São
Tomé e Príncipe/Activistas que
marcharam contra a violência feminina vão ser julgados
Bissau, 21 Jun
21 (ANG) - Os activistas que marcharam sábado contra a violência feminina, em
São Tomé, foram postos em liberdade, mas com o termo de identidade
e residência, devendo comparecer diante da justiça, na próxima terça-feira, dia
22 de Junho, para julgamento.
A marcha juntou cerca de 300 pessoas, que protestaram contra o crime de violência doméstica em São Tomé e Príncipe, na sequência do homicídio de uma mulher, no sábado passado, pelo ex-companheiro.
De acordo com o comunicado emitido
pela polícia, os manifestantes deviam ter-se concentrado "apenas na Praça da Independência",
conforme o pedido feito pelos seus organizadores, mas o grupo decidiu “arbitrariamente” continuar o
corteja em direcção do Palácio do Governo, passando pela sede da Empresa de
Água e Electricidade, e Cadeia central.
A polícia, por essa razão, viu-se obrigada
a repor a ordem pública, acabando por deter 5 cidadãos, quatro mulheres.
Os cinco activistas foram postos em liberdade sob
o termo de identidade e residência e deverão
comparecer diante da justiça, na terça-feira, dia 22 de Junho, para
o julgamento.
As mulheres de São Tomé e Príncipe
consideram que são as principais vítimas de crimes violentos no país.
Factores diversos estão na origem do aumento desses casos,
nomeadamente,o elevado consumo de álcool. As mulheres pedem a alteração da lei
de execução de penas e também da aprovação do estatuto da vítima.
O governo reconhece que a violência física contra as mulheres tem vindo a aumentar na sociedade santomense e repudia o comportamento que considera "desumano". ANG/RFI
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