quarta-feira, 15 de maio de 2024

França/Promessas de 2.2 mil milhões de dólares para Clean Cooking em África

Bissau, 15 mai 24 (ANG) - A Cimeira Clean Cooking in Africa, cozinhar com recurso a energias limpas em África decorreu, terça-feira, em Paris, mas logo no  arranque do encontro, governos e sector privado avançaram com promessas de financiamento que totalizam os 2.2 mil milhões de dólares para a transição energética da confeção alimentar no continente africano, actualmente dependente de combustíveis como carvão e lenha.


A cimeira organizada pela Agência Internacional de Energia, realizada na sede da Unesco em Paris, reuniu mais de 1.000 delegados de quase 60 países.

Em cima da mesa, estavam os impactos na saúde e no clima da utilização de fogueiras abertas e fogões tradicionais. Além disso, discutem-se igualmente as diferentes possibilidades de transição energética.

A questão da “culinária limpa” tem ficado de fora das agendas climáticas. Quatro em cada cinco pessoas africanas ainda confeccionam as suas refeições em fogões abertos e tradicionais, com recurso a combustíveis poluentes, como o carvão ou a lenha.

A Agência Internacional de Energia defende que 2024 deve ser o ponto de viragem para a confecção limpa de alimentos em África.

A falta de acesso a uma confecção limpa de alimentos tem consequências para a saúde, para o clima e também para a igualdade de género. Quase meio milhão de mulheres e crianças morrem prematuramente em África, por ano, pela falta de acesso a uma culinária limpa. 

A Agência Internacional da Energia defende que para resolver este problema em África, até 2030, custa apenas 4 mil milhões de dólares de investimento anual. 

A participar neste evento está Evandro Gussi, presidente da União brasileira da Indústria da Cana de Açúcar e Bioenergia (UNICA). Ao microfone da RFI, Evandro Gussi explicou de que forma a experiência brasileira pode ser transferida para África e lembra que “a produção de bioenergia sustentável, sem desmatamento e sem competição com a alimentação, pode trazer para a África os mesmos ganhos que nós experimentamos no Brasil” e servir de alavanca “transformadora” para o continente africano.

RFI: Qual é a contribuição da UNICA para esta cimeira?

Evandro Gussi, presidente da União brasileira da Indústria da Cana de Açúcar e Bioenergia (UNICA): Todas as vezes que se pensa sobre transição energética, nós dependemos de inúmeras soluções e a UNICA, representando o Brasil nessa oportunidade, mostra a grande contribuição que o Brasil fez no desenvolvimento de uma cadeia eficiente e sustentável de bioenergia nesses últimos 40 anos, especialmente a partir do etanol, em suas várias formas de utilização.

Porque é que o bioetanol é melhor que o carvão e que a madeira? 

O etanol tem praticamente zero de emissão dos chamados materiais particulados, que são uma das maiores causas em termos de saúde pública, de câncer e outras muitas doenças a partir do sistema respiratório cardiovascular. Então, o etanol na mobilidade ou em qualquer tipo de uso, como por exemplo no Clean Cooking, ele oferece praticamente zero de material particulado, sem falar numa redução muito expressiva de CO2 e a inexistência de fuligem ou outros tipos de materiais e de emissões de poluentes que são danosos à saúde humana.

Como é que esta transferência de conhecimento entre Brasil e África pode ser feita?

O Brasil e a África têm muitas similaridades. O continente africano e o Brasil são geograficamente bastante próximos em termos de características de solo, de exposição solar, sobretudo, que são determinantes para um cultivo de biomassa produzido e utilizado de maneira sustentável. Existem muitas regiões africanas que são semelhantes às regiões agrícolas brasileiras e que podem experimentar a replicabilidade do modelo que a gente viveu no Brasil. 

Nós entendemos também que o que aconteceu no Brasil é a produção de bioenergia sustentável, ou seja, sem desmatamento e sem competição com alimento, pode trazer para a África os mesmos ganhos que nós experimentamos no Brasil. 

Ao lado das questões ambientais, nós temos uma questão socioeconómica muito relevante. Uma cidade, por exemplo, em que tem uma fábrica de etanol, o PIB per capita nessa cidade aumenta em mais de 1.000 dólares. É como se eu gerasse mais de 1.000 dólares de riqueza para cada pessoa da cidade. Nas 15 cidades em torno da fábrica, nós temos um incremento de 475 dólares. Imagina o efeito transformador que isso tem? Teve no Brasil, e efeito transformador que isso pode gerar na África, caso aplicado.

A questão da segurança alimentar não pode ser levantada, ou seja, para o fabrico dessa bioenergia, não pomos em causa o cultivo alimentar destas pessoas?

É o contrário. Na verdade, a FAO, que é a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, desenvolveu há cerca de 15 anos um conceito chamado IFES (Integrated Food-Energy System), sistemas integrados de produção de energia e alimento. E o que a gente desenvolveu no Brasil foi justamente isso: quanto mais energia a partir de activos biológicos, a partir da agricultura e da pecuária, eu gero no Brasil, mais alimento eu produzo. 

No caso da cana-de-açúcar, ela substituiu pastagens degradadas, com baixíssimo nível de produção alimentar por hectare. Quando eu transformo essa terra degradada em uma terra agricultável, junto com a rotação de cultura que nós fazemos - ou seja, entre o replantio da cana, nós temos outras culturas, como amendoim, milho, soja, feijão e assim por diante - gero hoje mais alimento por hectare do que gerava antes da cana-de-açúcar. 

No caso do etanol de milho produzido no Brasil, 100% vem de uma segunda safra. Nós plantamos soja em Novembro, colhemos em Abril. No mesmo mês de Abril já se planta o milho, que vai ser colhido em Julho. Ou seja, 100% do milho que eu uso é um milho que estará no mesmo ano, utilizando a mesma terra, mas já numa segunda safra. Ao lado disso, o milho não é milho, são quatro coisas: milho é amido, proteína, fibra e óleo. E nós utilizamos para fazer o etanol apenas o amido. Os outros componentes vão virar ração animal para nutrir bois, porcos, aves e até peixes, de modo que ao fim do dia eu vou ter mais produção alimentar, porque essa carne, essa proteína animal vai virar alimentação humana. Então, ao invés de eu ter um conflito de alimentação e energia, tenho o contrário, quanto mais energia gero, mais alimento consigo promover.


Para essa plantação não se corre o risco de deitar abaixo e abater árvores que são importantes também para esta questão ambiental e ao mesmo tempo o desgaste dos solos?

Quando falo de bioenergia sustentável, quando qualifico essa bioenergia, estou querendo justamente dizer que ela é feita sem desmatamento, ou seja, utilizando terras antropizadas, terras que já estão aptas ao uso humano nas últimas décadas e com alto nível de fixação de carbono no solo, longe de criar problemas para o solo. Ao contrário, nós recuperamos dezenas de milhões de hectares que estavam degradados em termos de solo e que foram recuperados, inclusive com fixação profunda de carbono nesses ambientes. 

Nós temos no Brasil, por exemplo, um Código Florestal que é extremamente rigoroso e que o sector de produção de bioenergia segue também com muito rigor. O Brasil tem problemas de desmatamento feito por criminosos, são desmatamentos ilegais, contrários à legislação e desconectados do sector produtivo organizado.

No caso da produção de etanol, no Brasil, nós temos um compromisso com o desmatamento zero, ainda que ele seja permitido pela lei florestal, porque nós temos uma política de créditos de carbono que não consegue conviver com a desflorestação.

Quando me refiro a bioenergia sustentável, estou qualificando essa bioenergia que é ausente de desflorestação e que não gera competição com alimento. ANG/RFI

 

Suíça/Ex-ministro da Gâmbia condenado por crimes contra humanidade

Bissau, 15 Mai 24 (ANG) - O principal tribunal criminal da Suíça condenou hoje um antigo ministro do Interior da Gâmbia por crimes contra a humanidade durante a repressão das forças de segurança contra opositores, informou uma Organização Não-Governamental (ONG).

Ousman Sonko, ministro do Interior da Gâmbia entre 2006 e 2016, durante o Governo do então Presidente, Yahya Jammeh, foi condenado a 20 anos de prisão, informou na rede social Twitter a Trial International, ONG que combate a impunidade associada a crimes internacionais.

O gabinete do procurador-geral suíço disse que a acusação contra Sonko, apresentada há um ano, abrangia crimes praticados durante o regime de Jammeh, cujo Governo foi responsável por detenções arbitrárias, abusos sexuais e execuções extrajudiciais.

O julgamento, que começou em Janeiro, segundo o site Notícias ao Minuto, foi visto por grupos de defesa como uma oportunidade para se garantir uma condenação ao abrigo da "jurisdição universal", que permite a acusação de crimes graves cometidos no estrangeiro.

O veredicto foi lido hoje no Tribunal Penal Federal Suíço, no sul de Bellinzona.

Sonko pediu asilo na Suíça em Novembro de 2016 e foi detido dois meses depois.

ANG/Angop


             Bélgica
/UE exorta Israel a parar com operação em Rafah

Bissau, 15 Mai 24 (ANG) - A União Europeia exortou nesta quarta-feira,  as autoridades israelitas a “parar imediatamente” com a operação militar em Rafah, no Sul da Faixa de Gaza, sob ameaça de colocar “uma grande tensão” na relação do bloco europeu com o Israel.

Em comunicado, o Alto Representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros, Josep Borrell, insta Israel a acabar com a operação militar em Rafah, sublinhado que a manutenção desta ofensiva pode agravar as relações entre a União Europeia e as autoridades israelitas.

“Se Israel continuar a sua operação militar em Rafah, inevitavelmente colocará uma grande tensão na sua relação com a UE", disse.

O responsável pela diplomacia europeia alerta para o facto desta operação militar estar a “prejudicar ainda mais a distribuição de ajuda humanitária em Gaza, a causar mais deslocamentos internos, exposição à fome e sofrimento humano”.

A União Europeia instou ainda Israel a reabrir o ponto de passagem de Rafah, denunciado que mais de um milhão de civis, refugiados em Rafah, receberam ordem de evacuar as zonas que as Nações Unidas não consideram seguras.

De acordo com a ONU, o exército israelita entrou em Rafah a 7 de Maio e, desde então, a passagem fronteiriça entre a Faixa de Gaza e o Egipto permanece fechada, um ponto crucial para que a ajuda humanitária chegue à população ameaçada pela fome em Gaza.

Os 27 Estados membros pediram às partes para redobrarem os esforços para alcançarem um cessar-fogo imediato e a libertação incondicional de todos os reféns israelitas detidos pelo Hamas.

Ao oitavo mês de guerra- na sequência dos ataques do Hamas de 07 de Outubro de 2023, que causaram em território israelita cerca de 1.200 mortos e fizeram mais de 200 reféns- a ofensiva militar israelita em Gaza já provocou mais de 35.000 mortos, segundo as autoridades do território palestiniano.ANG/RFI

 

República de Guiné/Pelo menos 47 mortos na repressão de protestos  desde 2021

Bissau, 15 Mai 24 (ANG) - A repressão das manifestações na Guiné-Conacri fez pelo menos 47 mortos, na sua grande maioria jovens, desde que os militares tomaram o poder em setembro de 2021, afirmou a Amnistia Internacional num relatório publicado hoje.

Segundo o relatório, mais de 75% dos 47 mortos tinham menos de 25 anos e 40% menos de 18 anos.

A Organização Não-Governamental (ONG) revelou também que um número mais elevado de pessoas ficou gravemente ferido durante as manifestações por indivíduos identificados como membros das forças de segurança.

Entre 2019 e 2021, pelo menos 66 pessoas já foram mortas, principalmente durante manifestações contra o plano do Presidente, Alpha Condé, de reformar a Constituição para concorrer a um terceiro mandato, disse a Amnistia.

A ONG afirmou que a repressão continuou sob o Comité Nacional da Unidade para o Desenvolvimento (CNRD, na sigla em francês), liderado pelo Coronel Mamadi Doumbouya, que derrubou o Presidente em 2021.

"Apesar das promessas do CNRD de resolver a questão do uso excessivo da força (...), incluindo em casos de mortes ilegais, esta situação extremamente grave persiste, num contexto geral de repressão de vozes dissidentes", disse a diretora da Amnistia Internacional para a África Ocidental e Central, Samira Daoud, citada no comunicado.

A junta proibiu todas as manifestações desde 2022 e mandou prender, processar ou exilar vários líderes da oposição.

Ordenou também a dissolução de um grupo que tinha estado na vanguarda da oposição a Alpha Condé e que era igualmente ativo contra a junta e restringiu o acesso à Internet durante três meses, retirou os canais de televisão dos principais pacotes de distribuição e bloqueou as frequências de rádio.

“Desde 2019, registaram-se poucas condenações de membros das forças de defesa e segurança por uso ilegal da força”, lamentou a Amnistia.

Os centros de saúde públicos e privados têm-se recusado a tratar as vítimas por receio de represálias, referiu a organização.

Em março, o primeiro-ministro, Amadou Oury Bah, reconheceu que a junta permaneceria no poder pelo menos até 2025, não cumprindo o compromisso de sair até ao final de 2024. ANG/Lusa

 


    Rússia
/Putin apoia plano chinês para resolução da guerra na Ucrânia

Bissau, 15 Mai 24 (ANG) – O Presidente russo, Vladimir Putin, apoiou hoje a proposta de resolução da guerra na Ucrânia apresentada pela China, país onde inicia na quinta-feira uma visita oficial de dois dias.

Em entrevista à agência noticiosa oficial chinesa Xinhua, Putin expressou uma opinião favorável à posição de Pequim sobre uma solução política para o conflito.

O líder russo apreciou o facto de a China compreender "as raízes e o impacto geopolítico" da guerra, referindo-se a um documento publicado em fevereiro de 2023 que delineia a posição de Pequim sobre a "Resolução Política da Crise Ucraniana", como o conflito é designado no país.

Este documento, que inclui uma proposta de 12 pontos, reflete o "desejo sincero da China de estabilizar a situação" e sugere uma abordagem que evita a "mentalidade da Guerra Fria", segundo Putin.

O líder russo sublinhou os "quatro princípios para a resolução pacífica" da guerra promovidos há um mês pelo seu homólogo chinês, Xi Jinping, que "se enquadram perfeitamente" na proposta chinesa e garantem "uma segurança indivisível e o respeito pelo direito internacional e pela Carta das Nações Unidas".

Putin sublinhou que o seu país "não se recusou a negociar" para resolver o conflito que dura há mais de dois anos.

"Estamos abertos ao diálogo sobre a Ucrânia, mas essas negociações devem ter em conta os interesses de todos os países envolvidos no conflito, incluindo o nosso", afirmou.

A visita de Putin à China, que começa na quinta-feira e se prolonga até ao dia seguinte, segue-se a uma recente viagem de Xi à Europa, no meio de pressões do Ocidente para que o líder chinês use a sua influência junto do homólogo russo para pôr fim à ofensiva na Ucrânia.

A digressão de Xi, que não visitava a Europa há cinco anos, incluiu paragens em França, Sérvia e Hungria.

Pequim, que aprofundou os seus laços com Moscovo desde o início do conflito, apelou à realização de uma conferência internacional "reconhecida tanto pela Rússia como pela Ucrânia" para retomar o diálogo.

O primeiro ponto do plano chinês destacou a importância de “respeitar a soberania de todos os países”, numa referência à Ucrânia. “O Direito internacional, universalmente reconhecido, incluindo os propósitos e princípios da Carta das Nações Unidas, deve ser rigorosamente observado”, lê-se na proposta.

“A soberania, independência e integridade territorial de todos os países devem ser efetivamente preservadas”, apontou.

O Governo chinês apelou ainda ao fim da “mentalidade da Guerra Fria” – um termo frequentemente usado por Pequim para criticar a política externa dos Estados Unidos.

“A segurança de uma região não deve ser alcançada através do fortalecimento ou expansão de blocos militares”, afirma-se no documento, numa crítica implícita ao alargamento da NATO. “Os legítimos interesses e preocupações de segurança de todos os países devem ser levados a sério e tratados adequadamente”.

A visita de Putin surge também depois de, no final de abril, o Secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, ter apelado a Pequim para que "não ajude a Rússia" e não forneça ao país vizinho componentes que possam ser utilizados na sua guerra contra a Ucrânia.

Pequim negou ter vendido armas à Rússia e afirma ter uma relação comercial "normal" com Moscovo.

No entanto, as autoridades norte-americanas alertaram nas últimas semanas que as empresas chinesas estão a ajudar a indústria de armamento da Rússia, vendendo equipamento que pode ser utilizado para produzir mísseis balísticos. ANG/Lusa

 

Cooperação/Presidente da Republica da Libéria Joseph Boakai é esperado hoje em Bissau   para uma visita de trabalho

Bissau, 15 Mai 24 (ANG) – O Presidente da República da Libéria Joseph Boakai, chega hoje à Guiné-Bissau, para uma curta visita de trabalho de algumas horas.

Segundo o programa de visita divulgado pelo Gabinete de Comunicação e Relações Públicas da Presidência, o chefe de Estado da Libéria chega a Bissau às 11h00, num voo especial e vai ser recebido pelo seu homólogo guineense Úmaro Sissoco Embaló.

Depois, os dois chefes de Estados deslocam-se para o Palácio da República para um encontro a dois, antes da cerimómia de boas vindas e prestação de honras militares.

De seguida dirigem-se à sala para fotografia oficial, devendo o Presidente da Libéria assinar o livro de honra, seguida de apresentação das  duas delegações.

De acordo com o programa de visita, o Presidente da Libéria vai reunir-se com seu homólogo guineense e no final, os dois Presidentes vão prestar declarações conjunta à imprensa.ANG/LPG/ÂC//SG

terça-feira, 14 de maio de 2024

Economia/Governo fixa preço de gasolina em 901,89 francos CFA e do gasóleo em 794,29 francos de venda ao público

Bissau, 14 Mai 24(ANG) -  O Governo, através da  Autoridade Reguladora do Setor dos Combustível e Derivados do Petróleo e do Gás Natural(ARSECO) e o  Ministério das Finanças, fixou  novos preços de combustíveis, em que a gasolina passa a custar 901,89 francos  por cada litro e o gasóleo  794, 29  francos CFA,  nos postos de venda ao público.

 A informação consta numa tabela oficial datada do 02 de Maio 2024,  a que ANG teve acesso hoje e que indica ainda que para  as centrais elétricas do interior,  o preço de gasóleo é de 555,03 francos para o público e gasolina misturada é de 692,53 francos CFA, o litro.

Os preços de combustíveis são atualizados mensalmente e  de acordo com as  atualizações  de Abril , a gasolina custava 868 francos CFA por litro e a gasóleo era vendido à 790 francos, o litro.

No despacho que anuncia novos preços de combustíveis, o Governo indica que  a evolução das cotações dos produtos derivados do Petróleo no mercado internacional tem sido objeto de um acompanhamento rigoroso por parte do  Executivo, dada a sua influência direta na atividade económica do país. ANG/JD/ÂC//SG

     INACEP/ Novos corpos sociais do Sindicato de base tomam posse

Bissau, 14 Mai 24 (ANG) –  Os novos corpos sociais do Sindicato de Base da Imprensa Nacional INACEP, eleito  no passado dia 03 do mês em curso, com  58 votos correspondentes a 67 por cento, num universo de 83 votantes, foram hoje empossados.

O acto foi presidido pelo representante do Presidente da Confederação  Geral dos Sindicatos Independentes da Guiné-Bissau (CGSI-GB) Afonso Martinho Mendes.

Mendes disse que, hoje no país, a  assunção da responsabilidade no movimento sindical é um ato de coragem e muito perigoso, porque os governantes, em termos politicos, estão desorganizados e  consideram um sindicalista  seu adversário.

“Digo que é perigoso, porque existem várias legislações no país, mas ninguém está interessado na sua aplicação prática”, sustentou Afonso Mendes

O dirigente sindical salientou que o papel do sindicato é auxiliar o patronato em termos de resolução dos problemas não só dos trabalhadores, mas também da instituição.

“O sindicalista não aufere nenhuma remuneração para defender interesses dos trabalhadores. É um trabalho livre, voluntário, feito com vontade,”, avisou ao novo Presidente do Sindicato de Base da INACEP encabeçado por Mohamed Monteiro.

Afonso Mendes recomendou  aos funcionários a colaboração com a direção do Sindicato nas reivendicações  dos seus direitos,caso contrário não vai ter sucesso.

O Presidente eleito do Sindicato de Base da INACEP, para o exercício de quatro anos, Mohamed Lamine Monteiro, para além de defender o pagamnto dos atrasados salariais de dois meses, defende o pagamento da Segurança Social. “Há mais de 24 meses que a Segurança Social não é paga”, disse.

Mohamed Monteiro se comprometeu a fazer do cumprimento da Segurança Social  ponto forte do seu mandato, em colaboração com a direcção da INACEP e sobretudo dos trabalhadores.

Durante o seu discurso de tomada de posse lembrou do Suplemento número 12 publicado no Boletim Oficial de 23 de Março de  2021, que atribuiu a  INACEP o direito de produção de todos os documentos do Estado da Guiné-Bissau.

Afirmou que, a INACEP é primeira impresa de capital público da Guiné-Bissau, com 145 anos de existência, por isso prometeu trabalhar   com a direção para mudar a situação.

Apela  aos colegas para juntos refletirem sobre vida da instituição e traçar um novo caminho.

A nova direção eleita no passado dia 03 de Maio, para um mandato de quatro anos, conta com nove membros, nomeadamente o Presidente Mohamed Monteiro, vice-Presidente Infali Cassamá e Secretário Jaime B.N. Nabangna.

O Conselho Fiscal, tem como Presidente Ivaldina Fernandes Lopes, vice-presidente Simão Có e Claudina Malú como Secretária.

A Assembleia-geral é presidida por Armando Veiga Júnior, vice-presidente César Semedo Mendes, e Mariama Sani como Secretária.

ANG/LPG/ÂC//SG

 

Cooperação/ Ministro dos Negócios Estrangeiros destaca exploração de bauxite e petróleo como áreas prioritária da cooperação com a Russia

Bissau,14 Mai 24(ANG) -   O ministro dos Negócios Estrangeiros, Cooperação Internacional e da Comunidades, Carlos Pinto Pereira, destacou que a cooperação com a Rússia centrar-se-á na exploração de Bauxite e do Petróleo, duas áreas que diz serem prioritárias para a Guiné-Bissau.

“Na área da Bauxite, a anterior concessão tinha sido atribuída à Angola, que por várias razões que a própria Angola poderá esclarecer depois, desistiu dessa licença de exploração.Depois da desistência de Angola, houve vários parceiros interessados e o parceiro que ganhou foi uma empresa russa denominada Russell, uma das maiores empresas do mundo no domínio da Bauxite e alumínio”, afirmou Pinto Pereira que  anunciou que  a mesma empresa  vai iniciar, ainda este ano, o processo de exploração da bauxite.

O governante fazia,  segunda-feira, o balanço da visita do Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló à Rússia, no âmbito das celebrações do Dia da Vitória, a 09 de Maio, na capital russa.

O ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação Internacional informou aos jornalistas que o Presidente da República manifestou  a intenção de o Governo da Guiné-Bissau ver o Governo russo  apoiar projetos regionais de grande importânciaç não só a Bauxite, como outros para o futuro da Guiné-Bissau, nomeadamente, o do porto do Rio Grande de Buba, do caminho de ferro Buba-Bamako e da barragem de Saltinho.

Assegurou que a empresa concessionária não tem nenhum compromisso formal nessa matéria e que terá reconhecido a importância que estes projetos têm para o futuro do desenvolvimento da Bauxite e terá pedido ao governo russo a olhar com atenção para estes projetos.

“Recebemos promessas do governo da Rússia, de analisar o  pedido formulado pela Guiné-Bissau.  No setor do petróleo, vamos encontrar outra gigante, mas aqui o processo foi um pouco diferente do da bauxite, porque várias empresas têm vindo a trabalhar nesse setor”, assegurou o governante.

O chefe da diplomacia que acompanhou o PR nessa viagem, disse  que os resultados da missão guineense à Rússia foram “altamente satisfatórios “e “ultrapassaram de longe os objetivos que o país tinha fixado”.

Admitiu que se as construções do porto do rio Grande Buba e o caminho de ferro Buba-Bamako forem para frente, a Guiné-Bissau, para além da Bauxite, passará a ter outra riqueza, a venda de serviços portuários, que não terá limites, porque haverá a exploração portuária e o desencravamento do Mali e  Burkina Faso, que não têm acesso ao mar, o que  poderá constituir uma fonte de riqueza para a Guiné-Bissau.

Anunciou que, para além desta visita oficial, Sissoco Embaló deverá realizar, ainda este ano, uma visita de Estado à Rússia e visitas oficiais às Repúblicas de Tartaristão   e da Tchetchénia, estando previsto para este mês , uma visita do vice-primeiro-ministro e do ministro do Comércio e da Indústria de Tartaristão  ao país, para identificar as áreas que possam ser prioritárias para a cooperação entre os dois países     

Carlos Pinto Pereira disse aos jornalistas que foi uma oportunidade para a Guiné-Bissau reafirmar o seu compromisso e continuar a desenvolver as suas relações de cooperação, por ser um dos países que mais apoio  concedeu ao povo guineense nos momentos difíceis da sua história de luta de libertação.

Descreveu a contribuição russa ,bem como da China e Cuba, como um ato determinante na conquista da independência da Guiné-Bissau, lembrando que no quadro da cooperação com este país do leste europeu, quer com a antiga União Soviética, que com a atual Rússia, houve intensas relações de cooperação no domínio de formação de quadros guineenses com uma percentagem muito grande, tanto no domínio civil como militar.

Carlos Pinto Pereira disse acreditar que esse esforço da Rússia aumentará e será significativo nos próximos dois anos, 2024/2025, com a materialização da decisão de uma empresa privada russa de oferecer 70 bolsas de estudo no domínio técnico, engenharia e noutras áreas que a Guiné-Bissau achar prioritárias.

ANG/O Democrata

Tempo/Meteorologia prevê chuva acima da média na Guiné-Bissau e Cabo Verde

Bissau,14 Mai 24 (ANG) – A época das chuvas deste ano poderá trazer chuva acima da média à Guiné-Bissau e a Cabo Verde, de acordo com a previsão sazonal do centro regional de meteorologia Agrhymet, que cobre o Sahel e África Ocidental.

“Precipitação perto da média ou acima é muito provável”, até setembro, em toda a faixa do continente africano que se estende do Mar Vermelho, a leste, até ao oceano Atlântico, a oeste, lê-se no mais recente boletim da organização, consultado hoje pela Lusa.

As previsões para chuva acima da média são mais acentuadas para o continente, incluindo a Guiné-Bissau, e menos para Cabo Verde.

Seja como for, em ambos os casos, só há 20% de chances de a precipitação ficar abaixo da média.

De acordo com o centro regional de meteorologia Agrhymet, as previsões requerem medidas de prevenção face a riscos de inundações ou cheias repentinas, assim como fazer uma preparação adequada das reservas de água, para se obter o máximo proveito.

É igualmente aconselhado um contacto antecipado com os serviços de apoio agrícola para preparação das culturas. ANG/Lusa

 

Economia/Preços das moedas para terça-feira, 14 de maio de 2024

MOEDA

COMPRAR

OFERTA

Euro

655.957

655.957

dólares americanos

604.500

611.500

Yen japonês

3.855

3.915

Libra esterlina

759.500

766.500

Franco suíço

666.750

672.750

Dólar canadense

441.000

448.000

Yuan chinês

83.250

85.000

Dirham dos Emirados Árabes Unidos

164.000

167.000

Fonte: BCEAO

            África doSul- Desabamento/ Número de mortos chega a 32

Bissau, 14 Mai 24 (ANG) - Esforços de resgate e recuperação continuam pela segunda semana consecutiva após o colapso de um edifício no município de George, na África do Sul, com 32 mortos confirmados, indica a SAnews nesta terça-feira.

De acordo com as últimas estatísticas divulgadas pelo município de George, dos estimados 81 trabalhadores que estavam no local no momento do incidente, em 6 de Maio, 61 foram resgatados e/ou recuperados, enquanto 20 ainda estão desaparecidos.

“O foco principal continua sendo os esforços de resgate. Com isso em mente, também estamos estabelecendo proactivamente planos para agilizar a identificação dos falecidos”, diz um comunicado.

Isto está a ser feito pelo Serviço de Patologia Forense (FPS) e pelo Serviço de Polícia Sul-Africano (SAPS).

“Portanto, nos esforçamos para acelerar o processo para ajudar a encerrar as famílias. Impressões digitais, testes de DNA e fotografias de marcas únicas, como tatuagens e peças de vestuário, são alguns dos métodos utilizados para identificar os falecidos”, acrescenta o documento.

Entretanto, seis dos falecidos já foram identificados positivamente.

Desde o primeiro pedido de apoio, o município confirmou que um número adequado de profissionais fluentes nas línguas Chewa, Português e Shona estão no local para atender às necessidades emocionais, sociais e de saúde mental geral das pessoas afectadas pelo desabamento do edifício.

No entanto, o município disse que estava tendo dificuldades para obter nomes precisos de pessoas desaparecidas ou falecidas.

 

“Solicitamos urgentemente às famílias que perderam contacto com seus entes queridos que venham ao George Civic Center, na York Street. Isto permitirá ao Departamento de Desenvolvimento Social recolher informações detalhadas e precisas, garantindo que todos os registos sejam documentados com precisão.”

O Ministro para as Infra-estruturas da Província de Western Cape, Tertuis Simmers, visitou o local em George e expressou sua sincera gratidão às equipes de resgate, que estão no local há mais de 187 horas, bem como ao pessoal de apoio e ao Centro de Operações Conjuntas por seu trabalho dedicado. desde que a tragédia ocorreu.

Simmers confirmou que o Governo de Western Cape (WCG) lançou uma investigação independente sobre o colapso.

“Queremos ter certeza de que investigamos e entendemos completamente o que aconteceu para que uma tragédia como esta não ocorra em nenhum canteiro de obras nesta província.

Afirmou que equipamentos especializados, incluindo radar de penetração no solo (GPR), também são utilizados no local, enquanto os investigadores também colectam amostras de materiais.

Além disso, um laboratório nomeado de forma independente trabalha 24 horas por dia para analisar as amostras de materiais.

“Em nome da WCG, apresento as nossas sinceras condolências às famílias enlutadas e desejo aos que estão actualmente hospitalizados uma rápida recuperação”, acrescentou Tertuis Simmers. ANG/Angop

 

Cabo Verde/PM  reitera condenação à Rússia face a interesses divergentes na CPLP

Bissau, 14 Mai 24 (ANG) – O primeiro-ministro cabo-verdiano reiterou a condenação à invasão russa da Ucrânia e considerou “ideal” que a CPLP pudesse ter uma posição, mas admitiu que essa não é a missão da comunidade e pode haver interesses divergentes.

“O nosso posicionamento foi muito claro e reiteramos: nós condenamos a invasão da Rússia à Ucrânia”, refletida em votações nas Nações Unidas, e Cabo Verde tem “parcerias muito fortes” que faz questão de manter, disse Ulisses Correia e Silva, num encontro com órgãos de comunicação social no Mindelo, ilha de São Vicente, na segunda-feira, para balanço de três anos do segundo mandato de governação.

“A CPLP é uma comunidade de países de língua portuguesa, não tem como objetivo definir a concertação única relativamente a relações externas. O ideal era que, de facto, pudesse haver um posicionamento que pudesse refletir a posição da CPLP, mas não é essa a [sua] natureza e missão: são países livres e independentes”, referiu.

A comunidade integra estados “com interesses políticos que às vezes são convergentes e outras vezes divergentes”, acrescentou.

Alinhando-se com os aliados de Kiev, o líder do Governo classificou a parceria de Cabo Verde com a União Europeia (UE) como “estruturante” em matérias sociais, económicas e também de defesa e segurança, além da forte diáspora em solo europeu.

Da mesma forma, classificou como “muito forte” a ligação com os EUA, país onde o arquipélago tem também uma grande diáspora e com o qual tem “valores partilhados”.

“A integração com a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO)” rege-se “pelos mesmo princípios”, acrescentou.

“As nossas opções são claras, as nossas ações são consistentes”, concluiu.

Portugal manifestou a São Tomé e Príncipe "estranheza" e "apreensão" pelo acordo de cooperação técnico militar assinado com a Rússia, revelou, na quinta-feira à noite, o ministro dos Negócios Estrangeiros português, Paulo Rangel.  

O secretário executivo da CPLP afirmou, também na quinta-feira, que “não há dramas” sobre o assunto, enquanto o Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, considerou importante "salvaguardar a unidade da CPLP", recordando que "quando começou a invasão pela Federação Russa da Ucrânia [em 2022] houve votações nas Nações Unidas e nalgumas das votações a CPLP dividiu-se, e dividiu-se muito".

A notícia do acordo com São Tomé e Príncipe surgiu a par de uma visita do Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, à Rússia, durante a qual o chefe de Estado guineense garantiu ao homólogo russo, Vladimir Putin, que pode contar com a Guiné-Bissau "como aliado permanente".

Embaló disse na segunda-feira ter “mais de 100 oficiais militares em formação na Rússia”, tendo pedido formação também para as forças especiais guineenses.

ANG/Lusa


Bélgica
/Países da UE dão 'luz verde' a “reforma histórica” de gestão migratória

Bissau, 14 Mai 24 (ANG) – O Conselho da União Europeia (UE) adotou hoje a “reforma histórica” das regras europeias para migração e asilo, dando a ‘luz verde’ final para avançar com “uma partilha justa dos encargos entre os Estados-membros”.

“O Conselho adotou hoje uma reforma histórica do sistema europeu de asilo e migração. Esta reforma estabelece um conjunto de regras que ajudarão a gerir as chegadas de forma ordenada, a criar procedimentos eficientes e uniformes e a garantir uma partilha justa dos encargos entre os Estados-membros”, indica, em comunicado, a instituição que junta os países da UE.

Ao todo, o Conselho da UE adotou hoje 10 atos legislativos que reformam o quadro europeu de gestão do asilo e da migração, e que os países têm agora dois anos para pôr em prática, um processo com o apoio da Comissão Europeia, que irá delinear um plano comum de assistência aos países.

O aval surge depois de, em meados de abril passado e após quatro anos de discussões, o Parlamento Europeu ter aprovado a vasta reforma da política de migração e asilo da UE, que prevê o combate à imigração ilegal e uma solidariedade obrigatória entre os Estados-membros.

Previsto está o controlo reforçado das chegadas de migrantes à UE, transferências mais rápidas dos que não têm direito a asilo e um mecanismo de solidariedade obrigatório em benefício dos Estados-membros sob maior pressão migratória.

ANG/Lusa

 

      Doa/Negociações estão agora "quase num impasse", diz Qatar

Bissau, 14 Mai 24 (ANG) - O primeiro-ministro do Qatar, Mohamed bin Abderrahman, garantiu hoje que as negociações entre Israel e o Hamas para uma trégua em Gaza estão "quase num impasse", apesar dos progressos ocorridos nas últimas semanas, noticiou o site Notícias ao Minuto.

"Nas últimas semanas vimos algum impulso a crescer. Mas, infelizmente, as coisas não avançaram na direcção certa. Neste momento, estamos quase num impasse", disse o governante no Fórum Económico do Qatar, em Doha.

Mohamed bin Abderrahman indicou que o que aconteceu na cidade palestiniana de Rafah, no extremo sul do enclave - onde tanques israelitas estão a avançar - "fez retroceder um pouco (as negociações)".

O diplomata admitiu que tinha expectativa de alcançar "um acordo numa questão de dias", mas, acrescentou: "Não há clareza do lado israelita sobre como parar a guerra. Não creio que estejam a considerar isso como uma opção".

Sobre o seu papel de mediador, o primeiro-ministro referiu que, ainda que sem abandonar a mediação, mas nas últimas semanas fez uma reavaliação de atitude.

Na semana passada, o Hamas aceitou uma proposta de tréguas dos mediadores (Egipto, Qatar e Estados Unidos) que apelava a uma pausa em três fases, de 42 dias cada, que levaria à troca de reféns por prisioneiros palestinianos nas prisões israelitas, bem como à retirada israelita de Gaza e a uma "calma sustentável".

O aumento da ajuda humanitária aos civis de Gaza, entre outros, foi outro dos pontos importantes em cima da mesa.

Após o anúncio do Hamas, decorreu no Cairo uma nova ronda de negociações entre todas as partes, incluindo Israel, mas estas conversações coincidiram com uma operação militar israelita em Rafah, na qual o Estado judaico assumiu o controlo do lado palestiniano da travessia daquela cidade que faz fronteira com o Egipto. ANG/Angop