunicado à imprensa do Secretariado Executivo  desta ONG, assinado por Manuel Lopes, e entregue esta terça-feira na redação da ANG, a iniciativa se desenvolve no quadro  da integração da ilha de Bolama numa organização internacional denominada “Small Island Organization(SMILO)”, Associação de Pequenas Ilhas Sustentáveis, que já integra 15 pequenas ilhas em todo o mundo.

De acordo com o comunicado, o SMILLO visa a consecução da melhoria do equilíbrio entre o desenvolvimento humano e a gestão dos recursos insulares, promovendo, de forma gera,, a preservação e desenvolvimento das pequenas ilhas de forma sustentável.

“Para essa integração, Bolama criou um espaço de convergência institucional e comunitária, denominada de Comité Insular de Bolama(CIB), com estruturas orgânicas locais que assumem as rédeas desta cooperação para o desenvolvimento”, refere o comunicado.

O documento destaca que a organização francesa”Conservatoire du Litoral, sedeada na Ilha de Parquerole, em França, com larga experiência na conservação e promoção do desenvolvimento sustentável numa ilha, decidira partilhar a sua experiência de mais de duas décadas pelo mumdo inteiro, patrocinando a criação de uma estrutura internacional autónoma.

A Ilha de Bolama foi declarada em 1996 pela Unesco, Reserva da Biosfera mas o secretariado executivo da Pró-Bolama trabalha para que todo o arquipélago dos Bijagós seja declarado Património Natural e Cultural da Humanidade. ANG//SG

segunda-feira, 10 de junho de 2019

UNTG


Confirmada  sexta vaga das paralisações na Função Pública não obstante a decisão governamental de descontar nos  vencimentos

Bissau 10 Jul 19 (ANG) – O Secretário-geral da União Nacional dos Trabalhadores da Guine (UNTG),disse hoje que a sexta ronda de greves, vai mesmo ser uma realidade entre os dias 11,12 e 13 do mês em curso mesmo com a advertência do Governo de que os grevistas vão ter os dias de paralisação descontados no vencimento.

Júlio Mendonça , em entrevista a  ANG disse que “todo o político responsável e que tem noção Estado não fala  à toua ou de uma forma tão banal como é o caso deste Chefe de Governo”, porque “ele, Aristides Gomes quando foi Primeiro-ministro em 2006 antes de sair deixou dividas que os funcionários de Estado inclusive dos professores novos ingressos e contratados nos liceus não  receberam até hoje”.

“Agora um Estado responsável que sabe que tem obrigações para com os seus funcionários de pagar no final de cada mês e não o faz à tempo e hora, frustrando as expectativas das pessoas.  

Todos os funcionários já tinham a coragem de contrair empréstimos juntos aos comerciantes para depois pagar no final do mês, mas com este Governo hoje os funcionários não o podem fazer ou perderem crédito “,disse.

Mendonça frisou que existem muitas dívidas com deferentes instituições estatais que o Executivo não liquidou: casos dos jornalistas contratados dos Órgãos Públicos de Informação que já não recebem há quase seis meses.

Diz se mesmo assim  este Chefe de Governo tem a moral de dizer que vai descontar aos trabalhadores que aderirem a greve.

“Se querem fazer os descontos como manda a lei, primeiro devem cumprir a mesma, ou seja, que paguem todas as dívidas e a partir dali podem fazer os descontos. Estamos em greve porque o Governo não cumpre com o seu dever”, disse  salientando que Aristides Gomes como Primeiro-ministro é uma decepção para o Estado guineense.

Mendonça afirmou que  o país retrocedeu com o mandato deste Chefe de Governo,  e argumenta:”toda a crise que se viveu na Guiné-Bissau, o aspecto salarial já tinha sido ultrapassado”.

Disse que  Aristides não tem nenhum moral nem legitimidade de descontar nenhum tostão de um funcionário que aderiu a greve, porque estão a reivindicar porque não foram pagos.
Júlio Mendonça apela  aos trabalhadores a manterem serenos e tranquilos  e diz se  este Governo de Aristides tem mesmo a coragem, que avance com o  desconto dos salários como prometeu.

O Governo anunciou recentemente em comunicado que doravante, as faltas cometidas devido a greve vão ser descontadas nos vencimentos.

As duas maiores centrais sindicais, a União Nacional dos Trabalhadores da Guiné(UNTG) e  a Confederação Geral de Sindicatos Independentes(CGSI) promovem, há mais de um mês,  greves de três dias semanais na Função Pública, afectando as escolas e o sector da saúde, entre outros serviços estatais, sem o cumprimento da obrigação de serviço mínimo.

ANG/MSC//SG



Governação


      Cidadãos guineenses pedem nomeação de novo primeiro-ministro

Bissau,10 jun 19 (ANG) – Alguns cidadãos guineenses pedem ao Presidente da República a nomeação do Primeiro-ministro na base do resultado das últimas eleições legislativas de 10 de Março passado e consequente formação do governo para acabar com situação de crise política.

Os cidadãos Uie Sonco, Dulce Gomes Correia, Cristina Nhaga José Djú, Banor da Fonseca e Inês Có que reagiram hoje em exclusivo a ANG, a não nomeação do primeiro-ministro da parte do Chefe de Estado guineense após três meses da realização das eleições, foram unânimes em instar a designação do chefe do governo para  sanear os problemas sociais, sobretudo do sector de ensino e saúde.

“ O Presidente da República prometeu trabalhar com quem quer que seja antes das eleições de 10 de Março e agora não está a cumprir com a promessa que fez ao povo”, recordou o estudante Uie Sonco.

Afirmou que o chefe de estado é único que pode tirar o país na situação em que se encontra e que isso passa pela nomeação do novo primeiro-ministro resultante das eleições de 10 de Março.

Segundo Uie Sonco a nomeação do primeiro-ministro não tem nada a ver com o problema que existe na Assembleia,  e  acrescenta que,  “se fosse o Partido da Renovação Social ou Movimento para Alternância Democrática que venceram as eleições numa situação igual, o Presidente da República nomearia o primeiro-ministro sem invocar a questão de entendimento no parlamento”.

A mulher da actividade Económica, Cristina Nhaga pediu igualmente a nomeação do chefe do executivo para tirar não só o país e a sociedade na dificuldade, mas também para que resolvam os problemas existentes no ensino guineense.

Por sua vez, a estudante Dulce Gomes Correia, não só solicitou a nomeação do primeiro-ministro, bem como ao Partido da Renovação Social e o Movimento para Alternância Democrática a participarem na sessão do dia 11 de Junho para juntos encontrarem uma solução, a bem do povo guineense.


O funcionário público José Djú considerou de grave a não nomeação do primeiro-ministro após três meses de realização de eleições legislativas no país e acrescentou que a referida situação só prejudicará a sociedade guineense.

Djú sublinhou que a negligência dos governantes acaba por prejudicar o país no seu todo e que o interesse do povo deve ser colocado sempre na primeira posição.

A agricultora Inês Có disse que os agricultores, de certa forma, são  dos mais prejudicados com a situação de instabilidade no país, tendo reforçado que é urgente a nomeação de um primeiro-ministro para conduzir o país ao progresso.

“Este ano, a campanha de comercialização de castanha de caju é uma catástrofe, e,  de certa forma, podemos dizer que a instabilidade política está por detrás desta situação”, lamentou Inês Có.

O Director do curso de Ciência Política e Relações Internacionais da Universidade Lusófona da Guiné, Banor da Fonseca exorta os governantes a não prejudicarem  mais o destino da Guiné-Bissau, tendo acrescentado que a nomeação de um primeiro-ministro deve ser feita com o objectivo de tirar o país da situação de estagnação em que se encontra.

Banor da Fonseca disse lamentar  o facto de a Guiné-Bissau ter  governantes que não colocam o interesse do povo na primeira posição, uma vez que segundo ele, o dever de um governante é de servir o seu povo.

“A situação da crise política normalmente afecta todas as áreas, começando pelas instituições estatais até às privadas. Nós da Universidade Lusófona também somos atingidos pela situação da crise, porque dependemos do pagamento das mensalidades por parte dos estudantes para melhor funcionamento da nossa instituição”, sustentou Fonseca.

ANG/AALS/LPG//SG

CMB


     Presidente  anuncia instituição de concurso de bairro mais limpo de Bissau

 Bissau, 10 Jun 19 (ANG) - O Presidente de Câmara Municipal de Bissau, Luis Silva de Melo anunciou no fim-de-semana a instituição do concurso para eleger o bairro mais limpo da Capital, em que o 1º vencedor receberá um prémio de 500.000 fcfa, o segundo 300.000 fcfa e o terceiro, 200.000 fcfa.

O anúncio foi feito  após a inauguração da exposição de artistas plásticos que vivem na diáspora.
Foto Arquivo

O Presidente da Câmara informou que o prazo vai até fim de junho corrente e que a iniciativa visa ter Bissau mais limpa possível, uma vez a produção do lixo aumenta cada vez mais.

“A Câmara Municipal de Bissau não tem condições para recolher a quantidade de lixo que a capital Bissau produz diariamente, por isso, vai precisar da colaboração de todos para ter uma cidade limpa como no período transato”, disse Luís da Silva Melo.

O Diretor-geral da Cultura, João Cornélio Correia louvou a iniciativa de artistas plásticos guineense que vivem na diáspora e disse que o acto é uma contribuição para enriquecer a cultura da Guiné-Bissau.

 “Apesar da situação de crise política que o país enfrenta ao longo de vários anos, o povo precisa de eventos deste tipo para demonstrar  que a Guiné-Bissau pode e deve fazer algo de bom para o progresso da nação”, referiu Cornélio.

A exposição feita pelos artistas plásticos da Guiné-Bissau que vivem na diáspora visa a demonstração da arte africana em especial a da Guiné-Bissau e o valor que a cultura tem no desenvolvimento de uma nação.

Os artistas querem também com a iniciativa manifestar os seus descontentamentos face a constantes crises políticas que têm assolado a Guiné-Bissau nos últimos anos. ANG/AALS//SG

Política


           Líderes do PAIGC e da União para a Mudança  em Cabo Verde
Bissau, 10 jun 19 (ANG) - O presidente do PAIGC e o líder da União para a Mudança foram recebidos no fim-de-semana, na cidade da Praia, pelo chefe Estado Jorge Carlos Fonseca ,tendo os três falado  sobre a actual crise política que se vive na Guiné-Bissau.
Em declarações à agência de notícias Lusa, Domingos Simões Pereira referiu que o encontro serviu para "partilhar com o Sr. Presidente a actual situação política na Guiné-Bissau à luz dos últimos acontecimentos, à luz do aproximar do fim do mandato do Sr. Presidente da República [José Mário Vaz] sem que haja governo, sem que estejam fixadas as datas para as próximas eleições presidências".
O líder do PAIGC explicou que o chefe de Estado cabo-verdiano "ouviu com muita atenção", quis "tirar a limpo vários aspectos" e "compreender de que forma é que pode ajudar".
O vencedor das eleições legislativas ressalvou que este encontro não representa qualquer forma de ingerência interna. "Claramente não há intenção de se ingerir internos, há a intenção de se ajudar", disse.
O parlamento guineense está dividido em dois grandes blocos, um, que inclui o PAIGC, a APU-PDGB, a União para a Mudança e o Partido da Nova Democracia, com 54 deputados, e outro, que juntou o Madem-G15 e o PRS, com 48.
O Chefe de Estado José Mário Vaz afirma que que só irá indicar o primeiro-ministro e o governo quando a eleição para a mesa da Assembleia Nacional Popular estiver concluída.
Em falta está a eleição do 2º vice-presidente da ANP, que está agendada para sessão parlamentar que inicia terça-feira em Bissau.
Na primeira votação , no dia 18 de Abril, a maioria dos deputados votou contra o nome de Braima Camará, lider do partido Madem G-15 para esse lugar, Madem voltou a propor Braima e voltou a receber a reprovação, e perante a recusa de substituir Braima Camará por outra pessoa do Madem G-15 o lugar não foi preenchido até então.
O Lugar de 2º vice-presidente da ANP é reservado ao segundo partido mais votado nas legislativas mas o seu preenchimento é legalizado por votos sim da maioria dos deputados presentes na sessão.
ANG/RFI

Economia


                             Rússia e China defendem nova ordem económica
  Bissau, 10 jun 19 (ANG) - Vladimir Putin lançou um apelo para que seja reconsiderado o papel do dólar no sistema financeiro mundial,no âmbito do Fórum Económico Internacional de São Petersbugo e   da visita de Estado, efectuada pelo Presidente chinês Xi Jinping à Rússia.
Putin estimou que a moeda norte-americana tornou-se um instrumento de pressão utilizado pelos Estados Unidos.
Putin e Jinping denunciaram as desigualdades provocadas pela actual ordem económica, bem como puseram em causa o domínio dos Estados Unidos sobre a economia mundial.
No seu discurso diante de dirigentes políticos e empresários que participaram no Fórum Económico Internacional de São Petersbugo, o Presidente da Rússia acusou os Estados Unidos de querer alargar a sua jurisdição ao resto do mundo.
O chefe de Estado russo, criticou a retórica da guerra comercial e das sanções e apelou para que seja reconsiderado o papel do dólar norte-americano no contexto do comércio global,bem como denunciou a pressão dos Estados Unidos sobre os outros países.
Vladimir Putin, destacou nomeadamente os esforços de Washington para impedir a construção do Nord Stream 2, um importante gaseoduto que ligará a Rússia à Alemanha e reprovou a pressão de Washington sobre a firma chinesa Huawei. Putin acusa Washington de querer banir Huawei do mercado global.
O Presidente chinês Xi Jinping, realçou a necessidade de superar as desigualdades vigentes no sistema económico mundial.
Jinping afirmou que a China está pronta para partilhar,com o resto do mundo,as invenções tecnológicas, designadamente a 5G de Huawei.
Durante a visita de três dias de Xi Jinping à Rússia foram assinados bilateralmente várias dezenas de acordos, nos domínios do comércio online, das telecomunicações, do gás e de outros sectores.
A União Europeia permanece o primeiro parceiro económico da Rússia, mas regista-se um incremento no comércio entre Moscovo e Pequim.
O aumento das trocas comerciais, entre a Rússia e a China atingiu em 2018 o volume de negócios recorde de 108 mil milhões de dólares.
ANG/RFI 

sexta-feira, 7 de junho de 2019

Política


           Apoiantes da maioria parlamentar de novo em protestos de rua

Bissau, 07 jun 19 (ANG) - Milhares de apoiantes dos partidos da maioria parlamentar  realizaram hoje, em Bissau, um novo protesto, exigindo ao Presidente guineense a nomeação do primeiro-ministro e do Governo e lembrar-lhe que o seu mandato termina a 23 de junho.

"Nós estamos a fazer um protesto pacífico que vai culminar com uma vigília para exigir ao Presidente da República (José Mário Vaz) a nomeação do novo primeiro-ministro, mas também para o lembrar  que o mandato dele termina no dia 23, e que no dia 24 não será mais Presidente da República da Guiné-Bissau", disse Dionísio Pereira, presidente da juventude do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC).

A marcha, com menos participantes em relação às últimas realizadas pelos partidos que representam a maioria parlamentar na Guiné-Bissau, culminou no largo junto à Câmara Municipal de Bissau, onde os apoiantes gritaram palavras de ordem como "Jomav rua", "abaixo o Jomav".(uma simpleficação de José Mário Vaz)


No final da marcha, os apoiantes pretendem continuar com o protesto através da realização de uma vigília, que vai decorrer em vários pontos da cidade. As mulheres daqueles partidos já iniciaram uma na quinta-feira, que deverá prolongar-se até ao próximo dia 23.

"Nós como democratas só temos um caminho é demonstrar ao Presidente da República que o Governo deve ser nomeado e empossado. Na democracia uma das alíneas de demonstrar o descontentamento é a marcha pacífica, é a marcha demonstrativa de que algo não vai bem e é por isso que estou aqui como dirigente do meu partido que está nessa coligação e quer que o povo saia da dificuldade que está emergindo", afirmou Armando Mango, vice-presidente da Assembleia do Povo Unido - Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB).

Três meses depois da realização de eleições legislativas na Guiné-Bissau, a 10 de março, o Presidente guineense continua sem nomear o primeiro-ministro e o Governo, alegando que falta resolver o problema da eleição do segundo vice-presidente da  Assembleia Nacional Popular, o que tem levado à realização de vários protestos.

O impasse político teve início com a eleição dos membros da Assembleia Nacional Popular.

Depois de Cipriano Cassamá, do PAIGC, ter sido reconduzido no cargo de presidente do parlamento, e Nuno Nabian, da APU-PDGB, ter sido eleito primeiro vice-presidente, a maior parte dos deputados guineenses votou contra o nome do coordenador do Movimento para a Alternância Democrática (Madem-G15, Braima Camará, para segundo vice-presidente do parlamento.

O Madem-G15 recusou avançar com outro nome para o cargo e apresentou uma providência cautelar para anular a votação, mas que foi recusada pelo Supremo Tribunal de Justiça.

Por outro lado, o PRS reclama para si a indicação do nome do primeiro secretário da mesa da assembleia.

O parlamento da Guiné-Bissau está dividido em dois grandes blocos, um, que inclui o PAIGC (partido mais votado nas legislativas, mas sem maioria), a APU-PDGB, a União para a Mudança e o Partido da Nova Democracia, com 54 deputados, e outro, que juntou o Madem-G15 (segundo partido mais votado) e o PRS, com 48.

O Presidente guineense já disse e reiterou que só vai nomear o primeiro-ministro e o Governo quando a eleição para a mesa da Assembleia Nacional Popular estar concluída.

O novo parlamento da Guiné-Bissau vai reunir-se a partir de 11 de junho e até 22 de julho, tendo na agenda da sessão a eleição do segundo vice-presidente do parlamento.ANG/Lusa

Política






Bissau,07 Jun 19(ANG) - O Vice-Coordenador do Movimento para a Alternância Democrática (MADEM-G15), Luís Oliveira Sanca,  exortou ao Chefe de Estado guineense, José Mario Vaz, a não ceder, em nenhum momento, à pressão para nomear o novo primeiro-ministro e muito menos formação do novo governo, enquanto não for concluída a eleição da mesa de ANP .

Oliveira Sanca ainda acusou o líder do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Domingos Simões Pereira, “de ser desorganizador e perturbador do Estado da Guiné-Bissau”.

Luís Oliveira Sanca fez a acusação no espaço em frente à Câmara Municipal de Bissau, após a manifestação dos militantes e simpatizantes do Movimento Para Alternância Democrática MADEM-G15 , do Partido da Renovação Social (PRS) e mais dois movimentos de apoio a JOMAV e Botche Candé, que teve início no espaço verde de Bairro de Ajuda, em Bissau.

No seu discurso a milhares de militantes, simpatizantes e apoiantes dos dois partidos, Oliveira Sanca disse que uma pessoa com formação sόlida para dirigir o país não pode ter comportamento como atual líder do PAIGC em relação ao seu país.

“Queremos saudar todos os partidos políticos legalizados no país que estão a lutar para reconstrução da Republica da Guiné-Bissau em especial o nosso aliado, Partido da Renovação Social que vamos continuar unidos para sempre. Queremos estender a nossa saudação às organizações internacionais no país, sendo testemunhas de tudo o que aconteceu durante cinco anos na Guiné-Bissau”, sublinhou.

Por outro lado, o vice-presidente do Partido da Renovação Social (PRS), Jorge Malú, informou que os renovadores e o Movimento para a Alternância Democrática MADEM-G15 não permitirão uma formação política com 46% de votos ocupar 80% dos lugares da mesa da Assembleia Nacional Popular.

“Estamos aqui nesta manifestação convocada pelos dois partidos da oposição para ajudar interpretar de forma clara o que é a democracia, porque PAIGC e os seus aliados têm dificuldades em fazer interpretação da democracia de maneira que não vamos permitir de forma nenhuma que as pessoas transformem a mesa da Assembleia Nacional Popular num “Mandjuandadi di Lobos”. Portanto, a lei está bem clara sobre essa matéria”, vincou.

O dirigente dos renovadores encorajou as forças de defesa e segurança do país pelo espírito republicano demostrado ao longo da crise que durou mais de quatro anos, sem, no entanto, aceitar provocações dos políticos, ou seja, impedi-los que abram alas.

“Quero informar-vos que vamos continuar a reivindicar para que MADEM retome o seu lugar que merece, através do nome que foi indicado pelo Movimento, como também exigir a devolução do posto de 1º secretário ao PRS, terceiro mais votado”, observou.
O parlamento agendou para o próximo dia 11 de junho uma sessão plenaria no decurso da qual deverá, entre outros assuntos, ser feita a eleição do segundo vice-presidente da ANP, cargo não preenchido devido a recusa do Madem g-15 de substituir o nome do seu coordenador, Braima Camará, indicado para esse lugar mas que  fora chumbado com votos da maioria parlamentar na sessão decorida a 18 de abril passado.
Não está prevista nova eleição do cargo de 1º secretário da ANP reclamado pelo PRS. ANG/O Democrata




CAF


                  Presidente   ouvido em Paris por suspeita de corrupção
Bissau, 07 jun 19 (ANG) - O presidente da Confederação Africana de Futebol (CAF), Ahmad Ahmad, foi interrogado  quinta-feira (6) pelas autoridades francesas.
 A informação, revelada pelo site da revista Jeune Afrique, foi confirmada através de  um comunicado emitido pela FIFA.
Segundo a revista, Ahmad Ahmad foi levado às 8h30 (horário local) do hotel onde está hospedado em Paris para ser interrogado pelo Escritório francês de luta contra corrupção e crimes fiscais e financeiros (OCLCIFF, na sigla em francês).
O caso pode estar relacionado com a decisão da CAF de romper unilateralmente um contrato com a alemã Puma para negociar com a empresa francesa Tactical Steel. Ahmad teria autorizado a compra de uniformes desportivos superfaturados em US$ 830 mil por meio da empresa francesa, ao invés de adquirir diretamente de fabricantes. Ele negou a acusação e disse que as decisões foram tomadas de maneira "transparente" e por um "colegiado".
No mês passado, o secretário-geral da CAF, Amr Fahmy, acionou o comitê de ética da Fifa para relatar denúncias de corrupção e também de assédio sexual envolvendo o presidente Ahmad Ahmad. O secretário-geral foi demitido logo depois.  
Em nota, a Fifa confirma que o presidente da CAF foi ouvido pela polícia francesa, mas se recusou a comentar o caso por não conhecer os detalhes da investigação e da acusação.
Na mensagem, a Fifa disse estar comprometida a erradicar a corrupção e todo comportamento duvidoso em todos os níveis no futebol.
"Qualquer pessoa que tenha cometido atos ilícitos ou ilegais não tem espaço no mundo do futebol", declarou o presidente Gianni Infantino, reeleito na quarta-feira (6) no Congresso da entidade.ANG/RFI