sexta-feira, 6 de maio de 2011

Mercado e Finanças

PM anuncia reajuste salarial ainda este ano
Bissau, ANG – O Primeiro-ministro anunciou dia 05, a pretensão do executivo de efectuar um reajuste salarial na Função Pública guineense, ainda no decurso deste ano, baseando esta medida em função da subida de preços dos produtos da primeira necessidade.
Carlos Gomes Júnior que falava aos jornalistas na cerimónia de inauguração do novo balcão da Agencia do Banco da África Ocidental (BAO) sito no mercado de Bandim, acrescentou que a aposta da implementação desta medida é urgente.
“Já discutimos isso com o Ministro das Finanças. Temos que analisar a situação de pensões e das camadas mais desfavorecidas, exercendo compressão para que haja uma justiça social efectiva que abrange a toda a gente”, sublinhou o chefe do governo.
O Primeiro-ministro observou que não é justo que uma pessoa que receba 14 mil francos para ir comprar um saco de arroz que custe 24 mil no mercado, pelo que só havendo justiça social é que a população, embora carenciada, possa viver minimamente de forma condigna.
O executivo, segundo Carlos Gomes Júnior encontra-se, neste momento, empenhado em acções tendentes a equilibrar o mercado nacional, através de politicas de subvenções.
“O governo, através de certas subvenções, tem mantido e tentado equilibrar o mercado, mas mesmo assim vamos continuar a lutar”, manifestou o chefe do executivo que revelou mais investimentos do governo a favor de acções agrícolas da juventude no campo.
Nos últimos tempos registaram-se aumentos de preços de produtos da primeira necessidade no mercado nacional, indo alguns deles até os 100 por cento de aumento, nomeadamente o pão que passou de 100 para 200 francos Cfa.
Por este motivo, segundo Bissau Digital, a Associação do Consumidores de Bens e Serviços guineense (ACOBES) anunciou a realização duma marcha no dia 11 de Maio, para protestar contra a actual situação do mercado.
Sob o lema "todos contra o agravamento do nível de vida dos cidadãos", a marcha terá início em frente à discoteca "Bambu", e deve terminar junto ao Palácio do Governo, em Brá, nos arredores da capital, aonde vai ser entregue ao Executivo um documento chamado "Caderno de Reclamação de Consumidores".

De acordo com o Presidente da ACOBES, Fodé Caramba Sanhá, no referido caderno reivindicativo constam entre outra reclamações, o controlo sistemático de compra e venda no mercado, a extinção imediata da subvenção obrigatória imposta pelo Ministério do Comércio aos consumidores a favor da Câmara de Comércio, Indústria, Agricultura e Comércio, o estabelecimento de um plano de abastecimento do mercado com géneros e artigos da primeira necessidade e a criação do espaço do Conselho Nacional Consultivo de Consumo, conforme a disposição de qualidade de diálogo e regulação social, do Programa de Qualidade, Acreditação e Normalização da União Económica Monetária Oeste Africana (EUMOA), para o consumidor destinatário final.
ANG/FESM/JAM


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