Burkina Faso/Governo atribui a crianças massacre que matou mais de 130 pessoas
Bissau, 24 Jun 21 (ANG) – O massacre no norte do Burkina Faso no início do mês que matou mais de 130 pessoas, o mais mortífero da história recente do país, foi perpetrado principalmente por crianças, anunciou quarta-feira o Governo de Ouagadougou.
“Os interrogatórios de Ouagadougou conseguiram revelar que a maioria dos atacantes eram crianças com idades entre os 12 e os 14 anos”, afirmou o porta-voz do Governo e ministro da Comunicação, Ousseni Tamboura, após uma reunião do Conselho de Ministros, noticia a agência Efe.O ataque à aldeia de
Solhan, na região norte de Sahel, provocou a morte de 132 pessoas, segundo o
balanço oficial do Governo, mas um oficial do Estado-Maior das Forças Armadas
do Burkina Faso disse à Efe, sob anonimato, que há pelo menos 160 mortos.
O ataque não foi
reivindicado e o Grupo de Apoio ao Islão e Muçulmanos (JNIM), o maior grupo na
região e afiliado da Al-Qaida, negou a responsabilidade e condenou o massacre.
No entanto, após dois
suspeitos terem sido detidos dias depois do ataque, o porta-voz do executivo do
Burkina Faso afirmou que o grupo responsável está associado ao JNIM.
Tamboura confirmou
também a morte de 11 polícias na segunda-feira, durante uma emboscada realizada
por homens armados na região Centro-Norte do país.
O ministro abordou
também a morte de dois membros das forças de segurança depois de estes terem
pisado um dispositivo explosivo.
O Burkina Faso, um país
do Sahel, que faz fronteira com o Mali e o Níger, tem vindo a enfrentar, nos
últimos seis anos, ataques ‘jihadistas’ cada vez mais frequentes e mortais.
A espiral de violência
‘jihadista’ no Burkina Faso fez mais de 1.400 mortos desde 2015 e deslocou mais
de um milhão de pessoas.ANG/Inforpress/Lusa
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