terça-feira, 15 de junho de 2021

Saúde Pública/Astrazeneca anuncia revés no desenvolvimento de tratamento anti-covid

Bissau, 15 Jun 21 (ANG) - O grupo farmacêutico anglo-sueco AstraZeneca anunciou hoje que sofreu um revés no desenvolvimento de um tratamento contra a covid-19, cuja eficácia em pessoas expostas ao vírus não foi comprovada.

O tratamento com anticorpos, denominado AZD7442, pretendia prevenir e tratar a doença, mas não deu resultado.

"O teste não alcançou o objectivo principal de prevenir os casos sintomáticos de covid-19 depois da exposição ao vírus", afirmou a AstraZeneca em comunicado.

O tratamento estava na fase 3 de desenvolvimento, ou seja, testes clínicos em larga escala para medir a segurança e eficácia.

Os 1.121 participantes eram adultos com mais de 18 anos que não estavam vacinados e que foram expostos a uma pessoa infectada durante os oito dias anteriores.

O tratamento reduziu o risco de desenvolver a covid-19 com sintomas apenas em 33% dos participantes.

Os testes para avaliar o remédio em pacientes antes da exposição ao vírus e nas pessoas que desenvolveram formas graves continuam.

O desenvolvimento do tratamento é financiado pelo Governo dos Estados Unidos, que assinou acordos com a AstraZeneca para receber até 700.000 doses este ano.

No total, o valor dos acordos com os Estados Unidos para o desenvolvimento do tratamento e das doses em 2021 alcança 726 milhões de dólares.

No comunicado, a AstraZeneca indica que está em negociações "sobre os próximos passos com o Governo dos Estados Unidos".

A AstraZeneca continua a enfrentar problemas com a sua vacina contra a covid-19, suspensa em vários países europeus após o registo de alguns problemas sanguíneos em pessoas vacinadas.

Uma fonte da Agência Europeia de Medicamentos (EMA) chegou a afirmar que a melhor opção seria suspender a vacina da AstraZeneca contra a covid-19 para todas as faixas etárias quando houver alternativas disponíveis.

Ao mesmo tempo, um estudo publicado na segunda-feira pelas autoridades de saúde britânicas afirma que as duas doses das vacinas protegem em mais de 90% contra as hospitalizações depois de contrair a variante Delta do coronavírus, registada pela primeira vez na Índia.ANG/Angop

 

 

 

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