Sociedade/Presidente
da Liga Guineense dos Direitos Humanos defende punição severa dos autores do
assassínio de duas mulheres
Bissau, 04 Abr 24 (ANG)
– O Presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos defende punição severa
dos autores de assassínio de duas mulheres na Região de Gabu, nos passados dias
11 e 25 de Março .
A posição do líder da
organização que defende os direitos humanos no país, Bubacar Turé foi manifestado
numa vígilia realizada pela Sociedade Civil em homenagem às vitimas, denominada
“ Cinco Minutos de Silêncio”, na Casa dos Direitos, em Bissau.
Segundo um vídeo
publicado na página oficial da LGDH, consultada hoje pela ANG, Bubacar Turé lembrou
que a impunidade e consequente normalização da violência contra as mulheres,
nas sua formas mais graves, está a minar a paz, a igualidade de género e a tornar-se
uma afronta ao Estado de Direito.
Por isso, exorta as
autoridades competentes no sentido de agirem
com urgência para acabar com crimes contra as mulheres
“Acabar com estes crimes significa tipificar o
femenicídio como crime na Guiné-Bissau.
Acabar com estes crimes significa fortalecer a igualdade do género, equilibrar
o poder entre homens e mulheres na sociedade, enfim promover e respeitar os
direitos humanos de todos os homens e de todas as mulheres”, disse Bubacar Turé.
O presidente da Rede
Nacional de Luta Contra Violência Baseada no Género (RENLUV),Aissatu Camará
Indjai disse que a vígilia serviu para chamar a atenção aos governantes, para
acionarem mecanismos de proteção aos cidadãos, sobretudo as mulheres, para se
pôr fim a abusos contra as mulheres.
Aissatu Indjai defendeu
na ocasião que os autores de assassínios de duas mulheres na região de Gabu devem
comprir penas de prisão pelos crimes que
cometeram.
As exigências das
organizações da sociedade Civil guineense vêm na sequência de duplo assassinato de duas mulheres na região de
Gabu, no leste da Guiné-Bissau.
Segundo a publicação do
jornalista Alison Cabral, citando uma
nota da LGDH, com data de 02 de Abril,
que anuncia a relização da referida vigília, a primeira vítima de nome Mata Mané, de 53 anos, que vivia na
aldeia de Nhampassare, foi violada sexualmente
no dia 11 de Março por um homem de 55 anos,que depois da violação disparou
mortalmente contra a mulher.
E a segunda, de nome Mariatu Camará, de 46 anos foi
assassinada à facada pelo marido de 55 anos,
na aldeia de Sintchâ Demba, após discussão em que o homem diz a mulher que já não estava interessada nela
mas que não vai permitir que ela se case com outro homem. O caso é de 25 de
Março.ANG/LPG//SG
Sem comentários:
Enviar um comentário