segunda-feira, 17 de novembro de 2025

Benin/Assembleia nacional aprova transição para mandato de sete anos e criação de Senado

Bissau, 17 Nov 25 (ANG)  – Seis meses antes das eleições presidenciais de abril de 2026, o Benin adotou, na noite de sexta-feira, 14 de novembro, para sábado, 15 de novembro de 2025, uma revisão constitucional que prevê, em particular, a extensão do mandato presidencial de cinco para sete anos e a criação de um Senado.

O texto foi aprovado por 90 deputados contra 19, sem abstenções.

Inicialmente convocados para decidir sobre uma emenda constitucional de 2019 dedicada à criação de uma segunda câmara parlamentar, os deputados acabaram por aprovar um conjunto mais amplo de reformas.

O mandato do Presidente da República, dos membros do parlamento e dos funcionários eleitos a nível local é agora de sete anos, renováveis, sem, contudo, pôr em causa o princípio de que um presidente não pode exercer mais de dois mandatos "durante a sua vida".

A medida mais discutida diz respeito aos membros do parlamento. Qualquer parlamentar eleito por um partido que se demita perderá automaticamente o seu mandato. Esta medida surge poucos dias após a saída de seis membros do partido da oposição, Os Democratas, enfraquecido por uma crise interna e pela rejeição da candidatura presidencial de Renaud Agbodjo.

A revisão constitucional também abre caminho para a criação do Senado, apresentado por seus idealizadores como um "conselho de sábios".

A nova instituição será composta por 25 a 30 membros, alguns nomeados, outros atuando por direito próprio, incluindo ex-presidentes da República ou chefes de instituições. A missão do Senado será "regular a vida política" e poderá solicitar uma segunda leitura de certas leis, com exceção das leis orçamentárias.

Essa reforma ocorre após o Tribunal Constitucional ter validado o cartaz para as eleições presidenciais de 2026, que colocarão frente a frente Romuald Wadagni, candidato do movimento presidencial, e Paul Hounkpé, representante das Forças Cauris para um Benim Emergente (FCBE).

O texto aprovado ainda precisa ser submetido à revisão do Tribunal Constitucional antes de ser promulgado pelo presidente Patrice Talon. Essa nova medida política está gerando considerável interesse no país, onde as revisões constitucionais continuam sendo um tema bastante sensível.ANG/Faapa

    

 

Uganda/Pesquisadores documentam chimpanzés usando insetos para tratar seus ferimentos

Bissau, 17 Nov 25 (ANG) – Pesquisadores que trabalham no Parque Nacional de Kibale, em Uganda, observaram pela primeira vez chimpanzés aplicando insetos em seus ferimentos, um comportamento sem precedentes em animais e que provavelmente revelará as origens evolutivas do cuidado parental.

Pesquisadores documentaram cinco casos de chimpanzés capturando insetos voadores, imobilizando-os entre os dedos ou os lábios antes de pressioná-los sobre suas feridas, às vezes repetidamente, e depois cuspindo-os. Esses comportamentos, semelhantes aos observados no Gabão, sugerem, segundo os cientistas, que o uso de insetos pode ser mais comum entre os chimpanzés do que se pensava anteriormente.

Segundo esse grupo de primatologistas, embora os chimpanzés consumam ou utilizem certas plantas com propriedades antiparasitárias, atualmente não há evidências de que a pressão de insetos sobre feridas tenha efeitos cicatrizantes ou antimicrobianos, embora muitas espécies de insetos produzam substâncias bioativas.

Para os primatologistas, essas ações demonstram que os chimpanzés são capazes de experimentar e mostrar engenhosidade mesmo diante de ferimentos. A aplicação de um inseto em outro indivíduo, embora rara, também sugere uma forma de auxílio, lançando luz sobre a empatia e a cooperação nesses primatas.

Essas observações oferecem novas perspectivas sobre as respostas dos chimpanzés a lesões e aproximam seu comportamento ao dos humanos, indicam os pesquisadores. ANG/Faapa


Reino Unido/Governo britânico anuncia restrições na política de imigração

Bissau, 17 Nov 25 (ANG) – O Reino Unido prepara-se para limitar a proteção dos refugiados e apresenta já esta segunda-feira um plano de reformas com vista à redução do número de imigrantes ilegais a chegar ao território britânico.

Os refugiados serão obrigados a regressar ao seu país de origem logo que seja considerado seguro.

É considerado um plano histórico para reduzir o número de imigrantes no Reino Unido.

O governo britânico vai limitar a proteção concedida e os refugiados serão obrigados a regressar ao seu país de origem logo que seja considerado seguro. É assim que o Ministério do Interior anuncia a medida que faz parte de uma série de reformas que irão ser apresentadas e detalhadas já a partir desta segunda-feira.

Atualmente, o estatuto de refugiado no Reino Unido dura cinco anos. Ao fim desse periodo, os imigrantes podem pedir autorização de residência permanente e tentar obter a cidadania britânica.

Agora, Londres propõe-se alterar as regras. O estatuto de refugiado poderá passar para metade do tempo, ou seja, dois anos e meio. Depois disso, as condições de proteção serão revistas e os refugiados forçados a sair se autoridades entenderem que os seus países de origem são seguros. Serão igualmente alterados os prazos para o pedido de cidadania, pois o refugiado so poderá fazer esse pedido depois de vinte anos a viver no país.

Os pedidos de asilo no Reino Unido atingiram nos ultimos tempos números recorde: 111 mil em Junho de 2025, de acordo com dados oficiais.

Uma grande parte provem da travessia do canal da mancha em frágeis embarcações a partir de França. Até ao momento, já chegaram ao território britânico quase 40 mil imigrantes, mais do que em todo o ano passado.

Em comunicado, o Ministério do Interior faz saber também que poderão terminar as ajudas sociais automaticas, subsídios financeiros e de alojamento deixam de estar garantidos para quem procura asilo, e o direito de reunião familiar irá ser mais restrito.

A reforma britânica é inspirada no sistema migratório dinamarquês. O governo de Copenhaga implementou uma das políticas de imigração mais restritas da Europa e diz ter registado a maior quebra dos pedidos de asilo nos últimos 40 anos.

Com este plano de combate à imigração clandestina, Londres propõe-se acabar com o que chama "bilhete dourado" para quem procura asilo e promete repôr a ordem e controlo nas fronteiras.

A ministra do interior, Shabana Mahmood, leva o novo plano esta segunda-feira ao parlamento britânico. ANG/RFI

 

sexta-feira, 14 de novembro de 2025


Saúde
/ Projeto CARES II apresenta resultados e reitera  compromissos  com Guiné-Bissau

Bissau, 14 Nov 25 (ANG) - A ENDA Santé Guiné-Bissau apresentou, esta sexta-feira, os resultados intermédios do Projeto CARES II, durante a IIª Reunião do Comité Nacional de Pilotagem, realizada em Bissau.

 O encontro reuniu parceiros institucionais, representante do Ministério de Saúde Pública para analisar os progressos alcançados entre Março e Agosto de 2025.

O Diretor-geral da Prevenção e Promoção da Saúde, Armando Sifna, afirmou que o projeto tem desempenhado um papel crucial no acesso ao diagnóstico e tratamento de várias doenças.

“Pela primeira vez, milhares de pessoas  puderam realizar testes e receber acompanhamento adequado e atempado. Muitas mulheres e homens foram diagnosticados hepatites virais, VIH Papiloma Virus, permitindo intervenções precoces que salvam vidas e reduzem o impacto dessas doenças na nossa sociedade”, frisou.

Segundo Sifna, o reforço das capacidade dos profissionais de saúde é um dos marcos mais significativos, com formações que estão a resultar em  serviços de maior qualidade e segurança nas regiões do país, onde o projeto é implementado.

O reforço da capacidade  de diagnóstico laboratorial, através da instalação de novos equipamentos e da implementação de técnicas modernas, também foram destacados como um ganho essencial para o sistema de vigilância de saúde.

Entre os progressos apontados, conforme Armando Sifna,  está ainda a entrega de um aparelho de mamografia ao Hospital Nacional Simão Mendes, considerado um passo decisivo para o diagnóstico precoce do cancro da mama, uma das principais causas de mortalidade feminina no país.

Aquele responsável acrescentou  que outro resultado relevante  tem a ver com a melhoria da gestão logística de consumíveis e materiais laboratoriais, que possibilitou maior disponibilidade e melhor distribuição dos recursos essenciais.

O  Director-geral da Prevenção e Promoção de Saúde sublinhou que os avanços confirmam a eficácia da abordagem integrada do Projeto CARES II.

“Mostramos que, quando trabalhamos com visão estratégica e compromissos, transformamos desafios em oportunidades”, afirmou Sifna, reiterando o empenho do Governo de continuar a fortalecer o Sistema Nacional de Saúde.

Na ocasião, a Diretora-geral da ENDA, Kátia Ribeiro Barreto destacou que esta II fase do programa é financiado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros e Assuntos Europeus de Luxemburgo e decorre entre 2023 e 2027.

Explicou que o projeto visa contribuir para a melhoria da saúde das populações da Casamansa (Senegal) e da Guiné-Bissau, com enfoque no reforço das capacidades clínicas e comunitárias relacionadas ao VIH, Hepatite B e ao cancro do colo do útero.

Informou que, na Guiné-Bissau, o projeto é implementado na cidade de  Bissau,  na Região de Biombo e no Arquipélago de Bijagós, em coordenação com diferentes estruturas sanitárias nacionais.

“Entre Março e Agosto foram registados “bons resultados”, apesar de desafios persistentes, nomeadamente o rastreio do cancro do colo do útero nas mulheres vivendo com VIH, o rastreio da hepatite B nas crianças e profissionais de saúde, bem como a inclusão de pessoas que ainda não iniciaram tratamento antirretroviral para avaliação da resistência primária”,disse Kátia Barreto.

A ENDA Santé, presente oficialmente na Guiné-Bissau desde 2008, reafirmou  a missão de apoiar populações vulneráveis no acesso à informação e à serviços de saúde adequados.

O projeto CARES II deve prosseguir até 2027 com novas metas e ações previstas em colaboração com os parceiros nacionais e internacionais.

ANG/LPG/ÂC//SG

Eleições gerais/ Movimento Nacional da Sociedade Civil apela  aos concorrentes apresentação de programas eleitorais

Bissau, 14 Nov 25 (ANG) – A Célula de Monitorização do Processo Eleitoral coordenada pelo  Movimento Nacional da Sociedade Civil para Paz, Democracia e Desenvolvimento(MNSDPD),  apelaram hoje aos candidatos às eleições gerais de 23 de Novembro para preferirem a apresentação de programas eleitorais aos  discursos de ódio.

O apelo  foi feito  pelo Presidente do Movimento Nacional da Sociedade Civil, Fodé Carambá Sanhá,  na apresentação pública dos resultados das observações do comportamento dos atores envolvidos na campanha eleitoral, durante os 14 dias de mobilização de votos.

 “A realização de  comício por um dos candidatos às eleições presidenciais perto do Hospital "Musna Sambu", em Catio, na Região de Tombali, pondo em causa  o normal funcionamento do hospital e tendo incomodado os doentes, a desproporsonalidade do dispositivo de segurança para cada  candidatos concorrente, no Sector Autónimo de Bissau, atos de intimidação e agressões entre  apoiantes das candidaturas”, foram algumas das constatações apresentadas por Carambá Sanhá.

Carambá Sanhá acrescentou que ataques pessoais de um candidato presidencial, em Bubaque, à um dirigente de outra formação política, a utilização de linguagens que incitem a divisão étnica, bem como ataques verbais à  um grupo étnico de imigrantes por um candidato presidencial são outras conotações repudiáveis  feitas sobre a campanha eleitoral em curso.

Por isso, as Organizações da Sociedade Civil pertencentes a Célula de Monitorização Eleitoral  apelam aos candidatos a apresentarem aos eleitores os seus programas eleitorais  .

A organização ainda peque aos concorrentes a aplicação do Código de Conduta e Ética Eleitoral, que visa a garantia da paz, segurança e estabilidade social.

A organização da sociedade civil guineense indica que almeja para os restantes dias de campanha eleitoral que seja observado o “Fair Play” político entre os candidatos e seus apoiantes e nas suas intervenções caminhadas para o comprometimento que as suas vitórias possam trazer a satisfação aos eleitores, votantes e a toda a população rumo ao desenvolvimento da Guine Bissau.ANGMSC/SG 

Saúde/Guiné-Bissau realizada primeira cirurgia de catarata por facoemulsificação executada por médico nacional

Bissau, 14 Nov 25 (ANG) - A Guiné-Bissau registou um avanço inédito na área da saúde ocular com a realização da primeira cirurgia moderna de catarata por facoemulsificação conduzida por um médico guineense.

A informação  foi publicada na página oficial de Facebook da Ordem dos Médicos da Guiné-Bissau(OMGB), consultada hoje pela ANG.

Segundo esta organização da classe médica nacional , este primeiro caso  ocorreu no passado dia 8 de Novembro , no Hospital Militar Principal Amizade Sino-Guineense, em Bissau.

A  intervenção foi realizada pelo oftalmologista guineense doutor Ricardo Mendes, sob coordenação e acompanhamento do especialista português doutor Luís Gonçalves.

Há o registo deste tipo de cirurgia mas feita exclusivamente  por equipas médicas estrangeiras. Esse novo facto representa, para OMGB um passo significativo para o desenvolvimento da oftalmologia nacional e para a autonomia técnica do sistema de saúde.

“O  feito demonstra o impacto positivo de investimentos em formação especializada, melhoria das condições de trabalho e iniciativas de cooperação internacional e  sublinha que o fortalecimento do setor passa pela capacitação contínua dos profissionais e pela criação de ambientes médicos adequados”, refere a Ordem na página da Facebook.

A OMGB felicitou o doutor Ricardo Mendes pelo êxito  e diz ser  motivo de orgulho nacional e evidência do potencial dos quadros de saúde do país.

A entidade espera que este marco incentive a formação de novos especialistas e impulsione melhorias estruturais no setor, permitindo que mais profissionais guineenses alcancem níveis de excelência na prática médica.ANG/MI//SG

 

Cabo Verde/ Especialista alerta que punição física e verbal "cria medo" e bloqueia desenvolvimento emocional

Bissau, 14 Nov 25(ANG) – A educadora parental Érica Correia advertiu hoje que a utilização de métodos agressivos, como punições físicas e verbais, na educação das crianças “cria medo, bloqueia o desenvolvimento emocional e deixa marcas duradouras para a vida adulta”.

A especialista cabo-verdiana, que reside na Suíça e se encontra em Cabo Verde para uma série de workshops e palestras, defendeu em entrevista à agência Inforpress, que a “parentalidade positiva, baseada no diálogo e no afecto, é mais eficaz para estabelecer limites”.

Érica Correia indicou que o objectivo da sua intervenção é capacitar pais e encarregados de educação para uma abordagem mais consciente e humana, perante o desafio do comportamento infantil.

“Hoje sabemos através da ciência que gritar, bater ou humilhar não educa. Apenas cria medo, bloqueia o desenvolvimento emocional e deixa marcas para a vida adulta”, observou a educadora, que trabalha com famílias na prevenção de padrões educativos agressivos.

A especialista alertou que “métodos agressivos não ensinam respeito, ensinam medo”, e este cria “feridas emocionais que seguem a criança para a vida adulta”, notando, contudo, que a educação permissiva, por não dar estrutura nem segurança, também não é a solução.

A nova abordagem defendida, continuou, fortalece o vínculo entre pais e filhos, contribuindo para que a criança se sinta segura e confiante. Este respeito e empatia conduzem à melhoria do comportamento, “promove disciplina com respeito e ajuda a formar crianças ‘mais seguras, confiantes e emocionalmente inteligentes’”.

Érica Correia exemplificou que, em Cabo Verde, a maioria das pessoas foi educada com palmadas, gritos e humilhações, um modelo enraizado na cultura local.

“A maioria de nós crescemos a ouvir que bater educa e que criança não responde. Só que hoje sabemos que isso não é verdade”, comentou, apelando para a “urgência” de quebrar estes padrões que se repetem de forma automática.

A educadora reconheceu que muitos pais se sentem sem ferramentas emocionais para adotar uma abordagem diferente, acabando por replicar a violência que viveram ou, em contraponto, tornando-se excessivamente permissivos por receio de magoar os filhos.

Reiterou que a melhor forma de educar passa pela “educação positiva consciente e com firmeza”. O castigo, o grito e a violência apenas interrompem o comportamento por medo, sem ensinar.

“Não adianta bater, criticar, ameaçar ou fazer outras coisas para castigar filhos, porque ao bater aumentam a distância emocional”, vincou Érica Correia, finalizando que a melhor estratégia é a “conexão, empatia e limites firmes sem humilhação”.

"Quando o adulto muda a forma de comunicar a criança muda a forma de responder", concluiu. ANG/Inforpress

 

Cabo Verde/Um desaparecido após chuvas torrenciais na ilha cabo-verdiana de Santiago

Bissau, 14 Nov 25 (ANG) - As chuvas torrenciais no Tarrafal, na ilha de Santiago, Cabo Verde, provocaram na quinta-feira um desaparecido, com as enxurradas a arrastarem carros e a inundarem casas, confirmou hoje o vereador da Proteção Civil da autarquia local.

"Houve inundações de casas e, em algumas, a água chegou a mais de um metro de altura. Foi uma situação bastante complicada. No centro da cidade, carros foram arrastados. No interior, um carro foi levado pela água, infelizmente estavam três pessoas, duas conseguiram sair ilesas, mas uma não conseguimos resgatar e estamos a prosseguir com as buscas", afirmou António Monteiro, citado pela Rádio de Cabo Verde (RCV).

O vereador acrescentou que houve também danos materiais, perdas de animais e arrastamento de pequenas embarcações.

"Hoje continuamos as buscas e tentamos chegar a todas as famílias que viveram momentos de pânico. Os bombeiros tiveram uma situação complicada", disse.

As Estradas de Cabo Verde (ECV) informaram hoje que a circulação rodoviária em alguns pontos da ilha de Santiago está condicionada devido às chuvas registadas nas últimas horas.

Em algumas zonas, a circulação está atualmente limitada.

A instituição garante que continuará a acompanhar a evolução das condições meteorológicas e do estado das estradas, apelando às pessoas para redobrarem a prudência e evitar deslocações desnecessárias até que a circulação seja restabelecida.

Em agosto, uma tempestade atingiu a ilha cabo-verdiana de São Vicente, provocando nove mortos, inundações em bairros, destruição de estradas, pontes e estabelecimentos comerciais, e afetando o abastecimento de energia.

Duas pessoas continuam desaparecidas.

Já nas ilhas de Santo Antão e São Nicolau, a tempestade causou inundações, derrocadas e danos em infraestruturas.

O Governo cabo-verdiano declarou situação de calamidade por seis meses em São Vicente, no concelho do Porto Novo (Santo Antão) e nos dois concelhos de São Nicolau.

Foi aprovado um plano de resposta, com apoio de emergência às famílias e às atividades económicas, incluindo linhas de crédito bonificado e verbas a fundo perdido, financiadas pelo Fundo Nacional de Emergência e pelo Fundo Soberano de Emergência.ANG/Lusa

 

Mauritânia/Guarda costeira resgata cerca de 220 migrantes. Corpo encontrado em embarcação

Bissau, 14 Nov 25 (ANG) - A guarda costeira da Mauritânia resgatou cerca de 220 migrantes de uma embarcação ao largo da costa de Nouadhibou (norte), onde foi encontrado um corpo, segundo uma fonte de segurança desta cidade mauritana.

Entre os migrantes resgatados na noite de quinta-feira, 15 foram transferidos para um centro médico, acrescentou a fonte.

Os migrantes -- na sua maioria gambianos e senegaleses -- seguiam a bordo de uma embarcação que partiu da costa da Gâmbia no início de novembro com o objetivo de chegar às ilhas Canárias (Espanha).

A fonte não especificou se a embarcação tinha sofrido uma avaria ou se foi simplesmente avistada pela patrulha da guarda costeira mauritana, nem forneceu detalhes sobre a causa da morte do migrante.

De acordo com os dados mais recentes da Agência Europeia da Guarda de Fronteiras e Costeira (Frontex), publicados na passada quarta-feira, as travessias irregulares para a União Europeia a partir da região da África Ocidental, a chamada "rota das Canárias", diminuíram 59% nos primeiros 10 meses de 2025 em comparação com o mesmo período de 2024.

Na rota do Mediterrâneo Ocidental, principalmente a partir da Argélia, registou-se um aumento de 27% nos primeiros 10 meses deste ano, face a igual período de 2024.

A maioria das pessoas detetadas na rota da África Ocidental, que inclui as Canárias e onde a Frontex realizou 14.107 intervenções, era proveniente do Mali, do Senegal e da Guiné.ANG/Lusa

 

Ucrânia/Presidente Zelensky a braços com escândalo de corrupção no seu governo

Bissau, 14 Nov 25 (ANG) - O Presidente da Ucrânia impôs sanções, quinta-feira, contra
um empresário que é considerado um amigo próximo e é acusado de ter orquestrado um grande esquema de corrupção no sector energético que envolve igualmente membros do governo ucraniano.

A decisão foi tomada na sequência de revelações feitas,  terça-feira, pela procuradoria.

As sanções contra Timur Minditch, de 46 anos, co-proprietário da produtora Kvartal 95, fundada por Volodymyr Zelensky quando era humorista, e contra outro empresário envolvido no escândalo incluem o congelamento dos seus bens, de acordo com um decreto presidencial.

Timur Minditch é acusado de ter orquestrado um vasto sistema de corrupção no sector energético, com o pagamento de subornos no valor de 100 milhões de dólares e envolvendo vários altos responsáveis, incluindo membros do governo ucraniano.

Timour Minditch, que deixou a Ucrânia pouco antes do escândalo, também é suspeito de influenciar as decisões de altos funcionários do governo, incluindo o ex-ministro da Defesa Rustem Oumerov, hoje secretário do Conselho de Segurança Nacional.

Um ex-vice-primeiro-ministro, Oleksiï Tchernychov, também está na lista de pessoas colocadas em acusação, segundo as estruturas anticorrupção.

Este caso que tem indignado a população ucraniana constantemente confrontada com cortes de energia devido aos bombardeamentos russos levou já à demissão nesta quarta-feira da ministra ucraniana da Energia Svitlana Gryntchouk e do titular do pelouro da Justiça, que anteriormente tinha sido ministro da Energia, German Galushchenko.

Este último é acusado de ter recebido "vantagens pessoais" em troca do controlo sobre os fluxos financeiros do sector energético por Minditch.

Por seu turno, apesar de o seu nome não ser citado para já neste caso, Svitlana Gryntchouk é considerada pela imprensa ucraniana como uma pessoa de confiança do seu antecessor.

Na oposição, o ex-presidente Petro Poroshenko, reclamou ontem à noite a demissão do governo.

A procuradoria anticorrupção também anunciou na quarta-feira a prisão preventiva de várias pessoas acusadas de envolvimento no caso.

Perante esta situação, o chanceler alemão Friedrich Merz, cujo país é o principal aliado europeu de Kiev, pediu nesta quinta-feira, durante uma conversa telefónica com Volodymyr Zelensky, que ele lute "energicamente" contra a corrupção.

Sem comentar directamente o escândalo, o Presidente ucraniano indicou nas redes sociais ter garantido a Merz que "a Ucrânia fará tudo o que for necessário para reforçar a confiança dos parceiros".

A Ucrânia, recorde-se, depende em larga medida do apoio internacional no seu esforço de guerra contra a Rússia que invadiu o seu território há quase quatro anos. ANG/RFI

 

COP30/África exige novo pacto climático baseado em financiamento justo e liderado pelo continente

Bissau, 14 Nov 25 (ANG) – A África reafirmou com veemência, na terça-feira(11) em Belém, Brasil, sua exigência por uma nova meta coletiva e quantificada de financiamento climático, compatível com as necessidades urgentes e concretas do continente, durante o Dia da África na COP30.

Realizado sob o tema "África na vanguarda da ação climática: financiamento sustentável para um crescimento verde resiliente e inclusivo", o encontro reuniu ministros, instituições pan-africanas, parceiros de desenvolvimento e representantes da juventude, unidos por uma convicção comum: "sem financiamento equitativo e sustentável, não haverá uma transição verde justa para a África".

Apesar de seu papel crucial na regulação climática global (20% dos sumidouros de carbono do planeta com menos de 4% das emissões de gases de efeito estufa), o continente recebe apenas 3% do financiamento climático global. Essa desigualdade tem sido denunciada como um obstáculo à implementação de políticas de adaptação e crescimento verde.

“A África fala com uma só voz, forte e unida, em prol da justiça climática. Não somos meros beneficiários da transição global, mas sim agentes que implementam soluções justas e africanas”, afirmou o Comissário da União Africana para o Meio Ambiente Sustentável, Moses Vilakati.

As discussões centraram-se na necessidade de mobilizar financiamento inovador, equitativo e sem dívidas, de alavancar recursos internos (mais de 350 mil milhões de dólares em fundos soberanos e fundos de pensões) e de reestruturar a arquitetura financeira global para permitir o acesso direto aos recursos por parte dos países africanos.

Segundo Kevin Kariuki, vice-presidente do Grupo Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), "a luta contra as mudanças climáticas está no cerne da ambição da África. Trata-se de construir infraestrutura resiliente, transformar a demografia em um ativo e liberar o poder do capital africano."

Os participantes também defenderam a precificação justa do carbono e a implementação efetiva dos compromissos assumidos em Baku, incluindo a mobilização de US$ 300 bilhões anualmente para a África como parte da meta global de financiamento climático até 2030.

Em Belém, a mensagem do continente foi inequívoca: a África não pede caridade, mas sim uma parceria justa. Ela clama por um novo pacto climático global que reconheça sua liderança, recompense sua contribuição para a preservação do planeta e invista em seu futuro verde e resiliente.ANG/Faapa

 

China/Governo constrói porta-aviões nuclear com ambição de rivalizar com os EUA

Bissau, 14 Nov 25 (ANG) - A China está a construir o seu primeiro porta-aviões com propulsão nuclear, num avanço que poderá reforçar significativamente a capacidade de projeção naval do país e desafiar a presença dos EUA na região Ásia-Pacífico.

Segundo um novo relatório do portal especializado The War Zone, imagens de satélite recentes do estaleiro Jiangnan, em Xangai, mostram progressos substanciais na construção do navio, designado como Tipo 004, com indícios técnicos que apontam para a instalação de um sistema de propulsão nuclear.

Este será o quarto porta-aviões da marinha chinesa, mas o primeiro a abandonar a propulsão convencional, marcando uma nova etapa no processo de modernização das Forças Armadas chinesas. A propulsão nuclear permitirá ao navio operar durante longos períodos sem necessidade de reabastecimento, além de aumentar a capacidade de transportar e lançar aeronaves mais pesadas, como veículos aéreos não tripulados ("drones") de longo alcance, caças de quinta geração e aviões de alerta antecipado.

A análise das imagens indica a presença de novos compartimentos, reforços estruturais e modificações compatíveis com a instalação de reatores, sugerindo que o lançamento ao mar poderá ocorrer nos próximos meses. No entanto, a entrada em serviço poderá demorar ainda vários anos, devido à complexidade dos testes e validações.

Atualmente, apenas os Estados Unidos e a França operam porta-aviões de propulsão nuclear. A entrada da China nesse grupo restrito representa um avanço estratégico significativo e reforça as ambições de Pequim de dispor de uma marinha de "nível mundial" até 2049, ano do centenário da fundação da República Popular.

Este desenvolvimento surge num momento de crescentes tensões no estreito de Taiwan e no mar do Sul da China, onde Pequim tem reforçado a presença militar e realizado exercícios navais em larga escala. A capacidade de manter forças navais operacionais em zonas remotas durante períodos prolongados é vista como essencial para sustentar as ambições geopolíticas da China.

Além da nova embarcação, a China tem investido fortemente em submarinos nucleares, mísseis antinavio de longo alcance, sistemas de guerra eletrónica e tecnologia aeroespacial, numa estratégia que visa contrariar a influência dos EUA e dos seus aliados no Indo-Pacífico.ANG/Lusa

 

Desporto-futebol/Amistoso entre  “Guiné-Bissau” e “Angola” marcada para  terça-feira  cancelado por  questões logísticas

Bissau, 14 Nov 25 (ANG) – O encontro amistoso de futebol entre as seleções de Angola e Guiné-Bissau, previsto para a próxima terça-feira(18)em Luanda foi cancelado por questões logísticas e também , disse a ANG uma fonte da Federação de Futebol da Guiné-Bissau(FFGB).

 “O  encontro foi cancelado por falta de meios logísticos para suportar este encontro amigável, devido a preparação do encontro Angola/Argentina marcada para esta sexta-feiira, em Luanda, e ainda devido ao envolvimento das autoridades guineenses em campanha eleitoral”, disse.

A Guiné-Bissau está em campanha eleitoral para eleições gerais do próximo dia 23, em que deverão ser eleitos novo presidente da república e 102 deputados para a Assembleia Nacional Popular(parlamento).  ANG/LLA//SG

quinta-feira, 13 de novembro de 2025


Eleições gerais
/Presidente da Plataforma Política das Mulheres defende maior inclusão feminina na vida política nacional

Bissau, 13 Nov 25 (ANG) - A Presidente da Plataforma Política das Mulheres da Guiné-Bissau, Silvina Tavares, defendeu hoje  a necessidade de uma mudança de estratégia para garantir uma participação mais efetiva das mulheres na vida política e nos espaços de decisão do país.

Em entrevista exclusiva ANG, sobre o papel das Mulheres no atual processo eleitoral em curso no país,  Tavares sublinhou que a presença feminina é fundamental para a consolidação da democracia,  promoção da igualdade de gênero e o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.

“A ausência da mulher em qualquer ato torna o processo muito mais complicado, porque elas são dinamizadoras e protagonistas em qualquer sociedade. Está cientificamente provado que a presença da mulher impulsiona qualquer atividade”, afirmou.

Apesar do papel ativo das mulheres nas campanhas eleitorais, a dirigente da Plataforma lamentou que o seu esforço nem sempre seja recompensado. “As mulheres participam massivamente e redobram os seus esforços, mas, no final, não são nomeadas nem colocadas como cabeças de lista. Alegam que não têm capacidade financeira, mas há partidos que financiam candidatos homens. O mesmo deveria acontecer com as mulheres”, criticou.

Silvina Tavares defendeu  que as mulheres devem demonstrar internamente, dentro dos seus partidos, as suas competências e capacidade de liderança, para ocupar cargos de destaque.

“É preciso mudar a estratégia. As mulheres têm que mostrar que merecem estar nos lugares-chave”, frisou, lamentando que, embora representem a maioria da população, continuam a ser marginalizadas.

A líder da Plataforma Politica das Mulheres da Guiné-Bissau recordou que, após a aprovação da Lei da Paridade em 2018, o número de deputadas no parlamento nas eleições de 2019 aumentou.

“Tínhamos 11 deputadas, mas em 2023 o número reduziu. E nas eleições de 2025, o cenário é ainda mais preocupante: num total de 102 deputados, apenas uma mulher, Adja Satu Câmara Pinto é cabeça de lista”, destacou.

Tavares considerou “inadmissível” que muitas mulheres sejam colocadas como suplentes e acabam por não exercer funções diretivas.

A Presidente da Plataforma Politica das Mulheres defendeu, por isso, a revisão da Lei da Paridade, para que esta defina, claramente, a posição das mulheres nos cargos eletivos e também nas nomeações públicas e privadas.

Apesar das dificuldades, a presidente da Plataforma Política das Mulheres garantiu que a luta pela igualdade de gênero vai continuar.

“Promover a mulher é promover uma geração e uma sociedade. Tudo o que uma mulher faz, ela pensa nos seus filhos, irmãos e no país. É por isso que as mulheres devem ser colocadas nos lugares-chave, para caminhar, lado a lado, com os homens rumo ao desenvolvimento nacional”, concluiu.ANG/LPG//SG

Eleições Gerais/Presidente de RENAJ pede a concorrentes eleitorais para evitarem uso de linguagens que incitam divisão étnica

Bissau, 13 Nov 25 (ANG) - O Presidente da Rede Nacional de Associações Juvenis (RENAJ) apelou esta quinta-feira aos candidatos às eleições gerais do próximo dia 23  para não fizerem o uso de linguagens que incitem  a divisão das etnias ou grupos religiosos.

Abulai Djaura falava em entrevista exclusiva  à Agência de Notícias da Guiné(ANG) sobre a  Campanha Eleitoral em curso no país.

“A Guiné-Bissau é um país laico, com diversidades culturais em  que  a convivência pacifica  entre diferentes etnias é visível. Isso constitui um valor bastante rico e que deve ser preservado”, disse Djauara.

Disse que os políticos devem contribuir para a união nacional, através dos seus discursos e incentivar aos jovens para  um futuro que possa contribuir para o progresso da Nação guineense e do seu povo.

Abulai Djaura sublinhou que a juventude é uma camada determinante no processo eleitoral e no processo de desenvolvimento da Guiné-Bissau, razão pela qual os programas políticos de governação devem sempre incluir o bem-estar dos jovens.

“Os jovens são sempre usados como descartáveis durante o processo eleitoral, tendo em conta a situação de carência com que  se deparam. Isso é bastante triste”, lamentou o Presidente de RENAJ.

Disse que antes deste processo eleitoral, a RENAJ desenvolveu  campanhas de sensibilização aos jovens no sentido de não se deixarem ser manipulados pelos políticos.

Disse que, infelizmente,  a situação de precariedade acaba por obrigar os jovens a permitirem serem corrompidos.

Abulai Djauara disse que se o  Estado da Guiné-Bissau não optar pela promoção juvenil com base nas suas competências, vai correr o risco de ter maior número de emigração juvenil nos próximos tempos, que, diz,  prejudicará o destino do país porque  os  jovens são a força do progresso de qualquer Nação. ANG/AALS//SG


Eleições Gerais
/Candidato Sissoco Embaló  promete devolver o brilho colonial à cidade de Bissorã

Bissau, 13 de Nov 25 (ANG) – O candidato independente Umaro Sissoco Embaló prometeu que a cidade de Bissorã, na região de Oio, “voltará a ser como nos tempos dos colonos portugueses”.

Embaló fez a promessa num comício popular de campanha eleitoral realizado em Bissorã.

Disse que o governo vai proceder à reabilitação das principais vias urbanas, e prometeu que “cinco quilómetros de asfalto serão suficientes para alcatroar toda a cidade”.

Embaló destacou ainda que os trabalhos de eletrificação estão em andamento e que, até Dezembro, Bissorã estará “totalmente iluminada, como Bissau e outras regiões que já dispõem de energia elétrica”.

Sisso Embaló revelou também que o Primeiro-ministro, Braima Camará  colocará em funcionamento, no dia 27 de Novembro, um furo de água destinado a abastecer a população local.

“A água servirá para o consumo humano e para o uso doméstico. A população pediu três coisas: luz, água e estradas e serão garantidas, depois veremos onde construir a universidade, e o hospital também será construida”, afirmou Embaló.

Por sua vez, o diretor nacional de campanha da Coligação Plataforma Republicana para a região de Oio, Nuno Gomes Nabiam, expressou confiança na vitória da Coligação, e reconheceu que Bissorã enfrenta  dificuldades em setores básicos.

“O hospital de Bissorã está em condições deploráveis, não há água, e as pessoas ainda recorrem às bolanhas para obter água isso não pode continuar.

No próximo Governo estaremos ao lado do Presidente e do Primeiro-ministro para trabalhar pela reconstrução da cidade de Bissorâ”, prometeu Nabiam. ANG/MI//SG

                   Brasil/Novo recorde de emissões de CO2 em 2025

Bissau, 13 Nov 25 (ANG) - As emissões de dióxido de carbono oriundo das energias fósseis deverá atingir um novo recorde em 2025 e vai ser "praticamente impossível” limitar o aquecimento planetário a menos de 1,5°C. O alerta é dado pelo Global Carbon Project, um estudo que junta 130 cientistas, numa altura em que decorre a COP30, Conferência das Nações Unidas sobre o Clima, no Brasil.

De acordo com o estudo do Global Carbon Project, em 2025, as emissões de CO2 oriundas do carvão, do petróleo e do gás serão 1,1% superiores ao ano passado e deverão atingir 38,1 mil milhões de toneladas. Ou seja, “é mais do que a média da progressão anual dos últimos dez anos que era de 0,8%” e estas emissões são agora 10% mais elevadas do que em 2015, o ano do acordo de Paris que se comprometeu em limitar o aquecimento global a 2°C ou 1,5°C relativamente ao período pré-industrial.

Pierre Friedlingstein, da Universidade britânica de Exeter e que dirigiu o estudo, diz que é “praticamente impossível” respeitar as metas do Acordo de Paris. As contas da derrapagem climática mundial mostram que para se limitar o aquecimento a 1,5°C, só se poderiam emitir mais 170 mil milhões de toneladas de CO2, o que corresponde a apenas quatro anos de emissões ao ritmo actual.

O falhanço não é uma surpresa e já foi reconhecido pela ONU e pelos participantes desta COP. Agora, o objectivo é que a derrapagem seja temporária, mas o temporário pode contar-se em décadas. Antes da COP de Belém, a ONU estimou que, a continuar ao mesmo ritmo, o aquecimento global será de 2,3 a 2,5°C até ao final do século.ANG/RFI