segunda-feira, 22 de setembro de 2025

 ONU/África quer dois assentos permanentes no Conselho de Segurança

Bissau, 22 Set 222225 (ANG) - O continente africano “reivindica” dois assentos permanentes e cinco não permanentes no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas, para ter representação justa e equitativa naquela organização mundial. 

A posição foi manifestada neste Domingo pelo líder da União Africana e de Angola, João Lourenço, durante a 7ª cimeira do Comité de Chefes de Estado e de Governo da União Africana sobre a reforma do Conselho de Segurança.

Ao discursar neste Domingo na 7ª cimeira do Comité de Chefes de Estado e de Governo da União Africana sobre a reforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas, realizada na sede da ONU, em Nova Iorque, o Presidente em exercício da União Africana, João Lourenço, lembrou que, passados cerca de 20 anos sobre a declaração de Sirte, África continua a ser excluída das decisões da maior montra da diplomacia mundial.

“Ao adoptar o consenso de Ezulwini, em Março de 2005, e a Declaração de Sirte em Julho do mesmo ano, o nosso continente mostrou claramente ao mundo a sua vontade de romper com a exclusão histórica de que é vítima desde a criação do Conselho de Segurança das Nações Unidas. Contudo, passados estes anos, quase ou nada foi feito no sentido de se responder às reivindicações dos povos da África, uma vez que o continente africano, que representa mais de 1,4 mil milhões de pessoas, cerca de 17% da população mundial e que ocupa quase um terço dos assentos na Assembleia Geral, continua excluído da tomada de decisões centrais no Conselho de Segurança das Nações Unidas”, recordou o estadista angolano.

Face à exclusão, o também Presidente de Angola espera que a reforma do Conselho de Segurança da ONU venha a beneficiar de dois assentos permanentes e de cinco não permanentes para a África dentro da Organização.

“Por este facto, a União Africana, na base destes dois documentos e por via deste órgão que se reúne aqui, defende com firmeza que a reforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas deve incluir a atribuição de pelo menos dois assentos permanentes para a África, com todos os direitos e prerrogativas, incluindo o direito de veto, enquanto este continuar a existir, e cinco assentos não permanentes adicionais para os Estados africanos, garantindo assim uma representação justa e equitativa e um compromisso claro de que o continente africano deixará de ser objecto das decisões do Conselho para passar a ser sujeito activo dessas mesmas decisões”, defendeu João Lourenço, líder da União Africana.ANG/RFI

 

Ambiente/Governo e PNUD promovem  formação sobre impacto das mudanças climáticas no país

Bissau, 22 Set 25 (ANG) – O Governo  e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento(PNUD),realizam no âmbito do projeto “Estabelecimento do Plano Nacional de Adaptação para a Guiné-Bissau “,(NAP),um ateliê de formação sobre impacto das mudanças climáticas no país.

A formação que irá decorrer de 22 à 26 de Setembro  em curso ,tem como objectivo reforçar as capacidades institucionais e técnicas dos membros do Comité Nacional das Mudanças Climáticas, visando a  integração dos riscos e impactos das mudanças climáticas nos processos de planeamento nacional e setorial ,sobretudo nos setores mais vulneráveis da Guiné-Bissau.

Ao intervir no ato da abertura dos trabalhos, o Director-geral do Ornamento do Território, Vladmir Vieira Fernandes, em representação do Ministro do Ambiente,da Biodiversidade e Ação Climática salientou que os sinais das alterações climáticas estão em toda a parte .

Vieira Fernandes destacou  o calor excessivo ,secas prolongadas,enchentes devastadoras ,derretimento de calotas polores, como exemplos de consequências de mudanças climáticas  mais evidentes.

“As atividades humanas sobretudo as queimadas de combustiveis fósseis ,o desmatamento e a poluição também têm acelerado o aquecimento global e o mais preocupante é que as populações mais vulneráveis são asque mais sofrem com estes fenóminos “,disse.

Fernandes frisou que o seminário vai permitir aos técnicos reforçarem as suas capacidades, uma vez que serão munidos de  ferramentas que vão  ajudar a superar os desafios que vão enfrentar e  ajudar ao governo a adoptar medidas concretas para a prevenção das calmidades.

Participam no ateliê técnicos dos Ministérios da Administração Territorial  ,das Pescas,da Agricultura e Desenvolvimento Rural,dos Recursos Naturais, que no  fim do encontro irão adoptar  um Plano de Ação  para  se fazer  face   à mudanças climáticas.

“E tudo isso só será possível com o envolvimento das nossas comunidades principalmente os que vivem nas zonas rurais que são depositários de conhecimentos ancestrais sobre como combater as alterações uma vez que estes fenómenos não são de agora,apesar de na nossa era são mais frequentes”,disse Nelvina Barreto,  a responsavel da Unidade do Ambiente do PNUD.

Durante os cinco dias dos trabalhos, os participantes irão abordar entre outros, os temas : “ Como é que as mudanças climaticas estão a  afetar a agricultura e quais são os mecanismos que podem ser utilizados para combater os efeitos negativos das mudanças climáticas no cultivo;como as orietações dos ventos e marés afetam os recursos halieuticos  e como a exploração desenfreada  dos recursos naturais podem agravar ainda mais o estado de desregulamentação climática que se está a viver”.

O projeto “Estabelecimento do Plano Nacional de Adaptação para a Guiné-Bissau” foi criado  pelo Governo da Guiné-Bissau com  apoio do PNUD  e é financiado pelo Fundo Verde para Clima. ANG/MSC//SG

 

 

 

 

 

Regiões/ Responsável dos Comités das tabancas do setor de Farim região de Oio preocupados com  falta de meios para polícias locais

Bissorã, 22 Set 25 (ANG) – O responsável dos Comités das Tabancas do setor de Farim, região de Oio, diz estar preocupado com a falta de meios para polícias de Farim e ainda com a situação da esquadra de polícia local.


Lassana Baio manifestou essas preocupações em entrevista  ao Correspondente Regional da ANG de Oio, em que  afirmou que, cada vez que haja um caso de roubo , os agentes pedem emprestado as motorizadas de privados  para se deslocarem ao local .

“Essas dificuldades de agentes de polícia só encoraja os a malfeitores nas suas ações”, disse.

Baio lamentou igualmente a situação da estrada que liga a vila da Farim à Candjabare, que segundo diz, é,   intransitável neste periodo das chuvas, o que dificulta  a  movimentação  das populações sobretudo nos dias de Lumo (feiras -populares).

O chefe dos Comités de Oio lamentou as condições precárias do mercado central de Farim onde  mulheres vendedeiras comercializam seus produtos agricolas ao ar livre .

ANG/AD/MSC//SG

sexta-feira, 19 de setembro de 2025

Forças Armadas/CEMGFA reafirma que os militares estão comprometidos com a paz, tranquilidade e estabilidade no país

Bissau, 19 Set 25 (ANG) – O  Chefe de Estado-maior General das Forças Armadas(CEMGFA), reafirmou, hoje,  que os militares estão comprometidos com a paz, tranquilidade e estabilidade do país.

Biague Na Ntan que  falava à imprensa , á saída  do encontro com o primeiro-ministro Braima Camará,  disse que a presença dos  diferentes chefes de Ramos das Forças Armadas no palácio de Governo serve para expressar as suas solidariedades ao Braima Camará, que recentemente regressou ao país vindo do Senegal, onde recebeu tratamento médico no Hospital Principal de  Dakar.

Biaguê Na Ntan defendeu que a paz e estabilidade são  condições essenciais para o desenvolvimento do país.

“Encorajamos ao primeiro-ministro a fazer tudo o que é possível com  apoio das Forças Armadas. Todas as chefias militares aqui presentes e, em meu nome pessoal, garantimos que haverá paz e tranquilidade para qualquer investimento na Guiné-Bissau”, declarou o CEMGFA.

A delegação militar solidária ao PM integrava os chefes dos três ramos das Forças Armadas e ainda  elementos do gabinete do Chefe de Estado-maior General Forças Armadas. ANG/RSM

  Moçambique/ "Uma mulher é assassinada a cada dois dias" - sociedade civil

Bissau, 19 Set 25 (ANG) - O Observatório das Mulheres lançou nesta sexta-feira na Faculdade de Medicina da Universidade Eduardo Mondlane, em Maputo, um ciclo de reflexões sobre a eficácia e as lacunas da resposta à violência com base no género, numa altura em que o fenómeno tem vindo a ganhar maiores dimensões a nível nacional.

A impunidade contra o feminicídio preocupa a Secretária Executiva da Organização da sociedade civil moçambicana, Quitéria Guirengane.

 “Entre casos mediatizados e assassinatos de mulheres de 1 de Janeiro a 11 de Setembro, registaram-se 43 casos de mulheres assassinadas e mais 42 casos de violação sexual e é importante referir que estes são apenas os casos mediatizados de assassinatos. Dados da Procuradoria-Geral da República em relação ao ano 2024 mostram-nos uma estatística de uma mulher assassinada a cada dois dias", começa por esclarecer a activista moçambicana.

"Tivemos um caso de maior dimensão em Maputo-província, de Sofala, mas também temos muitos casos que foram levantados ao nível de Gaza, temos muitos casos agora documentados ao nível de Milange, temos ao nível de Nhamatanda, temos ao nível de Lichinga, está haver um recrudescimento de casos, estamos a ter casos ao nível de Cabo Delgado que também são bastante sensíveis, casos mediatizados de assassinatos de mulheres", detalha Quitéria Guirengane.

"Este cenário de impunidade é, sem dúvidas, uma das causas que contribui. A outra causa que nós levantamos hipoteticamente é que nós noticiamos o assassinato, mas há pouca resposta do judiciário para publicar as sentenças e a punição de forma a desencorajar a prática. Então, há uma ideia de que todos os dias há um caso mas nunca se fala da sentença, nunca se fala de quem foi punido. Então o crime compensa. Para nós, esta ideia de levar ao nível nacional um estudo mas também um diálogo é justamente para trazer estas vozes", refere a representante da sociedade civil.

Igual preocupação foi expressada pelo Governo Moçambicano que ao qualificar o fenómeno de "afronta à humanidade", apelou ontem à sociedade para se juntar à luta contra o feminicídio.

De referir que num âmbito mais geral, dados oficiais indicam que Moçambique registou mais de 9 mil casos de violência baseada no género e 4 mil casos de violência doméstica no primeiro semestre deste ano. Durante o ano passado, segundo dados divulgados pelo governo no passado mês de Março, Moçambique registou mais de 20 mil casos, maioritariamente casos de violência doméstica contra mulheres.

Uma situação perante a qual o executivo de Moçambique anunciou recentemente que vai apresentar a violência contra mulheres e raparigas, bem como a luta contra a pobreza, como prioridades nacionais na Assembleia Geral da ONU.ANG/RFI

 

         EUA/Polícias assassinados   estavam a lidar com caso de assédio

Bissau, 19 Set 25 (ANG) -  Três polícias foram mortos a tiro por um jovem de 24 anos enquanto realizavam buscas na sequência de uma denúncia de perseguição, assédio e invasão de propriedade privada, na Pensilvânia, Estados Unidos.


Os três polícias que foram mortos durante um tiroteio na quarta-feira, no sul da Pensilvânia, estavam a responder a uma denúncia e preparavam-se para deter o suspeito pelos crimes de perseguição, assédio e invasão de propriedade

Em conferência de imprensa, na quinta-feira, o procurador do distrito de York, Tim Barker, explicou que o suspeito - Matthew Ruth, de 24 anos - escondeu-se em casa da ex-namorada, numa quinta no condado de Northern York, e emboscou os polícias. Três morreram e dois ficaram em estado grave.

Os agentes começaram a investigar o suspeito na noite anterior ao incidente, após a ex-namorada e a mãe terem alertado a polícia que Ruth estava escondido à porta de casa, camuflado, a olhar pelas janelas com binóculos.

A jovem disse também que suspeitava que o ex-namorado tinha incendiado a sua carrinha no mês passado.

As duas mulheres decidiram sair de casa por motivos de segurança após os agentes não terem conseguido localizar o suspeito.

Já na quarta-feira, uma equipa de seis polícias regressou à casa e, com recurso a um drone, realizou buscas em toda a propriedade, até reparar que a porta da casa estava destrancada.

Quando abriram a porta, os polícias foram imediatamente alvejados pelo suspeito, que transportava uma espingarda AR com silenciador.

Segundo Barker, o suspeito disparou vários tiros contra os quatro polícias à porta, matando três deles. Seguiu-se um tiroteio entre Ruth e os outros dois polícias, que estavam do lado de fora da casa, que resultou na morte do atirador. 

"Cada um destes homens representava o melhor do policiamento. Serviam com profissionalismo, dedicação e coragem. Eram líderes na nossa agência, empenhados em proteger esta comunidade e ao lado dos seus seguidores", destacou o chefe do Departamento de Polícia Regional do Condado de Northern York, David Lash, onde pertenciam os polícias.  

Os polícias mortos foram identificados como Mark Baker, de 53 anos, Isaiah Emenheiser, de 43 anos, e Cody Becker, de 39 anos.

Na noite de quarta-feira, o governador da Pensilvânia, Josh Shapiro, defendeu que é necessário "ajudar as pessoas que pensam que pegar em armas é a resposta para resolver disputas".

"Lamentamos a perda de três almas preciosas que serviram este condado, serviram esta comunidade, serviram este país. Este tipo de violência não é aceitável. Precisamos de melhorar enquanto sociedade", sublinhou, após um encontro com as famílias das vítimas. 

Também a procuradora-geral dos Estados Unidos, Pam Bondi, descreveu a "violência contra as autoridades policiais" como um "flagelo" da sociedade norte-americana. "Nunca é aceitável", destacou.

Segundo a agência de notícias The Associated Press (AP), este foi um dos dias mais mortíferos para as forças policiais neste século, igualando o número de mortos por um tiroteio em 2009, quando três polícias foram emboscados por um suspeito de violência doméstica que usava um colete à prova de bala.

Três polícias foram mortos a tiro e outros dois ficaram feridos hoje, no sul da Pensilvânia, tendo o atirador sido morto pela polícia, disseram as autoridades.ANG/Lusa

 

Gana/ Prestes a se tornar primeiro país africano  a certificar suas exportações de madeira para UE

Bissau, 19 Set 25 (ANG) – O Gana deve começar a exportar madeira para a União Europeia (UE) em breve, tornando-se o primeiro país da África e o segundo do mundo, depois da Indonésia, a poder emitir a certificação FLEGT (Forest Law Enforcement, Governance and Trade), garantindo a legalidade da madeira exportada para o mercado europeu.

Com o objetivo de limitar a exploração madeireira ilegal, uma das principais causas do desmatamento na África, Ásia e América do Sul, a certificação "FLEGT" garante que a madeira exportada para países europeus foi colhida de acordo com a legislação vigente no país exportador.

Esta "primeira iniciativa no continente, que pode encorajar outros países africanos a empreender reformas ambientais" nessa direção, é o resultado de uma série de reformas realizadas por Gana ao longo de vários anos, relata a mídia local.

Citado pela imprensa local, o Ministro de Terras e Recursos Naturais de Gana, Emmanuel Armah-Kofi Buahcette, indicou que esse status excepcional obtido por Gana reflete seu compromisso com a legalidade, transparência e sustentabilidade no comércio global de madeira.

Por sua vez, o vice-chefe da Delegação da União Europeia (UE) em Acra, Jonas Claes, lembrou que a concessão desta certificação não é o "fim do caminho", explicando que Gana está empenhada em respeitar a aplicação das regras ambientais a longo prazo.

Enfatiza-se que esta certificação, que tem múltiplos benefícios ambientais e econômicos positivos, provavelmente catalisará reformas mais amplas nos países africanos exportadores de madeira e estimulará a indústria madeireira em Gana. ANG/FAAPA

    

           
           Ucrânia/ Queniano diz ter sido recrutado à força pela Rússia

Bissau, 19 Set 25 (ANG) - Um cidadão queniano capturado pelas forças ucranianas, na frente de batalha na região de Kharkiv, diz ter sido recrutado à força por Moscovo para lutar na guerra após uma visita à Rússia. 

Num vídeo, divulgado pela 57.ª Brigada Motorizada da Ucrânia, o homem, identificado como Evans, de 36 anos, contou que foi para a Rússia "como turista para ver lugares diferentes", mas acabou por ser enganado e assinou, sem saber, um contrato com o exército russo.

"Eu não fui para a Rússia pelo serviço militar. Fui lá como turista para ver lugares giros. Passei lá duas semanas", começou por referir. 

"No dia anterior ao meu regresso ao Quénia, o tipo que me recebeu na Rússia perguntou-me: 'Evans, gostaste da Rússia?'", acrescentou.

Depois de ter respondido que a viagem tinha sido "boa", o homem questionou-o se "gostaria de ficar" na Rússia e "arranjar um bom emprego".

Evans queria ficar, mas tinha "um problema": "O visto estava a expirar". O homem disse que podia ajudar e que tinha um emprego" disponível para o queniano.

"Perguntei que tipo de emprego, mas ele não me disse. Nessa noite, veio com alguns papéis escritos em russo e mostrou-me onde assinar. Não sabia que era um contrato de serviço militar", revelou Evans aos soldados ucranianos.

"Depois de eu assinar, ele levou o meu passaporte e o meu telefone, dizendo que os devolveria. A partir desse momento, outras pessoas vieram buscar-me. Disseram-me para entrar no carro", acrescentou.

No próprio dia, Evans foi levado para um acampamento militar para começar a treinar antes de ir para a linha da frente. O treino durou apenas uma semana e só aprendeu a usar uma espingarda.

"Falavam russo e eu não entendia nada. Eles vinham e agarravam-me. 'Vai! Vem!' - era assim que faziam", contou.

Quando percebeu que tinha sido recrutado para o exército russo, tentou recusar, mas foi-lhe dito que não tinha outra escolha. "Disseram que eu ou lutaria por eles ou seria morto", afirmou.

Depois foi "largado na floresta" e foi nessa altura que conseguiu fugir. "Não queria lutar. Eles largaram-me e eu tirei todo o equipamento militar. Passei dois dias na floresta à procura de soldados ucranianos para que pudesse salvar a minha vida". 

"Se tivesse corrido para os russos, teria sido morto.  Os ucranianos deram-me água, comida. Trataram-me bem", disse, entre lágrimas.

Confrontado sobre a possibilidade de integrar uma troca de prisioneiros com a Rússia, Evans respondeu: "Para a Rússia, não. Para qualquer país, mas não para a Rússia. Não quero ir para a Rússia. Morrerei lá".

Sublinhe-se que, no mês passado, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, alertou para a presença de combatentes de países africanos e asiáticos nas fileiras do Exército russo, após uma visita à frente de Vovchansk, na região nordeste de Kharkiv.

"Os nossos combatentes neste setor relatam a participação de mercenários da China, Tajiquistão, Uzbequistão, Paquistão e países africanos na guerra. Responderemos", escreveu Zelensky nas redes sociais, após visitar soldados do 17.º Batalhão de Infantaria Motorizada Separado na frente de Vovchansk.

A guerra na Ucrânia, causada pela invasão da Rússia em fevereiro de 2022, tem assentado num combate intenso nas regiões do leste e do sul, com frequentes bombardeamentos de infraestrutura civil, deslocamentos de populações e elevado número de baixas.

Neste verão, houve múltiplas tentativas diplomáticas para estabelecer um cessar-fogo, incluindo uma proposta dos Estados Unidos de suspensão das hostilidades por 30 dias, mas apesar de tais esforços não houve avanço significativo real.ANG/Lusa

 

   Espanha/MP espanhol vai investigar violação de Direitos Humanos em Gaza

Bissau, 19 Set 25 (ANG) – O Ministério Público espanhol vai investigar "violações dos Direitos Humanos em Gaza", colaborando com o Tribunal Penal Internacional (TPI), por suspeita de crimes contra a Humanidade por parte das Forças de Defesa de Israel.

Segundo comunicado oficial, "o Procurador-Geral [Álvaro García Ortiz] emitiu um decreto que cria uma equipa para investigar violações do Direito internacional em Gaza", com o objectivo de "recolher provas e disponibilizá-las ao órgão competente, cumprindo assim as obrigações da Espanha em relação à cooperação internacional e aos Direitos Humanos".

A decisão foi tomada após a procuradora encarregada dos Direitos Humanos e Memória Democrática, Dolores Delgado, ter analisado um relatório sobre o assunto enviado pela comissária-geral de Informações do Corpo Nacional de Polícia espanhol. ANG/Inforpress/Lusa

 

Política/“Plataforma Republicana Nô Kumpo Guiné já entregou os documentos exigidos pelo STJ”, diz Afonso Té

Bissau, 19 Set 25(ANG) – A Coligação Plataforma Republicana “Nô Kumpu Guiné”, já procedeu a entrega de documentos exigidos ao Supremo Tribunal de Justiça(STJ), para participação nas próximas eleições, confirmou esta sexta-feira à ANG o porta-voz da coligação, Afonso Té..

Em declarações exclusivas à ANG, via telefónica,  Afonso Té disse que já entregaram junto ao STJ a certidão de anotação do último congresso ordinário  e a sigla do Partido da Renovação Social, ala liderada por Felix Nandunguê, realizado em 2022.

O porta voz da Coligação Plataforma República “Nô Kumpu Guiné” afirmou que entregaram igualmente  ao STJ a versão colorida da sua bandeira, o plano de distribuição de mandatos, as resoluções finais do último congresso do partido Luz da Guiné-Bissau(PL-GB) e a lista dos órgãos dirigentes e a sigla.

O Supremo Tribunal de Justiça (STJ) emitiu o Despacho nº 01/2025, determinando que a direção do Partido da Renovação Social (PRS), ala de Feliz Nandunguê, apresente a certidão de anotação do último congresso ordinário do partido, realizado em 2022, quando o então presidente Alberto Nambeia foi eleito, antes do seu falecimento.

A decisão foi tomada na sequência da comunicação da Coligação “Plataforma Republicana Nô Kumpo Guiné” sobre a sua intenção de participar nas eleições simultâneas marcadas para "23 de novembro".

Após a morte de Nambeia, a liderança do PRS foi assumida por "Fernando Dias", indicado pelo Conselho Nacional. Entretanto uma ala opositora contesta a legitimidade da sua presidência e, num congresso extraordinário, elegeu "Félix Nandunguê" como novo líder.

O cumprimento rigoroso das normas legais e a definição clara das lideranças partidárias serão decisivos para validar a Coligação e as candidaturas apresentadas para o pleito de novembro.

O prazo de  entrega dos dossiês dos partidos e coligações interessados em concorrer  as eleições gerais de 23 de Novembro, junto ao Supremo Tribunal de Justiça termina no próximo dia 25 de Setembro do ano em curso. ANG/ÂC//SG

Literatura/Idriça Djalo lança livro intitulado “Uma Visão para a Refundação do Estado”

Bissau 19 Set 25 (ANG)O político e empresário guineense Idriça Djalo vai lançar em breve um livro sob o titulo: “Guiné-Bissau: Uma visão para a Refundação do Estado”, que diz ser “grande trabalho”.


O anúncio do lançamento do livro foi feito através da página do igualmente Presidente do Partido da Unidade Nacional (PUN) na Facebook consultada hoje pela ANG.

O politico explica que no livro que estará disponível nas versões francesa e portuguesa, partilha uma profunda reflexão sobre as fraturas do seu país, os desafios políticos e sociais, mas também uma visão ousada para a reconstrução de um Estado democrático e inclusivo.

Djalo salientou que o livro editado pela Editora senegalesa denominada “Elma” é peça essencial para qualquer pessoa interessada no futuro da Guiné-Bissau, na dinâmica política africana e nos desafios da governação contemporânea.

Diz que a obra  combina visão política e compromisso empresarial para uma Guiné-Bissau reconciliada, forte e virada para o futuro.

Com esta publicação, de acordo com Idriça Djalo, a ELMA afirma o seu papel pan-africano em dar vozes às personalidades que moldam a história e o futuro do continente.

No “A Guiné-Bissau: Uma Visão para a Refundação do Estado”, o autor fala da sua trajetória pessoal e política, desde a sua infância marcada pelo exílio até ao seu envolvimento nos tumúltos da guerra civil de 1998, relata as fraturas de um país em busca de identidade, entre esperanças de liberdade e desilusões face a um poder autoritário.

No livro, Djalo analisa as dinâmicas sociais económicas e politicas que moldaram a Guiné-Bissau, revelando as lutas renhidas daqueles que sonharam com um futuro melhor, realçando que o seu testemunho pretende ser um apelo à responsabilidade coletiva e um convite à reconstrução dos alicerces dos seus povos.

O politico partilha ainda outra  visão , a de uma Guiné-Bissau reconciliada com a sua história, pronta para abraçar a mudança e traçar um caminho para a prosperidade.

“A obra será essencial para quem se interessa por África, pelos seus desafios contemporâneos e pela resiliência dos seus povos”, Lê-se no livro.

Idriça Djalo,  empresário e político guineense, tem-se afastado, nos últimos tempos, das “temperaturas políticas” para se dedicar a coordenação de seu projeto de agronegócio na região de Bafatá, leste do país.ANG/MSC/ÂC//SG

Diplomacial/EUA manifesta intenção de reforçar relações comerciais com a Guiné-Bissau

Bissau, 19 Set 25 (ANG) – O Governo norte americano manifestou a intenção de reforçar relações comerciais com a Guiné-Bissau e acompanhar a dinâmica do governo no processo do desenvolvimento.

Segundo  informações publicadas na página do Ministério da Comunicação Social na Facebook, a intenção foi manifestada , quinta-feira, pela Conselheira para Assuntos Públicos da Embaixada de Estados Unidos de América, Ruth Anne Stevens-Klitz numa audiência com a ministra da Comunicação Social, Maria da Conceição Évora.

Durante o encontro foi abordado a necessidade de reforço da capacidade  dos jornalistas e técnicos da Comunicação Social da Guiné-Bissau, e analisadas a situação da liberdade de imprensa, transição analógica, entre outros assuntos relacionados a comunicação.ANG/MI/ÂC//SG

Desporto/Seleção Nacional de Futebol sobe uma posição no ranking mundial da FIFA   

Bissau, 19 Set 25 (ANG) – A Seleção Nacional de Futebol da Guiné-Bissau “Djurtus” atualmente orientada  pelo técnico Emiliano Té subiu para 130º posição, no  Ranking da FIFA divulgada, quinta-feira, pela entidade que gere o futebol mundial .

Segundo  o Portal Fut 245, à que Agência de Notícias da Guiné (ANG) teve hoje acesso, a turma nacional, que anteriormente ocupava 131º posição, conseguiu subir  um ponto nesta nova lista divulgada pela FIFA, e está agora na posição 130 do mesmo Ranking, com 1126,81 pontos.

E ao nível da Confederação Africana de Futebol (CAF), a Guiné-Bissau está na posição 38.

De acordo com o Fut 245, a recente subida da Seleção Nacional de Futebol, assinala   a primeira evolução positiva, desde a mudança na liderança técnica.

A nova equipa técnica  registou uma vitória com a sua congênere de “Djibuti”, e um empate diante da Serrá-Leoa, nas partidas a contar para a eliminatória do próximo mundial 2026, a disputar-se nos Estados Unidos de América, Canadá e México.

Entre os  países de língua portuguesa (PALOP), Cabo Verde continua a liderar, ocupando agora a 66.ª posição, com 1363,21 pontos, sendo também a 13.ª melhor seleção africana.ANG/LLA/A/ÂC//SG

Política/CC PAIGC mantém lista de candidatos a deputados apresentados para as eleições legislativas

Bissau, 19 Set 25 (ANG) -  O Comité Central(CC) do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) mantém candidatos efetivos  ao cargo de deputado  da legislatura passada para as eleições legislativas de Novembro próximo.



A decisão de não alterar a lista de candidatos as funções de deputado foi tomada na reunião desse órgão do partido realizada recentemente em Bissau.

Segundo as resoluções desse encontro da direção alargada do PAIGC, os membros do Comité Central autorizam ao Presidente do partido a prosseguir  negociações, a fim de concluir e celebrar um novo acordo de coligação com os partidos integrantes da Coligação PAI - Terra Ranka.

O Comité Central mandatou a Comissão Permanente do partido para, em concertação com as comissões políticas regionais,  fazer ajustes necessários nos círculos onde se justifiquem.

O CC do PAIGC concordou em manter a estrutura da Diretoria Nacional de Campanha Eleitoral criada nas ultimas eleições, ou seja, a de 2023, e com o preenchimento, pelo Secretariado Nacional, das vagas existentes no Comité Central.

O partido felicitou as Nações Unidas pela aprovação do principio de existência de dois Estados soberanos, ou seja, o da Palestina e de Israel.ANG/LPG/ÂC//SG



quinta-feira, 18 de setembro de 2025

Política/” Chegou o momento da Guiné-Bissau capitalizar os resultados da acção diplomática de Umaro Sissoco Embalo”, diz Braima Camará

Bissau, 18 set 25(ANG) -. O primeiro-ministro Braima Camará afirmou que este é o momento certo para a Guiné-Bissau capitalizar os resultados da ação diplomática do Presidente da República Umaro Sissoco Embaló.

A revelação do chefe do executivo foi feita, na quarta-feira, durante uma audiência com o embaixador dos Estados Unidos da América, para a Guiné-Bissau e Senegal Michael Raynor, que se fez acompanhar por altos funcionários da missão diplomática norte-americana.

Na ocasião, Braima Camará  destacou a importância da futura instalação de um embaixador residente dos EUA em Bissau, iniciativa que, segundo ele, reforça a confiança necessária para atrair novos investimentos.

“O nosso país tem muito para oferecer em diversos setores. A reabertura da Embaixada americana e a reafirmação da confiança política dos Estados Unidos são garantias sólidas para mobilizar potenciais investidores”, declarou Camará.

No final da audiência, Michael Raynor agradeceu a disponibilidade do Governo guineense para o aprofundamento da cooperação bilateral e anunciou o interesse de uma empresa norte-americana em apoiar o processo de digitalização da Televisão da Guiné-Bissau (TGB).

O diplomata sublinhou a solidez das relações entre Washington e Bissau, bem como o bom entendimento entre os presidentes Donald Trump e Úmaro Sissoco Embaló que segundo Raynor, este quadro abre novas perspetivas para o fortalecimento da cooperação económica e a criação de oportunidades de negócios.

O embaixador destacou ainda os avanços da empresa "Itafos" nos preparativos técnicos para o arranque das exportações de fosfatos de Farim, processo que depende da conclusão de procedimentos exigidos pela Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental(CEDEAO).ANG/ÂC




Sociedade
/ “Suspensão da liberdade de manifestação na Guiné-Bissau enfraquece a democracia” diz Presidente da LGDH

Bissau, 18 set 25 (ANG) - O Presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH), Bubacar Turé disse que a suspensão da liberdade de manifestação enfraquece a democracia.

Em declarações exclusivas ao portal Digital Mídia Global TV, Bubacar Turé pede a revogação do Despacho que proíbe as reuniões e manifestações políticas em vigor desde 15 de janeiro de 2024, por determinação do Comissário-Geral da Polícia de Ordem Pública, através de um comunicado de imprensa.

Aquele responsável alega que à medida que ainda em vigor em plena aproximação das eleições, representa uma “grave violação” constitucional.

“As liberdades de reunião e manifestação são pilares inalienáveis de qualquer regime democrático, assumindo papel decisivo no contexto eleitoral. Elas garantem que os cidadãos possam expressar ideias, debater propostas e participar ativamente nas escolhas do país”, afirmou.

Acrescentou que em períodos eleitorais, o direito de manifestação é essencial para que partidos políticos, movimentos cívicos e independentes possam mobilizar apoiantes e apresentam as suas perspectivas sobre o futuro da sociedade.

Bubacar Turé disse que proibir manifestações significa enfraquecer a democracia, transformando o processo eleitoral num “mero exercício formal de voto”, esvaziado de participação cidadã.

O Presidente da LGDH denuncia ainda o caráter discriminatório da decisão, que impediu os opositores e vozes críticas de manifestarem-se, enquanto apoiantes do regime continuam a organizar comícios e eventos políticos em todo o território nacional.

“Sem o pleno exercício destas liberdades, não há eleições livres, justas e transparentes”, afirmou Bubacar Turé.

O Presidente da LGDH recordou ainda que já passou mais de um mês desde a suspensão “ilegal” da RTP África, Agência Lusa e RDP África na Guiné-Bissau, acompanhada da expulsão dos seus delegados. Ato que disse trata-se de um “claro ataque à liberdade de imprensa” e um rude golpe ao pluralismo, que coloca em risco também os órgãos nacionais com linha editorial independente.

Razão pelo qual, Bubacar Turé apontou a revogação de todas essas restrições como condição indispensável para a realização de eleições verdadeiramente democráticas no país.

“Defender a liberdade de manifestação, de imprensa e de expressão é defender a própria democracia e o direito do povo a escolher livremente o seu futuro,” concluiu o Presidente da LIGDH.

ANG/ Digital Mídia Global TV

Educação/Ministério implementa exames nacionais no ano lectivo 2025/2026

Bissau, 18 Set 25 (ANG) - O Ministério da Educação Nacional, Ensino Superior e Investigação Científica anunciou para ano lectivo 2025/2026 a implementação dos exames nacionais.

Segundo a Rádio Sol        Mansi, o anúncio foi feito na quarta-feira 17 de setembro do ano em curso pelo Diretor-Geral do Ensino Básico Malam Indjai no ato da abertura do seminário de revisão dos Programas de Ensino em vigor, destinado aos coordenadores das diferentes disciplinas.

Disse que, a instituição responsável pelo ensino no país está muito determinado e empenhado em criar condições técnicas válidas e sustentáveis num curto período de tempo, para a efetiva da realização dos exames nacionais.

Injai reconheceu que, as dificuldades existentes, sobretudo a carência de professores em várias disciplinas poderá dificultar a concretização da medida.

“Na verdade, se vamos aplicar os exames nacionais para o ano letivo que vem, 2025/2026, temos que acelerar para podermos concluir a falta dos professores em diferentes disciplinas, ainda há necessidade de harmonização dos conteúdos, para garantir uma base comum para todos os alunos e assegurar a eficácia do processo de avaliação nacional,"disse.

Aquele responsável, destacou que, para chegar à efetividade de realização dos exames nacionais, vão ter que ultrapassar diferentes etapas, condições imperativas para efetivamente poder realizar os exames nacionais, começando na uniformização dos conteúdos.

O seminário de três dias, organizado pelo Gabinete de Exames Nacionais (GEN), em colaboração com o Instituto Nacional do Desenvolvimento da Educação (INDE), conta com financiamento da União Económica e Monetária Oeste Africana (UEMOA).ANG/RSM