quinta-feira, 28 de abril de 2022

SociedadeCívil/Movimento Vozes Femininas promove marcha de protesto contra  violação dos direitos das mulheres e crianças

Bissau, 28 Abr 22 (ANG) – O Movimento denominado “Vozes Femininas”,  composta por várias organizações de promoção e defesa das crianças e mulheres vai promover,  sexta-feira, uma marcha pacífica de condenação de   “sucessivas violações dos direitos das mulheres e crianças”, registadas nos últimos tempos, no país.

Em  Nota à Imprensa entregue hoje na redação da ANG, a organização diz que tem assistido  “alarmante aumento” de casos da violação dos direitos das mulheres no país, razão pela qual decidiu criar um Movimento Social de Pressão, para fazer ouvir a sua voz sobre o “não ao feminicídio”.

 “Pretendemos solicitar audiência  ao Presidente da República Umaro Sissoco Embaló, no sentido de usar a sua influência na luta contra  excessivos crimes contra  mulheres e crianças, promover uma marcha para a condenação e entrega de cartas abertas à Instituições da República, designadamente o Ministério da Justiça, da Saúde Pública e assim como do Interior”, lê-se na nota.

O Movimento ainda conta levar a cabo no quadro dos protestos contra o que diz ser violaçóes contra mulheres e crianças,  visitas de solidariedade aos famíliares das vitimas que no passado recentes sofreram abusos de violências, que provocaram mortes.

A  marcha de protesto de  sexta-feira, começa no Instituto da Mulher e Criança a partir das 7:00h de manhã, e deve passar pelo  Ministério de Justiça, da Saúde Pública, e o do  Interior e Ordem Pública.ANG/LLA/ÂC//SG      

Sindicalismo/Presidente do Movimento da Sociedade Civil  defende necessidade de promoção de formação para dirigentes sindicais

Bissau, 28 Abr 22 (ANG) – O Presidente do Movimento Nacional da Sociedade Civil para Paz, Democracia e Desenvolvimento defendeu quarta-feira a necessiadade de promover formação para dirigentes sindicais e fim de assegurarem o exercio das suas missões com competência.

Fodé Carambá Sanhã presidia a cerimónia  de abertura do ateliê de formação  em matéria sindical promovida pela Confederação Geral dos Sindicatos Independentes da Guiné-Bissau-Central Sindical, sob o lema: Desafios do Sindicalismo no Contexto Guineense Atual.

“Para ser defensor dos trabalhadores a pessoa precisa estar munido de conhecimentos no âmbito do quadro legal conformando as suas atuações às leis  de base dos sindicatos, num inequívoco reforço da competência para as respostas consistentes, eficientes e eficazes dos seus setores de representação,” disse Sanhá.

Para o Secretário-geral da Confederação Geral dos Sindicatos Independentes, Malam Ly Baldé, para ser sindicalista não é necessário que a pessoa tenha  estudos em ciências jurídicas ou direito. “O importante é que a pessoa tenha vontade, seja honesta, disciplinada e disponível para participação ativa em atividades sindicais”, disse.

No seminário com a duração de dois dias, os participantes debaterão temas lagadas com a Lei da Liberdade Sindical, lei da Greve, da Requisição Civil e da Manifestação.ANG/DMG/ÂC/SG

Poliomielite/Ministério da Saúde  realiza campanha   de vacinação “ porta a porta” contra a doença

Bissau, 28 Abr 22 (ANG) – O Ministério da Saúde Pública leva  a cabo campanha de vacinação “porta a porta” contra a poliomielite, na sequência do ressurgimento de, pelo menos, quatro casos confirmados da doença no país.

A informação consta numa nota à imprensa do Ministério da Saúde Pública à que a ANG teve acesso hoje, segundo a qual a iniciativa Global de Erradicação da poliomielite (GPEI) tem como objetivo assegurar que nenhuma criança volte a ficar paralisada devido a qualquer poliovírus.

Sob o lema "Pólio nunca mais", o Ministério da Saúde Pública perspetiva vacinar mais de 300 mil crianças menores, de cinco anos através da realização da Campanha Nacional integrada de vacinação contra  poliomielite, suplementação em vitamina A e desparasitação com Mebendazol em todo território nacional, de 27 a 30 de Abril em curso.

A nota indica que para a realização desta campanha de vacinação, o  Ministério da Saúde Pública conta com apoio técnico e financeiro da UNICEF, OMS e demais parceiros da iniciativa Global de Erradicação da poliomielite (GPEI). ANG/MI//SG

 

                     Ucrânia/António Guterres pede o fim do conflito

Bissau, 28 Abr 22(ANG) - O secretário-geral da ONU visitou esta manhã as cidades de Borodianka, Bucha e Irpin, nos arredores de Kyiv, onde os ucranianos acusam os russos de terem cometido crimes durante a ocupação da região em Março.

António Guterres disse que a guerra no século XXI é um absurdo e instou ao fim do conflito na Ucrânia.

António Guterres visitou esta manhã as cidade de Borodianka, Bucha e Irpin, nos arredores de Kyiv, onde os ucranianos acusam os russos de terem cometido crimes durante a ocupação da região em Março. A Rússia nsiste que o massacre na cidade, com centenas de corpos espalhados pelas ruas, foi uma “encenação” que prejudicou as negociações de paz.

O secretário-geral da ONU disse que a guerra no século XXI é um absurdo e instou ao fim do conflito na Ucrânia.

"Imagino a minha família numa dessas casas (...), vejo as minhas netas correndo em pânico. A guerra é um absurdo no século XXI, nenhuma guerra é aceitável no século 21", disse Guterres.

Nesta que é a primeira visita à Ucrânia desde o início da invasão russa em 24 de Fevereiro, António Guterres reúne-se esta tarde com o Presidente Volodymyr Zelensky à tarde. Na reunião com Zelensky, o tema principal deverá ser a retirada de civis do complexo industrial de Azovstal, em Mariupol. Em Bucha, o secretário-geral das Nações Unidas sublinhou a importância de uma investigação sobre eventuais crimes de guerra, pedindo a Moscovo para colaborar com o Tribunal Penal Internacional”.

"Quando vemos este local horrível, vejo a importância de se fazer um investigação completa e estabelecer as responsabilidades", declarou o secretário-geral da ONU, em Bucha.

António Guterres visitou ainda Irpin onde sublinhou que sempre que há uma guerra o preço mais alto é pago pelas populações. ANG/RFI

 

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Cultura/
Abulai Sila e Tony Tcheka recebem Prémio Guerra Junqueiro 2020 e 2021

Bissau, 28 Abr 22 (ANG) – Os escritores guineenses Abdulai Sila e António Soares Lopes(Tony Tcheka) receberam na quarta-feira, o Prémio Literário Guerra Junqueiro Lusofonia  referentes ao ano 2020 e 2021 respectivamente.

A cerimónia de entrega dos prémios, que não teve lugar na devida altura devido a  pandemia da Covid-19, foi realizada quarta- feira, no Centro Cultural Português em Bissau.

“Nomeado e distinguido com prémio Literário Guerra Junqueiro Lusofonia 2020, a obra de Tony Tcheka reflete, invariavelmente, a sua visão crítica sobre todos os aspectos da sociedade guineense. ” argumentou Ana Luísa Peleira, vice-presidente da Câmara municipal de Freixo de Espada à Cinta e Vereadora da Cultura.

Abdulai Sila, segundo uma Nota à  que a ANG teve acesso, vencedor do mesmo prémio, na edição de 2021, é um elemento fundamental na sociedade guineense por se dedicar, enquanto investigador social, à alfabetização da população, voz ativa e participativa.

 “É  na literatura lusófona contemporânea que o seu trabalho se destaca. A sua formação e posição permitem-lhe, ainda, utilizar as tecnologias emergentes como forma de alavancar o desenvolvimento económico-social do seu país de origem”, refere Avelina Ferraz, curadora do prémio.

O evento decorreu no âmbito do programa da quinzena literária, promovida pela Associação de Escritores da Guiné-Bissau.

O papel social, bpolitico e cultural que Guerra  Junqueiro assumiu no seu tempo foram e continuam, diz-se na nota, a ser fonte de inspiração para muitos escritores e poetas. “Este prémio literário dá voz a quem, como ele, pretende manter em aberto todos os temas pertinentes e que façam deles as suas próprias causas, através da escrita”, lê-se no documento..

O prémio literário Guerra Junqueiro espandido a todos os países da lusofonia pretende ser um contributo maior para o movimento criador e uma  união cultural lusófono.

Para o ministro da Cultura, Augusto Mendes, o prémio representa um momento importante e de orgulho para a Guiné-Bissau e para a cultura, devido denâmica de trabalho de homens que dedicaram a vida a transmitir ao povo sua guinendade através da escrita.

Mendes disse que essa dinâmica vai agora juntar aquilo que é uma vasta comunidade de falantes da língua portuguesa, e fazer com que o contributo guinendade esteja presente dentro desta grande comunidade linguística.

O Prémio literário Guerra Junqueiro é promovido no âmbito do FFIL-Freixo Festival Festival Internacional de Literátura, que se realiza desde 2017, em Freixo de Espada à Cinta, vila anfitriã do Prémio Guerra Junqueiro em Portugal. ANG/LPG//SG

 

                   Mali/Encerramento definitivo da RFI e do France 24

Bissau, 28 Abr 22 (ANG)– O colégio da Alta Autoridade da Comunicação (HAC) anunciou esta quinta-feira, 28, o encerramento definitivo do serviço da Rádio França Internacional (RFI) e da France 24, no Mali, segundo a AA.

“A decisão do encerramento definitivo segue-se aos atropelos notado pela HAC no tratamento da informação sobre o Mali por aqueles dois órgãos há vários meses, e monitorados pelo Centro de Monitorização”, indica a mesma fonte.

De acordo com o comunicado, “ a Comissão de Ética, de Contencioso e de Deontologia, depois de contactada pelo HAC, examinou o conteúdo das emissões sobre a actualidade mais recente, nomeadamente as emitidas pelos dois canais a partir de Janeiro de 2022, e relativas: ao ataque da base de Mondoro, às reportagens de David Baché dos dias 13 e  15 de Março de 2022 relativos às supostas exacções das Forças armadas malianas sobre as populações civis no Centro do Mali e no  delta interior do Níger, no Mali, a  250 quilómetros, a jusante da Bamako, ao suposto desaparecimento de mauritanos na fronteira maliana”.

A HAC sublinha que “aquelas emissões constituem uma violação dos termos supracitados e da convenção do acordo que liga a France Mídia Monde a HAC. A violação daquelas disposições substanciais é considerada grave pela HAC”.

Recorde-se que em Março último, as autoridades de transição do Mali haviam iniciado um processo de suspensão até novas ordens, da RFI em Ondas curtas e FM, e da France 24, em todo o espaço do território maliano, por terem acusado as FAMA de execução sumária dos civis.ANG/Angop

 

Saúde/Vice primeiro-ministro apela adesão popular à campanha de vacinação contra pólio

Bissau, 28 Abr 22 (ANG) -  O Vice primeiro-ministro apelou a adesão da população  guineense à campanha de vacinação contra a Poliomielite iniciada quarta-feira no país e com duração de quatro dias.

Soares Sambu falava na cerimónia que assinalou a abertura da campanha, em representação do Presidente da República, ausente do país, em visita oficial à África do sul.

 Sambú advertiu que é necessário se trabalhar rapidamente que o polivírus não se alastre e provocar mais danos em termos de vida humana e paralisia.

"Estamos aqui em representação do Presidente da República que pediu para ilustrar um sinal de engajamento e do seu comprometimento com a agenda nacional da saúde pública, e através de nós poder lançar um vibrante apelo a toda população no sentido de adotarem uma conduta de adesão, de mobilização e de colaboração na campanha de vacinação contra poliomielite”, disse.

Para o Vice primeiro-ministro não se pode dissociar a reaparição da doença da pólio da existência da crise da Covid-19.

Soares Sambú  acrescentou que a vacinação é o único caminho para se previnir da doença.

Por seu turno, o ministro do Turismo e Artesanato e igualmente porta voz do governo, Fernando Vaz, em nome do ministro da Saúde Pública, disse que o Ministério da Saúde tal como outros parceiros têm vindo a apoiar os esforços do Governo no sentido de assegurar uma saúde de qualidade à todos os cidadãos, com especial atenção às crianças com menos de cinco anos de idade.

"Em 2019, a Guiné-Bissau já tinha declarada a certificação da erradicação da poliomielite do poliovírus selvagem, infelizmente no ano passado ou seja em Março de 2021, a Guiné-Bissau foi informada pela Organização Mundial de Saúde OMS do isolamento de quatro casos do pliovírus tipo dois no país”, referiu.

Fernando Vaz disse que a poliomielite é um problema de saúde tal como outros  e que a doença é transmissível e provoca não só a doença mais também a morte das crianças.

Chamou a atenção à todos os técnicos de saúde envovidos nesta campanha, a dedicarem o máximo dos seus esforços, e administrarem a nova vacina com Vitamina A e desparasitação com Mebendazol às crianças menores de cinco anos, nas  cidades e tabancas mais longínguas do país.

Para Jean Marie Kipela, representante da OMS no país, o  lançamento da campanha de vacinação testemunha, por um lado, o engajamento da Guiné-Bissau no cumprimento das agendas globais e, por outro, uma colaboração forte entre tradicionais parceiros do Ministério da Saúde Pública na iniciativa da erradicação da pólio.

"A pandemia da Covid-19 piorou a fragilidade do sistema nacional de saúde,  em todas as vertentes e, por conseguinte, o sistema de vigilância e de vacinação não escaparam a regra”, frisou.

Jean Kapela  disse que, tanto as atividades de vacinação como as de vigilância não têm sido  implementadas com regularidade, e que sofreram interrupções prolongadas jamais conhecidas no país e, consequemente, a imunidade das crianças foram enfraquecidas não só em poliovírus, mas também ao sarampo e outras doenças evitáveis através de  vacinação.ANG/MI/ÂC//SG

      

 

Holocausto/Israel assinala o genocídio de seis milhões de judeus pelo nazismo

Bissau, 28 Abr 22 (ANG) - As sirenes soaram hoje (quinta-feira) em Israel dando início às cerimónias que todos os anos assinalam o Holocausto de seis milhões de judeus pelo regime nazi no poder na Alemanha desde 1932 até 1945.  

O Estado de Israel foi fundado em 1948 por judeus que abandonaram a Europa a seguir ao final da Segunda Guerra Mundial (1945) sendo que cerca de 165 mil sobreviventes do genocídio nazi vivem actualmente no país onde são reconhecidos como figuras históricas mas, cuja maioria, enfrenta situações de pobreza. 

Hoje, o primeiro-ministro israelita Naftali Bennet prestou homenagem no Memorial Yad Vashem afirmando que o mundo tem de deixar de comparar o Holocausto a outros acontecimentos e factos históricos.

Naftali Bennet fazia referência aos recentes discursos dos chefes de Estado da Rússia e da Ucrânia que estabeleceram paralelos entre a actual guerra em território ucraniano e o genocídio durante a Segunda Guerra Mundial.  

"Com o passar dos anos há cada vez mais discursos a nível mundial que comparam 'outras dificuldades' e acontecimentos com o Holocausto. Mas não é assim", afirmou Naftali Bennet.

"Nenhum outro acontecimento na História foi mais cruel assim como nada é comparável ao extermínio dos judeus pelos nazis e colaboracionistas na Europa", frisou o primeiro-ministro de Israel.

Naftali Bennet referiu-se também às "grandes diferenças" que estão actualmente a dividir Israel.

Este ano, o discurso do primeiro-ministro - num dos dias mais solenes do ano para Israel - ocorre numa altura em que Naftali Bennet é alvo de ameaças.

Na terça-feira, uma carta com ameaças de morte e com uma bala foi endereçada à família do chefe de governo de Israel, estando o assunto a ser investigado pelas autoridades.   

"Irmãos e irmãs, nós não podemos permitir que a génese dos mesmos perigos, das facções, desmantelem Israel internamente", declarou Naftali Bennet.  

Todos os anos, Israel recorda as vítimas do Holocausto exaltando os sobreviventes.

Os restaurantes e locais de entretenimento mantêm-se encerrados durante todo o dia, as estações de rádio transmitem música sóbria e as televisões incluem na programação documentários e emissões especiais sobre o Holocausto.

Trata-se da primeira vez desde o início da crise sanitária que o país assinala a data sem ser em contexto de confinamento.

A pandemia de SARS CoV-2 afectou em particular os sobreviventes do holocausto devido à idade avançada e a situações doenças associadas à terceira idade.

De acordo com um grupo que representa as vítimas do Holocausto citado pela Associated Presse, em Israel, cerca de um terço dos sobreviventes do Holocausto vivem abaixo do limiar da pobreza sendo que muitos são dependentes das ajudas governamentais e doações.

Por outro lado, um relatório divulgado hoje em Israel indica que apesar dos esforços implementados nos programas escolares, em todo o mundo, sobre a história do Holocausto, o anti-semitismo aumentou nos últimos anos a nível global. 

O documento refere que os sentimentos contra os judeus foram sentidos durante o confinamento sanitário, em vários pontos do mundo; nos comentários publicados nas redes sociais assim como após a intervenção militar israelita contra o território palestiniano de Gaza, no ano passado.

No âmbito das cerimónias oficiais, o presidente de Israel, Isaac Herzog, vai acender seis tochas que assinalam os seis milhões judeus assassinados pela Alemanha nazi. 

O porta-voz do Parlamento da Alemnha, Baerbel Bas, vai estar presente nas várias cerimónias oficiais em Israel. ANG/Angop

 

 

quarta-feira, 27 de abril de 2022

  Prevenção contra coronavirus

No plano individual deve-se  manter o distanciamento físico, usar  uma máscara,  lavar as mãos  regularmente e tossir fora do alcance  dos outros. Façam  tudo isso!

A nossa mensagem às populações e aos governos é clara. Façam tudo isso!"

                                        ( Tedros Adhanom Ghebreyesus - DG da OMS)

Cabo Verde/Save the Children exorta doadores internacionais a travar fome no Corno de África

Bissau,  27 Abr 22(ANG) – A organização não-governamental Save the Children voltou hoje a apelar aos doadores internacionais para prevenir a fome na Somália, Etiópia e Quénia, já lançado por dezenas de entidades humanitárias.

Segundo a organização, 14 milhões de pessoas estão em risco de fome nestes países africanos, cerca de metade das quais crianças, mas o número poderá aumentar para 20 milhões.

A crise alimentar resulta da grave seca que atravessa o Corno de África, das consequências da pandemia de covid-19, do conflito armado, das infestações de gafanhotos e do aumento de preços fruto do conflito na Ucrânia, assuntos que foram discutidos esta terça-feira na Mesa Redonda de Alto Nível para a Seca no Corno de África, coorganizada pela União Europeia e o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitárias (OCHA, na sigla inglesa).

Mais de 40 ONG e redes de apoio emitiram pedidos aos doadores, que se reuniram em Genebra, para reforçarem o financiamento e liderança humanitários, exortando que eventuais atrasos terão um elevado custo em vidas.

Desde o início de 2022, mais de meio milhão de pessoas já abandonaram as suas casas em busca de comida e água só na Somália e, em termos regionais, 5,7 milhões de crianças encontram-se em risco de malnutrição aguda e 1,7 milhões em risco severo, diz o comunicado.

O porta-voz da Save the Children para a África Oriental e Sul, Shako Kijala, afirmou que as crianças são sempre as mais afectadas pelas crises alimentares, lembrando: “A malnutrição leva a problemas de crescimento, prejudica o desenvolvimento mental e físico a longo prazo, aumenta o risco de outras doenças e, em última análise, causa a morte.”.

Os trabalhadores de várias ONG na Somália, Etiópia e Quénia louvaram o grande apoio demonstrado para com as vítimas do conflito na Ucrânia, mas lamentaram não assistir ao mesmo nível de urgência face aos milhões de pessoas que enfrentam “o peso de alguns dos maiores desafios comuns globais, incluindo a crise climática”.

Segundo o comunicado, esta “falta de atenção” faz recear que se repitam os atrasos de 2011, que permitiram 260.000 mortes devido à seca e à fome só na Somália, embora em 2017 o governo somali e a comunidade internacional tenham conseguido actuar a tempo de prevenir uma catástrofe semelhante.

Este último caso demonstrou, para a Save the Children, que é possível evitar a fome de forma eficaz a partir de uma “abordagem colectiva de financiamento e programação sem arrependimentos”, e que atrasar a acção apenas “custará mais aos doadores a longo prazo e corre o risco de reverter a última década de investimentos na construção de resiliência” na região.

Esta visão é ecoada por Issack Malim, director executivo da Plataforma Nexus, na Somália, que disse ser “crítico que os fundos sejam directamente canalizados para actores locais que procuram colmatar as causas de raiz da fome numa resposta humanitária integrada, movida pela comunidade”.

Para as ONG, é necessário replicar agora esta estratégia de sucesso, pelo que requisitaram aos doadores mais de 4,4 mil milhões de dólares (4,14 milhões de euros) para fornecer ajuda a cerca de 29,1 milhões de pessoas na Somália, Etiópia e Quénia ao longo de 2022.

Visto que apenas 5% deste valor (61 milhões de euros) foi arrecadado para a Somália até agora e que a reunião patrocinada pela União Europeia nas Nações Unidas foi “despromovida de uma conferência de doadores para uma mesa redonda de alto-nível”, a Save the Children exorta os envolvidos para que comecem “a actuar com um sentido de urgência e tomem acções decisivas” de forma a evitar a deterioração da crise. ANG/Inforpress/Lusa

 

 

Diplomacia/Presidente da República viaja hoje  à África do Sul em visita oficial de quatro dias

Bissau, 27 Abr 22 (ANG) – O Presidente da República desloca-se hoje  à Africa Sul para uma visita oficial de quatro dias, a convite do seu homólogo Cyril Ramaphosa.

A informação foi tornada pública através de um  comunicado do Gabinete de Comunicação e Relações Públicas da Presidência da República à  que a Agência de Noticias da Guiné teve acesso hoje.

De acordo com a nota, nesta viagem, Umaro Sissoco Embalo  vai fazer-se acompanhar da ministra de Estado dos Negócios Estrangeiros, da Cooperação Internacional e das Comunidades, Suzi Carla Barbosa, dos ministros dos Recursos Naturais e Energia, Orlando Mendes Veigas, da Defesa Nacional e dos Combatentes da Liberdade da Patria, Sandji Fati, do Comércio e Indústria, Tcherno Djalo e da Saúde Pública, Dionísio Cumba.ANG/MI/ÂC//SG

Covid-19/China aprova para ensaios clínicos uma vacina contra a variante Omicron

Bissau, 27 Abr 22(ANG) – Uma vacina chinesa inactivada contra a variante Omicron foi aprovada para ensaios clínicos pela Administração Farmacêutica Nacional na terça-feira, na China, segundo a agência de notícias Xinhua.

A vacina, desenvolvida pelo China National Biotec Group, afiliado à Sinopharm, está sob pesquisa desde Dezembro de 2021, informou a empresa.

De acordo com a mesma fonte, testes preliminares, como avaliação de segurança nos animais e pesquisa de imunogenicidade, mostraram que a vacina pode produzir um alto título de anticorpos neutralizantes contra várias variantes, incluindo o Omicron.

Em ensaios clínicos será adoptado um método de estudo randomizado, duplo-cego e de coorte entre pessoas com 18 anos ou mais que receberam duas ou três doses da vacina COVID-19 para avaliar a segurança e a imunogenicidade dessa vacina inactivada.

Refira-se que, Shanghai, o principal centro financeiro da China, tem registado nos últimos dias um surto de covid-19.ANG/Inforpress/Xinhua

 


Campanha de caju
/ONG Shelter For Lifft organiza  agricultores em cooperativas para tirarem maior proveito da venda de suas castanhas

Bissau,27 Abr 22(ANG) – A ONG Americana Shelter For Lifft organizou os agricultores em 10 cooperativas de compra e venda de castanha de caju, em três regiões do país, nomeadamente, Cacheu, Oio e Biombo.

Em declarações à imprensa no acto de assinatura do compromisso de compra e venda da castanha de caju com os responsáveis das referidas cooperativas, o representante da ONG Shelter For Lifft no país, disse que a iniciativa visa colmatar as dificuldades que os agricultores enfrentam em termos de venda das suas castanhas.

“Os nossos camponeses se deparam com problemas de organização, de forma a conseguir os melhores preços no mercado. Foi neste âmbito que surgiu a Shelter For Lifft, através do seu programa denominado Lifft-caju que vai trabalhar na ligação da parte financeira aos produtores”, explicou Mário Alfredo Mendonça.

Aquele responsável salientou que o projecto foi direccionado para as regiões de Oio, Biombo e Cacheu tendo organizado as dez cooperativas,  que estão  a trabalhar em parceria, de forma a ganharem mais dinheiro na presente campanha de comercialização de caju.

Segundo Mendonça, estão a ser criadas todas as condições necessárias para que os  agricultores que integram as cooperativas possam vender as suas  castanhas de caju, nomeadamente a  criação de armazéns, espaços para secagem, meios de transportes, acesso fácil aos  grandes compradores, orientações em termos de negociação de preços, entre outras.

“Ainda  estamos a apoiar-lhes na renovação e criação de novas plantações, através de fundo de subvenção, no estabelecimento de parcerias  com o Banco de África Ocidental(BAO),para a obtenção de financiamentos, nesta primeira fase,para não dependerem de pré-financiamento dos compradores”, disse. ANG/ÂC//SG

 

         Mali/ Junta militar acusa França de “espionagem" e "subversão"

Bissau, 27 Abr 22 (ANG) - A junta militar do Mali acusou o exército francês de "espionagem" e "subversão" após a difusão por Paris de vídeos gravados com um drone perto de uma base militar no país.

As acusações da junta militar do Mali aconteceram na noite de terça-feira, 26 de Abril. As autoridades no poder em Bamako acusam o exército francês de "espionagem" e "subversão" após a difusão por Paris de vídeos gravados com um drone perto da base militar de Gossi, recentemente entregue pelos militares franceses às autoridades locais.

O comunicado da junta militar indica que “desde o início do ano foram constatados mais de 50 casos de violação do espaço aéreo maliano por aeronaves estrangeiras, nomeadamente operadas pelas forças francesas” e que “um dos casos mais recentes foi a presença ilegal de um drone das forças francesas, a 20 de Abril de 2022, na base de Gossi, cujo controlo tinha sido transferido para as forças armadas malianas na véspera”.

O texto, assinado pelo coronel Abdoulaye Maïga, porta-voz do governo, acrescenta que “o drone estava presente para espionar” as forças armadas malianas e acusa também as forças francesas de “subversão” por publicarem o que classificaram como “falsas imagens para acusar as forças armadas de serem as autoras de massacres de civis”.

A 21 de Abril, dois dias depois de ter entregue às forças armadas malianas a sua base de Gossi, o exército francês publicou um vídeo do que afirma serem mercenários russos a enterrarem corpos junto a esta base para acusarem a França de crimes de guerra no Mali. Um “ataque de informação”, explicava o exército francês.

As imagens mostram soldados a taparem cadáveres com areia e, numa outra sequência, vê-se dois militares a filmarem os corpos parcialmente enterrados.

O Estado-Maior-General francês garante que se trata de soldados brancos, deixando a entender que são membros das forças mercenárias russas Wagner, as quais foram também identificadas em vídeos e fotos tiradas em outros locais.

No dia seguinte à publicação das imagens, o exército maliano anunciou ter descoberto “uma vala comum, não longe do quartel antigamente ocupado pela força francesa Barkhane", nome da operação antijihadista francesa no Sahel. O Estado-Maior-General do exército maliano acrescenta que “o estado de putrefacção avançada dos corpos mostra que a vala existe há muito, pelo que a responsabilidade não pode ser imputada às forças armadas malianas”.

Esta terça-feira, a justiça militar maliana anunciou a abertura de um inquérito após a descoberta da vala comum de Gossi.

 Após quase uma década de intervenção militar contra o jihadismo no Sahel, Paris decidiu retirar-se do Mali num contexto de deterioração da segurança e de tensões entre a França e a junta militar, acusada pelos ocidentais de se ter aproximado de Moscovo. Bamako fala de “instrutores” vindos da Rússia, enquanto Paris e Washington denunciam a presença de mercenários do grupo privado de segurança russo Wagner, algo desmentido pela junta militar maliana.

No contexto da crise diplomática com Bamako, Paris anunciou, em Fevereiro, a retirada dos soldados destacados no Mali, uma operação a ser concluída neste verão.

A 8 de Abril, o chefe de diplomacia francesa, Jean-Yves Le Drian, questionou a versão das autoridades de Bamako que afirmam ter "neutralizado" 203 jihadistas no final de Março em Moura, no centro, enquanto a ONG Human Rights Watch acusa os soldados malianos, apoiados por combatentes estrangeiros, de terem executado sumariamente cerca de 300 civis. A missão das Nações Unidas no Mali (Minusma) pediu, em vão, a Bamako para se deslocar ao local para investigações.ANG/RFI

 

 


Sociedade
/Emigrantes guineenses em Espanha doam lotes de materiais à Fundação Ninho da Criança

Bissau, 27 Abr 22(ANG) – Um grupo de  emigrantes guineenses radicados em Espanha doou lotes de materiais constituídos de paineis solares, carretas, dezenas de embalagens de roupas usadas e outros materiais à fundação da antiga Primeira-dama, Mariama Sanhá Mané.

No acto da entrega dos referidos materiais, o coordenador da Federação Guineense residente no Reino da Espanha, Guelago Gano, queixou-se das dificuldades que os emigrantes enfrentam no processo de desalfandegamento.

“Trouxemos vários materiais para oferecer às organizações que apoiam as crianças em dificuldades, nomeadamente roupas usadas, televisor, painel solar, colchões, entre outros. No lote destes materiais, uma parte foi entregue à Fundação Ninho da Criança”, contou.

Segundo o  empresário Fode Djassi, que se empenhou para que a inicitiva tornasse uma realidade, a oferta será extendida à algumas localidades regionais.

Djassi enalteceu a iniciativa e pediu ao executivo para  prestar uma atenção especial aos emigrantes que fazem sacrifícios nos países de acolhimento para ajudar o seu país.

Para Fode Djassi  não é justo que os emigrantes passem sacrifícios no seu próprio país, particularmente no que concerne ao desalfandegamento dos seus materiais.

O empresário que tem-se dedicado as causas sociais con apoio aos mais carenciados, anunciou que em breve vão receber ventiladores oferecidos pela federação de emigrantes guineenses em Espanha, que serão destinados para o hospital Nacional Simão Mendes e hospital Militar.

A diretora da Fundação “Ninho da Criança”, Adja Maram Mané, clamou por ajuda de pessoas de boa vontade e do executivo para a construção de um centro para acolher dezenas de crianças órfãs e carenciadas que vivem no  centro atualmente.

Mané disse que assumiu um compromisso de acolher crianças e educá-las para se tornarem  pessoas que podem servir o país amanhã. “Por isso mesmo com as dificuldades que atravessamos não podemos abandoná-las”, disse.

“Não temos coragem de abandonar essas crianças, porque foram acolhidas quando ainda estavam no berço. Algumas são órfãs de mães logo à nascença. São no total 36”, contou.ANG/ÂC//SG

 

                  Segurança/Tropas da CEDEAO chegam à Guiné-Bissau

Bissau, 27 Abr 22 (ANG) - Relatos de populares na zona de São Domingos, norte da Guiné-Bissau, indicam que elementos da nova força de manutenção da paz da CEDEAO entraram no país na segunda-feira.

Em Bissau, não há nenhuma posição oficial sobre o assunto. 

Oficialmente ainda não há nenhuma indicação sobre a força, mas fontes das Forças Armadas da Guiné-Bissau disseram à RFI que será uma força composta por 631 militares. Fala-se que seriam essencialmente militares da Nigéria, Senegal, Togo e Benim.

Ou seja, a mesma composição da Ecomib, força militar que a CEDEAO estacionou na Guiné-Bissau entre 2012 e 2020, na sequência do golpe militar de Abril de 2012.

As fontes contactadas pela RFI indicaram que alguns elementos da nova força da CEDEAO já se encontram no território guineense, desde ontem, dia 25 de abril. Entraram através da fronteira de São Domingos, junto à região senegalesa da Casamansa.

Num primeiro momento, a força será de 631 militares, mas caso seja necessário será reforçada com mais militares. Também disseram que a força nao se vai designar Ecomib, mas terá um outro nome.

O quartel-general da força será junto do Ministério da Defesa guineense, mas a sua base será no Regimento da Banda de Música Militar, junto ao aeroporto Osvaldo Vieira, nos arredores de Bissau.

A grande questão de momento é saber quanto tempo a força irá permanecer na Guiné-Bissau e qual a sua missão específica, além de dar protecção às principais figuras do Estado, aos políticos e dar segurança física às instituições da República. ANG/RFI

 

 

Myanmar/Aung San Suu Kyi condenada a cinco anos de prisão por corrupção

Bissau, 27 Abr 22 (ANG) - Um tribunal de justiça birmanês condenou, esta quarta-feira, Aung San Suu Kyi a mais cinco anos de prisão num dos casos de corrupção que a líder destituída e Prémio Nobel da Paz enfrenta.

Os seus apoiantes classificam as acusações como injustas e fabricadas, com o objectivo de a afastar definitivamente da arena política.

Neste processo, a Prémio Nobel da Paz e antiga governante Aung San Suu Kyi é acusada de aceitar subornos no valor de 600 mil dólares e 11,4 quilos de ouro do antigo governador de Rangun, Phyo Min Thein, que testemunhou em Outubro contra a líder eleita.

Suu Kyi, de 76 anos, está em prisão domiciliária, desde as primeiras horas do golpe de Estado em Myanmar, em Fevereiro de 2021, e apoiantes e observadores internacionais classificam as acusações como injustas e fabricadas, com o objectivo de a afastar definitivamente da política.

A Prémio Nobel da Paz (1991) já tinha sido condenada a seis anos de prisão noutros casos e enfrenta mais acusações de corrupção: por ter alegadamente abusado da sua posição para arrendar terrenos; por alegadamente se apropriar indevidamente de fundos doados a uma fundação a que presidiu e por construir uma residência com eles, bem como por alegadamente comprar e alugar helicópteros.

No início de Dezembro, Aung San Suu Kyi foi condenada a quatro anos de prisão (reduzidos a dois anos após receber um indulto da junta militar) por violar leis antipandémicas e por incitação contra a junta militar. A 10 de Janeiro, a vencedora das eleições de 2015 e 2020 foi condenada a mais quatro anos de prisão por ignorar medidas de prevenção face à covid-19 num acto eleitoral e por importar ilegalmente dispositivos de telecomunicações.

Suu Kyi está, também, a ser julgada por alegada violação da Lei dos Segredos Oficiais, punível até 14 anos de prisão, sendo ainda acusada de fraude eleitoral durante as eleições de Novembro de 2020.

O golpe de Estado de Fevereiro de 2021 mergulhou Myanmar numa profunda crise económica, política e social, com quase 1800 pessoas mortas e mais de 13.000 detidas. Além disso, o golpe intensificou a espiral de violência com novas milícias civis que intensificaram acções de guerrilha, que duram há décadas no país.

Aung San Suu Kyi continua a ser uma personalidade muito popular no país, ainda que a sua imagem internacional tenha sido manchada pela sua incapacidade em defender a minoria muçulmana dos Rohingya. Desde que foi detida, a antiga líder desapareceu dos radares, aparecendo apenas em algumas fotografias no tribunal divulgadas pela imprensa.

Vários opositores à junta militar consideram que a sua luta deve ir para além da Prémio Nobel para tentar acabar com o controlo dos generais sobre a política e a economia no país. Houve milícias a tomarem as armas contra a junta em diferentes regiões, contrariando o princípio de não-violência defendido por Aung San Suu Kyi.

Na semana passada, o chefe da junta, Min Aung Hlaing, apelou para que se façam negociações de paz com as facções rebeldes que controlam partes do território e que combatem o exército há décadas.ANG/RFI

 

 

terça-feira, 26 de abril de 2022

 Prevenção contra coronavirus

No plano individual deve-se  manter o distanciamento físico, usar  uma máscara,  lavar as mãos  regularmente e tossir fora do alcance  dos outros. Façam  tudo isso!

A nossa mensagem às populações e aos governos é clara. Façam tudo isso!"

                                        ( Tedros Adhanom Ghebreyesus - DG da OMS)