terça-feira, 15 de junho de 2021

                               
                            Turismo
/ Lançado Projeto “Bin vivi Guiné”

Bissau, 15 Jun 21 (ANG) – O Instituto Politécnico Nova Esperança (IP9) lançou hoje o projeto denominado “Bin vivi Guiné” que significa em português “Venha  viver a Guiné”.

No ato, a Coordenadora do projeto Carolina Nolasco Dubert disse que o objetivo da iniciativa  é levar o turismo sustentável às várias áreas da Guiné-Bissau.

Acrescentou que não só as ilhas como também as tabancas, zonas naturais e as culturas de todas as étnias, que nunca desapareceram ao longo dos séculos devem ser levadas  ao mundo fora.

Nolasco referiu que  a ideia surgiu aquando dos seus trabalhos de voluntáriado no país, sublinhando que no turismo sustentável o serviço é mútuo e o turista não paga mas presta serviço às comunidades e essas também façam o mesmo.

Para o Coordenador do Curso de Turismo e Hoteleria do Instituto Politécnico Nova Esperança (IP9), Valdir da Silva, o projeto “Bin Vivi Guiné” é uma iniciativa do Turismo Sustentável na Guiné-Bissau que tem o propósito de levar às comunidades a ideia do turismo.

As comunidades seleccionadas, de acordo com Valdir, vão poder conviver e interagir com os turistas estrangeiros e os nacionais que quiserem participar na 1ª fase de Lançamento de Consciência Turística Nacional.

Valdir sustentou que querem com esse projeto mostrar que é possível mudar a imagem negativa da Guiné-Bissau através do turismo.

Segundo Valdir da Silva, o projeto é um tipo de turismo que não tem nada a ver com hotéis ou restaurantes de luxos, mas sim com a participação das comunidades em actiidades agrícolas, económicas, social e tudo o que é o quotidiano das comunidades para poder ser elas a viver o turismo sustentável. 

“A Guiné-Bissau precisa que a sua imagem seja moldada e para  isso, precisamos de ir as comunidades porque é lá que as coisas começam. Também queremos com isso, que sejam as próprias comunidades a participarem na promoção de Turismo Sustentável ou seja Turismo de Tabanca”, disse.

Da Silva disse que o maior desafio que tiverem é a deslocação para essas comunidades, a má interpretação das pessoas em algumas comunidades e o protagonismo de uma outra organização ou o poder público neste caso.

Disse que o país vai ganhar com esse projeto porque vai permitir as comunidades  fazerem o turismo e a saberem qual é o valor social e cultural deste sector.

“O turismo não é só para os estrangeiros como muitos pensam, é para todos os cidadãos nacionais e estrangeiros e diferentes camadas sociais”, disse.

Acrescentou que a imagem positiva do país vai ser difundida pelos estrangeiros que vão participar na iniciativa conhecendo a realidade cultural das diferentes comunidades, salientando que é um projeto de longo prazo.

Valdir da Silva disse que no próximo dia 3 de julho vai ser organizado um festival,  pela Associação dos Filhos e Músicos Tradicionais de Tabatô em parceria com a IP9, e prometeu que a sua instituição vai ao evento para mostrar o valor cultural e tradicional da música mandinga.  

O projeto “Bin vivi Guiné” abrange as tabancas de Tabato, Bô, Elalb, Sidja ou Ondame, Ilha de Jeta, Ilha de Pecixe, Pitche, Sonaco, Empada, Guiledje, Djalicunda, Cumura Pepel, Geba e Quinhamel pertencentes as oitos regiões do país  com a exeção da região de Bolama/Bijagós.

Questionado do porque da exclusão da região de Bolama/Bijagós, da Silva disse que as comunidades daquela região já tem conhecimento do turismo e conviveram muitas vezes com os turistas ....ANG/DMG/ÂC//SG

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