África do Sul/Jacob Zuma condenado a 15
meses de prisão
Bissau, 29 Jun
21 (ANG) - O Tribunal Constitucional da África do Sul condenou hoje o
ex-Presidente Jacob Zuma a 15 meses de prisão por desrespeito ao tribunal, ao
recusar repetidamente comparecer diante da comissão anti-corrupção.
A sentença lida hoje, em Joanesburgo, pela
juíza Sisi Khampe afirma que o ex-chefe de Estado Jacob Zuma procurou minar a
autoridade do poder judicial e que não há outra opção senão enviar uma mensagem
forte, para garantir o Estado de direito e a confiança da sociedade nos
tribunais.
"O Tribunal
Constitucional não tem outra opção a não ser declarar que o Sr. Zuma é culpado
de desacato à justiça", disse a
juíza Sisi Khampepe, da mais alta instância da África do Sul.
A comissão presidida pelo magistrado
Raymond Zondo investiga as acusações de desvio de fundos públicos durante a
presidência de Jacob Zuma entre 2009 e 2018. O ex-chefe de Estado nega qualquer
irregularidade e recusa-se a cooperar com a justiça. O tribunal Constitucional
ordenou que Jacob Zuma se apresentasse à polícia em cinco dias.
Jacob Zuma é suspeito de ter ajudado os
irmãos Atul, Ajaty e Rajesh Gupta, três empresários amigos do ex-presidente, a
enriquecer de forma fraudulenta às custas do Estado sul-africano.Os irmãos
Gupta, que também rejeitam as acusações, deixaram a África do Sul quando Jacob
Zuma foi deposto do poder em 2018 pelos aliados do seu sucessor, o actual Presidente
Cyril Ramaphosa.
Desde que chegou ao poder, Cyril Ramaphosa
tem-se mostrado empenhado em combater a corrupção para restaurar a confiança
dos investidores na economia sul-africana, mas enfrenta muitas dificuldades da
parte do partido Congresso Nacional Africano (ANC) que ainda é leal a Jacob
Zuma. ANG/RFI
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