sexta-feira, 23 de maio de 2025

UFOA Feminino/Guiné-Bissau derrotada pela Libéria na estreia da competição  

Bissau, 23 Mai 25(ANG) - A seleção nacional da Guiné-Bissau perdeu, quinta-feira,  frente a Libéria por três bolas a uma, no jogo que marcou a sua estreia na competição.

As comandadas do mister Nafatcha até conseguiram sair ao intervalo com um empate a uma bola, mas o segundo tempo foi dominado pela seleção da Libéria que viu Mimi Eiden a brilhar.

A camisola 10 e capitã da seleção da Libéria brilhou com dois golos, garantiu o triunfo da sua seleção e foi eleita Woman Of The Match.

No sábado, as Djurtus voltarão em cena, e desta vez defrontando a seleção do Mali que venceu a anfitriã Mauritânia por expressivos cinco a zero, [0-5], no outro jogo do grupo.ANG/Fut 245

 

              Cabo Verde/Pilotos da TACV em  greve de cinco dias

Bissau, 23 Mai 25 (ANG) - Os pilotos da Transportadora Aérea da Cabo-verdiana estão em greve desde quinta-feira, uma  paralisação de cinco dias que segundo o Sindicato Nacional dos Pilotos da Aviação Civil está a ter uma adesão de todos os pilotos. 

Sem consenso entre o Sindicato Nacional dos Pilotos da Aviação Civil e a administração da TACV Cabo Verde Airlines sobre o tempo para responder às reivindicações dos pilotos, a greve de cinco dias teve início às zero horas de quinta-feira.

Quinta-feira de manhã, um grupo de pilotos da TACV Cabo Verde Airlines concentrou-se em frente à sede da empresa na cidade da Praia. O presidente do Sindicato Nacional dos Pilotos da Aviação Civil, Edmilson Aguiar, disse que os pilotos não queriam a greve mas foram obrigados pela administração da companhia aérea de bandeira e garante que há uma boa adesão à paralisação

No universo de 30 pilotos que trabalham na TACV, 29 são associados do sindicato, apenas um piloto não é sindicalizado. (0:07) No entanto, até agora, 100% dos associados aderiram à greve. Continuamos abertos para discutirmos de forma verdadeira com a intenção de resolver os problemas, porque nós não queremos condicionar a empresa, mas é preciso ter o mesmo entendimento da parte do Conselho de Administração afirmou O presidente do Sindicato Nacional dos Pilotos da Aviação Civil, Edmilson Aguiar.

Entre as exigências dos pilotos da TACV Cabo Verde Airlines estão questões ligadas à carreira, programa de segurança, protecção da saúde e de higiene no trabalho, cancelamento das consultas médicas e redução do prémio de seguro, redução dos subsídios, deficiência nos procedimentos de segurança e  catering deficitário.

Em reacção à greve dos pilotos, o presidente do Conselho de Administração da TACV, Pedro Barros, em declarações à rádio pública cabo-verdiana considerou as reivindicações dos pilotos justas, mas assegurou que a divergência com o sindicato dos pilotos está nos prazos.

A nossa eventual divergência com o sindicato, isso é que é o curioso, porque está aí nos prazos na forma de implementação destas reivindicações e ou medidas disse o PCA da TACV Cabo Verde Airlines para afirmar que a discussão de matérias tão importantes como as reivindicações dos pilotos não podem ter lugar num ambiente de crispação e de desentendimentos, tem que ser num momento de serenidade e de paz social para se ter bons resultados”.

A greve dos pilotos da TACV Cabo Verde Airlines afecta todos os voos internacionais da companhia. As viagens desta quinta-feira estão canceladas. O Sindicato Nacional dos Pilotos da Aviação Civil já avisou que caso as reivindicações não sejam atendidas os pilotos da TACV partem para uma greve por tempo indeterminado em Junho.ANG/RFI

 

              Sudão do Sul/Refugiados  em risco de crise sanitária

Bissau, 23 Mai 25 (ANG) - A organização Médicos Sem Fronteiras disse hoje que os refugiados do Sudão do Sul que fugiram para a Etiópia enfrentam um risco iminente de catástrofe sanitária.


organização não-governamental Médicos Sem Fronteiras (MSF), com sede em França, refere-se em particular a uma epidemia de cólera e a casos de desnutrição graves.

O Sudão do Sul, o Estado mais jovem do mundo, independente do Sudão em 2011, enfrentou numa guerra civil entre 2013 e 2018 sendo que o acordo de partilha de poder entre os beligerantes alcançou uma situação de estabilidade muito precária e que se degradou de forma grave.

Há vários meses registam-se violentos confrontos entre as forças que apoiam o Presidente Salva Kiir e o vice-Presidente Riek Machar, que foi detido em março.

De acordo com os MSF, entre 35 mil e 85 mil refugiados do Sudão do Sul fugiram para Mattar, uma cidade etíope situada a algumas dezenas de quilómetros da zona de fronteira.

Através de um comunicado, a organização não-governamental avisa que as infra estruturas locais estão sobrecarregadas acrescentando que perante o ressurgimento de doenças transmitidas pela água, como a cólera e a diarreia, o risco de uma catástrofe sanitária é iminente.

Os Médicos Sem Fronteiras anunciaram que trataram cerca de 1.200 pessoas que sofrem de cólera e malária.

Segundo o mesmo comunicado, mais de 40% dos testes rápidos de diagnóstico da malária são positivos e cerca de 7% das crianças com menos de cinco anos de idade apresentam sinais de desnutrição aguda grave.

O organismo que presta ajuda humanitária transferiu os serviços médicos de Burbeiye, uma cidade etíope na fronteira com o Sudão do Sul, para Mattar, devido aos confrontos armados entre "o exército sul-sudanês e um grupo da oposição".

Por outro lado, os MSF afirmaram ter recebido mais de 200 pessoas com ferimentos de guerra, em Burbeiye, desde o início dos combates, em fevereiro.

Os Médicos Sem Fronteiras instaram as várias partes envolvidas no conflito no Sudão do Sul a garantirem uma zona humanitária segura e capaz de proteger os civis e os funcionários que estão envolvidos na ajuda de emergência.

A organização apelou também aos doadores internacionais para que reforcem a ajuda, porque, disseram, em Mattar "não há abrigo, água e cuidados médicos suficientes para as pessoas que fugiram da violência". ANG/Lusa

 

EUA/Trump mostra imagem de matanças no Congo e diz ser na África do Sul

Bissau, 23 Mai 25 (ANG) - As imagens mostravam, na verdade, trabalhadores humanitários a levantar sacos de cadáveres na cidade congolesa de Goma, na sequência dos combates com os rebeldes M23, apoiados pelo Ruanda.


presidente norte-americano, Donald Trump, mostrou uma imagem de um vídeo da agência Reuters captado na República Democrática do Congo, mas alegou tratar-se de uma prova da matança de sul-africanos brancos, durante um encontro com o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, na quarta-feira.

"Estes são todos agricultores brancos que estão a ser enterrados", disse Trump, enquanto empunhava uma fotocópia de um artigo que incluía a fotografia em causa.

Contudo, e conforme revelou a Reuters, o vídeo foi publicado pela agência a 3 de fevereiro e dado como genuíno pela sua equipa de verificação. As imagens mostravam trabalhadores humanitários a levantar sacos de cadáveres na cidade congolesa de Goma, na sequência dos combates com os rebeldes M23, apoiados pelo Ruanda.

O artigo exibido por Trump abordava o conflito e as tensões raciais na África do Sul e no Congo e foi publicado pela American Thinker, uma revista conservadora online. Ainda que a imagem não estivesse legendada, estava identificada como "captura de ecrã do YouTube", com um link para um vídeo sobre o Congo que, por sua vez, creditava a Reuters.

A editora-chefe da American Thinker e autora da publicação, Andrea Widburg, disse à agência noticiosa que Trump tinha "identificado mal a imagem". No entanto, salientou que o artigo se referia ao "governo marxista disfuncional e obcecado pela raça" de Ramaphosa, que "apontou a crescente pressão colocada sobre os sul-africanos brancos".

O vídeo do enterro coletivo foi filmado pelo jornalista Djaffar Al Katanty, que se mostrou surpreendido com o uso erróneo de Trump.

"Nesse dia, foi extremamente difícil para os jornalistas entrarem... Tive de negociar diretamente com o M23 e coordenar com a Cruz Vermelha para ser autorizado a filmar. Só a Reuters tem vídeos. Perante todo o mundo, o presidente Trump utilizou a minha imagem, utilizou o que filmei na RDC para tentar convencer o presidente Ramaphosa de que, no seu país, os brancos estão a ser mortos por negros", lamentou Al Katanty.

Recorde-se que Ramaphosa visitou Washington esta semana para tentar restabelecer as relações com os Estados Unidos, na sequência das críticas persistentes de Trump sobre as leis de terras da África do Sul, a política externa e o alegado mau tratamento da minoria branca, que o país nega. ANG/Lusa

    RDC/Milícias que apoiam o exército  cometem abusos contra população

Bissau, 23 Mai 25 (ANG) - A Human Rights Watch (HRW) alertou esta sexta-feira que os Wazalendo ("patriotas" em swahili), que apoiam o exército da República Democrática do Congo (RDCongo) contra o Movimento 23 de Março (M23) no leste do país, cometeram graves abusos contra civis.


Os Wazalendo cometeram assassínios, espancamentos e extorsões, disse a organização, sublinhando que não é claro o controlo que as Forças Armadas da RD Congo (FARDC) têm sobre estes grupos, disse a organização num comunicado.

Após a escalada de violência do M23 no início do ano e a sua ocupação em janeiro da cidade de Goma, capital da província do Kivu Norte, e em fevereiro de Bukavu, capital do Kivu Sul, os Wazalendo tomaram o controlo de várias localidades deste último território.

Entre março e abril, os milicianos montaram postos de controlo nas principais estradas da província e começaram a assediar os residentes, cobrando taxas, de acordo com as autoridades locais.

A HRW citou um relatório recente do instituto congolês Ebuteli, que concluiu que, apesar de os Wazalendo receberem material militar do Governo, as milícias "vivem em grande parte à custa da população" e extorquem-lhe dinheiro.

A ONG também documentou casos em que os membros do grupo "espancaram e açoitaram" homens e mulheres que acusaram de atos ilícitos, como roubo.

Muitos dos abusos da milícia são dirigidos contra a comunidade Banyamulenge, um povo minoritário do leste da RDCongo com uma língua e cultura semelhantes às dos ruandeses, que é frequentemente considerado estrangeiro ou tutsi (o grupo visado nos massacres do genocídio ruandês de 1994) por outros grupos étnicos congoleses.

O M23 - constituído maioritariamente por tutsis - e o Governo ruandês, que o apoia, têm utilizado estes episódios de violência para justificar a ofensiva.

A HRW documenta casos como o de um homem de 25 anos que morreu depois de ter sido baleado na anca por membros do Wazalendo, que o acusaram de ser ruandês, em meados de fevereiro.

"Disseram que não éramos congoleses e que éramos ruandeses. Disseram que eu tinha vindo para a cidade de Bibokoboko para 'limpar' os Banyamulenges. Mataram sete pessoas e destruíram casas, centros de saúde e escolas", disse um líder comunitário sobre outro ataque no início de março.

"O exército congolês arrisca-se a ser cúmplice de abusos ao apoiar as milícias 'Wazalendo'", a quem tem continuado a fornecer armas, munições e apoio financeiro, alertou Clémentine de Montjoye, investigadora sénior da HRW em África.

As perspetivas de uma solução negociada para o conflito foram reavivadas em 25 de abril, quando o Ruanda e a RDCongo assinaram em Washington um acordo mediado pelos EUA para iniciar negociações de paz.

Além disso, o Governo congolês e o M23 retomaram as conversações de paz em Doha, no início de maio, sob os auspícios do Qatar.

A atividade armada do M23 recomeçou no Kivu do Norte em novembro de 2021, com ataques relâmpagos contra o exército congolês.

O leste da RDCongo está mergulhado em conflitos desde 1998, alimentados por milícias rebeldes e pelo exército, apesar da presença da missão de paz das Nações Unidas (Monusco).ANG/Lusa

quinta-feira, 22 de maio de 2025

Política/Presidente da República considera de positiva  “Presidência Aberta” no interior do país

Bissau, 22 Mai 25(ANG) – O Presidente da República qualificou de positiva a  “Presidência Aberta” realizada em algumas  localidades do interior do país, concretamente nas regiões de Bafatá, Oio, Tombali e Quinará.

O chefe de Estado concluiu, quarta-feira, uma digressão de cinco dias  aos  sectores de Ganadú, região de Bafatá no leste,  Mansabá, na região de Oio, norte do país,  Buba, na região de Quinará bem como nos sectores de Quebo, Catió, Bedanda, concretamente nas povoações de Guiledje na região de Tombali ,no sul do país.

Em declarações hoje à imprensa, à saída da reunião ordinária do Conselho de Ministros, Umaro Sissoco Embaló disse  sentir que, de facto,  a população queria ver o seu Presidente da República.

“Em todas  as localidades por onde passei, constatei que  as populações não queriam apenas me receber como candidato, mas sim como Presidente da República”, frisou o chefe de Estado.

Disse ainda ter notado  que a população guineense evoluiu bastante, pois já sabe distinguir uma campanha política de realizações de projetos de desenvolvimento.

“Não desloquei  para fazer  campanha política, porque ainda não estamos em eleições. O Presidente da República é a única entidade que pode sair para as regiões quando entender, porque a Lei lhe dá essa prerrogativa, isso acontece mesmo nos países europeus”, afirmou.

Umaro Sissoco Embaló sublinhou que, nesta sua deslocação  ao interior do país, fez  várias inaugurações, dentre as quais, o lançamento da1ª pedra para a construção da estrada Quebo-Boké,  assim  como de várias pistas rurais no sul do país, financiadas pela União Europeia.

Referiu-se a inauguração de vários furos de água nas localidades de Guiledje, no sector de Bedanda, região de Tombali, no sul do país, tendo enaltecido a situação da energia elétrica que já passou por várias localidades.

“Foram todas essas infraestruturas que o Presidente da República foi inaugurar e  constatar o que pode ajudar”, disse.

No sector de Buba, região de Quinará, o Presidente da República  visitou o Hospital local tendo constatado  que dispunha apenas de 20 camas, mas o PR interveio e o hospital reforçou as suas capacidades com mais  10 camas, perfazendo 30 camas.

O Presidente da República ainda visitou  o sector de Mansabá, na região de Oio, norte do país, onde auscultou as preocupações das populações locais sobre a falta de água, escolas, hospitais entre outras dificuldades.

Perguntado sobre a projetada marcha que a Frente Popular agendou para o dia 25 de Maio, em Bissau, Umaro Sissoco Embaló reafirmou que se isso acontecer os promotores terão uma resposta adequada, “porque a Guiné-Bissau não é um país de marginais”. ANG/ÂC//SG

       Política/ JAAC inicia sexta-feira  3ª Convenção Nacional em Morés

Bissau,22 Mai 25(ANG) – O Porta-voz da   Juventude Africana Amílcar Cabral (JAAC)Sidónio da Silva anunciou, hoje, que a  IIIª Convenção Nacional desta organização juvenil do PAIGC inicia sexta-feira para decorrer até domingo(25), na histórica localidade de Morés, no Norte do país.

O anúncio foi feito em conferência de imprensa, por Sidónio da Silva na qualidade de Porta-voz da Comissão organizadora deste evento que vai decorrer sob o lema:

“O Papel da Juventude na Superação da Atual Crise Política no país e na Construção do Futuro”.

Sidónio Silva  disse que a JAAC entendeu que há necessidade de se realizar um debate  desta natureza para reforçar a participação dos jovens na construção da democracia.

“O objetivo principal da Convenção é de capacitar os delegados sobre a dinâmica política, desafios da governança e da democracia”, salientou.

Da Silva revelou que  temas académicos também serão discutidos durante a Convenção de Morés, e que os problemas que afetam a juventude de cada região serão apresentados, frisando que, consequentemente, será feito  um mapeamento geral dos problemas, particularmente, na Educação e Emprego, para além de realizações de atividades culturais, recreativas e desportivas.

O Porta-voz disse que o documento elaborado no final da Convenção de Morés  será entregue ao Secretariado Nacional do PAIGC , para devido tratamento.

Em relação a dimensão ideológica, disse que a JAAC, tem  diferença com organizações juvenís de outras formações políticas , porque tem percurso e carreira até ao Comité Central, Comissão Permanente e outros órgãos do PAIGC.

 Da Silva informou que inicialmente tinham cerca de 2 mil jovens para participar na Convenção, mas que foi adicionado à esse número cerca de mil jovens totalizando três mil participantes.

Garantiu que depois da Convenção, a JAAC vai desenvolver junto de estruturas de base regionais uma campanha de sensibilização para se inscrever mais jovens no partido.

“Com isso teremos  uma estrutura preparada para acompanhar o partido nas próximas eleições”, disse

Para a realização da  Convenção decidiu-se que cada participante contribuísse com cinco mil fcfa. ANG/JD/ÂC//SG

 

Regiões/  Duzentas e setenta e seis mil e seiscentos e vinte e uma  pessoas foram vacinadas contra febre amarela "Trícia" na região Bafatá

Bafatá, 22 Mai 25 (ANG) - Duzentas setenta e seis mil e seiscentos e vinte uma pessoa foram vacinadas contra a febre amarela na Região de Bafatá, durante a campanha de vacinação gratuita  terminada no passado dia 18, em  todo o país.

Segundo o despacho do Correspondente da ANG na Região de Bafatá, os  dados foram avançados pelo Director Regional de Saúde de Bafatá, Armindo Comando Sanhá, no balanço da campanha da vacinação contra febre amarela "Trícia" na região, que considerou de positiva apesar, de não ter atingido a meta esperada de 92 por cento da população prevista.

Comando sanhá disse que, em algumas áreas sanitárias, com grande número de população, registou-se fraca adesão à campanha, o que refletiu nos resultados da vacinação.

Aquele Responsável convida as pessoas que ainda não se  vacinaram para se dirigirem  aos centros de saúde, para a fazerem.

A campanha nacional da vacinação contra febre amarela decorreu de 09 à 18 deste mês. ANG/WP/MI/ÂC//SG

 

 

Médio Oriente/Ajuda humanitária chega a Gaza, ONU alerta ser 'uma gota no oceano'

Bissau, 22 Mai 25 (ANG) – O exército israelita lançou esta semana uma ofensiva de grande escala contra os campos de refugiados de Jénine, Tulkarem e Nour Chams, no norte da Cisjordânia ocupada, sob o pretexto de desmantelar infra-estruturas de grupos armados palestinianos.

Segundo o primeiro-ministro israelita, Benyamin Netanyahu, os campos foram "esmagados" pelas forças de defesa de Israel. A operação surge no seguimento da campanha militar Chariots de Gédéon, lançada no sábado, 17 de Maio, cujo objectivo é colocar toda a Faixa de Gaza sob controlo israelita.

Os ataques em território da Cisjordânia provocaram evacuações forçadas e tensão acrescida, numa região sob ocupação militar desde 1967.

Durante uma visita diplomática a Jénine, organizada pela Autoridade Palestiniana, uma delegação de cerca de vinte diplomatas estrangeiros foi alvo de disparos de advertência por soldados israelitas. As forças armadas de Israel confirmaram a acção, alegando que a comitiva "se desviou do trajecto autorizado e entrou numa zona proibida".

A reacção da comunidade internacional foi imediata. A União Europeia, através da chefe da diplomacia, Kaja Kallas, exigiu uma investigação completa e responsabilização dos envolvidos. Vários países europeus, incluindo França, Espanha e Portugal, convocaram representantes diplomáticos israelitas para  obter esclarecimentos. As Nações Unidas reiteraram que ataques a diplomatas são "inaceitáveis" e apelaram a uma "investigação minuciosa".

Três dias depois do anúncio de Israel sobre a reabertura parcial das fronteiras à ajuda humanitária, as Nações Unidas confirmaram que entraram, esta quarta-feira, 21 de Maio, cerca de 90 camiões de provisões na Faixa de Gaza, que inclui farinha, leite para bebés e equipamento médico.

O governo local de Gaza, sob controlo do grupo islamita Hamas, confirmou a chegada de 87 camiões. A ONU alerta que este volume representa apenas uma fracção das necessidades diárias da população. Antes do início do cerco total, imposto por Israel em Março, entravam em Gaza cerca de 500 camiões por dia.

Segundo o porta-voz do secretário-geral das Nações Unidas, Stéphane Dujarric, a ajuda tem enfrentado obstáculos logísticos significativos e representa "uma gota de água num oceano".

Durante a conferência de imprensa de quarta-feira, Benyamin Netanyahu não comentou os disparos contra a delegação diplomática nem a resposta internacional. Reafirmou, no entanto, o objectivo de concluir a operação militar em Gaza com o controlo total da região pelas forças israelitas. O primeiro-ministro israelita declarou estar disponível para considerar um cessar-fogo temporário com vista à libertação de reféns.

Ainda ontem, dois funcionários da embaixada de Israel foram mortos a tiro nos arredores do Museu Judaico em Washington. O atacante, que gritou "free, free Palestine" no momento da detenção. O ministro dos Negócios Estrangeiros israelita responsabilizou os países europeus pela alegada "incitação ao ódio", referindo-se às críticas recentes à política militar de Israel em Gaza.ANG/RFI

 

Brasil/Brasília e Luanda procuram reforço de cooperação e trocas comerciais

Bissau, 22 mai 25 (ANG) - O reforço da cooperação, nomeadamente económica e em particular na agropecuária, está na agenda da visita que o Presidente angolano inicia hoje ao Brasil, pais com o qual o comércio bilateral tem aumentado mas ainda com pouco peso.

 

As compras do Brasil a Angola aumentaram 52,2% no ano passado, para 1.078 milhões de dólares, ao passo que as exportações brasileiras para o país africano subiram 20,2%, para 492,7 milhões de dólares.

De acordo com o portal de estatísticas do comércio externo do Brasil (Comexstat), consultado pela Lusa, as trocas comerciais entre os dois países aumentaram 40,2% no ano passado, totalizando mais de 1,5 mil milhões de dólares (1,3 mil milhões de euros), com o saldo a ser favorável a Angola em mais de 585 milhões de dólares, cerca de 520 milhões de euros.

Entre os principais produtos exportados, os bens de ferro e aço, em conjunto com açúcares e melaços, representam quase metade das vendas do Brasil a Angola, destacando-se também as carnes, com 11% do total.

Em sentido inverso, o petróleo representa a totalidade das vendas de Angola ao Brasil; os óleos brutos de petróleo valem 82%, enquanto os restantes óleos combustíveis valem os restantes 19%, de acordo com o Comexstat.

As exportações do Brasil para Angola valem 0,2% do total, com o país africano a ocupar o 63.º lugar no 'ranking' das vendas.

Em sentido inverso, os bens comprados a Angola representam 0,4% do total, estando este país africano lusófono em 41.º lugar no ranking dos maiores vendedores ao Brasil.

O Presidente angolano, João Lourenço, chega hoje ao Brasil para uma visita de Estado de três dias, a convite chefe de Estado brasileiro, Lula da Silva, e o Governo brasileiro adiantou que os dois chefes de Estado vão analisar propostas de reforço bilateral no setor agropecuário.

Uma missão do setor do agronegócio brasileiro esteve em Angola de 05 a 10 de maio, com a participação de cerca de 30 empresários brasileiros e do ministro brasileiro da tutela, Carlos Fávaro, que participou em reuniões governamentais e visitas técnicas nas províncias de Luanda, Malanje e Cuanza-Norte, e ainda encontros com representantes do setor privado angolano para discutir formas de financiamento.

João Lourenço vai estar com Lula da Silva na sexta-feira, dia em que está prevista a assinatura de acordos e um almoço oficial no Palácio do Itamaraty, sede do ministério das Relações Exteriores do Brasil.

O Presidente de Angola deverá manter no mesmo dia um encontro com um grupo representativo da classe empresarial brasileira.

O Brasil foi o primeiro país a reconhecer Angola após a independência do país, a 11 de novembro de 1975, e os dois países têm mantido uma relação bilateral próxima com acordos de cooperação em várias áreas.ANG/Lusa

 

Regiões/ Secretário Administrativo da secção de Binar preocupado com degradação progressiva da Esquadra de Policia local

Bissorã, 22 Mai 25 (ANG) - O Secretário Administrativo de secção de Binar, sector de Bissorã, região de Oio, norte do país, disse que está preocupado com o estado da degradação progressiva do edifício da Esquadra de Policia local.

A preocupação de N'bemba Camará foi manifestada, quarta-feira, em exclusivo ao Correspondente de ANG na região de Oio, no final de uma visita que efetuou a Esquadra da Policia, Centro de Saúde e Escola de Ensino Básico Unificado da secção de Binar.

Afirmou que o estado da degradação da Esquadra  dificulta o funcionamento e permanência dos agentes policiais  porque os telhados apresentam buracos.

“O estado de degradação da Esquadra é do conhecimento das autoridades superiores, mas até agora nada foi feito para sua reabilitação”, lamentou N'bemba Câmara.

A Esquadra  de Binar dispõe de cinco  agentes da Ordem Pública  sem  meios de transporte e quando são chamados para resolver qualquer problema pedem emprestado  motorizada de privados para efeito.

 N'bemba Camará  disse ser  impossível operar nessas condições, porque se, por ventura, a pessoa que disponibiliza a motorizada tiver problema com que moral os agentes  vão agir.

Por isso, apela intervenção urgente das autoridades de tutela da Esquadra para se melhorar as condições de trabalho dos agentes afetos a esse serviço público de polícia.

Em relação a Escola de Ensino Básico Unificado da secção de Binar disse que se depara  com vários problemas sociais, principalmente a insuficiência de carteiras.

N'bemba Camará informou que o Centro de Saúde local, também enfrenta algumas dificuldades relacionadas com a falta da água potável
e energia.ANG/AD/LPG/ÂC//SG

UFOA/ Nafatcha confiante  no bom resultado da equipa feminina na estreia  com Libéria

Bissau, 22 Mai 25(ANG) - O selecionador nacional da equipa sénior feminina da Guiné-Bissau, João Domingos Loa Nafatcha, manifestou-se confiante na preparação da sua equipa para o encontro desta quinta-feira (22-05), diante da seleção da Libéria.

O jogo está marcado para as 16 horas no Estádio Ksar, em Nouakchott, capital da República Islâmica da Mauritânia e conta para o cumprimento da primeira jornada do Torneio da União das Federações Oeste Africanas (UFOA), zona A, edição 2025.

Na antevisão ao jogo, partilhada através do canal da Federação de Futebol da Guiné-Bissau no Facebook, consultada pela redação do Portal Desportivo FUT 245, o técnico guineense sublinhou o bom momento da equipa e manifesta confiança num resultado positivo.

A equipa está a apresentar um nível de preparação muito bom para este jogo. Estamos confiantes que faremos um bom jogo e alcançaremos um bom resultado. Confiamos nas nossas jogadoras, que estarão à altura de interpretar as filosofias desenhadas para este jogo“, afirmou Nafatcha.

O treinador aproveitou ainda a ocasião para destacar a boa forma física do seu grupo e a motivação geral da equipa para enfrentar a seleção liberiana.

ANG/FUT245

Regiões/“Questões de herança têm estado na origem de vários conflitos entre populares da Região de Biombo”, diz representante do Administrador de Safim

Biombo, 22 Mai 25 (ANG) - O representante do Administrador do sector de  Safim, região de Biombo, norte do país,  afirmou , quarta-feira, que a questão da herança tem estado na origem de vários conflitos que se registam entre famílias na Região de Biombo.

João Arlete Quintino Gomes falava em declarações à ANG no âmbito do encontro que a Voz de Paz realizou em Safim, no qual participaram 35  filhos e amigos da região de Biombo, uma iniciativa de  busca de soluções para os problemas sobre heranças com que a administração local tem estado a se confrontar frequentemente naquela zona norte do país.

 “Atualmente, a questão da herança tem gerado muito   conflitos na região de Biombo. Se verificamos, a tradição já está a perder força no seu todo, uma vez que os próprios régulos estão envolvidos na política e acabam por não cumprir as orientações tradicionais”, considerou.

Quintino Gomes manifestou a sua satisfação pela realização do encontro  e agradeceu a Voz de Paz e o Grupo denominado “Compuduris da Região de Biombo” pela iniciativa.

O coordenador do Espaço  de Diálogo da Região de Biombo, Corca Djaló disse que promoveram  debates  sobre  esse tema , tendo em conta que tem havido muitos conflitos entre membros da comunidade a volta de heranças.

O encontro foi financiado pela voz de Paz em colaboração
com seus parceiros internacionais que ajudam na promoção da paz no mundo. ANG/MN/AALS//SG

Alemanha/"A Rússia, tal como está atualmente, é uma ameaça para todos nós"

Bissau, 22 Mai 25 (ANG) - O chanceler alemão Friedrich Merz acusou hoje a Rússia de ameaçar a segurança da Europa, em declarações na Lituânia, onde assinala a chegada ao país de uma brigada blindada alemã destinada a reforçar a frente oriental da Aliança Atlântica.

O chanceler alemão falava numa conferência de imprensa conjunta em Vilnius com o chefe de Estado lituano, Gitanas Nauseda.  

"A Rússia, tal como está atualmente, é uma ameaça para todos nós. É contra esta ameaça que nos protegemos e é por isso que estamos aqui hoje", declarou Friedrich Merz.

Friedrich Merz e o ministro da Defesa da Alemanha, Boris Pistorius, visitam hoje a antiga república soviética, independente desde 1991.

Trata-se da primeira que o Exército Federal alemão envia uma brigada completa para o estrangeiro para uma missão permanente.

Hoje à tarde, Merz e Pistorius vão participar na cerimónia militar da 45.ª Brigada Blindada, ou "Brigada da Lituânia", presente desde o início de abril com 400 soldados atualmente no terreno.

Nos termos de um acordo assinado em 2023 entre a Alemanha e a Lituânia, a brigada vai aumentar para cerca de dois mil soldados em meados de 2026 e depois para cinco mil efetivos, incluindo 200 civis, em 2027.

Berlim afirmou que se trata de uma missão de proteção do "flanco oriental da NATO contra a ameaça crescente da Rússia". 

A Lituânia e os dois outros Estados bálticos, a Letónia e a Estónia são membros da Aliança Atlântica desde 2024.

Os países bálticos receiam ser os próximos alvos de Moscovo apesar de pertencerem à Aliança.

Segundo o semanário alemão Der Spiegel, no início de maio, um avião espião russo foi detetado no espaço aéreo da vizinha Bielorrússia, durante um exercício militar da NATO em que participava o Exército alemão.

A 45.ª Brigada Blindada "está na mira dos serviços secretos russos", escreve o Der Spiegel, baseando-se num alerta dos serviços de contraespionagem militar alemã.ANG/Lusa

 

    Bélgica/Costa quer África com lugar no Conselho de Segurança da ONU

Bissau, 22 Mai 25 (ANG) - O presidente do Conselho Europeu, António Costa, defendeu hoje que África tenha um lugar permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas e "representação justa" nas instituições financeiras internacionais, pedindo uma "parceria para o futuro" com a Europa.


Sem uma representação justa da comunidade internacional nas nossas instituições comuns, as frustrações só irão aumentar e a legitimidade das instituições só diminuirá", disse António Costa discursando na capital da Costa do Marfim, em Abidjan.

"África deve ter um assento permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas, África deve ter uma representação justa nas instituições financeiras internacionais porque, sem reformas no sistema internacional, o seu declínio apenas se acelerará, a distribuição da riqueza será ainda mais injusta e a resolução de conflitos será ainda mais difícil", acrescentou.

No dia em que recebe o prémio de paz da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) na capital costa-marfinense, António Costa vincou que, "perante um mundo fragmentado, com regras postas em causa e inúmeros dilemas internacionais, é necessário recordar a força destes valores".

"Devemos, África e Europa, promovê-los juntos de mãos dadas, numa parceria para o futuro", vincou.

Realçando que o mundo "não necessita de conflitos inúteis", o presidente do Conselho Europeu considerou ser "inaceitável que os direitos humanos sejam violados diariamente, como em Gaza", quando se assinalam quase dois anos da guerra de Israel contra o grupo islamita Hamas, que já causou milhares de mortos e centenas de feridos devido aos ataques israelitas.

"Devemos pôr fim a esta catástrofe humanitária e trabalhar para implementar a solução dos dois Estados no Médio Oriente", apelou.

De igual forma, o responsável português adiantou ser "inaceitável que as fronteiras sejam redesenhadas pela força das armas, como acontece na Ucrânia", apelando a uma "paz justa e duradoura".

Além disso, classificou como "inaceitável que a guerra se sobreponha ao diálogo, como no Sudão e na República Democrática do Congo", apelando à "boa vontade dos líderes para acabar com a guerra e iniciar uma era de paz".

António Costa recebeu hoje, em Abidjan, o prémio da paz Félix Houphouet-Boigny da UNESCO.

Na ocasião, o líder da instituição que junta os chefes de Governo e de Estado da UE indicou que "receber este prémio representa uma enorme responsabilidade", sendo esta "ainda maior devido às novas funções" europeias, nas quais prometeu que irá "continuar a defender estes valores".

António Costa doou 150 mil dólares (cerca de 130 mil euros) ao Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados devido ao "trabalho que desenvolve para garantir a vida, a dignidade, a segurança e os direitos fundamentais de milhões de pessoas deslocadas e refugiadas em todo o mundo", adiantou, durante a cerimónia.

Nomeado em honra do primeiro chefe de Estado costa-marfinense, o galardão distingue pessoas ou instituições que tenham dado um contributo significativo para a causa da paz.

António Costa foi premiado em 07 de outubro de 2024.ANG/Lusa