Covid-19/Pandemia “devastadora” para cerca de 14 milhões de refugiados no Corno de África
Bissau, 23 Jun 21(ANG) –
A pandemia de covid-19 está a ser “devastadora” para cerca de 14 milhões de
refugiados e deslocados internos no leste e Corno de África, segundo um
relatório terça-feira divulgado pelas Nações Unidas.
No portal da OIM, o
relatório aponta que “quase nove milhões de deslocados internos, 4,7 milhões de
refugiados e requerentes de asilo e centenas de milhares de migrantes” estão
entre os mais afitados.
“Temos de chegar a um
acordo para que os necessitados não sejam esquecidos e recebam assistência
humanitária vital”, sublinhou Dunford, citado pela agência noticiosa Efe.
De acordo com o
relatório, intitulado “A vida no meio de uma pandemia: fome, migração e
deslocamento no leste e no Corno de África”, 54 milhões de pessoas estavam em
situação de insegurança alimentar aguda nesta região em 2020 – tanto em zonas
rurais, como em zonas urbanas.
A redução do
financiamento para apoio humanitário e o menor fluxo de remessas aumentou a
vulnerabilidade das comunidades mais pobres.
O Sudão (9,6 milhões de
pessoas em grave segurança alimentar), Etiópia (8,6 milhões) e Sudão do Sul
(6,5 milhões) constavam entre os 10 países com as piores crises alimentares do
mundo em 2020.
O relatório remete
também para a situação humanitária na região etíope de Tigray, no norte da
Etiópia, mergulhada num conflito armado desde Novembro, que se tornou “um novo
ponto quente da fome”.
Perto quatro milhões de
pessoas em Tigray sofrem de grave fome e 350.000 estão numa situação de fome ou
“catástrofe humanitária”, a categoria mais elevada na escala da insegurança
alimentar, de acordo com a Organização das Nações Unidas.
A pandemia de covid-19
provocou, pelo menos, 3.875.359 mortos no mundo, resultantes de mais de 178,6
milhões de casos de infecção, segundo um balanço feito pela agência francesa
AFP.
A doença respiratória é
provocada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, detectado no final de 2019, em
Wuhan, uma cidade do centro da China.
ANG/Inforpress/Lusa
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