sexta-feira, 3 de outubro de 2025

Política/Governo cria Comissão Negocial para implementação de compromissos assumidos com  sindicatos de saúde e educação

Bissau, 03 Out 25(ANG) – O Governo congratulou-se com os resultados alcançados nas negociações com a Frente Social, organização que agrupa sindicatos da educação e saúde e que culminaram na  suspensão da greve anunciada para os dias 13 à 17 do corrente mês.

De acordo com o comunicado da reunião ordinária do Conselho de Ministros, realizada quinta-feira, à que a ANG teve acesso hoje, o Executivo  criou uma Comissão Negocial, integrada por elementos do gabinete do Primeiro-ministro, dos ministérios da Economia, Finanças, Saúde, Educação e Administração Pública, visando o cumprimento dos compromissos assumidos com os sindicatos.

Ainda nesta reunião, o coletivo governamental ouviu explicações dos ministros da Economia, Plano e Integração Regional, sobre o Programa de Investimento Público Revisto, com validade até Dezembro de 2025,  e o do Comércio sobre  a campanha de Caju 2025

O Governo aprovou o Programa de Investimento Público, com validade até Dezembro 2025, tendo instruído os ministros do Comércio, das Finanças e do Interior no sentido de vigiarem  a implementação das medidas adotadas pelo Governo para a boa execução da campanha de caju 2025.

Em declarações à imprensa, no final da reunião do Conselho de Ministros, o Primeiro-ministro Braima Camará defendeu a importância de uma gestão eficiente das receitas públicas para o crescimento económico e o desenvolvimento sustentável do país.

“A boa gestão dos recursos públicos é sinónimo de boa governança. Não é por acaso que o Fundo Monetário Internacional (FMI) reconheceu o Governo, atribuindo nota positiva ao crescimento de 5,5% registrado em 2025. A Guiné-Bissau merece este reconhecimento, e continuaremos a dobrar os esforços no cumprimento das recomendações feitas por esta instituição”, afirmou Camará.

O Primeiro-ministro também destacou o desempenho da economia neste ano, elogiando, especificamente os ministérios das Finanças, do Comércio e do Interior cujas missões permitiram o registo de “excelente campanha de caju”, que superou as expectativas.

“Esta campanha ultrapassou todas as expectativas graças à colaboração efetiva das instituições, em especial os ministérios das Finanças, Comércio e Interior, que impediram a fuga das nossas castanhas para outros países”, explicou.

Por fim, Braima Camará reafirmou seu compromisso com o diálogo como ferramenta para a construção de consenso e estabilidade nacional.

“Estou disponível para qualquer diálogo que contribua para soluções duradouras entre os cidadãos da Guiné-Bissau. Sempre enfatizo que devemos apostar em conversas sérias para garantir a paz e  estabilidade no nosso país”, concluiu.ANG/JD/ÂC//SG

 

 

 

Regiões/Estudantes do Projeto Sangue Novo em Canchungo efetuam limpezas nos locais públicos daquela cidade

Canchungo, 03 Out 25 (ANG) – Os estudantes dos cursos de Culinária, Cabeleireiro, Corte e Costura do Projeto Sangue Novo, em Canchungo, região de Cacheu, realizaram, na quinta-feira, limpezas no Hospital Regional de Cacheu e na Esquadra da Polícia de Ordem Pública-POP local.

Segundo o despacho do Correspondente regional de ANG  de Cacheu, o Oficial de Terreno do Projeto Sangue Novo, em Canchungo, Demba Baldé, disse que a iniciativa visa  tornar o hospital limpo e saudável para os doentes internados e os visitantes.

Baldé acrescenta que a limpeza da Esquadra tem como objetivo dar conforto aos prisioneiros.

O  Diretor do Hospital Regional de Cacheu, em Canchungo, Ambrósio Pereira, disse que o gesto dos estudantes é fundamental para o bem estar social do estabelecimento hospitalar que dirige.

Este trabalho voluntário de limpeza foi organizado pela  Associação dos Estudantes do Projeto Sangue Novo em colaboração com a Direção do
mesmo Projeto. ANG/AG/MI/ÂC//SG

       tália/Um milhão protesta em Itália em greve geral a favor de flotilha

Bissau, 03 Out 25 (ANG) - Cerca de um milhão de pessoas participaram hoje em protestos em várias cidades italianas, no âmbito da greve geral convocada em solidariedade com a Flotilha Global Sumud.

De acordo com o jornal italiano La Repubblica, a paralisação afetou sobretudo os transportes públicos em centros urbanos como Roma e Milão, enquanto centenas de manifestações ocorreram em dezenas de cidades italianas.

A Confederação Geral Italiana do Trabalho (CGIL) - principal sindicato do país e organizador da iniciativa - disse tratar-se de uma "resposta direta à interceção da flotilha" por Israel e acusou as autoridades italianas de terem "abandonado trabalhadores italianos em águas internacionais".

A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, criticou esta mobilização, alegando que a greve provocou "inúmeros inconvenientes" para os cidadãos.

A chefe de Governo ironizou ainda com a escolha da data, afirmando que "o fim de semana prolongado e a revolução não andam de mãos dadas".

Itália já tinha registado uma paralisação semelhante em 22 de setembro, também em apoio da causa palestiniana, mas então apenas organizada pela União dos Sindicatos de Base (USB), com menor adesão.

As forças israelitas intercetaram na noite de quarta-feira para quinta-feira a Flotilha Global Sumud, com cerca de 50 embarcações, que se dirigia à Faixa de Gaza para entregar ajuda humanitária, detendo os participantes, incluindo quatro cidadãos portugueses: a líder do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, a atriz Sofia Aparício e os ativistas Miguel Duarte e Diogo Chaves.

Também foram detidos 30 espanhóis, 22 italianos, 21 turcos, 12 malaios, 11 tunisinos, 11 brasileiros e 10 franceses, bem como cidadãos dos Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, México e Colômbia, entre muitos outros - os organizadores denunciaram a falta de informação sobre o paradeiro de 443 participantes da missão humanitária.  ANG/Lusa

 

França/Lecornu tenta convencer partidos da oposição a não recorrerem à censura

Bissau, 03 Out 25 (ANG) - O primeiro-ministro francês, Sébastien Lecornu, comprometeu-se hoje a não utilizar um artigo da Constituição que permite aprovar leis sem o voto dos deputados, para evitar uma moção de censura nos futuros debates parlamentares sobre o orçamento.

"Renunciar ao artigo 49.3", texto que tem sido utilizado para aprovar todos os orçamentos desde a reeleição do Presidente Emmanuel Macron em 2022, "não nos deve fazer renunciar ao facto de que a França tenha um orçamento até 31 de dezembro", afirmou o primeiro-ministro macronista, que deverá apresentar "nos próximos dias" o seu governo.

O terceiro chefe de Governo desde junho de 2024, e o quinto desde a reeleição de Macron em 2022, prometeu reduzir a dívida pública, que pesa nas finanças do país, representando 114% do Produto Interno Bruto.

Ao mesmo tempo, Lecornu pretende fazer "rupturas de fundo" em matéria orçamental, com o objetivo de dar garantias às oposições, que ameaçam com uma moção de censura na Assembleia Nacional, onde o governo está em minoria, à semelhança do que aconteceu em dezembro pelo executivo de Michel Barnier.

"Uma vez que o Governo já não pode interromper os debates, não há mais qualquer pretexto para que esses debates (parlamentares) não comecem já na próxima semana", afirmou Lecornu, que deverá proferir o seu discurso de política geral na segunda ou terça-feira na Assembleia Nacional.

Depois de ter sugerido, na quinta-feira, à margem de mais um dia de mobilização sindical, algumas pistas sobre os salários e a reforma das mulheres, Lecornu propôs hoje um "imposto sobre o património financeiro", em alternativa à "taxa Zucman" sobre os grandes patrimónios, apesar de este último ser reivindicado pela esquerda.

Lecornu, que tem mantido conversações desde a sua nomeação em 09 de setembro, reuniu-se hoje com o partido de extrema-direita União Nacional (RN), que detém o maior grupo parlamentar, e com o Partido Socialista.

Renunciar ao artigo 49.3 é "mais respeitador da democracia", afirmou a líder do RN, Marine Le Pen, à saída do seu encontro com o primeiro-ministro, garantindo que esperará pelo discurso de política geral antes de decidir se vota a favor de uma moção de censura.

O Partido Socialista francês, insatisfeito com as propostas apresentadas pelo primeiro-ministro relativamente ao orçamento para 2026, anunciou que votará a favor de uma moção de censura caso não haja uma retificação no discurso de política geral que o chefe do Governo.

"Não estamos satisfeitos, mantemos as nossas exigências (...) Damos-lhe mais algumas horas para que reflita sobre elas e nos responda no discurso de política geral", afirmou o líder socialista, Olivier Faure, à saída duma reunião com Lecornu que durou mais de duas horas.

Olivier Faure considerou que houve uma "verdadeira evolução" com o abandono do artigo 49.3 para aprovar o orçamento de 2026, mas sublinhou que "isso não é suficiente".

O líder socialista exigiu ainda que sejam debatidas e votadas outras leis, como a muito contestada reforma das pensões aprovada em 2023, precisamente com recurso ao artigo 49.3, que aumentou para 64 anos a idade mínima da reforma.

Já do lado da esquerda radical, o partido França Insubmissa (LFI) mantém a intenção de apresentar uma moção de censura "logo após a nomeação" do Governo de Sébastien Lecornu, avisou o coordenador nacional, Manuel Bompard, na rede social X.

Também o líder da direita moderada e atual ministro do Interior em funções, Bruno Retailleau, expressou críticas, alertando que se forem feitas concessões a todos os partidos, o orçamento poderá pôr em causa o objetivo de reduzir o défice do país.ANG/Lusa

 

Alemanha/”Drones sobre Alemanha representam "ameaça a médio e longo prazo"

Bissau, 03 Out 25 (ANG) - O tráfego aéreo foi suspenso durante nove horas no aeroporto de Munique, na noite passada, devido ao sobrevoo de drones de origem desconhecida, disse um porta-voz da Polícia Federal da Alemanha à agência de notícias France-Presse.

Em 26 de setembro, foi avistado um grupo de drones sobre o estado de Schleswig-Holstein, no norte da Alemanha, com a Dinamarca, a Estónia e a Polónia a registarem casos semelhantes.

"Os voos de drones sobre infraestruturas críticas, instalações militares e transportes militares têm claramente como objetivo recolher informações e inteligência sobre essas instalações, bem como sobre os padrões de reação alemães", considera o especialista em segurança Hans-Jakob Schindler, em declarações à agência Lusa.

"Isto não representa um perigo físico imediato, mas caso haja um confronto militar, tais informações seriam muito valiosas para um adversário. Portanto, embora não seja uma ameaça física imediata, é uma ameaça a médio e longo prazo", aponta o diretor do projeto "Counter Extremism".

Para o responsável pela previsão estratégica e análise de risco na Universidade de Bona, Joachim Weber, a ameaça de drones na Alemanha é omnipresente há cerca de dois anos.

"Houve repetidos avistamentos acima de campos de treino das forças armadas e quartéis, instalações marítimas, bem como acima de agências governamentais. Mas até aos recentes acontecimentos em Copenhaga, tudo isso não era realmente discutido em público, por isso, mais uma vez, não foi o alerta que chegou tarde, mas os políticos que continuaram a dormir", indica o especialista.

Depois de avistados os drones no norte da Alemanha, o governo, liderado por Friedrich Merz, declarou que pretendia autorizar as forças armadas (Bundeswehr) a abater estes dispositivos.

Joachim Weber defende que o sistema de segurança alemão assente nas forças armadas (Bundeswehr) necessita de uma "reforma estrutural significativa" e considera que, em caso de um ataque a grande escala, "não existe atualmente uma defesa adequada".

"Os drones são da competência dos Länder (estados federados), mas é necessária uma transferência constitucional de competências para a polícia federal de fronteiras ou para as forças armadas. O equipamento necessário para tal deve ser adquirido imediatamente e sem mais demoras. Uma maior procrastinação resultará em infraestruturas críticas altamente vulneráveis", alerta o especialista.

Hans-Jakob Schindler concorda e explica que os procedimentos relativos à defesa contra esses voos de drones ainda não estão bem regulamentados na Alemanha. Há uma discussão para atribuir de forma geral às Bundeswehr a tarefa de assumir essa função, mas ainda não foi tomada uma decisão final.

"Além do esclarecimento dos mandatos legais - quem está autorizado a tomar quais medidas e com que nível de força - também existem algumas lacunas tecnológicas nos sistemas de defesa contra drones que precisam ser preenchidas (...) A Alemanha ainda não está idealmente preparada para enfrentar os desafios existentes em relação aos drones no país", conclui.

O aeroporto de Munique esteve encerrado durante nove horas, tendo sido reaberto esta manhã. 17 voos com partida da cidade alemã terão sido cancelados na noite de quinta-feira, afetando quase três mil passageiros. Outros 15 voos foram desviados para os aeroportos alemães de Estugarda, Nuremberga, e Frankfurt ou para o aeroporto de Viena, capital da Áustria.

No domingo, as Forças Armadas da Dinamarca anunciaram ter avistado drones sobre instalações militares do país, pelo segundo dia consecutivo, depois de várias violações do espaço aéreo europeu por aeronaves russas nos últimos dias.

O surgimento de drones levou o aeroporto de Copenhaga a encerrar o tráfego aéreo durante cerca de quatro horas em 22 de setembro, causando atrasos a aproximadamente 20 mil passageiros.

As autoridades dinamarquesas suspeitaram de possíveis ligações à Rússia, mas Moscovo negou estar envolvido.

Estes incidentes acontecem após a incursão de drones russos também na Polónia e na Roménia, além da aproximação de caças russos ao espaço aéreo da Estónia. ANG/Lusa

 

      ONU/ Qualificada de farsa ideia de zona de segurança no sul de Gaza

Bissau, 03Out 25 (ANG) - A ONU garantiu hoje que não existe um refúgio seguro para os palestinianos forçados a abandonar a cidade de Gaza e descreveu como "lugares de morte" as zonas de segurança designadas por Israel no sul.

"Aideia de uma zona de segurança no sul é uma farsa", afirmou o porta-voz da UNICEF, James Elder, numa intervenção desde Gaza perante jornalistas em Genebra, na Suíça.

No sul da Faixa de Gaza, "as bombas são lançadas com uma previsibilidade assustadora", disse o porta-voz da UNICEF, a sigla em inglês por que é conhecido o Fundo das Nações Unidas para a Infância.

"As escolas que foram designadas como abrigos temporários são regularmente reduzidas a escombros, e as tendas (...) são alvo frequente de ataques aéreos", descreveu Elder, citado pela agência de notícias France-Presse (AFP).

Desde o início da ofensiva aérea sobre a cidade de Gaza, em agosto, antes da incursão terrestre, o exército israelita tem pedido repetidamente aos palestinianos que se desloquem para o sul do território.

O exército chegou mesmo a incentivar os palestinianos a instalarem-se numa "zona humanitária" em Al-Mawasi, junto à costa, onde disse que disporiam de cuidados médicos, ajuda humanitária e infraestruturas adequadas.

Israel declarou Al-Mawasi como "zona de segurança", mas tem realizado ataques repetidos no local, alegando visar o Hamas, segundo o porta-voz da UNICEF.

James Elder insistiu que "emitir uma ordem geral de saída de civis não significa que aqueles que permanecem [no local evacuado] percam a sua proteção civil".

As "supostas zonas de segurança são também lugares de morte", afirmou.

Atualmente, referiu, Al-Mawasi "é um dos lugares mais densamente povoados do planeta. A zona está sobrelotada de forma inadmissível e foi privada dos meios mais básicos de sobrevivência".

Elder recordou que a ONU já tinha começado a questionar no final de 2023, pouco depois do início da guerra, "o conceito de zona de segurança declarado unilateralmente" por Israel.

"É responsabilidade da potência ocupante, Israel, assegurar que uma zona de segurança disponha de todos os elementos essenciais à sobrevivência, ou seja, comida, abrigos e instalações sanitárias", afirmou.

O porta-voz da UNICEF disse que "nenhum destes elementos se encontra disponível em quantidade suficiente".

Referiu que, inicialmente, a ONU "pelo menos assumia" que os locais designados por Israel como seguros "não seriam alvo de bombardeamentos".

Nos últimos 18 meses, as zonas de segurança designadas foram atingidas "dezenas de vezes" pelo exército israelita.

"Pessoas a viver em tendas sofreram ataques aéreos", acrescentou Elder.

Israel enfrenta acusações de genocídio e de usar a fome como arma de guerra, que nega, na ofensiva militar que iniciou há cerca de dois anos na Faixa de Gaza.

A guerra em curso foi desencadeada por um ataque do grupo extremista Hamas em Israel em 07 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos e 251 reféns, segundo as autoridades israelitas.

A retaliação israelita provocou até agora mais de 66.200 mortos e quase 170.000 feridos na Faixa de Gaza, de acordo com dados do Ministério da Saúde do governo do Hamas, considerados fiáveis pela ONU. ANG/Lusa

 

    Madagáscar/ Andry Rajoelina denuncia tentativa de "golpe de Estado"

Bissau, 03 Out 25 (ANG) - O Presidente de Madagáscar, Andry Rajoelina, afirmou hoje que o movimento de protesto em curso desde 25 de Setembro tem como objectivo "provocar um golpe de Estado", numa declaração divulgada na sua conta oficial na rede social Facebook.


Andry Rajoelina afirmou que os jovens, que se mobilizaram nas ruas, estavam a ser manipulados. O movimento, que inicialmente procurava denunciar os cortes de água e eletricidade, transformou-se numa contestação mais ampla do poder em vigor, com os manifestantes a exigirem a demissão do chefe de Estado.

"Países e agências pagaram a este movimento para me afastar, não por eleições, mas por lucro, para tomar o poder como noutros países africanos”, afirmou, sem dar mais detalhes.

O chefe de Estado, de 51 anos, também apontou a responsabilidade de alguns políticos nesta crise.

"Foi depois do movimento ter começado que os políticos abusaram desta situação para levar a cabo um golpe de Estado e atingir os seus objetivos e destruir o país", denunciou Andry Rajoelina sem os  identificar.

O Presidente malgaxe disse-se pronto para dialogar e pediu às forças da ordem que "restabeleçam a paz".

No entanto, não anunciou a esperada nomeação de um novo primeiro-ministro, depois de ter demitido todo o Governo no início da semana, numa tentativa, sem sucesso, para acalmar a ira dos manifestantes.

Após um dia de pausa nas manifestações na capital, na quinta-feira, o movimento lançou uma nova convocatória para a população sair hoje para as ruas da capital Antananarivo. Em vários locais da cidade, grupos de manifestantes foram impedidos de avançar pelas forças da ordem, que utilizaram granadas de gás lacrimogéneo.ANG/RFI

 

quinta-feira, 2 de outubro de 2025

China/ Responsáveis das associações de amizade Guiné-Bissau /República Popular da China defendem maior participação da juventude na incrementação das relações de cooperação entre Bissau e Pequim

Pequim, 02 out 25 (ANG) -  Nicolau dos Santos da parte guineense e Lu Xiangdong da parte chinesa se comprometeram, domingo (28) a  incrementar atividades que possam elevar ainda mais as relações de cooperação que tem sido desenvolvidas até presentemente entre a República Popular da China e a Guiné-Bissau.

As duas figuras das associações de amizade entre os povos dos dois países mantiveram nesse domingo um encontro na capital chinesa, Pequim, no âmbito da visita de uma delegação da Associação de Amizade Guiné-Bissau e a República Popular da China(AAGBRPC) chefiada por Nicolau dos Santos, antigo embaixador da Guiné-Bissau na República Popular da China e atual Presidente do Conselho de Administração da AAGBRPC.

O compromisso visa fazer chegar as populações dos dois países, sobretudo a Juventude, o sentimento de que tudo o que está a ser feito atualmente pelos os dois estados deve ser assumido e dinamizado no futuro pela juventude dos dois estados.

As partes descreveram as relações de cooperação entre Bissau e Pequim como “boas” , motivo considerado forte para que a juventude dos dois seja mais ativa no incremento de açções  que possam fazer as populações dos dois países  tirarem maior proveito dessas relações.

Segundo Lu Xiangdong, a Associação de Amizade China com Outros Países lança, no próximo ano, várias atividades para, intercâmbio cultural, educação, trocas de experiências entre organizações juvenis e cooperação entre entidades privadas dos dois países.

Lu Xiangdong, vice-presidente desta organização disse querer que as associações de amizade de outros países conhecessem muito bem a China para melhor se aproveitarem das oportunidades oferecidas.

Nicolau dos Santos declarou ao Lu a disponibilidade da organização que dirige se dedicar para que as populações possam sentir mais os efeitos das relações de amizade de Guiné-Bissau/China, e a Juventude se implicar, de forma mais ativa, nos incrementos dessas relações e nas inovações que os dois estados levam a cabo.

A Associação de Amizade China com outros países celebrou no ano passado 75 anos de existência e mantem relações com mais de 500 organizações de mais de 150 países.

Criada em 2014, a Associação Amizade Guiné-Bissau/República Popular da China foi convidado a participar no lançamento das atividades inscritas no plano de ação da sua congénere da China no próximo ano.

Nicolau dos Santos e sua delegação integrada pelo Diretor-geral da ANG, Salvador Gomes, o Diretor da Escola de Formação Superior Tchico Té, Ibraima Djaló e o Ponto-focal da Associação. Inquita Amum, realizaram esta visita à República Popular da China de 26 à 29 de Setembro, sendo a primeira etapa, um encontro com o Representante Especial do Governo chinês para Assuntos Africanos, Liu Yuxi.

Esta primeira etapa da visita de quatro dias foi dominada com análise de aspetos de cooperação entre Bissau e Pequim, com foco no apoio que o estado chinês tem estado a prestar as autoridades e ao povo guineenses, em vários domínios, principalmente na saúde e agricultura.

No dia seguinte, a delegação visitou o Museu Nacional do Partido Comunista Chinês e uma fábrica de viaturas de luxo de marca Stelato, da empresa estatal denominada BAIC. SG

Economia/”O Fórum de Investimento é uma oportunidade de reflexão para  futuro do país”, disse Lesmes Monteiro

Bissau, 02 Out 25 (ANG) – O secretário de Estado da Juventude afirmou que, o Fórum  de Investimento Internacional é uma oportunidade de reflexão sobre o futuro do país e que demonstra também um compromisso concreto para poder acelerar a transformação económica do país.

Lesmes Mutna Monteiro falava hoje no ato da abertura da 2ª  Edição do Fórum Internacional de Investimento sob lema "Acelerar a Transformação Económica" e que decorre entre os dias 01 à 03 de outubro em Bissau.

Na ocasião, o governante  disse que   o encontro constitui uma plataforma estratégica de partilha de experiências e espaço para poder criar oportunidades de investimento sobretudo no que tem a ver com sector privado.

“E que tudo passa para mobilização de recursos, reforços de credibilidades e criação de oportunidades sobretudo para mulheres e jovens”, frisou.

Destacou que, com a liderança do Presidente da República Umaro Sissoco Embalo, o governo da Guiné-Bissau tem estado a trabalhar arduamente para poder reforçar confiança dos investidores no país e melhorar ambiente de negócios  para avançar com reformas orçamentais e fiscais.

Adiantou que,  também visa criar um quadro de estabilidade e que vai permitir que sector privado empreender e investir para verem o fruto do seu investimento.

"Entre várias ações realizadas, gosto de destacar algumas que, para mim são essenciais, quando falamos de investimento e do sector privado, gosto de falar da melhoria das estradas na Guiné-Bissau, reabilitação e construção do Aeroporto Internacional no nosso país, projecto de OMVG que está a facilitar o acesso a energia para a nossa população, que até 2030, pode fazer com que a energia chegue por todo território nacional, disse.

Lesmes Monteiro, sublinhou que, cada vez mais com estabilidade e projeção da imagem internacional do país através de esforços do Presidente da República.

“Cada vez,  estamos a ver que o país está inserido no concerto das nações e que isso permite maior atração e confiança dos investidores para investirem no país”, disse.

Destacou os fóruns internacionais e conferências que foram realizados no país e a presidência da Guiné-Bissau na CEDEAO e  CPLP, sublinhando que acredita que o Fórum de Investimento vai ser um ponto de partida para ligação do sector privado com o Estado para dinamizar economia e impulsionar o desenvolvimento do país.   

Por seu turno, o secretário Geral de Câmara de Comércio, Indústria, Agricultura e Serviços(CCIAS), Mamadu Saliu Bá, disse que a Guiné-Bissau enfrenta desafios   estruturais em todos os contextos, uma economia excessivamente dependente de um produto, com a taxa de diversidade
de produção e informalidade persistente, limitação de infraestruturas em transporte, energia e logística, dificuldade de acesso a financiamento para pequenas e médias empresas.

"Apesar desses constrangimentos, o setor privado guineense continua resiliente, criativo e determinado a assegurar o emprego, rendimento, contribuindo para o estabilidade social, contudo, é igualmente importante reconhecer que sob a liderança do Presidente da República Umaro Sissoco Embalo, com seu empenho, o seu governo tem vindo a dar passos significativos para criar as bases de um novo ciclo do desenvolvimento económico," disse.

Afirmou que, os esforços em curso para estabilizar finanças públicas, promover a boa governação, reforçar as parcerias internacionais e atrair investimento estrangeiro, são sinais claros  de que há uma vontade política orientada por progresso e a modernização do país.

Disse acreditar que o futuro económico do país, passa pela valorização da enorme potencial, transformando totalmente os produtos agrícola, pesqueiros para gerar mais valor e criar o emprego, investir em fontes renováveis e em particular solar, hídrico para garantir um fornecimento sustentável e competitivo, explorando de forma sustentável as ilhas de Bijagós, a biodiversidade e a riqueza cultural.ANG/MI/ÂC

Economia/RMFI disponibiliza a trabalhar com AMAE para transformarem desafios em oportunidades

Bissau, 02 Out 25 (ANG) – A Rede Mundial das Mulheres de Impacto para Guiné-Bissau(RMFI) e Associação das Mulheres de Actividade Económica(AMAE), reiteram a disponibilidade de trabalhar em conjunto, para superar os obstáculos e transformar desafios em oportunidades para uma economia global mais inclusiva, inovadora e sustentável.

A revelação foi feita pela Presidente de RMFI, Mariama Danfa Viega Nanque no ato de abertura da 2ª  Ediçâo de Fórum Internacional de Investimento sob lema "Acelerar a Transformação Económica".

Na ocasião,  disse que, o Fórum Internacional de Investimento representa não apenas uma plataforma de debates, mas também uma chamada à ação.

Sublinhou que, apesar dos obstáculos, a determinação das mulheres guineenses tem sido admirável. Elas continuam a sustentar famílias, dinamizar mercados locais, investir em micro. pequenas e medias empresas, e contribuir de forma silenciosa mas essencial para o crescimento económico do país.

Aquela responsável disse esperar que o Fórum produza resultados que fazem com que os atores como o governo, os investidores, parceiros técnicos e o sector privado que trabalharem no sentido de aumento de fundos de investimento direcionados aos projetos liderados por mulheres, na criação de mecanismos de acompanhamento e monitoramento que garantam resultados concretos, e na promoção de programas de capacitação que respondam as necessidades atuais do mercado.

Disse também que, a iniciativa visa um investimento inclusivo, que considere as mulheres não apenas como beneficiarias, mas como protagonistas no desenvolvimento económico.

Afirmou que,  o referido espaço de diálogo e cooperação é fundamental para que possam refletir sobre o presente e projetar um futuro mais justo, inclusivo e sustentável.

Nanque realçou que, a RMFI presente em diferentes continentes, trabalha para fortalecer a liderança e a participação das mulheres nos setores-chave da economia, apoiando o empreendedorismo, a inovação em educação.

"O nosso compromisso é claro, no empoderamento das mulheres para transformar comunidades e contribuir para o desenvolvimento económico global, a Guiné-Bissau, apesar de ser um país pequeno, è rica em potencial agrícola, pesqueiro e florestal, turístico e humano, onde as mulheres desempenham papel central como agentes de transformação económica e social," disse,

Mariama Nanque conta que, enfrentam desafios importantes que não podem ser ignorados, nomeadamente acesso limitado ao financiamento, sobretudo para mulheres empreendedoras, falta de infraestruturas adequadas que dificultam o crescimento dos negócios liderados por mulheres, desigualdades persistentes no mercado de trabalho, que reduzem as oportunidades de liderança feminina e necessidade de formação técnica e digital para acompanhar a transformação tecnológica dos setores agroindustrial e produtivo.

"Acreditamos firmemente que quando investimos nas mulheres, investimos no presente e no futuro e que o impacto vai além das fronteiras individuais, ele fortalece famílias, comunidades, países e o mundo inteiro, "realçou.

Por seu turno, o membro organizador do evento, Mateus Cadjona disse que  investimento é cativado pelas pessoas que estão no país e fazem esforços para atrair investidores.

Frisou  que qualquer governo no mundo, o seu objectivo é facilitar  o quadro económico, impor regras e subvencionar as pessoas, nomeadamente empresários e empreendedores para terem oportunidades que saem de fora para ajudar o governo.

“Não se pode fazer do futuro para adaptar a população, mas sim, preparar a população para enfrentar o futuro e que quando se fala do investimento é para trabalhar e captar as oportunidades e potenciais existente
para criar um quadro ideal de partilha de trabalho entre sector privado nacional e os investidores”, disse.ANG/MI/ÂC

Saúde/Governo, PNUD e HGI lançam  Rede de Integridade para Saúde(RIS-GB) para combate a corrupção

Bissau, 02 Out 25(ANG) – O Governo através do Ministério de Saúde Pública(Minsap), o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD e a organização Inteligência Geral em Saúde(HGI), lançaram hoje em Bissau, uma nova Rede de Integridade para a Saúde(RIS-GB), para o combate a corrupção no setor de saúde.

No ato de lançamento da referida Rede,  a coordenadora do Projeto Andreia Teixeira, em entrevista à ANG e Rádio Djumbay, disse que o projeto é financiado pelo governo de Japão e conta com parceria do MINSAP, a Sociedade Civil, Ministério Público, Jornalistas, Polícia Judiciária.

Teixeira informou ainda que o objetivo principal da criação da RIS-GB, é para implementação do combate à corrupção, com base numa estratégia  aprovada em 2022 e seu principal componente é a prevenção e a inclusão da Sociedade Civil nos processos da decisão.

Aquela responsável disse almejar que a RIS-GB, tivesse a coragem, a força, a vontade de monitorizar os casos  da corrupção no setor de saúde, frisando que já têm as ferramentas, os conhecimentos para o efeito.

Disse que,  continuarão  a trabalhar no sentido de criar ferramentas digitais, para que todos os cidadãos possam aceder a informação através de um futuro portal denominado o “Cidadão”.

Por sua vez, o Presidente da RIS-GB, Victor Insali disse que lutar contra a corrupção não é só a tarefa do Estado, mas sim, de todos, porque quem sofre com a corrupção é a população.

Adiantou que, o Governo do Japão e PNUD juntaram várias organizações para criar esta Rede que tem como missão desenvolver várias actividades ao longo da sua existência.

Insali, disse estar convicto
que a RIS-GB vai ter um impacto muito positivo na vida dos guineenses,  principalmente na diminuição das cobranças ilícitas nos centros de saúde e nos hospitais.

“Vamos desenvolver uma grande campanha de sensibilização com os agentes de saúde e a própria população, onde vamos ensiná-las como denunciar as práticas que põe em causa a sua saúde”, salientou.

O Presidente da RIS-GB, disse que a  corrupção no setor de saúde, impacta, e de que maneira, o acesso universal e igualitário a saúde porquanto, piora a qualidade dos serviços e qualidade de medicamentos e contribui para a desigualdade no acesso a esse bem.

Afirmou que, quem não tem dinheiro não tem acesso a tratamento adequado e medicamentos eficientes, podendo levar a perda de vidas dos pobres, acrescentando que a corrupção é um crime que mata lentamente.ANG/JD/ÂC

 

Regiões/Presidente da CRE de Cacheu pede esforços dos Animadores Cívicos para reduzir os votos nulos nas próximas eleições

Canchungo, 02 out 25(ANG) – O Presidente da Comissão Regional de Eleições (CRE) de Cacheu, norte do país, recomendou quarta-feira, aos 24 Animadores Cívicos, para redobrar os esforços no sentido de reduzir os votos nulos e abstenções naquela região, nas próximas eleições gerais de 23 de novembro.

Herculano Biaguê, falava quarta-feira em Canchungo, no ato de lançamento oficial da Campanha da Educação Cívica Eleitoral, tendo pedido a colaboração dos habitantes da região de Cacheu para que possa ser mais uma vez, uma região de referência nas próximas eleições gerais de 23 de Novembro de 2025.

Por sua vez, a Representante da Sociedade Civil da região de Cacheu, Jaqueline Cabral Barreto, apela aos Animadores Cívicos, no sentido de terem a paciência e persistência na transmissão das mensagens às populações eleitores sobre a importância do voto para o desenvolvimento harmonioso e sustentável da Guiné-Bissau ANG/AG/ÂC

Regiões/Quinhamel acolhe acto de lançamento da campanha de Educação Cívica na região de Biombo

Biombo, 02 out 25(ANG) - A cidade de Quinhamel, região de Biombo, norte do país,  foi palco quarta-feira do lançamento da campanha de Educação Cívica, visando as eleições gerais de 23 de novembro do ano em curso.

Ao presidir o acto, o Presidente da Comissão Regional de Eleições(CRE) de Biombo,  José Filomeno de Lacerda, disse que Educação Cívica é para informar e preparar as populações para saber como votar no escrutínio de novembro.

“Vamos sensibilizar as populações para votarem de uma forma certa, para que não haja grandes quantidades de votos nulos, votos de reclamação e votos de protesto”, salientou.

José Filomeno disse que, já têm pronto a equipa de animadores com ferramentas para entrar no terreno, tendo aconselhado as pessoas de que os cartões de eleitores de que dispõe não são para luxo, mas sim, de enorme peso para afirmação da soberania.

O governador da região de Biombo, Fernando Dju pediu a colaboração da comunidade com as equipas de animadores que irão ao terreno.

Dju disse que,  a fraca aderência da população nas mesas de votos, verificadas nas eleições passadas, prende-se com o não cumprimento de promessas por parte  dos políticos.

O Delegado Regional da Educação na região de Biombo, Francisco Có, aproveitou a ocasião da abertura da campanha de Educação Cívica
, para anunciar a abertura do novo ano letivo 2025/2026 á na próxima segunda-feira naquela localidade.

Có disse que, todas as escolas já estão em condições para dar o início ao novo ano letivo, frisando que algumas já estão a distribuir os horários para os professores.ANG/MN/ÂC

     Regiões/CPDC sensibiliza populares de Buba sobre saneamento básico

Buba, 02 out 25(ANG) – A Célula de Promoção para o Desenvolvimento Comunitário(CPDC),  promoveu quarta-feira um encontro de sensibilização que juntou os comités de diferentes bairros de cidade de Buba, região de Quinara, sul do país, no quadro do projeto de dinamização do sistema de saneamento básico na referida cidade.

Em declarações ao correspondente da ANG na região de Quinara, no final do encontro, o coordenador da Célula Sana Mané, disse que o encontro visa sensibilizar citadinos de Buba para uma boa prática de saneamento básico naquela cidade.

Por outro lado falou da necessidade do  Comitê de Estado do sector de Buba, para se engajar no projeto enquanto entidade responsável para evacuação de lixo da cidade.

Aquele responsável pediu a camada juvenil para trabalhar no componente de sensibilização, tendo pedido a Direção Regional de Saúde de Quinara para apoiar a iniciativa.

Sana Mané enfatizou que este projeto não vem substituir outras iniciativas no domínio do saneamento de lixo, mas sim, para reforçar o vazio existente.

O Projeto de Dinamização do Sistema de Saneamento Básico na cidade de Buba, enquadra-se no âmbito do projeto de fortalecimento das Organizações da Sociedade Civil (OSC) para boa governação e desenvolvimento na Guiné-Bissau financiado pela União Europeia através do Instituto Camões e é implementada pelo Instituto Marquês Vale Flor (IMVF) e Jiga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH) que visa apoiar Governo regional de Quinara no plano de desenvolvimento regional.ANG/RC/ÂC


Médio Oriente/Um navio da flotilha está a menos de uma hora da costa de Gaza

Bissau, 02  out 25(ANG - O navio Mikeno, da Flotilha Global Sumud, está a menos de uma hora da Faixa de Gaza, segundo a página de rastreio da missão, que indica a geolocalização da embarcação a sete milhas náuticas (11 quilómetros) da costa palestiniana.

Um total de 21 navios, dos 44 registados no rastreador da flotilha, foram intercetados até às 07h00 de hoje, após uma noite de interceções pelas forças israelitas numa operação que ainda está em curso. Outros 23 navios da flotilha estão a caminho.

A Marinha israelita abordou três navios nas últimas horas: o Oxigono, o All-in e o Captain Nikos.

Anteriormente, foram intercetados o Alma, o Adara, o Sirius, o Aurora, o Dir Yassine, o Grande Blu, o Hio, o Huga, o Morgana, o Otaria, o Seulle, o Spectre e o Yulara, transportando cerca de 200 pessoas cujo paradeiro e estatuto, segundo a iniciativa, são desconhecidos.

Entre os detidos por Israel estão a coordenadora do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, a atriz portuguesa Sofia Aparício e o ativista Miguel Duarte e também 30 cidadãos espanhóis, 22 italianos, 21 turcos, 12 malaios, 11 tunisinos, 11 brasileiros e dez franceses. Há ainda cidadãos dos Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, México e Colômbia.

"O estatuto dos participantes e da tripulação permanece por confirmar", disseram hoje os organizadores, classificando a operação israelita como um "ataque ilegal contra trabalhadores humanitários desarmados".

"Instamos os governos e as instituições internacionais a exigirem a sua segurança e libertação imediatas", exigiu a flotilha.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros de Israel anunciou hoje que alguns dos ativistas da flotilha Sumud Global, presos nas últimas horas, vão ser transferidos para território israelita.

De acordo com um comunicado da diplomacia israelita divulgado através das redes sociais, os membros da flotilha humanitária que foram presos "estão seguros e de boa saúde".

O mesmo documento indica que Israel vai iniciar os procedimentos de deportação para a Europa depois de os detidos serem transferidos para território israelita.

A nota não especifica a identidade dos primeiros detidos a serem transferidos para Israel.ANG/Lusa