Cooperação/ PR da Guiné-Bissau agracia seu homólogo queniano com Medalha Amílcar Cabral
Bissau, 05 Abr 24 (ANG) – O Presidente da República agraciou o seu homólogo da República do Quénia William Samoei Ruto com a Medalha Amílcar Cabral, a mais alta distinção do Estado guineense, pela sua contribuição para o fortalecimento das relações de amizade, solidariedade e de cooperação entre os dois países, durante o segundo e último dia de visita de Estado ao país.
A cerimónia de condecoração decorreu hoje no Palácio da República, em Bissau, seguida de uma conferência de imprensa conjunta entre os dois estadistas.Momentos antes, o
Presidente do Quénia foi recebido pelo seu homólogo guineense na Praça dos
Heróis Nacionais, com prestações de honras militares, entoação dos hinos
nacionais e assinatura do Livro de Honra e posteriormente seguiram para a
Fortaleza de Amura onde William Samoei Ruto depositou coroas de flores nas
campas de Amílcar Cabral e de João Bernardo Vieira.
Na ocasião, o
Presidente da República do Quénia agradeceu
ao Umaro Sissoco Embaló pelo convite para visitar a Guiné -Bissau.
Na conferência de imprensa, William Samoei Ruto
prometeu 500 mil bolsas de estudo para
formação dos jovens guineenses nas áreas de Agricultura e Segurança, nos próximos
cinco anos.
Recordou os acordos
assinados com o Umaro Sissoco Embaló, aquando da visita do chefe de estado
guineense ao Quénia , nas áreas de economia azul, segurança, agricultura,
frisando que são indicações claras do seu compromisso de fortalecer os laços de
amizade entre os dois países.
William Samoei Ruto
disse que as relações entre os dois povos podem ser melhoradas se se conseguir
facilitar o movimento de bens e serviços ao nível transfronteiriço, retirando a
necessidade de conceção de vistos para cidadãos
da Guiné-Bissau que querem viajar para o Quénia e vice versa.
O chefe de Estado do
Quénia admitiu a possibilidade de incluir a Guiné-Bissau na rota da companhia
aérea Quénia Airwais, como mecanismo para melhorar a viagem entre os povos, enquanto
apoiam o comércio africano.
William Ruto defendeu um poder Executivo mais forte
no seio da União Africana, um parlamento da UA reformado, capaz de trazer
responsabilidade e seguimento dos assuntos no continente, e um Tribunal Africano
para ajudar a lidar com assuntos da sub-região.
Sustentou ainda que é
preciso fortalecer as instituições financeiras, através da criação do Banco
Central Africano, Fundo Monetário Internacional Africano, o Banco de Investimento
Africano para facilitar o Comércio e o movimento
nos países africanos.
O Presidente queniano
defendeu igualmente a realização de uma Cimeira Anual de Investimento Económico
em África, em que os povos, governos e outras instituições do continente possam
mostrar o enorme potencial de
oportunidade de investimentos ao resto do mundo.
Enalteceu o empenho
do Presidente guineense na África Ocidental, sobretudo na luta contra o tráfico
de drogas, terrorismo e mudanças inconstitucionais de governo.
Prometeu trabalhar em
colaboração com as autoridades nacionais para combater o tráfico de drogas, que
diz estar a destruir a juventude, criando uma insegurança na região.
Segundo o chefe de Estado
guineense, a visita de Ruto tem por objetivo fortalecer as relações de amizade
e de cooperação existentes entre os dois países e povos irmãos.
Por isso, diz acreditar
no aprofundamento das relações, em vários domínios, sobretudo nessas áreas,
analisando todas as possibilidades existentes ao nível governamental, nas
instituições públicas, sector privado e da sociedade civil, para impulsionar a
cooperação.
Com o seu homólogo
disse terem trocado opiniões sobre a situação do continente e
sobretudo dos conflitos que assolam certas regiões africanas.
Nessa troca de
impressões, Umaro Sissoco Embalo revelou que convergiram nas medidas que devem
ser tomadas para a resolução dos conflitos de forma pacifica, sejam elas do
continente africano ou na Europa, através de mecanismos multilaterais
existentes, ao nível da União Africana e das Nações Unidas.
Por outro lado, disse
que os dois países pretendem ampliar trocas
comerciais, à luz do acordo de livre comércio do continente africano, que diz constituir
“uma ferramenta importante para promover o crescimento económico e criação de
emprego para os jovens”. ANG/LPG/ÂC//SG
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