quarta-feira, 22 de maio de 2024

Nigéria/Exército resgata dos extremistas Boko Haram 350 reféns na Nigéria            

Bissau, 22 Mai 24 (ANG) -  Trezentos e cinquenta reféns, na maioria crianças e mulheres mantidos em cativeiro pelos extremistas do Boko Haram no nordeste da Nigéria, foram resgatados de um enclave florestal e entregues às autoridades, informou o exército, noticia o site Notícias ao Minuto.


Segundo o major-general Ken Chigbu, oficial sénior do exército nigeriano, os reféns tinham sido mantidos na floresta de Sambisa, um esconderijo para o grupo extremista que lançou uma insurreição em 2009, enquanto os apresentava às autoridades em Borno, onde se situa a floresta.

Entre os reféns estão 209 crianças, 135 mulheres e seis homens que pareciam exaustos com as suas roupas gastas, segundo a agência de notícias Associated Press (AP).

O exército disse que os reféns foram resgatados durante uma operação militar que durou um dia na floresta de Sambisa, que já foi uma reserva florestal movimentada que se estende ao longo da fronteira com os Camarões e o Níger, mas que agora serve como um enclave a partir do qual o Boko Haram e as suas facções separatistas.

Os reféns libertados foram transportados em camiões para a sede do Governo do estado de Borno, onde as autoridades tomaram conta deles até regressarem a casa.

O Boko Haram, os rebeldes terroristas da Nigéria, lançaram a insurreição em 2009 com o objectivo de estabelecer a lei islâmica da 'sharia' no país.

De acordo com as agências da ONU na Nigéria, pelo menos 35.000 pessoas foram mortas e 2,1 milhões deslocadas em resultado da violência extremista, bem como 1.400 estudantes foram retirados das escolas. ANG/Angop

 

terça-feira, 21 de maio de 2024

Política/Presidente da República anuncia para breve  lançamento da pedra para construção da estrada Safim/Npakc

Bissau, 21 Mai 24 (ANG) – O Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló disse que, brevemente, vai ser lançando a pedra para a construção da estrada Safim/Npakc, zona Nort e da Guiné-Bissau.

De acordo com o áudio enviado à ANG pelo Gabinete de Comunicação e Relações Públicas da Presidência da República, a promessa de Umaro Sissoco Embaló foi feita durante a visita que efetuou, segunda-feira, àquela localidade nortenha.

Na ocasião, informou que estão a diligenciar junto do Banco Mundial a possibilidade de conseguir financiamento para a reabilitação do Hospital Regional de Canchungo, para que possa ser uma instituição de referência.

"Podem ver que, nós não prometemos, mas sim, fazemos e também não pegamos o que não é nosso. A Guiné-Bissau hoje precisa de todos os seus filhos para desenvolvê-la como outros países", disse o chefe de Estado.

Úmaro Sissoco Embaló, frisou que, há 30 anos, a cidade de Canchungo recebia as pessoas de outras partes para fazer consultas no referido Hospital, salientando que, mas hoje em dia perdeu esse privilégio.

Realçou que, hoje em dia, qualquer pessoa que chega à Bissau pode perceber a sua mudança em termos de infraestruturas, e que o país não pode ser mudado duma vez, tendo em conta que a Guiné-Bissau ainda não explora nada que dá dinheiro e que só depende de impostos e ajudas externas.

Por seu turno, o deputado do Movimento para Alternância Democrática Madem-G15 para círculo 20, Cipriano Mendes Perreira(Nhina) disse que já é uma realidade o Estatuto de Emigrante porque foi aprovado pelo Presidente da República no dia 14 do corrente mês.

Informou que, no documento,. os emigrantes vão usufruir, entre outros, de isenção de 20 por cento nos materiais importados, acrescentando que,  nesta semana, se tudo correr como previsto, serão atribuídos nacionalidades aos descendentes guineenses no estrangeiro.ANG/MI/ÂC/
/SG

Política/Líder do MSD condena ação policial contra manifestantes e responsabiliza Ministério do Interior pelo sucedido

Bissau, 21 Mai 24 (ANG) – O Presidente do Movimento Social Democrática(MSD) ,condenou hoje o que chamou de “carga excessiva” da Polícia da Ordem Pública sobre os manifestantes no passado dia 18 de Maio e responsabiliza o ministro do Interior, Botché Candé e o Secretário de Estado da Ordem Pública, José Carlos Macedo Monteiro pelas detenções dos marchantes.

Joana Cobdé Nhanca reagia assim, numa conferência de imprensa, à detenção de cerca de 100 manifestantes no sábado.

Cobdé Nhanca critica  que o despacho do Ministério do Interior que proíbe as marchas e comícios é seletivo, e diz que  está-se a viver no país uma “ditadura gravíssima” ao abrigo da qual “uns podem fazer o que querem e  outros não”.

Nhanca disse que Botche Candé e José Carlos Macedo foram escolhidos para espancar a população uma vez que são denominados de “Leão e Cão de Leste”.

A líder do MSD disse que,pelas  ações passadas , Botché Candé não devia voltar a exercer o papel sobretudo de ministro do Interior.

Falando sobre o caso de tráfico de drogas que tem sido badalado nos últimos tempos, Joana Cobdé Nhanca disse que, se o caso do avião apreendido no aeroporto durante o mandato de Nuno Nabian fosse esclarecido ,não se estaria a viver a situação atual.

“As pessoas sentiram livres de traficar na Guiné-Bissau e agora todos devem estar atentos sobretudo quando vão viajar”, disse.

A líder do MSD considerou de muito fraca as instituições judiciais do país desde o Ministério Público, Tribunais e outros uma vez que não há justiça mesmo para os traficantes de droga.

Acrescenta que a descoberta de  um grupo que recebia treinos militar em Gabu é uma das provas da fragilidade do território guineense.

“Por isso peço a população a denunciar qualquer presença estranha nas suas tabancas, custe o que custar, mas devem o fazer em defesa da Pátria “,disse .

Joana convidou aos guineenses a se unirem a volta do essencial que é lutar para o desenvolvimento do país e que cada um dé o seu máximo na sua área não esperando que uma única pessoa possa fazer o trabalho.ANG/MSC/ÂC//SG


Economia
/Preços das moedas para terça-feira, 21 de maio de 2024

MOEDA

COMPRAR

OFERTA

Euro

655.957

655.957

dólares americanos

600.250

607.250

Yen japonês

3.835

3.895

Libra esterlina

764.000

771.000

Franco suíço

660.250

666.250

Dólar canadense

439.250

446.250

Yuan chinês

82.500

84.250

Dirham dos Emirados Árabes Unidos

163.000

165.750

 Fonte: BCEAO


            Moçambique/ Greve no sistema de saúde faz 1000 mortes

Bissau, 21 Mai 24 (ANG) - A greve no sistema de saúde moçambicano já fez cerca de mil mortes, numa altura em que o Governo e os profissionais continuam de costas voltadas por falta de consensos nas negociações.

Os profissionais da saúde cumprem hoje o 21º dia de greve por melhores condições de trabalho e de salário. O Presidente da Associação dos Profissionais da Saúde Unidos e Solidários de Moçambique, Anselmo Muchave, afirma que a greve no sistema de saúde moçambicano já fez cerca de mil mortes.

“Neste momento por falta de atendimento nas nossas unidades sanitárias já foram registados quase mil óbitos nas nossas unidades sanitárias”, explicou.

Anselmo Muchave recorda que os profissionais de saúde estão às autoridades que providenciem melhores cuidados de saúde para a população, nomeadamente a compra de medicamentos.

“Nós estamos a reivindicar para que mais de 95% da população e utentes de serviços públicos de saúde não vejam a sua condição agravada por falta de um simples paracetamol, uma ligadura engessada, uma refeição adequada ao seu estado de saúde , oxigênio para o bloco operatório cuja falta pode registar em mortes por hipoxia ou asfixia”, denuncia.

O Presidente da Associação dos Profissionais da Saúde Unidos e Solidários de Moçambique acrescenta que estão também a exigir ao executivo “o pagamento de um trabalho que realizamos, que são as horas extras e turnos, riscos inerentes as atividades desde o ano 2023”.

Apesar de várias rondas negociais com o Governo, Anselmo Muchave diz que ainda não há consensos que levem a suspensão da greve iniciada a 29 de Abril, por 30 dias prorrogáveis. ANG/RFI

  Cabo Verde/Procuradores-gerais da CPLP debatem  protecção da criança

Bissau, 21 Mai 24 (ANG) -  O 21.º Encontro de Procuradores-Gerais da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) realiza-se a partir de quarta-feira na Ilha do Sal, Cabo Verde, e a protecção da criança vai ser o tema central.


"Há crianças recrutadas em várias latitudes para a prática de crimes", disse o Procurador-Geral da República (PGR) de Cabo Verde, Luís Landim, que apontou o exemplo, em entrevista à Lusa, para justificar porque é que o país anfitrião propôs o tema para o encontro deste ano, que decorre até sexta-feira.

Há zonas do mundo onde o recrutamento preocupa, noutras é o aumento das crianças de rua e há ainda corredores internacionais onde o tráfico de menores prevalece, ameaças que tornam o tema oportuno no âmbito da cooperação judicial, referiu.

A criança é um ser indefeso e vulnerável e zelar pela sua proteção é uma das atribuições do Ministério Público, além da popularmente mais conhecida que é a investigação criminal, notou.

"Cada país tem as suas questões" e riscos para as crianças, "há respostas internas, mas nunca são suficientes: o Estado também tem de intervir em força, assim como as comunidades, a sociedade e a família", referiu Luís Landim, com base na experiência cabo-verdiana.

"O Ministério Público está na linha final. Quando outras medidas preventivas falham, tem de intervir para proteger a criança" e aquilo que tem sido feito e como se pode melhorar, consoante a situação de risco, vai estar em debate durante três dias.

Na quarta-feira, durante a reunião privada de procuradores-gerais que abre o encontro, Cabo Verde vai propor que seja criada uma rede entre as procuradorias da CPLP dedicada à protecção da criança, estando disponível para a coordenar, indicou Luís Landim à Lusa.

Oito redes de cooperação judicial já foram criadas no âmbito destes encontros, cada qual coordenada por um país e com pontos focais nos restantes, com o intuito de agilizar processos em áreas mais complexas como recuperação de activos, tráfico de droga ou crimes ambientais.

Na quinta e sexta-feira vai decorrer a conferência internacional sobre o tema "O Ministério Público e o sistema de protecção de crianças no espaço da CPLP", que vai abordar temas como o combate ao trabalho infantil, desenvolvimento de serviços sociais, adopção internacional ou investigação de tráfico de crianças com meios digitais.

Cabo Verde organiza pela terceira vez o encontro de procuradores-gerais da CPLP, tendo assumido a presidência rotativa do evento no ano passado, após a Guiné-Bissau.

Na reunião de quarta-feira será escolhido o país que vai receber a liderança da organização até ao próximo encontro, em 2025.

Os países da CPLP partilham uma herança cultural e semelhanças entre sistemas judiciais que fazem com que haja "muitos assuntos em comum" a ser tratados nestes encontros que se realizam de forma regular, todos os anos, desde 2011, referiu Luís Landim.

Por outro lado, o facto de os crimes terem cada vez mais um carácter transnacional, torna mais importante que exista um fórum onde os procuradores se possam conhecer e agilizar a cooperação para combater actividades ilícitas.

Além de Cabo Verde, anfitrião, participam no encontro Angola, Brasil, Guiné-Bissau, Guiné-Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste e ainda Macau, na qualidade de observador. ANG/Angop

Espanha/ Governo defende "independência" do TPI após pedidos de detenção

Bissau, 21 Mai 24 (ANG) - O Governo de Espanha defendeu esta madrugada a
independência do Tribunal Penal Internacional (TPI), que solicitou mandados de captura contra o primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu e líderes do grupo islamita palestiniano Hamas, noticiou a Lusa.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros disse que "a Espanha reitera o seu compromisso" com o TPI "e com a sua independência e imparcialidade".

"O seu trabalho crucial deve ser realizado livremente e sem interferência", sublinhou a diplomacia espanhola, numa mensagem publicada na rede social X (antigo Twitter).

O procurador do TPI, Karim Khan, solicitou na segunda-feira mandados de captura contra Netanyahu e o seu ministro da Defesa, Yoav Gallant, bem como contra três líderes do Hamas: Yahya Sinwar, Ismail Haniyeh e Mohamed Deif.

Khan pediu aos juízes do TPI permissão para emitir mandados de captura contra estes cinco dirigentes por alegados crimes de guerra durante os ataques do Hamas de 07 de Outubro, em solo israelita, que deixou acima de 1.100 mortos e cerca de 250 pessoas levadas como reféns, e a subsequente ofensiva israelita na Faixa de Gaza.

Em retaliação, Israel empreendeu desde então uma ofensiva em grande escala no território palestiniano, que já fez mais de 35 mil mortos, na maioria civis, segundo o Governo do Hamas, e provocou uma grave crise humanitária.

Entre os crimes pelos quais o procurador-geral responsabiliza os dois responsáveis israelitas estão o uso da fome como "método de guerra" contra civis e o "assassinato intencional", enquanto responsabiliza os líderes do Hamas pela morte de centenas de civis israelitas.

Israel não faz parte desta instituição, tal como os Estados Unidos, pelo que não é obrigado a seguir as suas ordens.

No entanto, todos os países da União Europeia (UE) ratificaram o Estatuto de Roma, pelo que, se as ordens forem emitidas, o governante israelita não poderá atravessar as fronteiras europeias. ANG/Angop

China/Governo quer objetividade em processos contra dirigentes de Israel e Hamas

Bissau, 21 Mai 24 (ANG) – A China defendeu hoje que o Tribunal Penal Internacional (TPI) se mantenha objetivo, após os mandados de captura solicitados por um procurador contra dirigentes israelitas, incluindo o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, e do movimento islamita Hamas.


"Esperamos que o TPI mantenha a sua posição objetiva e imparcial e exerça os seus poderes em conformidade com a lei", declarou o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Wang Wenbin, apelando ao fim da "punição coletiva do povo palestiniano".

Na segunda-feira, o procurador do Tribunal Penal Internacional (TPI), Karim Khan, solicitou mandados de captura para o primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu, o seu ministro da Defesa e três líderes do Hamas por alegados crimes cometidos na Faixa de Gaza e em Israel.

Pequim afirmou que existe "um consenso esmagador no seio da comunidade internacional para parar imediatamente a guerra em Gaza e pôr fim à crise humanitária do povo palestiniano".

"A China esteve sempre do lado da justiça e do Direito internacional na questão palestiniana", afirmou Wang, acrescentando que Pequim apoia "os esforços para promover uma solução global, justa e duradoura para a questão palestiniana".

O procurador do TPI, Karim Khan, anunciou na segunda-feira que pediu mandados de captura para Netanyahu e para o seu ministro da Defesa, Yoav Gallant, por crimes como "matar deliberadamente civis à fome", "homicídio intencional" e "extermínio e/ou assassínio", relacionados com a operação israelita em Gaza.

Karim Khan solicitou igualmente a emissão de mandados de captura contra três dirigentes do Hamas - Ismail Haniyeh, Mohammed Deif e Yahya Sinouar - por crimes como "extermínio", "violação e outras formas de violência sexual" e "tomada de reféns como crime de guerra", relacionados com o ataque de 7 de outubro em Israel.

A China há muito que apoia a causa palestiniana e uma solução de dois Estados para o conflito israelo-palestiniano.

O Presidente chinês, Xi Jinping, apelou à realização de uma "conferência internacional de paz" para pôr fim à guerra. ANG/Lusa

Rússia/Governo acusa Estados Unidos de quererem colocar armas no espaço

Bissau, 21 Mai 24 (ANG) – A Rússia acusou hoje os Estados Unidos de pretenderem colocar armas no espaço, um dia depois de o Conselho de Segurança da ONU ter rejeitado um projeto de resolução russo sobre a questão.

Os Estados Unidos também tinham feito acusações semelhantes contra a Rússia, denunciado o lançamento na semana passada de um satélite russo com capacidade bélica.

Para Moscovo, a rejeição do projeto de resolução por parte de Washington e dos seus aliados demonstra que o objetivo dos Estados Unido é “colocar armas no espaço”, disse a porta-voz da diplomacia russa, Maria Zakharova.

A porta-voz acusou Washington de pretender transformar o espaço “numa arena de confrontos militares”, segundo a agência francesa AFP.

A votação realizada na segunda-feira terminou com um empate a sete votos, numa divisão entre os aliados dos Estados Unidos, que votaram contra, e os apoiantes da Rússia, que votaram a favor, com a Suíça a abster-se.

A resolução foi assim rejeitada, uma vez que não obteve os nove votos necessários.

Em abril, já tinha acontecido o mesmo a uma proposta semelhante, apresentada por Washington e Tóquio, para banir armas de destruição em massa no espaço.

Em 1967, União Soviética, Estados Unidos e Reino Unido assinaram um tratado a declarar o espaço exterior como um bem comum global que só poderia ser usado para fins pacíficos.

Atualmente, cerca de uma dezena de países tem capacidade para lançar naves espaciais e cerca de 80 têm satélites próprios, assim como empresas privadas.

ANG/Lusa

 

    CPLP/Chefes militares reunidos em Bissau entre segunda e terça-feira

Bissau, 21 Mai 24 (ANG) – Os chefes das Forças Armadas da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) encontram-se reunidos em Bissau, entre segunda e terça-feira, num encontro que o ministro guineense da Defesa espera permitir “reflexões e convergência de visões”.

No discurso de abertura do seu 25.º encontro, que decorre numa unidade hoteleira de Bissau, Nicolau dos Santos, deu as boas-vindas aos Chefes de Estado-Maior das Forças Armadas da CPLP, fazendo votos para que “a chama histórica” continue a unir os nove países da comunidade.

“Sintam-se em casa porque é uma casa onde, afinal, em português nos entendemos”, disse o ministro guineense da Defesa que elencou os objetivos da reunião.

Nicolau dos Santos observou que o encontro de Bissau deve servir para “reflexão e convergência de visões” que permitam uma maior aproximação entre os países, dando “mais eficácia” às Forças Armadas nas suas missões.

Entre as missões, o governante guineense destacou a promoção de ações que visem garantir a segurança e a estabilidade dos países da comunidade lusófona.

Nicolau dos Santos sublinhou que, no âmbito da globalização, os países são confrontados com “desafios antes inimagináveis” motivados pela geopolítica e a estratégia.

“Testemunhamos um quadro de blocos de nações de interesses antagónicos e a expansão de extremismo religioso e político cujas consequências vêm afetando sobremaneira a vida social económica das populações”, notou o ministro guineense da Defesa.

Nicolau dos Santos defendeu que perante este cenário as Forças Armadas “são chamadas a desempenhar um papel primordial” nas tarefas da manutenção da paz, segurança e estabilidade tanto a nível dos respetivos países como no plano internacional.

De forma concreta, o ministro guineense espera que a reunião de Bissau encontre respostas para questões como a forma possível de coordenar as ações para que a operacionalidade das Forças Armadas seja uma realidade, assim como fazer para que as atuações das Forças Armadas sejam fundamentadas em informações fidedignas e responsáveis ou como reforçar cada vez mais o caráter republicano das Forças Armadas da CPLP e o seu compromisso natural com a paz, segurança e estabilidade aos cidadãos.

Nicolau dos Santos disse ser um orgulho para a Guiné-Bissau acolher “tão ilustres hóspedes”.

Os chefes militares da CPLP realizaram segunda-feira uma visita de cortesia ao Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, mas não prestaram qualquer declaração aos jornalistas à saída do encontro.ANG/Lusa

 

Manifestação Frente Popular/MADEM-G15 admite  possibilidades de interpor ação judicial contra autores da violência policial

Bissau, 21 Mai 24(ANG) – O Secretariado Nacional do Movimento para Alternância Democrática (MADEM-G15) admite possibilidades de  interpor ação judicial contra autores do acto que descreve  como “violento e criminoso” contra manifestação pacífica ocorrida no último fim semana.

A informação vem expressa num comunicado à imprensa, do MADEM-G15, à que a ANG teve acesso, no qual esta formação política   exorta o  Governo a abster-se de atos e comportamentos  que limitem o exercício dos direitos civis e políticos.

Mais de 70 pessoas foram detidas  sábado, 18 de Maio, em Bissau, Gabu e Buba, pelas forças da ordem após violentas cargas policial contra manifestantes.  As detenções aconteceram durante as manifestações convocadas pela plataforma Frente Popular.

O MADEM G-15 expressou ainda a sua solidariedade para com os detidos, e condena  comportamentos que que diz puderem  perigar a paz social.

No comunicado, o Movimento exige a libertação imediata e incondicional de todos os detidos  na sequência da marcha.

Segundo a  Liga Guineense dos Direitos Humanos(LGDH), foram segunda-feira libertados 84 dos 93 detidos pelas Forças de Segurança na sequência das manifestações  de sábado (18.05) contra o atual regime, organizada pela Frente Popular

Na nota a LGDH informa que nove pessoas continuam detidas, dentre as quais, o líder da Frente Patriótica, Armando Lona.

O MADEM-G15 disse estar atento a brutal reação do governo guineense, através do Ministério do Interior e da Ordem Pública, à manifestação  pacífica e ordeira da sociedade civil guineense, agrupada na Frente Popular.ANG/JD/ÂC//SG

segunda-feira, 20 de maio de 2024

Manifestação Frente Popular/CNJ exige   libertação de  cidadãos ainda presos  

Bissau, 20 Mai 24 (ANG) – O Conselho Nacional da Juventude (CNJ) na pessoa do seu vice-presidente diz que as autoridades policiais devem pôr em liberdade  todos os cidadãos que “no exercício dos seus direitos cívicos  foram presos e espancados ilegalmente”.


Juelson Tavares falava hoje em conferência de imprensa em jeito de reação aos últimos acontecimentos no país, nomeadamente a mifestação popular organizada, sábado, pela Frente Popular e que resultou na detenção de cerca de 100 pessoas,e ao naufrágio, na semana passada, da piroga de pesca que transportava pessoas de Ilhéu de Rei para Bissau.

Disse que os incidentes de sábado chocam com qualquer pessoa com sensibilidade e comprometido com a defesa dos direitos humanos.

OCNJ diz ter tomado conhecimento de que um grupo de detidos foi posto em liberdade mas que outro  continua encarcerrado e com possibilidades de libertação condicionadas.

 “Chegou a hora de a juventude fazer intervenção direta quanto aquilo que deve ser a mudança da Nação. A  hora da mudança é agora, porque essa intervenção da Força de Ordem afeta direitos humanos de todos, tanto dos que tomaram parte na marcha assim como  dos que não participaram nela”, disse Juelson Tavares.

Em relação ao naufrágio da piroga, , o vice-presidente do Conselho Nacional da Juventude, diz que, na qualidade de  principal interlocutor da juventude guineense, lamenta o acontecido mas exige a justiça célere e responsável  com vista a responsabilização dos verdadeiros culpados pela  morte de mais 5 pessoas e um desaparecido.ANG/MI/ÂC//SG

Manifestação popular/SINJOTECS se solidariza com jornalistas  detidos

Bissau, 20 Mai 24(ANG) – O Sindicato dos Jornalistas e Técnicos de Comunicação Social da Guiné-Bissau (SINJOTECS) solidarizou-se com os três jornalistas  detidos no Ministério do Interior, por estarem em exercício de funções no  sábado, aquando  da realização  da marcha pacífica  promovida pela  Frente Popular com o slogan “República I Anós”(República é Nós).

A solidariedade do SINJOTECS vem expressa numa nota datada de 19 de Maio de 24, na qual diz que a referida marcha “infelizmente foi importunada injustamente” por agentes de polícia.

Segundo a Nota,  até ao momento, a Direção de SINJOTECS tem a informação de que as jornalistas Zinaida Pereira e Julinha Sambú, ambas da TGB, se encontram entre os detidos, incluindo o jornalista e Ativista Armando Lona, promotor da marcha”, refere o Sinjotecs.

Na nota, o Sinjotecs expressa  a sua indignação perante tais factos e exige a imediata libertação dos detidos, neste momento de luta pelos Direitos Humanos e Liberdade de Expressão na Guiné-Bissau.

Mais de 70 pessoas foram detidas  sábado, 18 de Maio, em Bissau, Gabu e Buba. As detenções aconteceram durante as manifestações convocadas pela plataforma Frente Popular, que reivindica contra o que considera de “fome, violência e destruição do  país”.ANG/JD/ÂC//SG

Manifestação Frente Popular/PAIGC, PRS e Sociedade Civil de Gabu condenam  detenção dos manifestantes 

Bissau, 20 Mai 24 (ANG) - O Partido Africano da Independência de Guiné e Cabo-Verde (PAIGC), Partido da Renovação Social (PRS) e Movimento da Organização de Sociedade Civil de Gabu condenaram a detenção de alguns indivíduos durante a manifestação popular feita no dia 18 de Maio pelas forças policiais e  exigem melhoria de condições de vida,  justiça social e  estabilidade política.

Segundo o comunicado à imprensa, os dois partidos políticos e a Sociedade Civil de Gabu foram unânimes na exigência de libertação dos detidos, o mais depressa possível.

O PAIGC responsabiliza os autores morais e materiais por esse ato que considera de “covarde e condenável” num Estado de Direito Democrático.

De acordo com o documento, o PAIGC apela aos cidadãos guineenses no país e na diáspora, a manterem-se serenos e continuarem a luta com a convicção de que o povo é quem mais ordena.

“Em nome da verdade e da Legalidade Democrática, a vontade do povo será reposta e a ditadura será vencida”, diz em comunicado o partido libertador.

Apela  às Forças da Defesa e Segurança a se absterem de atos que vão contra o seu papel, enquanto instituições que devem zelar pela proteção dos direitos cívicos dos cidadãos e pelo cumprimento das leis da Repúblic

O PAIGC alerta  a Comunidade Internacional e outras organizações defensoras dos direitos Humanos e da Democracia, sobre o que diz ser  “recorrentes atos de desmandos e violações dos direitos básicos e fundamentais dos cidadãos guineenses praticados pelo atual regime”.

O  PRS defende que é necessário definir novos métodos e formatos de organização de  manifestações públicas na Guiné-Bissau , e declara que  jamais vai compactuar com  situações de violência.

Em conferência de imprensa, o líder do PRS lamenta o fato de a marcha de Frente Popular realizada no  sábado tenha colocado a imagem da Guiné-Bissau num “estado de  maior instabilidade”, provocada pelas autoridades nacionais e pelo próprio Estado guineense,  com a detenção de alguns dos líderes das organizações protagonistas da  marcha.

Fernando Dias disse que o PRS continua a  defender a realização das eleições presidenciais ainda do decorrer deste ano.   

A Direção regional do  Movimento Nacional  da Sociedade Civil de Gabu, leste de país, considera, em comunicado, de "abuso de poder ", o comportamento das forças da ordem e exigiu a libertação imediata dos jovens detidos.

De acordo com o documento, a organização ressaltou que o império da lei deve ser aplicado para controlar o Estado, as instituições e seus responsáveis, e não a população que luta pela sobrevivência no seu dia a dia.

"Perante as circunstâncias terríveis destes acontecimentos, que num Estado de direito democrático podem minar todas as conquistas e a consolidação da democracia, para evitar confrontos com a polícia, os jovens retiraram-se das ruas e decidiram realizar uma conferência de imprensa para manifestar o seu desagrado em relação ao impedimento”, lê-se no documento.

Por fim, a Direção regional de Movimento Nacional da Sociedade Civil de Gabu garantiu  que unirá esforços com outras organizações nacionais para fazer valer os direitos consagrados na Constituição da República, para o fortalecimento da democracia na Guiné-Bissau.

A manifestação convocada pela Frente Popular,  uma nova organização social, teve como objetivo protestar contra o aumento do custo de vida, a generalizada subida dos preços de produtos da primeira necessidade no mercado, o crescente nível de violência e a falta de respostas aos problemas que afetam os setores de ensino e da saúde pública no país.

A polícia dispersou os manifestantes tendo detido 93, sendo que 84 deles foram libertados na madrugada desta segunda-feira. O lider da Frente Popular , Armando Lona e os restantes  ativistas ainda se encontram na prisão, em Bissau.

ANG/AALS/ÂC//SG

Manifestação Frente Popular/Ministro do Interior diz ser  o Secretário de Estado da Ordem Pública o responsável pela gestão dos incidentes de sábado

Bissau,20 Mai 24(ANG) – O ministro do Interior e da Ordem Pública responsablizou o secretário de Estado da Ordem Pública pela gestão das ações policiais relacionados a  manifestação popular ocorrida no passado(18), em Bissau e algumas localidades do Interior do país e que culminou na detenção de cerca de 100 pessoas.

Botche Candé ao ser abordado pela imprensa sobre a libertação de ativistas da Frente Popular, organizador da manifestação, detidos na manha de sábado pelas forças de segurança durante a manifestação pacífica, o governante disse que deixou toda a responsabilidade ao Secretário de Estado, José Carlos Macedo acrescentando que é a pessoa que gere o referido assunto. 

“Eu não sou o ministro que entrega ao Secretário de Estado poder, ou seja, a cabeça e depois segura a cauda. Neste momento, o Secretário de Estado é a única pessoa que pode falar sobre o que realmente aconteceu no  sábado, em Bissau”, assegurou, Botche Candé sem no entanto, avançar mais pormenores sobre o assunto.

Mais de 70 pessoas foram detidas  sábado, 18 de Maio, em Bissau, Gabu e Buba. As detenções aconteceram durante as manifestações convocadas pela plataforma Frente Popular.

A Liga Guineense dos Direitos Humanos(LGDH), informa que, foram hoje libertados 84 dos 93 detidos pelas Forças de Segurança na sequência da manifestação do último sábado (18.05) contra o atual regime, organizada pela Frente Popular

"Entre 93 detidos, 84 foram libertados hoje, mas a luta continua", disse a LGDH em nota publicada  na sua página no Facebook visitada pela ANG.

Na nota a LGDH informa que nove pessoas continuam detidas, dentre as quais, o líder da Frente Patriótica, Armando Lona.ANG/ÂC//SG

Países Baixos/Procurador do TPI pede detenção de PM israelita e chefes do Hamas

Bissau, 20 Mai 24  (ANG) – O procurador do Tribunal Penal Internacional (TPI), Karim Khan, pediu hoje a emissão de mandados de captura contra o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, e o líder do Hamas em Gaza, Yahya Sinwar.

Netanyahu e Sinwar são suspeitos de crimes de guerra e crimes contra a humanidade, segundo um comunicado divulgado por Khan em Haia, Países Baixos, sede do TPI.

Khan também pediu ao TPI que emita mandados de captura contra o ministro da Defesa israelita, Yoav Gallant, o comandante das Brigadas Al-Qassam, Mohammed Al-Masri, e o chefe do gabinete político do Hamas, Ismail Haniyeh.

ANG/Lusa

Irão / Governo garante que morte de Raisi não vai causar "qualquer perturbação"

Bissau, 20 Mai 24 (ANG) - O Governo iraniano confirmou hoje a morte do Presidente Ebrahim Raisi, na queda de um helicóptero no noroeste do país, mas garantiu que o desastre não irá causar "qualquer perturbação na administração" do Irão.

"O Presidente do povo iraniano, trabalhador e incansável, (...) sacrificou a sua vida pela nação", disse o executivo de Teerão, num comunicado após a primeira reunião desde o acidente.

"Garantimos à nossa nação leal, grata e amada que, com a ajuda de Deus e o apoio do povo, não haverá a menor perturbação na administração do país", acrescentou o Governo do Irão.

O helicóptero que transportava Raisi e o ministro dos Negócios Estrangeiros, Hossein Amir-Abdollahian, foi localizado hoje numa montanha no noroeste do Irão, sem quaisquer sobreviventes, confirmaram as autoridades.

O aparelho despenhou-se na zona de Kalibar e Warzghan, na província do Azerbaijão Oriental, no noroeste do país.

O acidente deu-se no domingo, quando a comitiva regressava da fronteira com o Azerbaijão, onde Raisi inaugurou uma barragem com o seu homólogo azeri, Ilham Aliyev.

No terreno estiveram pelo menos 65 equipas de salvamento em operações de busca que estão a ser dificultadas devido ao denso nevoeiro e às fortes chuvas.

A Arábia Saudita, o Iraque e o Azerbaijão ofereceram ajuda a Teerão, enquanto o Presidente norte-americano, Joe Biden, foi informado sobre o incidente, segundo a Casa Branca, que não adiantou mais detalhes.

A Turquia já enviou 32 equipas de salvamento e seis veículos e a União Europeia activou o serviço cartográfico de resposta rápida Copernicus a pedido do Irão.

Também a Rússia enviou uma equipa de socorro com 47 especialistas, veículos todo-o-terreno e um helicóptero.
Ebrahim Raisi, de 63 anos, um clérigo religioso de linha dura, foi eleito Presidente do Irão em 2021, numa eleição presidencial com a participação mais baixa da história da República Islâmica.

A sua liderança protagonizou uma intensificação da repressão contra ativistas, mulheres e críticos do regime.

O Governo não forneceu detalhes sobre os planos de sucessão, mas a reunião de hoje já foi presidida pelo possível substituto de Raisi, o actual primeiro vice-presidente, Mohammad Mokhber.

Mokhber, de 68 anos, está no cargo desde 2021 e anteriormente liderou o poderoso conglomerado "Execução da Ordem do Imã Khomeini". Por estas funções é alvo de sanções pelos Estados Unidos desde 2021.

O Governo irá realizar ainda hoje uma "reunião de emergência", disse a agência de notícias oficial iraniana Irna, sem revelar detalhes sobre a agenda do encontro.

A Bolsa de Valores de Teerão esteve hoje encerrada devido à morte de Raisi, disse um membro do conselho de administração da bolsa, Reza Eyvazlou, citado pela agência de notícias iraniana Mehr.ANG/Angop