quarta-feira, 29 de maio de 2024

Saúde/Presidente do BAD diz que chega de mulheres em África a morrerem por cozinhar

Bissau, 29 mai 24 (ANG) - O presidente do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), Akinwumi Adesina, afirmou hoje que “chega” de mulheres a morrerem em África enquanto cozinham, devido às fontes de energia, anunciando a mobilização de 3.785 milhões de euros para combater o problema.

“Nenhuma mulher e nenhuma criança deveria ter de morrer devido ao risco associado à inalação de fumo e a outros perigos, porque hoje em dia perdemos 300.000 mulheres por tentarem cozinhar uma refeição decente”, afirmou Akinwumi Adesina, ao intervir na sessão oficial de abertura dos encontros anuais do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), que decorrem desde segunda-feira na capital do Quénia.

“Chega. Não se trata apenas de acender um fogão, trata-se da própria vida. Trata-se de dignidade para as mulheres. E trata-se de proteger o ambiente da desflorestação maciça e da dependência do biocombustível, da biomassa, da lenha e do carvão vegetal”, acrescentou.

Sublinhou que “por gerações, as mulheres em África têm suportado o peso dos riscos e as dificuldades associadas ao ato de cozinhar” e que “nada poderia ser mais importante do que garantir que 1,2 mil milhões de pessoas, a maioria das quais são mulheres em África, tenham acesso a soluções de cozinha limpa”.

Nesse sentido, o Grupo BAD promoveu nestes encontros a conferência “Cozinha Limpa em África" e comprometeu-se a disponibilizar 2.000 milhões de dólares (1.846 milhões de euros) “para soluções de cozinha limpa para as mulheres nos próximos 10 anos”.

“Estou muito satisfeito com a Cimeira de Paris [14 de maio de 2024], angariou mais 2,1 mil milhões de dólares [1.938 milhões de euros] em compromissos, elevando o total de compromissos para a cozinha limpa para 4,1 mil milhões de dólares [3.785 milhões de euros]. Um feito histórico e um testemunho do poder das parcerias”, apontou.

Na mesma intervenção, num apelo perante dezenas de lideres globais reunidos em Nairobi, Akinwumi Adesina, nascido na Nigéria há 64 anos, presidente do Grupo BAD desde 2015, deu o seu próprio exemplo.

“Não comecei a usar óculos porque fui para a universidade e fiquei inteligente. Comecei a usar óculos porque, em criança, soprava carvão para dentro dos fogões. Mas a minha mãe, quando comprou um fogão para o qual podemos ligar o gás, a chama era azul. Tive de convidar os meus amigos para o verem”.

“Na verdade, estava a ligá-lo por causa do cheiro, porque era muito diferente do cheiro que eu costumava ter. Por isso, quando falamos de transições energéticas, esse é o tipo de transição por que alguns de nós já passaram”, acrescentou.

O Grupo Banco Africano de Desenvolvimento é a principal instituição africana de financiamento do desenvolvimento e reúne-se em Nairobi até sexta-feira para debater "A Transformação de África, o Grupo Banco Africano de Desenvolvimento e a Reforma da Arquitetura Financeira Global", prevendo a presença de 3.000 participantes, entre políticos, governantes, economistas e especialistas de várias áreas, de todo o mundo.

Estes encontros incluem a 59.ª Reunião Anual do Conselho de Governadores do Banco Africano de Desenvolvimento e a 50.ª Reunião do Conselho de Governadores do Fundo Africano de Desenvolvimento, decorrendo no Centro Internacional de Conferências Kenyatta, em Nairobi.

O Grupo BAD conta com 81 Estados-membros, entre 53 países africanos e 28 países fora do continente, incluindo Portugal e Brasil.ANG/Lusa

         Redes sociais/Proibição da TikTok levantada na Nova Caledónia

Bissau, 29 mai 24 (ANG) - A proibição da rede social TikTok na Nova Caledónia foi levantada, anunciaram hoje as autoridades do arquipélago francês do Pacífico Sul, após terem imposto há duas semanas a medida para limitar contactos entre manifestantes.

“Na sequência do fim do estado de emergência no território, na terça-feira, 28 de maio de 2024, a proibição da plataforma TikTok foi levantada”, declarou em comunicado o Alto Comissariado da França no arquipélago, referindo que o recolher obrigatório permanece em vigor.

A proibição da TikTok foi possível graças à declaração do estado de emergência, em 15 de maio, e à presença de um único operador de telecomunicações no país.

O Governo considerou que a rede social, propriedade da empresa chinesa ByteDance, era um dos meios de comunicação privilegiados entre os grupos que cometiam atos de violência noturna.

A proibição surgiu, além disso, num contexto de receios de interferência e desinformação nas redes sociais por parte de países estrangeiros que procuram alimentar tensões, de acordo com fontes governamentais e da segurança, citando a China ou o Azerbaijão.

Na quinta-feira, o Conselho de Estado francês confirmou o bloqueio da rede social, tendo em conta o “caráter limitado e temporário da medida”, bem como “o interesse público em restaurar a segurança”,.

O órgão também observou que “outras redes sociais e meios de comunicação permanecem acessíveis”.

A Liga dos Direitos Humanos francesa, a associação Quadrature du Net e três residentes da Nova Caledónia apresentaram um recurso da decisão em 17 de maio, argumentando que o bloqueio constituía uma grave violação das liberdades de comunicação e de informação.

O Conselho de Estado rejeitou o pedido "por falta de urgência".

Cerca de 3.500 efetivos das forças de segurança deverão ser destacados para o arquipélago.

A crise teve início quando foi apresentado um novo projeto de lei adotado em Paris que determina que residentes que vivem no arquipélago há 10 anos passam a poder votar nas eleições locais.

Os líderes políticos locais, incluindo os defensores da independência, temem que os povos nativos da Nova Caledónia fiquem enfraquecidos com a nova medida.

Para já, não se vislumbra qualquer fim para a crise política, apesar de uma relativa calma ter regressado nas últimas noites.

A crise foi marcada pela morte de sete pessoas, entre as quais dois gendarmes, por danos generalizados e por bloqueios que cortaram as principais estradas.

Apesar de o estado de emergência ter sido levantado na terça-feira, o Alto Comissariado sublinhou hoje que “as medidas de proibição de ajuntamentos, de venda e transporte de armas e de venda de álcool, bem como o recolher obrigatório das 18:00 às 06:00, se mantêm em todo o país”.ANG/Lusa

 

Irão/Execuções atingem valor mais elevado em quase uma década, alerta Amnistia

Bissau,29 Mai 24(ANG) - O número de execuções pelos Estados que têm pena de morte atingiram em 2023 o valor mais elevado em quase uma década devido sobretudo ao aumento registado no Irão, denunciou hoje a Amnistia Internacional.

No relatório anual sobre a aplicação da pena de morte a nível mundial, a organização internacional de defesa dos direitos humanos contabiliza um total de 1.153 execuções em 16 países em 2023, advertindo, porém, que este número "não inclui os milhares (de execuções) que se acredita terem sido realizadas na China".

O número representa um aumento de mais de 30% em relação a 2022 e foi o mais elevado registado pela Amnistia Internacional desde 2015, quando o número conhecido de pessoas executadas chegou a 1.634.

"O enorme aumento nas execuções registadas deveu-se principalmente ao Irão", explica a secretária-geral da Amnistia Internacional, Agnès Callamard, citada no documento.

"As autoridades iranianas demonstraram total desrespeito pela vida humana e intensificaram as execuções por crimes relacionados com drogas, realçando ainda mais o impacto discriminatório da pena de morte nas comunidades mais marginalizadas e empobrecidas do Irão", adianta a 
representante.

Segundo o documento hoje apresentado pela organização não-
governamental (ONG), apesar do aumento de execuções registado em 2023, o número de países que aplicaram a pena de morte foi o mais baixo alguma vez contabilizado pela Amnistia Internacional.

"Apesar dos reveses que assistimos este ano, especialmente no Médio Oriente, os países que ainda realizam execuções estão cada vez mais isolados", frisa a secretária-geral da Amnistia Internacional, afirmando que a campanha da organização contra "esse castigo abominável" está a funcionar e vai continuar até conseguir "pôr fim à pena de morte".

O relatório identifica a China, o Irão, a Arábia Saudita, a Somália e os Estados Unidos como os cinco países com maior número de execuções em 2023, sendo o Irão responsável por 74% de todas as execuções registadas.
Apesar dos valores associados à República Islâmica do Irão, a organização admite que a China "continuou a ser o principal carrasco do mundo", porque a verdadeira extensão da utilização da pena de morte no país permanece desconhecida, uma vez que estes dados são classificados como segredo de Estado.

Como tal, o número global registado pela Amnistia Internacional exclui os milhares de execuções que se acredita terem sido levadas a cabo na China, bem como as realizadas no Vietname e na Coreia do Norte, onde a organização estima que a pena de morte tenha sido praticada extensivamente.

"A maioria das execuções conhecidas aconteceu na China (milhares), no Irão (pelo menos 853), na Arábia Saudita (172), na Somália (pelo menos 38) e nos Estados Unidos (24)", refere o relatório, adiantou ter registado execuções em 16 países, uma diminuição relativamente ao anterior relatório, quando o número global situava-se nos 20 Estados.

O fim da pena de morte está ainda muito longe, lamenta a Amnistia Internacional que lembra que, no final do ano passado, pelo menos 27.687 pessoas estavam condenadas à morte.

Durante o ano, foram impostas 2.428 novas sentenças de morte em 52 países, o que indica um crescimento face ao ano anterior, quando se contabilizaram 2.016 sentenças.

"Houve um aumento de 20% no número de sentenças de morte proferidas globalmente em 2023", destaca o documento.

Neste campo, os maiores aumentos aconteceram no Bangladesh (de 169 pessoas em 2022 para 248 em 2023), no Egipto (de 538 para 590), no Iraque (de 41 para 138) e no Quénia (de 79 para 131).

Por outro lado, houve diminuições significativas no número de sentenças de morte impostas na Argélia (de 54 pessoas em 2022 para 38 no ano passado), na República Democrática do Congo (de 76 para 33), na Gâmbia (de nove para cinco) e na Índia (de 165 para 120).ANG/Angop

Ucránia/Zelensky termina em Lisboa périplo focado em ajuda e Cimeira de Paz

Bissau,29 Mai 24(ANG) - O Presidente ucraniano concluiu terça-feira, em Lisboa um périplo, incluindo Madrid e Bruxelas, que rendeu acordos de cooperação militar plurianuais e apoio à sua "fórmula para a paz" e à Cimeira da Paz em Junho, noticia o site Noticias ao Minuto.

Depois de Espanha, na segunda-feira, e de Bruxelas na manhã de terça-feira, Zelensky chegou a Portugal pelas 14h50 para a sua primeira visita ao país, sendo recebido na base aérea de Figo Maduro pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e pelo primeiro-ministro, Luís Montenegro.

Também os ministros dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, e da Defesa, Nuno Melo, aguardavam o chefe de Estado ucraniano, assim como o Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, José Nunes da Fonseca, e o Chefe do Estado-Maior da Força Aérea, João Cartaxo Alves.

Ponto alto da visita foi a assinatura de um acordo de cooperação e segurança que prevê o compromisso de Portugal fornecer a Kyiv apoio militar de pelo menos 126 milhões de euros este ano, incluindo contribuições financeiras e em espécie.

O acordo assinado em São Bento, entre Montenegro e Zelensky, tem um horizonte de dez anos e prevê que "Portugal contribuirá com apoio militar adicional para a Ucrânia, incluindo aquele a acordar no quadro da União Europeia, da NATO e de outros fora internacionais relevantes".

A visita de Zelensky foi também uma maneira de recolher "confirmações" para a Conferência de Paz, organizada pela Suíça em 15 e 16 de Junho, que já tem vários países confirmados, mas ainda não os Estados Unidos, e estando a Rússia à margem da mesma.

Zelensky, agradeceu o apoio português a Kyiv contra a invasão russa e destacou a duração do acordo celebrado entre os dois países com a validade de dez anos como uma "parceria estratégia".

Em declarações aos jornalistas após um encontro com o primeiro-ministro, Zelensky expressou gratidão pelo apoio do povo português aos ucranianos e suas famílias, afirmando que nunca será esquecido e constituirá "uma base forte para a futura relação" entre Portugal e a Ucrânia.

Depois de, na segunda-feira, o executivo de Pedro Sánchez anunciar um pacote de mil milhões de euros em armamento durante este ano, na manhã de terça-feira Zelensky obteve do governo belga um compromisso de quase mil milhões de euros e 30 aviões de combate F-16, como horizonte de uma década, durante a guerra e na reconstrução.

Os caças disponibilizados pela Bélgica (que mesmo assim só podem ser utilizados em território ucraniano) são uma resposta às reivindicações feitas por Zelensky para atingir posições russas que a artilharia é incapaz.

Enquanto Zelensky voava de Bruxelas para Lisboa, o Presidente russo, Vladimir Putin, ameaçava a Europa das "graves consequências" se os países da NATO permitirem que a Ucrânia utilize armas ocidentais contra alvos em território russo.

"Estes representantes dos países da NATO, especialmente na Europa, especialmente nos países pequenos, devem saber com o que estão a brincar", afirmou, citado pela agência espanhola EFE numa conferência de imprensa no final de uma visita ao Uzbequistão.ANG/Angop

 

África de Sul/Perto de 28 milhões de sul-africanos já votam para o novo parlamento

Bissau,29 Mai 24(ANG) -  Cerca de 28 milhões de eleitores estão a votar nas eleições gerais que decorrem hoje na África do Sul, nas quais vão escolher os seus representantes, a nível nacional e regional, na nova Assembleia Nacional.

A escolha do Presidente da República para os próximos cinco anos será feita pelos 400 deputados que forem eleitos neste pleito, segundo o site Noticias ao Minuto.

Estas são as sétimas eleições democráticas desde o fim do regime segregacionista do 'apartheid', em 1994, ano em que Nelson Mandela foi eleito Presidente após a vitória do seu Congresso Nacional Africano (ANC), por 62,5 por cento.

Em declínio desde 2014, o ANC arrisca-se, pela primeira vez, a perder a maioria absoluta, de acordo com várias sondagens eleitorais, obrigando a entendimentos com outros partidos para a formação do Governo e a eleição do Presidente.

O declínio do ANC é atribuído a "más políticas" do Governo, sobretudo depois de 2008, quando Thabo Mbeki, que sucedeu a Mandela, deixou a Presidência da República, dando lugar ao seu vice-Presidente Jacob Zuma, afastado, em 2018, pelo próprio partido devido a inúmeros casos de alegada corrupção.

Cyril Ramaphosa, que lhe sucedeu, espera conseguir a reeleição pelo novo parlamento.

Com uma população de 62 milhões de pessoas, 27,79 milhões estão recenseados para a votação de hoje, sendo que 1,6 milhões que se candidataram ao voto especial devido a doença, idade ou deficiência, começaram a votar na segunda-feira, sendo que 78.000 sul-africanos residentes no estrangeiro estão igualmente registados.

Fonte da Comissão Eleitoral disse à Lusa que estão acreditadas mais de 170 missões de observação, 18 delas de instituições internacionais e as restantes nacionais.

Masego Sheburi afirmou que, apesar de a votação ser conhecida após o encerramento das mesas de votação, onde será feita a contagem dos votos, os resultados finais só deverão ser anunciados no domingo, dia 02 de Junho.

Um total de 52 partidos políticos disputam as eleições a nível nacional, para o parlamento, segundo a Comissão Eleitoral sul-africana. Alguns destes partidos políticos registaram-se igualmente para disputar as eleições a nível provincial nas nove províncias da África do Sul.ANG/Angop

Rússia/Putin avisa Europa de "graves consequências" do uso de armas da NATO

Bissau,29 Mai 24(ANG) - O Presidente russo, Vladimir Putin, advertiu terça-feira a Europa das "graves consequências" se os países da NATO permitirem que a Ucrânia utilize armas ocidentais contra alvos em território russo.

"Estes representantes dos países da NATO, especialmente na Europa, especialmente nos países pequenos, devem saber com o que estão a brincar", afirmou Putin numa conferência de imprensa no final de uma visita ao Uzbequistão.

"Devem lembrar-se que, regra geral, são Estados com territórios pequenos, mas densamente povoados", afirmou, citado pela agência espanhola EFE.

Putin insistiu que este é o fator que os países ocidentais "devem ter em conta antes de falarem em lançar ataques contra o interior do território russo".

"Esta escalada constante pode ter consequências graves e, se essas consequências graves se fizerem sentir na Europa, como é que os Estados Unidos vão reagir?", questionou, aludindo à paridade nuclear entre as duas superpotências.

"Será que eles querem um conflito global?", acrescentou.

O secretário-geral da NATO (sigla inglesa da Organização do Tratado do Atlântico Norte), Jens Stoltenberg, defendeu no fim de semana a possibilidade de armas dos aliados ocidentais poderem ser usadas pela Ucrânia para atacar território russo.

"Talvez seja altura de alguns aliados considerarem a possibilidade de levantar este tipo de restrições à utilização das armas que enviam para a Ucrânia", afirmou Stoltenberg numa entrevista à revista britânica The Economist.

Na sequência da entrevista, França e Itália recusaram que seja permitido que a Ucrânia utilize armas que lhe são fornecidas contra alvos em território russo, enquanto a República Checa admitiu essa possibilidade.

"É totalmente lógico", disse o primeiro-ministro checo, Petr Fiala numa conferência de imprensa em Praga.

Na segunda-feira, a Assembleia Parlamentar da NATO, uma instituição independente da Aliança Atlântica, aprovou uma declaração de apoio à capacidade da Ucrânia de atacar alvos militares na Rússia também com armas fornecidas por países aliados.

O texto foi aprovado por 47 dos 56 países ou instituições que compõem o organismo, que funciona como elo de ligação entre a NATO e os parlamentos dos países membros da Aliança Atlântica.

A Rússia, que invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022, tem em curso uma nova ofensiva desde 10 de maio, depois de ter sustido uma contraofensiva ucraniana no verão.

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, que visita hoje Portugal, tem criticado com insistência o atraso no fornecimento de armas e a recusa dos aliados em que possam ser usadas para atacar território russo.ANG/Lusa

 

terça-feira, 28 de maio de 2024

             Comunicação social/ RENARC lança sua Plataforma Digital

Bissau, 28 Mai 24(ANG) – A Rede Nacional das Rádios e Televisão Comunitárias da Guiné-Bissau(RENARC)  lançou esta manhã  sua Plataforma Digital, com objetivo de facilitar os serviços das mesmas.

Na ocasião, o Presidente da RENARC disse que as Rádios Comunitárias(RC) surgiram como um dos meios mais importantes para fazer ouvir a voz dos cidadãos nas localidades mais longínguas do país.

“Para nós como pessoas individuais e integradas em associações profissionais na defesa dos interesses específicos, o cidadão passa a ser um vínculo nas discussões dos problemas nacionais”, disse Demba Sanhá.

Aquele responsável asseverou que, as Rádios Comunitárias  têm-se revelada, como  um instrumento incontornável para produzir uma linguagem mais acessível e direta junto das comunidades em que está inserida, falando dos seus problemas dando a voz as suas preocupações e desejos respeitando as diversidades étnicas e fazendo que todas as pessoas se reconhecem delas.

Revelou que  o  acesso a Plataforma é aberto e fácil e os programas respeitam as prioridades dos interesses das diferentes camadas sociais, em particular as das mulheres e crianças.

Sanhá mostrou  que esta iniciativa é de permitir a RENARC expandir a sua linha de comunicação e de parceria com vista a dinamizar uma comunicação que sirva o cidadão comum em defesa dos direitos humanos e a cidadania ativa.

Garantiu aos parceiros que continuem a acreditar na RENARC que juntos podem criar mudanças positivas para o bem-estar das comunidades locais.

Em representação das Rádios Comunitárias( RC), Álvaro Da Silva enalteceu o crescimento das rádios comunitárias, frisando que vai evitar as intergerências das outras organizações em nome das RC, e agradeceu a  ajuda do projeto” Ianda Guiné Djuntu” e financiamento da União Europeia.

Em representação da União Europeia,  Carlos Abaitua disse que a Plataforma ora lançada vai facilitar as solicitações de serviços radiofónicos nas RC em todo o país e em todas as línguas locais.

Lembrou que os jornalistas desempenham  um papel crucial na verificação e divulgação da informação, formulando ideias e ampiliar as vozes marginalizadas e são observadores cruciais da sociedade.

“Entretanto   devem preservar qualquer ingerência  Estatal ou Privada, pois a independência profissional favorece conteúdos jornalísticos, éticos e baseados em factos reais”, salientou.ANG/JD/ÂC


Forças Armadas
/CEMGFA promete trabalhar para fazer do Hospital Militar uma referência no país

Bissau, 28 Mai 24 (ANG) – O Chefe de Estado Maior General das Forças Armadas(CEMGFA),  prometeu tudo fazer para que o Hospital Militar Principal “Sino Guineense” seja de referência no país.

Biaguê Na Ntan que falava segunda-feira na cerimônia da celebração do 13º aniversário do Hospital Militar Principal, disse que, para esse desiderato, vai contar com apoio de todos parceiros, quer militares e não militares, aconselhando o Diretor daquele estabelecimento sanitário no sentido de buscar alianças fortes com os parceiros que podem apoiar.

″O Hospital Militar completa 13 anos da sua fundação que culmina com a inauguração do Complexo Multi-Uso denominado Biaguê Na Ntam, e quero agradecer as pessoas que desde a primeira horas, labutam este serviço hospitalar até agora e profissionalmente contribuem no seu desenvolvimento”, enalteceu.

O CEMGFA  agradecer igualmente a nova Direção do Hospital pela dinâmica que mostrou na sua capacidade de funcionar, frisando que, essa dinâmica tem que continuar, porque vão dar prioridade ao Hospital para que seja de referência no país, não só para as Forças Armadas″,disse.

Aquele responsável das Forças Armadas disse que, o Hospital Militar está na sua prioridade, no seu pensamento, na sua inteligência desde princípio da sua tomada de posse como Chefe de Estado Maior General das Forças Armadas.

“Por isso, quando fui nomeado, elegi três coisas fundamentais a respeitar, nomeadamente  a Constitução da República, organizar as Forças Armadas e criar condições para formação de jovens quadros militares”, sublinhou.

Biaguê Na Ntan disse que pretende honrar o seu compromisso com povo guineense e que na base disso, em 2015 e 2016 tinha visão clara do que  Hospital Militar, pode contribuir na saúde do povo guineense em geral.

“Por isso é que mandei vinte pessoas para Marrocos para fazer especialização em diferentes áreas de medicina e cinco deles já estão no país com capacidade enorme e ainda quinze deles estão a terminar o curso”, informou.

 ″A nossa missão fundamental é para salvar o povo da Guiné-Bissau e trabalhar incansavelmente para os ajudar”, disse.ANG/MI/ÂC

Cultura/ Binhan Quimor apresenta ao vivo o seu mais recente álbum, intitulado "Nha Mininessa"

 Bissau, 28 mai 24 (ANG) – O músico guineense de renome internacional Binhan Quimor, apresentou segunda-feira ao vivo, o seu mais recente álbum, intitulado "Nha Mininessa", no Centro Cultural Franco-Bissau-Guineense, com 10 canções.

O álbum intitulado “Nha Mininessa” que se serve de memórias traumática do cantor, visa denunciar as violações contra os direitos da criança na Guiné-Bissau e no mundo.

Neste novo álbum, o músico que outrora vítima de infanticidio, hoje incontornável músico de referência da música nacional, Binhanquinhe Quimor, traz em primeira pessoa experiências e memórias mais trágicas, porém, maïs melodiosas da sua vida e da sua traumática infância.

"NHA MININESA" um trabalho caracterizado pelas profundas tristezas, chamadas de atenção e desejos: com destaque para a faixa musical número 10. Na "bardadi", MAMES MANSIA,

Na música, Binham encorajou  os desamparados, ås mães que realmente amam os seus filhos, como também louvar os que fazem o papel do seu tio. E sem dúvida uma denúnca a prática "di bota mininus kuma irã", onde chama atenção e pede ao Estado de Guiné Bissau para lutar contra essa prática medrosa, se não, corre o risco de perder mais filhos.

O primeiro tema, "NHA MININESA" uma música em que o desejo de regressar à infância é realçado pelo Binham Quimor, e nela sente uma profunda dor causada pela idade adulta do sujeito poético ou músico que fez das suas saudades um passaporte carimbado às lágrimas para se retornar a sua infância que considera fantástica na sua Catió.

Além disso, lembrou das actividades, jogos de brincadeiras infantis que se fazia, outrora a noite de lua cheia "kusa ku ka tem aós", as folias que cicatrizaram e caracterizam o tempo por ele desejado, e não só, como também lembra das amizades e os comportamentos de riscos da sua "mininesa".

A segunda  faixa  “NHA NOME" é sem dúvidas um espanto originário de "nfala nfala" que se vive na cidade de Bissau, outrossim, o sujeito estranha pelo que vê e ouve a volta do seu nome.

“Portanto, o título "Nha Nome" não passa dum mero "miskinhu". Isto é, uma critica a "djintis di Bissau" onde a cidade de Catió é apresentada como amostra da zona rural”, disse o cantor.

Afirmou que, quando com o medo estamos, rogamos, suplicamos a Deus, a coragem para enfrentar os obstáculos.

Na faixa nº 3 denominado BINTCHIM BABA, o músico conta que, era apenas uma pedra rejeitada pelos pedreiros e, agora é a mais desejada.

Afirmou que, com esta metáfora bíblica, recorda a sua rejeição paternal em relação ao que se tornou hoje, BINHAN QUIMOR, uma voz africana e para o mundo.

Uma outra gota de lágrima é vista no Binkan, na sua música de alerta juvenil, o HINO DE JUVENTUDE (JOVENS BÓ PEGA TESU), onde exorta aos jovens para se levantarem e lutarem. E que se estudem para melhor enfrentarem os desafios que a vida vem traçando sobre os seus caminhos, que não desistam dos seus sonhos, se não, nunca terão os resultados esperados.

Na 4 música,  Binhan anuncia que só com a união, a valorização e o respeito à diversidade ou às diferenças é que "a sua påtria amada" se arranque para um  desenvolvimento. Por outro lado, chama atenção às consequências concernentes ao resgate dum pretérito amargo" ka bo garbata nada ku passa di mal, kil ku passa dja, nó dissal pa i bai".

Na faixa nº 5, a música cujo tema é ARMONIA SABI,  chama atenção sobre a importância do amigo, não dum irmão biológico, mas sim, o irmão conquistado, o da outra mãe. Por tudo isso, deixa entender claro que por detrás destes mistérios para uma boa convivência, é necessário ser amável, compreensível e solidário para conquistar amigos.

Para a conservação da paz e amor lembrou  ao  povo da importância duma boa vizinhança e o significado que esta pode ter quando se fala da harmonia, portanto, apresenta um triângulo, formado por amor, harmonia e amigo, o trio ligado ao coração, ao sentimento verdadeiro ao próximo.

O  MISKINHU "Miskinho" vem da profunda dor, a da alma... "Miskinho" é uma lamentação a situação penetrante, a que doe no согаçâо.

Nessa música, Quimor revela que a Guiné-Bissau foi formada por um povo viajante, a ideia que, com ela pretende demonstrar que os grupos étnicos que edificam o seu povo vieram de longe, deixando subentendido a ocupação colonial quando se fala da libertação do seu povo.

Binhanquinhe Quimor, é um músico guineense de renome internacional, que muito cedo, interessou-se pela arte e sobretudo pela música que começou a gostar na Igreja Evangêlica, aprendendo a tocar a guitarra com o mestre/pastor Agostinho A.Sambe.

Em 2008 Binhan foi considerado como o Cantor Revelação do ano na Guiné-Bissau, fruto das suas belas canções de intervenção social, de exaltação do amor e do valor da paz.

O reconhecimento do Binhan como uma voz incontornável na nova cena musical guineense aconteceu com a sua chamada pelo mestre Adriano Atchutchy para integrar a mítica banda nacional Super Mama Djombo como um dos cantores principais.

Lançou o seu primeiro álbum à solo intitulado LIFANTI PUPA no dia 06 de fevereiro de 2015, que contou com a participação especial de Queen Etmen de Camerom, Tchaga filha de Aicha Kone e a grande cantora Monique Seka da Costa de Marfim.

Binhan, nome artístico de Binhanquinhe Quimor, é um virtuoso compositor e intérprete guineense, conhecido pela sua voz imponente e temas de intervenção social que caraterizam as suas músicas.

Nasceu em Catió, na Guiné-Bissau, no dia 08/07/1977, filho de familia humilde, vitima de infanticidio na sua primeira infância.ANG/LPG/ÂC

Política/Constitucionalista português defende necessidade de juntar   eleições presidenciais e legislativas na Guiné-Bissau

Bissau, 28 Mai 24 (ANG) - O constitucionalista português Jorge Bacelar Gouveia defendeu na segunda-feira a necessidade de Guiné-Bissau realizar em simultâneo as  eleições presidenciais e legislativas em 2025, uma vez que segundo ele, isso diminuirá os custos para o país.


Bacelar Gouveia que se encontra no país no âmbito da Conferência Internacional sobre a Justiça que decorre sob o lema: “ Justiça e os Desafios Contemporâneos”, falava à imprensa à saída de uma audiência com o Presidente da República Umaro Sissoco Embaló.

“Seria melhor fazer as eleições presidenciais e legislativas no ano 2025 uma vez que o mandato do Presidente da República já está na sua fase final”, aconselhou.

O constitucionalista português disse que,  juntar as duas eleições com certeza diminuirá as despesas, frisando que, sabem que o processo eleitoral acarreta bastante  custo e a Guiné-Bissau é uma nação carente.

Sublinhou que, este é um grande momento para a Guiné-Bissau uma vez que tem vindo a lutar ao longo do tempo para aprofundar o seu Estado de Direito Democrático e mesmo não existindo um Estado de Direito perfeito, mais é necessário dar sempre o máximo no sentido de melhorar a situação. ANG/AAL
S/ÂC

  
Desporto/Guiné-Bissau qualifica para final do Torneio da UFOA”20 Feminino

Bissau,28 Mai 24(ANG) - A Seleção Nacional Feminino sub'20 já está na final do torneio da União das Federações Oeste Africano [UFOA] que está a decorrer no Senegal, após a vitória na noite de segunda-feira, diante da Libéria por 3-0, no jogo de meias-finais, realizado no Estádio Lat Dior em Thiès.

De acordo com o portal Desportivo FUT 245, as duas seleções saíram empatadas a uma bola durante o tempo regulamentar, e na marcação de 11 metros, a turma nacional esteve melhor e eliminou a sua congênere da Libéria.

A seleção de futebol feminino da Guiné-Bissau vai defrontar o Senegal na final do torneio no dia 30 de junho.

Para alcançar as meis finais, a seleção nacional da Guiné-Bissau, empatou no passado dia, 24 do corrente mès, a uma bola com a seleção gambiana, no jogo da terceira jornada do grupo A da edição 2024 do torneio da UFOA da categoria a decorrer no Senegal.

A seleção comandada pelo Domingos Té, conseguiu a tão almejada vaga na fase seguinte, pela diferença de golos, visto que os restantes adversários também somaram mesmos números de pontos.

De salientar que a Guiné-Bissau empatou com Mali [1-1] no jogo da abertura, perdeu por tangencial frente à anfitriã Senegal.ANG/ÂC

 

Preços das moedas para terça-feira, 28 de maio de 2024

MOEDA

COMPRAR

OFERTA

Euro

655.957

655.957

dólares americanos

599.500

606.500

Yen japonês

3.810

3.870

Libra esterlina

766.750

773.750

Franco suíço

658.750

664.750

Dólar canadense

439.000

446.000

Yuan chinês

82.250

84.000

Dirham dos Emirados Árabes Unidos

162.750

165.750

Fonte: BCEAO
 



Guerra Médio Oriente/Rafah voltou a ser alvo de ataques da artilharia e da aviação israelita

Bissau, 28 mai 24 (ANG) - As forças de Israel voltaram a atacar Rafah, no sul da Faixa de Gaza, com artilharia e aviação de combate, apesar da condenação internacional após o bombardeamento de um campo de deslocados palestiniano, no domingo.

Correspondentes da Agência France Presse (AFP) em Rafah e várias testemunhas relataram hoje ataques aéreos e fogo de artilharia no centro e oeste da cidade do enclave que faz fronteira com o Egito.

"Não dormimos toda a noite porque houve bombardeamentos por todo o lado, incluindo fogo de artilharia e bombardeamentos aéreos", disse à AFP Faten Jouda, uma mulher de 30 anos que vive no bairro de Tal Al-Sultan, no noroeste de Rafah, onde ocorreu o ataque de domingo.

"Foi assustador. Toda a gente continuava a fugir. Nós também nos vamos embora, tememos pelas nossas vidas", acrescentou.

Uma mulher foi morta num bombardeamento contra um edifício, segundo um médico do hospital dos Emirados em Rafah.

Um correspondente da AFP relatou também bombardeamentos e troca de tiros em vários bairros da cidade de Gaza, no norte do território, nas últimas horas, onde um ataque a uma casa fez três mortos e vários feridos.

De acordo com as autoridades palestinianas, os bombardeamentos israelitas contra o campo de deslocados em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, causaram no domingo, pelo menos, 50 mortos.

O ataque israelita ocorreu horas depois de oito foguetes de artilharia terem sido disparados contra Telavive a partir de Rafah.

Estes ataques ocorrem no dia em três países europeus reconhecem formalmente o Estado da Palestina: Espanha, Noruega e Irlanda.ANG/Lusa


Conflito Médio Oriente/Espanha reconhece Palestina por ser "necessidade perentória" para a paz

Bissau, 28 mai 24 (ANG) - Espanha vai reconhecer hoje formalmente a Palestina como Estado, confirmou o líder do Governo espanhol, Pedro Sánchez, que defendeu que esta é uma "necessidade perentória" para a paz no Médio Oriente.

"Não é apenas uma questão de justiça histórica", que responde a "aspirações legítimas" do povo palestiniano, "é uma necessidade perentória" para alcançar a paz, disse Sánchez, numa declaração em Madrid, antes do início da reunião do Conselho de Ministros em que será aprovado o reconhecimento da Palestina como Estado por parte de Espanha.

"É a única maneira de avançar para a solução que todos reconhecemos como a única possível para ser alcançado um futuro de paz, a de um Estado palestiniano que conviva com o Estado de Israel em paz e em segurança", afirmou, numa declaração transmitida a partir do Palácio da Moncloa, a sede do Governo de Espanha.

Sánchez disse que não cabe a Espanha definir as fronteiras de outros Estados, pelo que o reconhecimento da Palestina que hoje fará o Conselho de Ministros tem como base as resoluções das Nações Unidas e os limites fixados em 1967, só reconhecendo alterações se forem acordadas entre as partes.

Para o líder do Governo espanhol, o Estado da Palestina tem de ser viável, com a Cisjordânia e a Faixa de Gaza ligadas por um corredor, a capital em Jerusalém Este e todo o território unificado sob "o governo legítimo" da Autoridade Nacional Palestiniana (ANP).

Neste contexto, sublinhou que o passo que vai dar hoje Espanha reflete também "a rejeição frontal e rotunda" do grupo islamita radical Hamas, que controla a Faixa de Gaza e foi o autor dos "ataques terroristas" em Israel em 07 de outubro.

"Não é uma decisão contra ninguém, menos ainda contra Israel, um povo amigo, que respeitamos", afirmou Sánchez, que assegurou estar em causa "uma decisão histórica que tem um único objetivo, contribuir para que israelitas e palestinianos alcancem a paz".

Além de Espanha, a Noruega e a Irlanda comprometeram-se a reconhecer formalmente a Palestina como Estado a partir de hoje, juntando-se a mais de 140 países que já o fizeram em todo o mundo num momento em que Israel tem em curso, desde outubro, uma ofensiva militar na Faixa de Gaza.

O conflito foi desencadeado pelo ataque do grupo islamita Hamas em solo israelita de 07 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos e duas centenas de reféns, segundo as autoridades israelitas.

Desde então, Israel lançou uma ofensiva na Faixa de Gaza que provocou mais de 36.000 mortos e uma grave crise humanitária, segundo o Hamas, que governa o enclave palestiniano desde 2007.

O Governo israelita condenou Espanha, Irlanda e Noruega, argumentando que estes países enviam a mensagem aos palestinianos de que "o terrorismo compensa", numa referência ao grupo islamita Hamas. Posteriormente, e depois de um protesto formal junto dos embaixadores dos três países, Telavive garantiu que existiriam "consequências ainda mais graves".ANG/Lusa

 

Conflito Médio Oriente/MNE israelita acusa Pedro Sánchez de ser "cúmplice de incitar o genocídio judeu"

Bissau, 28 mai 24 (ANG) - O ministro israelita dos Negócios Estrangeiros, Israel Katz, acusou hoje o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, de ser "cúmplice do genocídio judeu" por reconhecer o Estado palestiniano.

"O presidente '@sanchezcastejon' - ao não despedir '@yolanda_diaz'_ e ao anunciar o reconhecimento do Estado palestiniano - é cúmplice do incitamento ao assassinato do povo judeu e de crimes de guerra", escreveu hoje o ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, nas redes sociais, que também associou a mensagem à conta do líder do Partido Popular, Alberto Núñez Feijóo, nas redes sociais.

Katz acrescentou que o chefe do Governo espanhol deveria ter demitido a vice-presidente do Governo espanhol, Yolanda Díaz, por ter afirmado que "a Palestina será livre 'do rio (Jordão) ao mar'".

 O Governo de Espanha vai reconhecer hoje formalmente a Palestina como Estado e prevê-se que a República da Irlanda e a Noruega façam o mesmo a partir de hoje, como anunciaram os três países na semana passada.

Na mesma mensagem publicada hoje nas redes sociais - em castelhano e hebraico -, Katz acusou Díaz de pretender a eliminação de Israel e a criação de um "Estado terrorista" palestiniano, comparando a vice-presidente do Executivo espanhol ao líder supremo iraniano Ali Khamenei e ao dirigente do Hamas em Gaza, Yahya Sinwar.

Mais tarde, Yolanda Díaz esclareceu que quando afirmou que "a Palestina será livre do 'rio ao mar'" queria dizer que os dois Estados - Israel e Palestina -, deveriam "partilhar um futuro de paz e prosperidade".

O esclarecimento de Díaz ocorreu depois de a embaixadora israelita em Madrid, Radica Radian-Gordon, a ter acusado de utilizar "uma palavra de ordem do Hamas".

Pedro Sánchez manifestou hoje vontade em manter "as melhores relações possíveis" com Israel, apesar do reconhecimento da Palestina como Estado por parte de Espanha.

Por outro lado, Sánchez expressou rejeição "categórica" do Hamas, que, frisou, não está comprometido com a solução de dois Estados.

Na sexta-feira, Israel anunciou que vai impedir a prestação de serviços a palestinianos pelo consulado de Espanha em Jerusalém, que na prática funciona como uma embaixada para residentes na Cisjordânia, prestando serviços consulares e assumindo as relações diplomáticas com a Autoridade Nacional Palestiniana.

Na véspera da formalização do reconhecimento, o Ministério dos Negócios Estrangeiros israelita ordenou que o consulado espanhol em Jerusalém encerre os serviços a palestinianos a partir do próximo dia 01 de junho.

Mais de 140 países reconhecem a Palestina como Estado, alguns dos quais, membros da União Europeia, como Bulgária, Chipre, República Checa, Hungria, Polónia, Roménia e Eslováquia e a Suécia.

Portugal não faz parte do grupo de países que reconhecem a Palestina como Estado.ANG/Lusa

Aviação Civil/Morreu a assistente de bordo mais antiga do mundo aos 88 anos

Bissau,28 Mai 24(ANG)  - A assistente de bordo, mais antiga do mundo,Bette Nash, morreu aos 88 anos, após quase 67 anos no activo, noticia segunda-feira o site Notícias ao Minuto.

 A informação foi avançada no sábado pela companhia aérea American Airlines, que afirmou que a profissional "inspirou gerações".

"Lamentamos a morte de Bette Nash, que passou quase sete décadas a cuidar calorosamente dos nossos clientes no ar", anunciou a companhia aérea na rede social X (antigo Twitter).

"Começou em 1957 e detinha o recorde mundial do Guinness para assistente de bordo com mais tempo de serviço. A Bette inspirou gerações de assistentes de bordo. Voa alto, Bette", lê-se ainda na nota.

Segundo a imprensa norte-americana, Bette começou a trabalhar na já extinta Eastern Airlines e trabalhou principalmente em voos domésticos entre Washington DC e Boston, nos Estados Unidos, para poder estar em casa de noite a cuidar do filho.

Numa entrevista à CNN, em 2016, a assistente de bordo contou que quis seguir aquela profissão "desde o momento" em que entrou "num avião pela primeira vez", aos 16 anos. 

"O piloto e a assistente de bordo atravessaram o corredor e eu pensei 'Oh meu Deus', e disse que era aquilo que queria para mim", disse.

Em 2022, Bette ganhou o recorde do Guinness de assistente de bordo mais antiga do mundo e nunca se reformou oficialmente. Morreu a 17 de Maio nos cuidados paliativos, após um recente diagnóstico de cancro de mama, de acordo com a ABC News.ANG/Angop