segunda-feira, 20 de maio de 2024

RDC/Exército afirma ter impedido “tentativa de golpe” em Kinshasa

Bissau, 20 Mai 24 (ANG) – As forças armadas da República Democrática do Congo garantem ter impedido uma "tentativa de golpe de Estado, envolvendo combatentes congoleses e estrangeiros" na madrugada de domingo, afirmou um porta-voz do exército da RDC.

O chefe do exército, general Sylvain Ekenge, descreveu uma “tentativa de golpe de Estado”, garantindo que os agressores tinham sido detidos

Ouviram-se tiros no bairro central de Gombe, em Kinshasa. Por volta das 4 da manhã, vários homens armados e vestidos em uniforme militar atacaram a residência do vice-primeiro-ministro, preparando-se para invadir a do Presidente da República Democrática do Congo. O exército da RDC diz ter impedido "uma tentativa de golpe de Estado".

Houve confrontos perto da residência do vice-primeiro-ministro e também ministro da Economia, Vital Kamerhe, um dos aliados políticos mais próximos do Presidente Félix Tshisekedi. 

Ao meio-dia, na RDC, a situação no bairro, onde vivem muitos diplomatas, estava sob controlo, depois de o perímetro ter sido isolado pelas autoridades. ANG/RFI

 

Irão/Morreu Presidente  Ebrahim Raisi

Bissau, 20 Mai 24 (ANG) - Vários meios de comunicação estatais iranianos anunciaram hoje a morte do Presidente Ebrahim Raisi e do ministro dos Negócios Estrangeiros, Hossein Amir-Abdollahian, numa queda de um helicóptero no noroeste do Irão, segundo noticiou o site Notícias ao Minuto.

A informação foi avançada pela agência de notícias Mehr e pelo jornal governamental Iran Daily. 

O helicóptero que transportava Raisi foi localizado hoje numa montanha no noroeste do Irão, anunciaram os serviços de emergência, que admitiram ter pouca esperança de encontrar sobreviventes.

"O helicóptero do Presidente foi localizado. Os serviços de emergência estão a aproximar-se do local do acidente (...) A situação não é boa", declarou o chefe do Crescente Vermelho iraniano, Pirhossein Koolivand.

Também a televisão estatal iraniana admitiu não haver "qualquer sinal" de vida nos destroços do helicóptero, numa altura em que as equipas de salvamento estavam a cerca de dois quilómetros do local do acidente.

O helicóptero que transportava Raisi e Amir-Abdollahian despenhou-se na zona de Kalibar e Warzghan, na província do Azerbaijão Oriental, no noroeste do país.

O acidente deu-se no domingo, quando a comitiva regressava da fronteira com o Azerbaijão, onde Raisi inaugurou uma barragem com o seu homólogo azeri, Ilham Aliyev.

No terreno estão pelo menos 65 equipas de salvamento em operações de busca que estão a ser dificultadas devido ao denso nevoeiro e às fortes chuvas.

A Arábia Saudita, o Iraque e o Azerbaijão ofereceram ajuda a Teerão, enquanto o Presidente norte-americano, Joe Biden, foi informado sobre o incidente, segundo a Casa Branca, que não adiantou mais detalhes.

A Turquia já enviou 32 equipas de salvamento e seis veículos e a União Europeia activou o serviço cartográfico de resposta rápida Copernicus a pedido do Irão.

Também a Rússia enviou uma equipa de socorro com 47 especialistas, veículos todo-o-terreno e um helicóptero.
Ebrahim Raisi, de 63 anos, um clérigo religioso de linha dura, foi eleito Presidente do Irão em 2021, numa eleição presidencial com a participação mais baixa da história da República Islâmica.

A sua liderança tem protagonizado uma intensificação da repressão contra activistas, mulheres e críticos do regime.

Raisi será substituído pelo atual primeiro vice-presidente, Mohammad Mokhber, de 68 anos, que está no cargo desde 2021 e anteriormente liderou o poderoso conglomerado "Execução da Ordem do Imã Khomeini". Por estas funções é alvo de sanções pelos Estados Unidos desde 2021.

Esta alteração deverá ter o "consentimento do Líder Supremo" do país, o 'ayatollah' Ali Khamenei, que já tinha apelado no domingo aos iranianos para "não se preocuparem" enquanto prosseguiam as buscas.ANG/Angop

 

África do Sul/Jacob Zuma impedido pelo TC  de concorrer às eleições

Bissau, 20 Mai 24 (ANG) - O Tribunal Constitucional sul-africano, a mais alta instância judicial do país, declarou hoje o antigo presidente Jacob Zuma inelegível, devido à pena de prisão a que foi condenado em 2021, impedindo-o de candidatar-se às eleições gerais, noticiou o site Notícias ao Minuto.

"OSr. Zuma foi condenado por um crime e sentenciado a uma pena de prisão de mais de 12 meses", explicou a juíza Leona Theron ao ler a decisão, que pode ser objecto de recurso.

"Consequentemente, não pode ser membro da Assembleia Nacional e não pode candidatar-se a eleições", previstas para daqui a nove dias, acrescentou.ANG/Angop

Manifestação Frente Popular/LGDH anuncia libertação de 84 dos 93 detidos em prisões de Bissau

Bissau,20 Mai 24(ANG) – A Liga Guineense dos Direitos Humanos(LGDH), informa que, foram hoje libertados 84 dos 93 detidos pelas Forças de Segurança na sequência da manifestação do último sábado (18.05) contra o atual regime, organizada pela Frente Popular

"Entre 93 detidos, 84 foram libertados hoje, mas a luta continua", disse a LGDH em nota publicada  na sua página no Facebook visitada pela ANG.

Na nota a LGDH informa que nove pessoas continuam detidas, dentre as quais, o líder da Frente Patriótica, Armando Lona.

A Liga Guineense dos Direitos Humanos confirma a detenção de mais de 70 pessoas, alertando para as "más condições de detenção" e para o facto de algumas pessoas "precisarem de assistência médica urgente". Um dos detidos encontra-se internado no Hospital Nacional Simão Mendes.

Mais de 70 pessoas foram detidas  sábado, 18 de Maio, em Bissau, Gabu e Buba. As detenções aconteceram durante as manifestações convocadas pela plataforma Frente Popular.

Em entrevista à RFI, uma das advogadas indigitadas pela Ordem dos Advogados da Guiné Bissau para assistir e tentar libertar as pessoas detidas descreve "um ambiente de perseguição" na capital guineense.

As detenções aconteceram durante manifestações convocadas pela plataforma Frente Popular, protestos dispersados de forma violenta pela polícia.

A Ordem dos Advogados da Guiné Bissau indigitou sete advogados para defender e tentar libertar as pessoas detidas, como explica Beatriz Furtado, uma das advogadas, que confirma a libertação de uma pessoa. "Foi criada uma comissão para acompanhar este caso.

Temos sete advogados e conseguimos falar com duas pessoas porque não nos permitem entrar em contacto [com os detidos]. Conseguimos uma porque é mãe, tem um bebé de nove meses. Tivemos de trazer a criança ontem para ser amamentado nos Calabouços e aí conseguimos. Um dos agentes sentiu aquela parte humana e libertou a mãe", descreveu.

A advogada acrescenta, que, "segundo a informação de um dos agentes, [as detenções] rondam 70 pessoas, entre elas 14 mulheres. Temos uma grávida detida e uma idosa e há também dois jornalistas detidos".ANG/RFI

Infraestruturas/PR guineense diz estar a devolver orgulho aos cidadãos na capital do país

Bissau,20 Mai 24(ANG) - O Presidente da República(PR),  afirmou no último fim de semana que está a devolver  orgulho aos cidadãos com as obras de requalificação urbana em Bissau e que, em quatro anos de mandato, fez mais do que nos primeiros 45 anos da independência.

Sissoco Embaló falava no lançamento das obras de reconstrução da Avenida do Brasil, que liga o mercado do Bandim ao bairro de Chão de Papel, Varela, no centro de Bissau.

Aquela estrada, com uma extensão de cerca de um quilómetro, estava praticamente inutilizável devido ao seu avançado estado de degradação, e é a placa giratória de todos os transportes semi-urbanos(Toca-toca) que operaam em Bissau.

O Presidente guineense aproveitou a ocasião para comentar as obras realizadas nos últimos quatro anos e ainda anunciar outras para o interior do país e “muitas outras” para Bissau, para que seja, diz, uma cidade “cada vez mais confortável e bonita”.

“Até 2020, Bissau não representava o nosso orgulho nacional, Bissau não representava a nossa autoestima nacional. Até 2020, Bissau era uma cidade triste, uma cidade feia, uma cidade sem esperança, uma cidade abandonada”, descreveu.

O chefe de Estado guineense disse ser “um Presidente de realizações” e que a sua promessa “é um compromisso firme de fazer coisas concretas” no país.

“Crianças, jovens e famílias guineenses recuperaram o orgulho na sua cidade de Bissau, cidadãos estrangeiros que vivem em Bissau voltaram a gostar de Bissau”, defendeu Umaro Sissoco Embaló. ANG/Lusa

 

sexta-feira, 17 de maio de 2024

Desporto/Seleção feminina de futebol deixa  hoje Bissau para participar no Torneio de UFOA no Senegal 

Bissau,17 Mai 24(ANG) - A seleção nacional de futebol feminino da categoria sub'20 deixa o país esta sexta-feira, 17 de Maio, para participar no torneio da União das Federações Oeste Africano (UFOA) no Senegal.

A informação foi avançada pela pâgina da Federação de Futebol da Guiné-Bissau no Facebook, segundo a qual a delegação guineense é composta de  20 jogadoras, mais equipa técnica dirigida por Domingos Té, chefe da missão e um jornalista desportivo ligado à federação de futebol.

O torneio da UFOA vai decorrer de 20 a 30 de Maio e deve juntar  oito [8] países dívididos em dois grupos, A e B.

A Guiné-Bissau figura no grupo A, juntamente com as seleções do Senegal, país anfitrião, Gâmbia e Mali.

No grupo B, está a Libéria, Guiné-Conacry, Mauritânia e Serra-Leoa.ANG/FFGB



Sindicalismo/ Júlio Mendonça enaltece diligências em curso  na EAGB para aplicação da justiça laboral na instituição

Bissau, 17 Mai 24 (ANG) – O Secretário-geral da União Nacional dos Trabalhadores da Guiné (UNTG), Júlio Mendonça enalteceu hoje  as deligências em curso do Diretor-geral da Empresa de Electricidade e Águas da Guiné-Bissau(EAGB) para não só garantir a aplicação da justiça laboral, mas também para se reforçar a capacidade dos trabalhadores da instituição e assegurar o pagamento atempado da Segurança Social.

O sindicalista presidia a cerimónia de  tomada de posse dos novos corpos sociais do Sindicato de Base dos trabalhadores da EAGB, na presença do  Director-geral da empresa, Vasco Rodrigues.

“Fico grato com a informação que passou sobre as diligências que tem feito para impor a justiça laboral na instituição que dirige, pois  o handicap das nossas instituições no país tem a ver com justiça laboral. Não existe em todas as instituções públicas”, lamentou.

Criticou a “politização” do aparelho do Estado, que diz ser grave.

Acrescentou que, com essa tendência, não  haverá produtividade e que conflitos vão continuar entre os sindicatos e patrões.”Em todo o caso, tendo em conta o que  o DG está a fazer vai contribuir para o bom senso entre o sindicato e direção da EAGB”, disse.

Mendonça disse esparar  que o Código de Trabalho seja uma realidade  na EAGB em todas os vertentes para evitar problemas.

Sobre a capacitação dos trabalhadores, disse que  é obrigação do empregador, em cumprimento dos seus deveres, mas que  agora cabe ao sindicato informar os funcionários sobre as responsabilidades que têm perante a empresa, caso contrário, o patrão pode instruir processos disciplinares e aplicar sanções devidas.

 “Não deve limitar-se só a exigir, mas também no cumprimento das obrigações dos associados”, disse Júlio Mendonça.

O novo presidente do Sindicatto de Base dos Trabalhadores da EAGB, António Ramalhano Afonso prometeu trabalhar junto da direcção para recontratação dos trabalhadores, cujos  contratos foram rescedidos pela empresa, em caso de existência de vagas para o efeito.

Reconheceu a existencias de problemas na instituição, mas diz  que podem ser superadas com a colaboração dos trabalhadores.

 “O sindicato não é inimigo do patronato, mas sim, um parceiro que ajuda na organização. Não só deve reclamar  junto da direção, mas também deve  aconselhar os seus associados para presteção de  serviço”, disse António Ramalhano Afonso.

António Ramalhano Afonso rendeu homenagem à todos os funcionários da Empresa que perderam a vida.ANG/LPG/ÂC//SG

Campanha de caju/Diretor-geral do Comércio Interno diz  que os preços já oscilam entre os 400 e 500 francos por quilograma

Bissau,17 Mai 24(ANG) – O Diretor-geral do Comércio Interno afirma que a castanha de caju está a ser comprada num valor que oscila entre os 400 à 500 francos CFA, em todo o território nacional.

Abdulai Mané falava, quinta-feira, em conferência de imprensa sobre o balanço de dois meses da campanha de comercialização da castanha de caju 2024 .

A abertura da campanha de comercialização foi feita no dia 15 de Março e na qual o Governo anunciou o preço de referência no valor de 300 francos à quilo e a base tributária de 800 dólares por tonelada.

 “No início da campanha houve tentativa de comprar a castanha no valor de 200 francos CFA e o mercado, por si só, acabou por corrigir o preço, dada a dinâmica no terreno”, frisou Mané.

Informou que o Governo emitiu um Despacho Conjunto que determina que o denunciante de um ato de contrabando da castanha de caju na linha fronteiriça tem a receber um valor correspondente à 20 por cento do preço total da multa, a equipa de operação 30 por cento e os restantes 50 por cento vão para os cofres de Estado.

“Essa medida fez com que a própria população se implique diretamente nos trabalhos de fiscalização e isso contribui na apreensão de mais de 100 toneladas de castanha, bem como de viaturas e alguns animais como cavalos e burros”, afirmou.

Aquele responsável disse que do dia 10 de Abril à 16 de Maio já se registraram a entrada de 26 mil toneladas de castanha à Bissau.

Abdulai Mané disse que as previsões de exportação de caju para o presente ano é de 230 mil toneladas. ANG/ÂC//SG

Pescas/Guiné-Bissau recebe da UE 100 milhões de Euros de compensação nos próximos cinco anos

Bissau 17 Mai 24 (ANG) – A Guiné-Bissau e a União Europeia(UE), assinaram  quinta-feira, em Bissau, um acordo  no domínio das pescas que vai render as autoridades guineenses  uma receita total de cerca de 100 milhões de Euros ( 65,5 biliões de francos CFA) ao longo dos próximos cinco anos.

Na cerimónia de assinatura do acordo o   Embaixador da União Europeia na Guiné-Bissau, Artis Bertulis explicou que Bissau deve  receber um envelope anual de 17 milhões de Euros,~.

Este novo acordo representa um compromisso financeiro directo da UE  de 85 milhões de Euros, perto de 56 biliões de francos CFA durante os próximos cinco anos.

“Quero também destacar que 22 ,5 milhões de Euros, cerca de 15 biliões de francos CFA, serão destinados a apoiar o sector das pescas e da economia azul  e estes fundos irão permitir financiar ações concretas e eficazes em campos como a construção de infraestruturas de referência ,a fiscalização marítima, apoio as comunidades marítimas, a pesca artesanal, as vendedeiras entre outros beneficiários”, explicou.

O diplomata salientou que à este valor se acrescenta ainda uma contribuição financeira dos armadores europeus de cerca de três milhões Euros anuais, o que, segundo diz, coloca as receitas totais em 20 milhões de Euros anuais.

Bertulis reiterou o compromisso da União Europeia de apoiar a Guiné-Bissau num conjunto de área que englobam as pescas no sentido de potenciar e acelerar as suas aspirações legítimas a um desenvolvimento douradouro e sustentável.

O ministro das Pescas e da Economia Marítima,Mário Mussante da Silva Loureiro disse que a cooperação entre a Guiné-Bissau e a UE tem sido marcada pelo excelente nível de implementação das ações, visando a promoção de pesca responsável, sustentável e com vantagens económicas financeiras e materiais reciprocas.

Mário Mussante  salientou que o novo protocolo de cinco anos ou de 2024 à 2029, não foi fácil alcançar uma vez que foi preciso três rondas de negociações, uma em Bruxelas(Bélgica), outra em Lisboa(Portugal) e a última em Rubane(Guiné-Bissau).

“Congratulamo-nos com este novo acordo, não só por estabelecer melhorias financeiras mas també por traçar boas perspetivas para trabalharmos, em conjunto, no sentido de proporcionar a integração dos operadores europeus no sector das pescas do país, assim como por apontar objetivo de comercialização de produtos de pesca da Guiné-Bissau no mercado da União Europeia”, disse.

Segundo o governante, o obiectivo em causa  será alcançado mediante um processo visando a resolução dos constrangimentos técnicos e sanitários a ser levado a cabo conjuntamente pelas duas partes, frisando que o Governo guineense através do Ministério das Pescas irá respeitar o acordo assinado e velará para que os fundos sejam aplicados em conformidade com as regras de transparência, de boa gestão e governação.

No que tange a exportação de produtos marítimos da Guiné-Bissau para o mercado europeu, o Chefe da Sessão Política da delegação da UE na Guiné-Bissau, Pedro Saraiva disse que são temas diferentes e que as partes estão a trabalhar a todo o gás, prova disso, segundo ele, é a vinda dos consultores internacionais à Bissau, mais uma vez, nas próximas semanas, para se  trabalhar em processo técnicos necessários indisensáveis para o preenchimento dos requisitos exigidos no mercado da UE .

“Temos um Plano de Acão que é do conhecimento do Governo da Guiné-Bissau que estima que este estatuto possa ser atingida num prazo de 18 meses, a  contar da data em que comecemos efetivamente a sua aplicação e a nossa ambição partilhada é de que comesse a contar o relógio em relação a esta questão, o mais rápido possível”,disse Saraiva.

A Directora-geral da Promoção de Apoio ao Desenvolvimento do Setor das Pescas, Virgínia Pires explicou que o acordo alcançado com um horizonte temporal de cinco anos , de aproximadamente 100 milhões de Euros ,sendo uma média anual de cerca de 21 milhões de Euros, inclui a contrapartida financeira de 17 milhões de Euros, acrescidos de valores de tarifas de licenças, imposto de selo, fundo de gestão que perfazem aproximadamente 4 milhões de Euros

Pires disse que, de acordo com o protocolo, as espécies que serão pescadas são os Crustáceos, Cefalópodes, Peixes Demersais, Peixes Pelágicos, Atum entre outros.

O valor em dinheiro que a Guiné-Bissau vai receber(100 milhões de Euros) são compensações pelas capturas que cerca de 40 navios de pescas de armadores da  UE fazem nas águas territoriais do país.  ANG/MSC/ÂC//SG


Política
/PR recomenda  centralização das  receitas do Estado numa conta única do Tesouro Público

Bissau, 17 Mai 24 (ANG) - O Presidente da República (PR) recomendou, quinta-feira, ao Governo, no sentido de promover  diligências, a fim de se dar cumprimento às medidas de centralização das receitas do Estado numa conta única do Tesouro Público.

Segundo o Comunicado do Conselho de Ministros, à que a ANG teve acesso hoje, Umaro Sissoco Embaló  presidia a reunião semanal do Executivo,tendo deixado  orientações que devem ser implementadas pelo Governo para a elevação do nível de governação e governabilidade do país.

Na parte deliberativa, o Conselho de Ministros aprovou,  com alterações, o projeto que regulamenta o ensino de condução e habilitação legal para conduzir.

O comunicado ainda refere que o Conselho de Ministros concedeu  nacionalidade guineense, por naturalização aos seguintes indivíduos: Richard Osei Antwi, Donald Kum Nec Regina, Fréderick Alang Kum, Josephine Opcran, Jeffrey Kwame Ocran, Suzane Lesette Diana Zoko Epse Zagre, Ange Dorothee Labah Douza,Titilayo Gbemisola Ayanbiyi, Ahmed Mouki e Abdul Raouf Sekiawi.

De acordo com o referido documento, beneficiaram igualmente da nacionalidade guineense por naturalização: Vicent Auriol Douza, Andrew Okechukwu Okonji, Yace Alain Mao Zagre, Baba Tunde Sulaimon, Thomas Samanbil Tugah, Seth Attah-Baffour, Edward Tetteh Kwenortey, Chistopher Othuke Omoghene, Eunice Attah-Baffour, Amos Olusola Ayanbiyi, Melvin Kallon, Ozioma Ewere Otubu Osakwe e Alusine Jina Kpewa.

No capítulo de nomeações, o Conselho de Ministros deu anuência à que, por Despacho do Primeiro-ministro, se efetue a movimentação do pessoal dirigente da Administração Pública conforme se indica:  Ministério de Agricultura e Desenvolvimento Rural, Armando António Mendonça Pereira é nomeado Presidente do Instituto Nacional de Pesquisa Agrária(INPA).

Em relação à outros pontos da agenda, o ministro das Obras Públicas, Habitação e Urbanismo anunciou o início das Obras de reabilitação da Avenida do Brasil para o dia 17 de Maio, em curso, no âmbito do Projeto de Reabilitação de Vias Urbanas do Setor Autónimo de Bissau.

Em decorrência do recente naufrágio de uma canoa de  pesca na travessia Ilhéu do Rei/Bissau e do acidente de viação em Djaal, no qual algumas pessoas morreram , o Conselho de Ministros endereçou  condolências às famílias enlutadas. ANG/AALS/ÂC//SG

                 Tchad/ Masra reconhece derrota nas presidenciais

Bissau, 17 Mai 24 (ANG) - O primeiro-ministro do Tchad, Succès Masra, que se presumia vencedor das eleições presidenciais, admitiu esta quinta-feira que não haverá qualquer recurso legal contra a eleição de Mahamat Déby, e apelou aos seus apoiantes para continuarem "pacificamente" o "combate político".

O general Mahamat Idriss Déby Itno, chefe da junta militar no poder há três anos, foi eleito Presidente do Tchad, com 61% dos votos, nas eleições realizadas no passado dia 06, segundo os resultados definitivos anunciados quinta-feira pelo Conselho Constitucional.

Segundo o site Notícias ao Minuto, há uma semana, Masra proclamou-se vencedor das eleições.

Uma hora depois de o Conselho Constitucional ter anunciado que tinha rejeitado o pedido de anulação apresentado, Masra reconheceu a derrota numa "mensagem à nação" divulgada nas redes sociais.

"Com esta decisão do Conselho Constitucional (...) esgotámos todas as vias legais nacionais e, mesmo que não concordemos com os números anunciados hoje, não restam outras vias legais a nível nacional", declarou.

A decisão do Conselho Constitucional "é vinculativa para todos os atores", escreveu, acrescentando: "as reivindicações do povo exigem que encontremos uma resposta política que vá para além das soluções jurídicas".

"Peço-vos que se mantenham mobilizados e que permaneçam pacíficos", concluiu o primeiro-ministro, economista de formação e que tem 40 anos.

Masra foi um dos mais ferozes opositores de Déby antes de se tornar chefe do seu Governo há quatro meses.

Segundo o Conselho Constitucional, Masra ficou em segundo lugar nas eleições presidenciais, com 18,54% dos votos expressos.

A eleição marca o fim de uma transição militar de três anos e a reposição da normalidade constitucional no país, mas muitos observadores consideram que tudo foi preparado para manter no poder a "dinastia" Déby, após a morte do pai de Mahamat, o ditador Idriss Déby Itno, alegadamente derrubado na frente de combate por um grupo rebelde em Abril de 2021. ANG/Angop

 

Afeganistão/Talibãs confirmam que 74 mulheres foram envenenadas em escola

Bissau,17 Mai 24 (ANG) - As autoridades afegãs confirmaram, nesta sexta-feira, que 64 alunas e 15 professoras de uma escola, no centro do Afeganistão, foram envenenadas por uma substância ainda desconhecida, noticiou o Site Notícias ao Minuto.

As vítimas, todas do sexo feminino, foram transportadas para o hospital onde três se encontram em estado de saúde considerado grave.

O incidente aconteceu numa escola em Kiti, na província de Daikondi, estando a  instituição de ensino Secundário e Superior encerrado no momento.

Ao todo, 74 mulheres foram afectadas, sendo que até ao momento não se sabe que substância esteve na origem do envenenamentos.ANG/Angop
  

Bélgica/Quinze países europeus querem "novas soluções" para transferir migrantes fora da UE

Bissau, 17 Mai 24 (ANG) - Eurodeputados de 15 países da União Europeia, entre os quais a Dinamarca, a República Checa, a Itália, a Polónia e a Grécia,numa altura em que os 27  reformaram a política migratória, lançaram colectivamente um apelo junto da Comissão Europeia no sentido de se encontrar "novas soluções" para transferir mais facilmente migrantes ilegais para países terceiros, fora do espaço europeu, inclusivamente depois de operações de socorro no mar. 

Este apelo que surge quando falta menos de um mês para a realização das eleições europeias, com sondagens a anteciparem um forte impulso a favor dos partidos de extrema-direita, reclama "esforços suplementares" ao Pacto Europeu sobre as Migrações e Asilo. Adoptado há poucas semanas, este pacto que deve entrar em vigor a partir de 2026, introduziu um sistema de solidariedade entre os Estados-Membros no acolhimento dos requerentes de asilo, mas introduziu igualmente uma série de restrições à chegada de migrantes, tornando mais fácil a sua expulsão.

Todavia, este dispositivo não vai suficientemente longe do ponto de vista dos eurodeputados signatários da missiva em que pedem à Comissão Europeia "que identifique, elabore e proponha novos meios e novas soluções para prevenir a imigração irregular para a Europa". 

Os parlamentares que apelam à elaboração de mecanismos que permitam "detectar, interceptar e, em caso de emergência, socorrer migrantes em alto mar e levá-los para um local seguro num país parceiro fora da UE, onde possam ser encontradas soluções duradouras para esses migrantes" citam o caso da Itália que recentemente concluiu um acordo para enviar candidatos à imigração para a Albânia, no sentido de os seus pedidos de asilo serem tratados naquele país.

Embora refira que vai examinar as reclamações dos 15 países signatários, a Comissão Europeia deixou claro que "actualmente, todo o seu trabalho e a sua atenção estão concentrados na aplicação" do Pacto Europeu sobre as Migrações e Asilo. Pedro Góis, especialista de questões migratórias e professor na Faculdade de economia da Universidade de Coimbra, não esconde alguma surpresa com estas novas reivindicações e sobretudo expressa algum receio que, a prazo, possam ir avante.

"Apesar de termos ficado todos um pouco surpreendidos com as restrições que o Pacto das Migrações já integrava na legislação europeia, nos princípios europeus sobre a imigração, ainda é possível e expectável que o próximo passo seja ainda mais restritivo. Encaro isto com alguma surpresa numa Europa que tem no humanismo um dos seus valores principais", constata o universitário que não exclui que esta seja uma iniciativa tenha sobretudo objectivos eleitoralistas.

Pedro Góis considera que se pode tratar de uma "tentativa dos Estados e dos governos destes Estados falarem com os seus eleitorados, dizendo-lhe que a Europa está a promover uma política restritiva de migrações. Estranhamente, ou não, alguns dos principais Estados europeus, como a Alemanha ou a França, não fazem parte deste grupo de signatários, o que de alguma forma, ainda nos dá alguma esperança de que seja apenas uma táctica pré-eleitoral e que, após Junho, nada disto gere um novo pacto ainda mais restritivo".

Apesar disso, o universitário refere que existe a possibilidade de estas propostas servirem de base para novas restrições."Tudo dependerá muito da evolução política da própria União Europeia. Se os partidos mais a direita, os partidos que mais procuram restringir a imigração tiverem um grande resultado eleitoral, isto significa que eles vão ter influência para além da que já tem nos seus próprios países de origem e, portanto, no Conselho Europeu. Vão ter também influência no Parlamento Europeu e na própria Comissão eleita a partir do Parlamento. Tudo depende da evolução política que vamos ter em Junho. Mas se esta evolução política for, como aparentemente as sondagens nos indicam, uma Europa mais dominada por uma direita radical, isso terá implicações no assumir de políticas ainda mais restritivas", considera o especialista.

Um dos pontos sobre os quais os signatários da carta dirigida à Comissão Europeia é que se reavalie "a aplicação do conceito de +país terceiro seguro+ na lei europeia sobre o asilo", como sucedeu, por exemplo com a Grã-Bretanha que adoptou um dispositivo possibilitando a expulsão de migrantes para o Ruanda, considerado como um "país seguro" para o seu acolhimento. Questionado sobre a possibilidade de se transpor para a legislação europeia o modelo britânico, o universitário aponta que "o modelo inglês também não está a funcionar. Copiar um modelo que não é funcional não nos dá garantias de que algo vai correr bem".

Pedro Góis observa ainda que "entre os países que assinam este documento, temos países que têm pouquíssima imigração, como é o caso da Bulgária, da Polónia ou da Roménia. Portanto, não faz muito sentido que países que não têm uma grande pressão migratória estejam a apelar a que a Europa restrinja ainda mais a chegada de migrantes".

Por outro lado, o estudioso também não deixa de observar que os acordos que a União Europeia já tem com determinados países, como por exemplo a Turquia desde 2016 ou a Tunísia desde 2023, para uma "externalização" da gestão dos fluxos migratórios também "não são funcionais".

"Colocamo-nos nas mãos destes países porque trata-se de um 'filtro', de uma 'válvula' que os países com os quais nós assinámos estes tratados podem abrir a qualquer momento, chantageando a União Europeia por mais fundos. A Turquia já o tentou fazer no passado. Nada nos assegura que os novos Estados que façam parte destes acordos não o farão no futuro", refere o professor para quem "confiar em países que não respeitam os Direitos Humanos para assinar acordos de prevenção de imigração não parece ser algo que os cidadãos europeus devam reconhecer como parte do humanismo europeu."

"Nós podemos, com esses países, estabelecer acordos de desenvolvimento para que menos migrantes sintam a necessidade de fugir à miséria. Mas isso é todo um outro caminho que, infelizmente, não faz parte destes pactos", conclui Pedro Góis.

De acordo com a Agência Europeia de Asilo, a União Europeia acolhe mais de 4 milhões de refugiados ucranianos e conhece um aumento dos pedidos de asilo, que atingiram 1,14 milhões em 2023, o seu nível mais elevado desde 2016. As entradas "irregulares" na UE também estão a aumentar, para 380.000 em 2023, segundo a Frontex.

Os quinze países signatários são a Bulgária, a República Checa, a Dinamarca, a Finlândia, a Estónia, a Grécia, a Itália, Chipre, a Letónia, a Lituânia, Malta, os Países Baixos, a Áustria, a Polónia e a Roménia.ANG/RFI

Gabão/Governo nega actos de tortura e maus tratos ao ex-Presidente Bongo

Bissau, 17 Mai 24 (ANG) - O Governo gabonês negou que torturou e maltratou o ex-Presidente Ali Bongo e afirmou que este é livre de sair do país,  em resposta a uma queixa apresentada em França pelos advogados da família, noticia a Lusa.


"O Governo deseja afirmar" que a família Bongo não está a ser submetida "a qualquer forma de tortura ou maus tratos, como afirmam os seus advogados", afirmou a porta-voz do executivo, Laurence Ndong, na quarta-feira à noite, numa declaração transmitida pelo canal de televisão estatal Gabon 1.

Na terça-feira, os advogados franceses da família Bongo apresentaram uma queixa, em França,  denunciando a "detenção ilegal", o "sequestro agravado por acção de tortura" e "actos de barbárie" cometidos contra vários membros da família de Bongo. 

Rejeitando as "acusações caluniosas e falsas que prejudicam a imagem do Gabão", a porta-voz do Governo afirmou que a mulher do ex-Presidente, Sylvia Bongo, cidadã franco-gabonesa, e o seu filho, Nourredine Bongo, tinham sido "acusados de crimes extremamente graves".

"Recordamos que o antigo Presidente Ali Bongo Ondimba pode abandonar o país quando lhe aprouver", prosseguiu, e afirmou que o Governo se reserva ao direito de intentar acções judiciais em resposta a estas acusações.

Herdeiro da dinastia Bongo, que manteve o poder no Gabão durante quase 55 anos, Ali Bongo foi derrubado por um golpe militar em 30 de Agosto de 2023.

Os golpistas, liderados pelo General Brice Oligui Nguema, acusaram o círculo mais próximo de Ali Bongo, principalmente a sua mulher e o seu filho, de terem gerido o país de forma desleal e de terem saqueado o Gabão através de um desvio maciço de fundos públicos.

Ali Bongo foi colocado em prisão domiciliária no dia do golpe, mas foi-lhe dada liberdade para circular uma semana mais tarde.

Os militares parecem tê-lo ilibado rapidamente, e consideraram que foi "manipulado" pela mulher e pelo filho.

De acordo os advogados franceses da família, Noureddin Bongo foi "torturado várias vezes, espancado com um martelo e um pé de cabra, estrangulado, chicoteado e electrocutado com um taser".

Já Sylvia Bongo, que foi obrigada a assistir às torturas (...), foi igualmente espancada e estrangulada, "no âmbito de uma espoliação desenfreada dos bens da família", declararam.

Segundo um dos advogados, "os responsáveis por estes actos vão ter de responder perante a justiça francesa", e os autores "são passíveis de uma pena de prisão penal que pode ir até à prisão perpétua". ANG/Angop

 

Genebra/OMS atualiza lista de bactérias que ameaçam saúde humana por resistirem aos antibióticos

Bissau, 17 Mai 24 (ANG) - A Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou hoje uma lista de 15 bactérias que considera uma ameaça à saúde humana devido à sua crescente resistência aos antibióticos e apelou ao desenvolvimento de novos tratamentos.

A lista é uma atualização da que foi feita em 2017 e, com esta publicação, a OMS alerta mais uma vez para o perigo da crescente resistência antimicrobiana de certos patógenos.

Segundo a OMS, a resistência aos antibióticos causa cerca de 1,27 milhões de mortes diretas anuais e contribui para mais 4,19 milhões de outras mortes.

As 15 bactérias são classificadas em três categorias prioritárias (média, alta e crítica), sendo que, na última delas, a mais urgente, a OMS colocou quatro patógenos: acinetobacter baumannii, Mycobacterium tuberculosis e dois tipos de enterobactérias resistentes aos tratamentos com as classes de antibióticos carbapenem e cefalosporina.

“[Estas bactérias] Representam grandes ameaças globais devido ao seu grande impacto e à sua capacidade de resistir aos tratamentos e transmitir essa resistência a outras bactérias”, destacou, em comunicado, a organização.

As bactérias de alta prioridade incluem a salmonela e a shigella, com elevada incidência, segundo a OMS, nos países em desenvolvimento, e outras que frequentemente causam infeções em locais onde os serviços de saúde são prestados, como a pseudomonas aeruginosa ou a staphylococcus aureus.

Outras bactérias da lista colocam desafios aos sistemas de saúde, incluindo infeções persistentes e resistência múltipla aos antibióticos, que requerem investigação e intervenções de saúde pública, destaca a OMS.

“Desde que a lista foi publicada pela primeira vez, em 2017, a ameaça da resistência antimicrobiana intensificou-se, minando a eficácia de numerosos antibióticos e colocando em risco muitos avanços na medicina moderna”, alertou a chefe do departamento antimicrobiano da OMS, Yukiko Nakatani.

A resistência antimicrobiana ocorre quando bactérias, vírus, fungos ou parasitas deixam de responder aos medicamentos, agravando doenças e aumentando o risco de contágio, mortalidade e gravidade de certas patologias, um problema que é parcialmente causado pelo abuso de antibióticos em muitos pacientes.

Um relatório recente da OMS revelou que durante a pandemia de covid-19 houve uso excessivo de antibióticos por pacientes hospitalizados com esta doença, o que pode ter exacerbado a resistência antimicrobiana.

Embora apenas 8% dos pacientes hospitalizados com covid-19 também apresentassem infeções bacterianas que exigiram a administração de antibióticos, esses medicamentos foram prescritos em três em cada quatro doentes (75%).

ANG/Lusa

quinta-feira, 16 de maio de 2024

Sociedade/Governo pede cancelamento de manifestações agendadas para sábado

Bissau,16 Mai 24(ANG) - O Governo  pediu hoje aos cidadãos e promotores de duas manifestações, agendadas para sábado, para que “abdiquem” de sair à rua e de desafiar a Ordem Pública.

O apelo foi transmitido, em conferência de imprensa, pelo comissário nacional da Polícia de Ordem Pública, Salvador Soares, que alegou não existirem “condições de segurança” para a realização de duas manifestações em simultâneo.

Em causa estão duas marchas promovidas por diferentes movimentos, convocadas para sábado à mesma hora e com o mesmo percurso e local de concentração- a Chapa de Bissau.

Uma das manifestações foi convocada por uma denominada Frente Popular, constituída por várias organizações, que diz querer “resgatar a democracia” na Guiné-Bissau e que declara  que o país está a viver “uma experiência absolutista” concentrada no Presidente, Umaro Sissoco Embaló.

A outra manifestação foi convocada pelo movimento “Respeito pela Autoridade do Estado”, que apoia Sissoco Embaló, e que se diz ser  contra “anarquia” e defende que o sentimento do povo deve ser expresso no voto e não com “insultos”.

Os promotores de ambas as iniciativas garantem ter entregado às entidades competentes a informação sobre as respetivas manifestações, mas o comissário nacional da Polícia disse hoje que as autoridades “de forma oficial, não têm nenhum documento dos promotores".

“É com grande preocupação que soubemos, através das redes sociais e alguns órgãos de comunicação social, das manifestações convocadas por dois movimentos que têm ideologias diferentes, no mesmo dia, à mesma hora e no mesmo local”, disse  Salvador Soares. ANG/DW-África

 

Política/Presidente da República diz que o país tem dinheiro para fazer eleições

Bissau, 16 Mai 24 ANGO Presidente da República disse hoje que o país tem dinheiro para fazer  eleições legislativas, mas que o Governo tem que ter dispositivos para realizar o acto eleitoral.

Umaro Sissoco Embaló que falava  após  presidir a reunião ordinária do Conselho de Ministros, reiterou  que fazer eleições é questão de soberania e não de dinheiro.

O chefe de Estado referiu que as eleições legislativas passadas foram financiadas à 100 por cento pelo país, e que as próximas serão igualmente financiadas pelo Tesouro Público guineense.

 ″Vamos para as eleições legislativas e penso que o presidente da Guiné-Bissau é eleito por um período de cinco anos. Estou nos meus quatro anos de mandato,  quer dizer que vou terminar o meu mandato em 2025, e quando lá  chegamos também vamos para as eleições presidenciais sem problemas.″disse Umaro Sissoco Embaló

Questionado se já tem uma data para as elições legislativas,o PR disse que quando o Governo terminar as atualizações  dos cadernos eleitorais vai convidar os partidos políticos com representações parlamentar para verem juntos a data que será marcada para o escrutínio ainda este ano. ANG/MI/ÂC//SG