sexta-feira, 7 de novembro de 2025

   COP 30/ Lula alerta que o tempo para agir “se está a esgotar rapidamente”

Bissau, 07 Nov 25 (ANG) - O presidente brasileiro, Lula da Silva, alertou, quinta-feira, que “a janela de oportunidade” para agir contra o aquecimento climático “está a fechar-se rapidamente”.

Palavras proferidas na abertura da cimeira de chefes de Estado e de Governo que antecede a COP30, em Belém.

Arrancou esta tarde em Belém, no Brasil, a cimeira de chefes de Estado e de Governo que este ano antecede a Cimeira do Clima da ONU, a COP30.

Em plena Amazónia, o secretário-geral da ONU, António Guterres, sublinhou a falência moral dos dirigentes por terem falhado” em limitar o aquecimento climático a 1,5 °C.

O presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou, no mesmo tom, que “a janela de oportunidade” para agir contra o aquecimento climático está a fechar-se rapidamente”.

Passados mais de 30 anos da Cúpula da Terra, no Rio de Janeiro, a Convenção do Clima regressa ao país onde nasceu. (...) Pela primeira vez na história, uma COP do Clima terá lugar no coração da Amazônia”, começou por lembrar o chefe de Estado.

Para Lula, “o ano de 2025 é um marco para o multilateralismo. (...) É o momento de levar a sério os alertas da ciência. (...) As convergências já são conhecidas. Nosso objetivo será enfrentar as divergências. (...) Belém honrará os legados das COPs 28 e 29. Acelerar a transição energética e proteger a natureza são as duas maneiras mais efetivas de conter o aquecimento global”.

O presidente brasileiro lamentou que Num contexto de insegurança e desconfiança mútua, os interesses egoístas imediatos se sobreponham ao bem comum a longo prazo”. Sinal desse contexto difícil é o facto de apenas cerca de 30 chefes de Estado e de Governo participarem na cimeira, que decorre antes da 30.ª Conferência das Nações Unidas sobre o Clima, agendada para 10 a 21 de Novembro.ANG/RFI

 

Camarões/ Paul Biya tomou posse como presidente e quer zelar pela ordem pública

Bissau, 07 Nov 25 (ANG) – Paul Biya tomou posse para mais um mandato nos Camarões e  disse ter ouvido as reivindicações da juventude e lamentou os mortos dos recentes protestos pós-eleitorais.

Paul Biya prestou juramento para um oitavo mandato presidencial de sete anos. O actual presidente mais velho do mundo, noventa e dois anos, dos quais quarenta e três anos no poder.   

Na sua intervenção, Paul Biya instigou a população a se-unir, assegurando a paz civil depois das perdas humanas a lamentar nos violentos protestos pós-eleitorais na sequência da sua reeleição, em finais de outubro.  

Os Camarões não precisam duma crise pós-eleitoral, onde as consequências seriam dramáticas como já se viu em outros países. É da minha responsabilidade, zelar para que ordem seja mantida. Posso-vos assegurar: a ordem há-de reinar, assegurou o nonagenário.   

O presidente camaronês não deixou também de formular críticas aos políticos chamando-os de "irresponsáveis". Uma critica aberta ao seu opositor e ex-ministro Issa Tchiroma Bakary, que reivindica também a vitória. ANG/RFI

 

Bulgária/Seis migrantes morrem em acidente após perseguição policial na Bulgária

Bissau, 07 Nov 25 (ANG) - Seis migrantes morreram na quinta-feira à noite no leste da Bulgária depois de o carro em que seguiam ter caído num lago após uma perseguição policial, informou hoje um porta-voz do Ministério do Interior.

"polícia tentou parar o veículo pela primeira vez, mas o condutor não obedeceu", explicou um porta-voz da polícia, acrescentando que o incidente inicial ocorreu a 50 quilómetros a sul da cidade de Burgas.

De acordo com a fonte, seguiram-se mais duas tentativas para intercetar o veículo e, durante a terceira tentativa, à entrada de Burgas, o veículo saiu da estrada e caiu num lago.

Além das seis mortes, outros três migrantes ficaram feridos e o motorista, cidadão romeno, foi detido, disse o porta-voz do ministério.

As nacionalidades dos migrantes não foram especificadas.

Burgas, uma cidade portuária no Mar Negro, fica perto da cordilheira de Strandja.

Esta região é uma rota frequente para as redes de contrabando que operam em direção à União Europeia. ANG/Lusa

 

     
     EUA/Acordo para pôr fim à maior paralisação estatal  ainda distante

Bissau, 07 Nov 25 (ANG) - As negociações no Congresso norte-americano sobre um acordo para financiar agências estatais paralisadas intensificaram-se, mas democratas e republicanos divergem ainda significativamente sobre como acabar com uma paralisação que é já a mais longa da história do país. 

No 37.º dia de paralisação, o líder da maioria republicana no Senado, John Thune, decidiu manter a câmara alta em sessão, possivelmente durante o fim de semana, enquanto promove um acordo que permitiria restabelecer financiamento a algumas agências que gerem programas consensuais para os dois partidos. 

Segundo a agência AP, o Presidente Donald Trump instou os senadores republicanos, num pequeno-almoço na Casa Branca na quarta-feira, a terminar a paralisação, que considerou um "fator negativo importante" para o mau resultado do partido nas eleições de terça-feira. 

Os senadores democratas, que já votaram 14 vezes contra uma proposta unilateral republicana para reabertura do governo, saíram da sua segunda reunião de bancada da semana divididos entre os que rejeitam qualquer cedência até Trump recuar nos cortes à saúde pública, e os que aceitariam um compromisso dos republicanos de votar este tema no futuro para aprovar agora um acordo de financiamento parcial.

"Estamos a trabalhar pela união e pela saúde", disse o senador democrata Sheldon Whitehouse, após a reunião. 

O pacote bipartidário proposto por Thune financiaria por um ano, nomeadamente, programas de ajuda alimentar, de militares veteranos e tribunais, além de estender o financiamento estatal geral até dezembro ou janeiro.  

Segundo a AP, as votações processuais sobre o plano proposto podem começar já na sexta-feira e servirão de teste ao apoio democrata.  

Um número considerável de senadores quer uma solução para o impasse sobre o financiamento dos subsídios da Lei de Acesso à Saúde (Affordable Care Act ou Obamacare), que expiram no final do ano.

Os democratas e alguns republicanos também estão a pressionar por mecanismos de salvaguarda para impedir a prática da administração Trump de cortar unilateralmente verbas para programas que o Congresso já tinha aprovado. 

Thune não especificou o que poderá oferecer em relação à saúde e mantém-se incerto se um número suficiente de democratas concordaria em avançar com o projeto.

Precisando de 60 votos para aprovar as medidas, os republicanos precisam de apoio de mais cinco democratas, além dos que já votaram favoravelmente a sua anterior proposta de financiamento geral temporário. 

Num revés para os negociadores, o presidente da Câmara, o republicano Mike Johnson, frisou hoje que não fará qualquer compromisso com os democratas.  

"Não estou a prometer nada a ninguém", disse Johnson ao ser questionado se poderia prometer uma votação sobre um projeto de lei sobre a saúde. 

O senador democrata Gary Peters, um dos moderados envolvidos nas negociações, qualificou os comentários de Johnson como "um problema significativo". 

O líder democrata no Senado, Chuck Schumer, tem feito repetidos a Trump para que se sente à mesa com os democratas, o que o Presidente tem ignorado. 

"Donald Trump está claramente a sentir pressão para pôr fim a esta paralisação", disse hoje Schumer. 

Dentro e fora do Capitólio, tem vindo a aumentar a pressão para o fim da paralisação, incluindo de sindicatos, face à suspensão ou falta de pagamento a centenas de milhares de funcionários federais, cancelamento de voos em aeroportos e, desde os últimos dias, interrupção do Programa de Assistência Nutricional Suplementar (SNAP) para 42 milhões de norte-americanos de baixos rendimentos.   

Segundo a AP, que cita fontes próximas das negociações, os republicanos sugeriram hoje que poderiam aceitar incluir num acordo final uma cláusula que reverteria algumas demissões em massa de funcionários públicos ordenadas pela Casa Branca. 

A senadora Susan Collins, presidente da Comissão de Orçamento do Senado e republicana moderada que tem discutido com os democratas, afirma que deseja que os trabalhadores afastados recebam o pagamento retroativo e que os trabalhadores despedidos durante a paralisação sejam readmitidos. ANG/Lusa

 

        EUA/ "Uma em cada 8 pessoas  não tem o suficiente para comer"

Bissau, 97 Nov 25 (ANG) - Os 42 milhões de americanos que recebem cupões para comprar alimentos estão em risco, porque o programa está desde sábado sem fundos, devido à paralisação dos EUA, que também suspendeu os programas de saúde gratuitos. É o shutdown mais longo da história do país.

Com a paralisação do governo dos EUA mais longa da história do país ainda em curso, quase 42 milhões de pessoas enfrentam agora problemas no abastecimento de alimentos e de fome.

O financiamento do programa SNAP – conhecido como vale-alimentação – expirou no sábado, o que deixa o futuro dos beneficiários destes cupões incerto.

"A questão é entre pagar meus remédios e minhas contas ou comprar comida para mim e para meus animais", disse um veterano de guerra do Missouri ao The Guardian .

No passado sábado, os quase 42 milhões de americanos que recebem cupões para comprar alimentos ficaram a saber que estes estavam em risco. O programa ficou sem fundos.

Já esta segunda-feira, o governo anunciou que forneceria aos inscritos no programa apenas metade do valor que normalmente recebem, isto depois de um juiz impedir o governo de Trump de os suspender completamente.

Agora, os bancos de alimentos estão sobrecarregados com uma "demanda sem precedentes", afirmou Linda Nageotte, presidente e diretora de operações da Feeding America, uma rede de bancos de alimentos nos EUA, como relata o The Guardian.

"Uma em cada oito pessoas no nosso país não tem o suficiente para comer, e se você é uma das sete que têm, é hora de agir", apelou a responsável, recordando que são necessárias doações aos bancos alimentares.

Como se pode ver nas fotos da Reuters, são muitas as famílias que recorrem a este tipo de ajuda que agora chega até aos norte-americanos mais necessitados de forma escassa.

Além do programa de ajuda alimentar, foram hoje também publicadas as novas tabelas dos programas de saúde do Obamacare para 2026, havendo casos em que acaba a gratuitidade dos serviços e outros em que os valores chegam a duplicar.

Os subsídios aprovados em 2021 que tornaram as apólices gratuitas para os mais pobres e subsidiaram parcialmente o custo para aqueles que ganham menos de 65 mil dólares anuais (56 mil euros) também acabaram.

Neste momento, uns deixaram de ter seguros e outros têm apólices que podem estar 100% mais caras.

Ao fim das ajudas alimentares e de saúde acresce a preocupação com a continuidade do tráfego aéreo por falta de controladores.

Os controladores aéreos estão entre os 730 mil funcionários federais considerados essenciais e que, por isso, continuam a trabalhar sem salário, no entanto já fizeram saber que só regressam ao trabalho quando o encerramento for suspenso.

Resultado: dois aeroportos de Nova Iorque foram obrigados a suspender temporariamente as aterragens na sexta-feira, dia em que metade dos aeródromos com mais tráfego do país relatou escassez de pessoal, gerando atrasos em todos os EUA.

Na última paralisação da administração federal dos Estados Unidos, que ocorreu em 2018-2019, foram precisamente as ausências dos controladores que, ao paralisarem parte do tráfego aéreo do país, acabaram por forçar republicanos e democratas a chegar a um acordo.

Enquanto isso, na passada sexta-feira, no Dia de Halloween, Donald Trump deu uma festa estilo 'Great Gatsby', na sua casa em Mar-a-Lago, em Palm Beach, no estado norte-americano da Florida. O presidente dos EUA foi intensamente criticado, mas não se pareceu incomodar.ANG/Lusa

 

Campanha Eleitoral/”O mandato de Sissoco Embaló ficou marcado  por espancamentos e mortes”, diz candidato Fernando Dias da Costa

Bissau, 07 Nov 25 (ANG) – O candidato às eleições presidenciais de 23 de Novembro, Fernando Dias da Costa, apoiado pelo PAIGC, disse, quinta-feira que os cinco anos do mandato de Sissoco Embaló, ficaram marcados  por “sucessivos espancamentos, raptos e mortes dos cidadãos”.

O candidato falava à imprensa após uma passeata efetuada conjuntamente com o líder
do Partido Africana da Independência da Guiné e Cabo Verde(PAIGC) pelas artérias da cidade de Bissau, em campanha eleitoral .

Fernando Dias pediu ao candidato da Plataforma Republicana-No Cumpu Guiné Umaro Sissoco Embaló, para esclarecer aos guineenses sobre  os males cometidos durante os cinco anos  do seu mandato.

Durante um discurso público efetuada no Bairro de Háfia, Fernando Dias da Costa sustentou que, a referida passeata realizada nos diferentes bairros de Bissau, e pelo que ouviu das diferentes mulheres, crianças e homens, permitiu-lhe chegar a conclusão de que o povo  está cansado do atual regime, e almeja mudança.

Dias disse que vai resgatar a  paz, liberdade, união e a justiça para os guineenses, caso for eleito Presidente da República, no dia 23 de Novembro.

Por sua vez, o Presidente do PAIGC e da Coligação Plataforma de Aliança Inclusiva PAI Terra Ranka, Domingos Simões Pereira disse  que vão eleger o candidato Fernando Dias, para lhe incumbir a responsabilidade de fazer voltar a paz , estabilidade e a  liberdade ao país.

“Vamos eleger o Fernando Dias para executar a promessa que fizemos nas  eleições de 2019, que é de  criar um subsídio para todas as mulheres grávidas, como forma de melhorar a vida do seu recém nascido”, disse Simões Pereira.

Segundo o candidato excluído das eleições  pelo Supremo Tribunal de Justiça,  a passeata realizada quinta-feira, é a primeira dos 16 dias que restam para as eleições gerais,

Simões Pereira  convida à todos os filhos da Guiné-Bissau para irem as urnas, com o objetivo de pôr fim ao “autoritarismo e submissão” impostas por pessoas que entendem que podem sacrificar os guineenses.

“Podem nos proibir de participar nas eleições, mas pretendo que esses indivíduos saibam que, enquanto guineenses que somos, ninguém pode nos proibir de cumprir os nossos direitos cívico de votar e escolher quem pretendemos, e assim como fiscalizar o nosso voto destinado a colocar “Dias” na Presidenciais da República, no dia 23 de Novembro", disse o líder do PAIGC.

A campanha eleitoral cumpre hoje o sétimo dos 21 dias de duração, para eleições gerais marcadas para o próximo dia 23, e concorridas por 12 candidatos presidenciais , 13 partidos políticos e uma coligação.ANG/LLA/ÂC//SG   

Eleições gerais/ Sissoco Embaló recebido com  “ grande entusiasmo
” em Bissau após digressão ao interior do país

Bissau, 07 nov 25(ANG)  — O candidato à sua reeleição ao cargo do Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, foi recebido na noite de quinta-feira, na capital, por uma “multidão entusiástica” ao longo da Avenida dos Combatentes da Liberdade da Pátria.

Durante cerca de duas horas, centenas de apoiantes saudaram o chefe de Estado, que regressava a Bissau após uma visita  de cinco dias às regiões do Norte  e Sul do país em campanha eleitoral.

O regresso de Sissoco foi marcado por demonstrações de apoio popular desde a rotunda do aeroporto até ao Palácio da República.

 A multidão, composta por homens, mulheres e jovens, expressou reconhecimento pelo compromisso do Presidente com o desenvolvimento nacional.

O coordenador da Plataforma Republicana “No Cumpu Guiné”, Botche Candé, destacou o entusiasmo popular e reafirmou a convição de que Umaro Sissoco Embaló vencerá as eleições presidenciais logo na primeira volta, citando o forte apoio vindo das zonas Sul e Leste do país.

“Qualquer mulher que sente a dor dos seus filhos e dos seus netos, e todos os jovens que aspiram a um futuro melhor devem votar na candidatura de Umaro Sissoco Embaló para garantir a vitória na primeira volta”, declarou Botche Candé.

O dirigente criticou os adversários políticos do atual Presidente, acusando-os de não se preocuparem com a melhoria das condições de vida da população.

Respondeu ainda às críticas de que as infraestruturas rodoviárias não alimentam o povo, afirmando que “o desenvolvimento começa pela construção das estradas, que permitem aos camponeses vender os seus produtos com facilidade”.

Botche Candé destacou que durante a visita ao Sul do país, o chefe de Estado recebeu garantias de voto massivo por parte das comunidades locais, e manifestou satisfação pela “recepção calorosa” em todo o percurso até Bissau.

Questionado sobre o possível regresso do antigo Presidente José Mário Vaz (JOMAV) à Plataforma Republicana, Candé disse ter ficado surpreendido com a atitude do ex-chefe de Estado, mas expressou esperança de que este se junte novamente a Sissoco Embaló.

Por fim, o coordenador anunciou a realização, para esta sexta-feira, de uma passeata em Bissau, que contará com a presença de todos os líderes dos partidos integrantes da plataforma de apoio à candidatura de Umaro Sissoco Embaló. A campanha eleitoral para as legislativas e presidenciais do próximo dia 23 entra hoje no seu sétimo dia, e termina no dia 21 deste mês

ANG/LPG/ÂC//SG

Campanha Eleitoral/Candidato JBV diz  que  é o único que pode garantir a paz e estabilidade no país

Mansabá, 07 Nov 25(ANG) – O candidato independente às eleições presidenciais de 23 de Novembro,  João Bernardo Vieira disse que  é o único entre os 12 concorrentes às presidenciais que pode garantir a paz e estabilidade no país.

João Bernardo Vieira falava, quinta-feira, num comício de caça ao voto, no sector de Mansaba, Região de Oio, norte do país.

O político acrescenta ser o único que nunca fez parte de “derrubadores de governos e criadores da instabilidade no país”, e acusa os adversários de serem  todos promotores da instabilidade.

Bernardo Vieira acusou o Estado de não financiar os agricultores, apesar de o país ser  fértil e de muita chuva.

Prometeu que, se for eleito, vai criar condições para que as mulheres e crianças tenham um bom sistema de ensino para trabalhar melhor nos campos agrícolas, e que vai criar infraestruturas rodoviárias.

 Garantiu que haverá justiça para todos, sem exceção, porque  todos são iguais perante a Lei.

Afirmou que sem  unidade nacional, sem democracia  e sem reconciliação nenhum país pode progredir rumo ao desenvolvimento, pois todos estão cansados das sucessivas instabilidades.

João Bernardo Vieira prometeu que no seu mandato todos os dirigentes políticos farão seus tratamentos médicos aqui no país e que ninguém terá junta médica para o exterior por via do cofre do Estado.

 O Coordenador da candidatura de João Bernardo Vieira no setor de Mansabá, Baba Singhaté  garantiu ao candidato que ele será o mais votado nesse setor, mas para que isso seja uma realidade de basta que lhes sejam criadas  meios materiais e financeiros para poderem trabalhar.

Singhaté  pediu ao candidato para voltar á Mansabá antes do fim da campanha eleitoral para ter um comício histórico.

A campanha eleitoral cumpre esta sexta-feira o sétimo dos 21 dias de sua duração, para as legislativas e presidenciai
s de 23 de Novembro, concorridas por 12 candidatos presidenciais e 13 partidos políticos e uma cligação..ANG/JD/ÂC//SG

quinta-feira, 6 de novembro de 2025

Campanha eleitoral/Líder da Frepasna e candidato presidencial diz que as eleições de 23 de Novembro serão “cruciais” para futuro do país

Bissau, 06 nov 25(ANG) – O líder da Frente Patriótica de Salvação Nacional(Frepasna),e candidato presidencial  afirmou que as eleições gerais de 23 de Novembro serão “cruciais” para o futuro do país.

Baciro Djá falava no âmbito de uma visita em campanha eleitoral  feita hoje  aos Prédios dos Combatentes da Liberdade da Pátria, sito no Bairro de Antula em Bissau, pertencente ao Circulo Eleitoral 25.

“A Guiné-Bissau outrora um país com apenas 400 mil pessoas, com homens dignos e comprometidos com a convicção da liberdade e da independência, que, em 11 anos de luta, conseguiram correr com o colonialismo e dar a independência à Cabo Verde e ao próprio Portugal”, referiu o candidato.

Baciro Djá disse que 52 anos depois, o povo guineense voltou a deparar-se com situações de injúrias, ditadura, perseguição e humilhação. “É por isso que afirmo que as eleições de 23 de novembro serão cruciais e especiais, porque vai resgatar os sonhos dos Combatentes da Liberdade da Pátria”.

O líder da Frepasna frisou que o sonho dos veteranos de luta armada de libertação nacional, está atualmente fora do imaginário que norteou a luta para independência do país.

“Por causa disso, decidi hoje vir visitar os Combatentes da Liberdade da Pátria, para receber os seus bençoes e para lhes dizer que a democracia trazida por eles está em causa”, salientou.

A título de exemplo, Baciro Djá disse que a celebração  da independência no dia 24 de Setembro foi revertida para outra data, pondo em causa as razões que levaram  os combatentes para a luta.

Em resposta à visita do líder da Frepasna, o Combatente da Liberdade da Pátria, Braima Malam Cassamá disse que ficaram contentes com a visita de Baciro Djá .

“Nós  combatentes não temos escolhas políticas, porque lutamos para todos os guineenses. Se hoje alguns estão no poder vamos estar ao lado deles para recebermos  o que merecemos, caso contrário, podemos dizer que estão a recusar a dar-nos os nossos direitos”, disse Braima Cassamá. ANG/ÂC//SG

Regiões-Eleições Gerais/Candidato presidencial Umaro Sissoco Embaló apela à unidade nacional durante comício em Catió

Tombali, 06 Nov 25 (ANG) – O candidato às eleições presidenciais de 23 de Novembro Umaro Sissoco Embaló defendeu hoje, em Catió, a importância da unidade e  convivência pacífica entre as diferentes etnias da Guiné-Bissau.

De acordo com o despacho do correspondente da ANG na Região de Quinará, Umaro Sissoco Embalo falava num  comício popular na cidade de Catió, sul do país,  e que reuniu centenas de apoiantes,  tendo destacado na ocasião,  que a diversidade étnica é uma das maiores riquezas do país.

“A diversidade étnica faz da Guiné-Bissau, um país diferente de outros, as nossas etnias convivem em harmonia e não há razão para nos separarmos ou odiarmos uns aos outros, porque somos irmãos”, afirmou.

Embaló rejeitou qualquer forma de tribalismo ou divisão racial, sublinhando que a coesão social deve ser preservada, porque o seu pai era amigo dos Balantas, o que demonstra que não se deve  fomentar divisões etnicas.

Umaro Sissoco Embaló destacou ainda a necessidade de construção de universidades, conforme a realidade de cada região, de  hospitais de referência e centros de saúde com médicos capacitados, em todas as regiões do país, para garantir o acesso dos cidadãos à cuidados médicos de qualidade, evitando deslocações desnecessárias para a capital em busca de tratamento.

Embaló se referiu  ao projeto de construção do Porto de águas profundas de Buba, na região de Quinará, que classificou de“ obra de grande envergadura e importância estratégica para o desenvolvimento nacional”.

Após o comício em Catió, o candidato prosseguiu a sua digressão política pela região de Quinará, onde manteve contactos com populares nos setores de Fulacunda, Empada e Tité, hoje  quinta-feira, vai seguir para secção de Cabedu, na região de Tombali, antes de continuar a visita ao Leste do país.ANG/RC/MI/ÂC//SG

Regiões/ Movimento regional da sociedade civil  de Bafatá divulga Código de Conduta  Eleitoral para  partidos

Bafatá, 06 Nov 25 (ANG) – O Movimento Regional da Sociedade Civil de Bafatá, leste do país, procedeu quarta-feira a divulgação do Código de Conduta Eleitoral, assinado pelos partidos políticos concorrentes às eleições gerais do dia 23 deste mês.

O acto, segundo o despacho do Correspondente regional da ANG, foi testemunhado pelas autoridades locais e representantes dos partidos políticos, candidatos e organizações da sociedade civil da região de Bafatá.

Após o encontro da divulgação do documento, o presidente do Movimento Regional da Sociedade Civil de Bafatá, Braima Darame sublinhou que a iniciatva visa fortalecer a  democracia.

Em nome do Governador da região de Bafatá,  o Secretario Administrativo do sector de Bafatá, Marcelino Correia Landim pediu que haja a aplicação prática desse  documento.ANG/WP/LPG/ÂC//SG

 

Cultura/Ministro Alfredo Malu promete apoios a  2ª Edição do Festival Cultural PSAP da Ilha de Jeta

Bissau, 06 Nov 25(ANG) – O ministro da Cultura, Juventude e Desportos prometeu apoiar todas as iniciativas em prol da preservação da identidade cultural do país.

Alfredu Malú  falava, quarta-feira, quando presidia a cerimónia de lançamento da 2ª Edição do Festival Cultural PSAP, da Ilha de Jeta, sector de Caió, região de Cacheu e que será realizado no próximo mês de dezembro.

“Não tivemos oportunidade de assistir a primeira edição realizada no ano passado, mas penso que, se Deus quiser, e nos der a vida e saúde vamos marcar a nossa presença no evento este ano, porque gostamos de estar ao lado de pessoas com iniciativas. O governo com ou sem meios vai estar ao vosso lado em qualquer evento”, prometeu.

Alfredo Malu reconheceu as dificuldades enfrentadas pela população da Ilha de Jeta, e manifestou a esperança de que o processo eleitoral decorra com normalidade, sublinhando que “o mais importante é a paz e a estabilidade”.

A Coordenação da Comissão da 2ª Edição do Festival Cultural PSAP da Ilha de Jeta apela à comunidade guineense na diáspora para investir no país e participar ativamente no desenvolvimento do setor privado.

O Festival Cultural PSAP pretende preservar e valorizar a cultura Manjaku como um símbolo vivo da identidade guineense e africana, promovendo a memória, o património e as tradições do país.ANG/ÂC//SG

 

 

Brasil/”2025 Deverá ser o 2.º ou 3.º ano mais quente de que há registo", diz OMM

Bissau, 06 Nov 25 (ANG) - O ano de 2025 deverá ser o segundo ou terceiro ano mais quente de que há registo, anunciou hoje a Organização Meteorológica Mundial (OMM), numa conferência de imprensa na Cimeira do Clima de Belém, no Brasil.

"sequência alarmante de temperaturas excecionais continuou em 2025, que deverá ser o segundo ou terceiro ano mais quente de que há registo" refere um comunicado da OMM sobre o relatório Estado do Clima Global 2025, apresentado hoje na cimeira de líderes que antecede a 30.ª Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP30), que irá decorrer em Belém, na amazónia brasileira, entre 10 e 21 de novembro.

Este ano, a temperatura média global junto à superfície entre janeiro e agosto foi de 1,42 graus Celsius (°C), acima da média pré-industrial (ponto de referência para a temperatura média global da superfície da Terra), ligeiramente mais baixa que os 1,55ºC registados em 2024, de acordo com o relatório da OMM.

As concentrações de gases com efeito estufa e o calor armazenado nos oceanos, que atingiram níveis recorde no ano passado, continuaram a aumentar em 2025, refere o comunicado da OMM.

O ano de 2024 ultrapassou pela primeira vez o limite de 1,5°C acima do nível pré-industrial e foi também o ano mais quente de que há registos, informou, em janeiro, o serviço europeu de observação da Terra Copernicus.

O comunicado refere ainda que a extensão do gelo marinho no Ártico foi a mais baixa de que há registo, após o congelamento no inverno, sublinhando que a extensão do gelo marinho na Antártida foi muito inferior à média durante todo o ano.

A secretária-geral da OMM, Celeste Saulo, disse, citada no comunicado, que com o aumento das temperaturas e dos níveis dos gases com efeito estufa "será praticamente impossível limitar o aquecimento global a 1,5°C nos próximos anos".

O secretário-geral das Nações Unidas (ONU), António Guterres, alertou que cada ano acima de 1,5 ºC "prejudicará as economias, aprofundará as desigualdades e causará danos irreversíveis" no planeta, citado em comunicado.

Os últimos três anos foram os mais quentes de que há registo, segundo o relatório, que refere que o fenómeno oceanico-atmosférico 'El Niño' contribuiu para o aumento das temperaturas globais durante 2023 e 2024.

O 'El Niño' é o fenómeno natural e cíclico de aquecimento das águas superficiais no Oceano Pacífico, afetando o clima regional e global e alterna com o 'La Niña', associado ao arrefecimento do Pacífico.

O relatório revelou também que o conteúdo de calor dos oceanos continuou a aumentar em 2025, acima dos valores recorde de 2024.

As taxas de aquecimento oceânico mostram um aumento particularmente acentuado nos últimos 20 anos, indicando a rapidez com que o sistema terrestre está a reter o excesso de energia sob a forma de calor, segundo a OMM.

O aquecimento oceânico leva a consequências como a degradação dos ecossistemas marinhos e a intensificação das tempestades tropicais e subtropicais, acelerando a perda de gelo marinho nas regiões polares e a subida do nível do mar.

Os últimos 11 anos terão sido individualmente os 11 anos mais quentes em todo o registo de observações de 176 anos, segundo o documento.ANG/Lusa

 

             Energia/Governo valida hoje bases da Política Nacional de Energia

Bissau, 06 Nov 25 (ANG) – O Governo da Guiné-Bissau deve validar hoje, através de uma Mesa Redonda de Alto Nível, as bases orientadoras da Política Nacional de Energia, documento que define as principais diretrizes para o desenvolvimento do setor energético no país.

De acordo com o Diretor-geral da Energia, Carlos Alberto Handem, a elaboração da política resulta de um “amplo processo participativo”, coordenado pelo Ministério da Energia com o apoio da CEDEAO e financiamento do Banco Mundial, no âmbito do Projeto Regional de Acesso à Eletricidade Fora da Rede (ROGEAP).

Criado em 2021, o ROGEAP é implementado pela CEDEAO e pelo Banco Oeste Africano de Desenvolvimento (BOAD), abrangendo 19 países da África Ocidental e Central, entre os quais a Guiné-Bissau.

O projeto visa promover o acesso universal à eletricidade e incentivar o uso de fontes renováveis.

Durante a cerimónia, Carlos Aberto Handem, em representação do Ministro da Energia, destacou que o evento representa “um momento histórico na caminhada do país rumo a um sistema energético moderno, inclusivo e sustentável, capaz de responder aos desafios do desenvolvimento económico e social”.

Segundo Handem, a Política Nacional de Energia se baseia em cinco eixos estratégicos: o reforço institucional e regulação do setor, modernização das infraestruturas e promoção de um mercado competitivo, expansão do acesso à energia em todo o território nacional, diversificação das fontes e garantia de segurança energética e estímulo ao investimento privado e criação de empregos verdes.

O diretor-geral sublinhou ainda que as orientações refletem a visão do Governo de construir um setor energético robusto, eficiente e inclusivo, alinhado com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e com a integração regional no espaço da CEDEAO.

Handem expressou o reconhecimento do Governo aos seus parceiros internacionais, destacando o apoio técnico, financeiro e institucional da CEDEAO e do Banco Mundial.

“O sucesso desta política dependerá do empenho de todos, governo, setor privado, sociedade civil e parceiros internacionais, para a transformação da energia num instrumento de progresso e bem-estar para todos os guineenses”, concluiu.ANG/MI//SG

   
     Filipinas
/ Tufão Kalmaegi deixa um número elevado de vítimas mortais

Bissau, 06 Nov 25 (ANG) – Nas Filipinas, o presidente Marcos das Filipinas declarou esta quinta-feira o estado de emergência no país, durante uma reunião com as autoridades.

 Na sequência do mortífero tufão Kalmaegi, o governo procura ajudar o mais rápido possível as populações afectadas.

Timor-Leste já expressou disponibilidade para oferecer apoio ao arquipélago.

O balanço de vítimas mortais do tufão Kalmaegi nas Filipinas continua a aumentar. Segundo dados da Agência de notícias France Presse, há já pelo menos cento e quarenta e dois mortos e cento e vinte e sete desaparecidos. 

Este tufão, o mais importante do ano no país asiático, atingiu a região centro das Filipinas, deixando perto de seis centos desalojados e afectando quase dois milhões de pessoas, informou a Defesa Civil.

Na sua passagem pelo arquipélago, Kalmaegi trouxe ventos de cento e trinta quilómetros por hora, e rajadas que provocaram inundações repentinas e aluimentos de terra. 

Kalmaegi dirige-se agora para o Vietname, mas outro tufão poderá atingir a zona leste das Filipinas, na próxima semana.ANG/RFI

Vaticano/Papa reitera defesa da solução de dois Estados ao receber Abbas

Bissau, 06 Nov 25 (ANG) - O Papa Leão XIV reiterou hoje a defesa da solução de dois Estados para o conflito israelo-palestiniano, ao receber pela primeira vez em audiência, no Vaticano, o Presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmud Abbas.

Este primeiro encontro de Abbas com Leão XIV desde a eleição do papa, em maio, serviu também para assinalar o décimo aniversário da assinatura do Acordo Global entre o Vaticano e o Estado da Palestina, em 2015, ano em que a Igreja Católica reconheceu o Estado palestiniano.

"Durante as cordiais conversações, reconheceu-se a necessidade urgente de prestar assistência à população civil em Gaza e de pôr fim ao conflito, buscando uma solução de dois Estados", indicou o Vaticano em comunicado.

Na quarta-feira, pouco após da chegada a Roma, Abbas dirigiu-se à Basílica de Santa Maria Maior para um momento de recolhimento diante do túmulo do papa Francisco, que morreu em abril.

"Vim aqui porque não posso esquecer tudo o que fez pelo povo palestino", declarou à imprensa.

O Presidente da Autoridade Palestiniana, no poder na Cisjordânia, visitou o Vaticano em diversas ocasiões durante o pontificado de Francisco, tendo, em 2014, plantado uma oliveira nos jardins do Vaticano ao lado do antigo chefe de Estado israelita Shimon Peres e do papa Francisco, como símbolo de paz.

Nos últimos meses do pontificado, o papa argentino endureceu as declarações contra a ofensiva israelita, provocando tensões diplomáticas com a embaixada de Israel.

Também o Papa Leão XIV já por diversas ocasiões expressou solidariedade com a "terra martirizada" de Gaza e denunciou a deslocação forçada dos palestinianos, mas destacou que o Vaticano não pode pronunciar-se sobre o alegado genocídio no enclave.

Na sexta-feira, Abbas vai ser recebido ao início da tarde pela primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, no Palácio Chigi, a sede do Governo, em Roma.ANG/Faapa