quinta-feira, 24 de agosto de 2017

Angola/Eleições


 MPLA diz que vitória eleitoral é “inequívoca”

Bissau,  24 ago 17 (ANG) - O secretário do Bureau Político do MPLA para as questões políticas e eleitorais, João Martins, anunciou hoje que a vitória daquele partido, no poder em Angola desde 1975, nas eleições gerais de quarta-feira, é "inequívoca, praticamente incontornável".

O responsável falava aos jornalistas na sede nacional do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), em Luanda, no final de uma reunião destinada a fazer o balanço preliminar das eleições gerais, cujas assembleias de voto fecharam às 18:00 de quarta-feira.

"A vitória do MPLA é inequívoca, praticamente incontornável, e ela está-se a consolidar em termos numéricos e acreditamos que nas próximas horas já podemos começar a anunciar os números que são ansiados pelos cidadãos", disse João Martins, na mesma declaração, logo após o cabeça de lista e vice-presidente do partido, João Lourenço, ter abandonado a sede do partido.

Numa altura em que decorre o escrutínio das 12.512 assembleias de voto, que incluem 25.873 mesas de voto, e quando a Comissão Nacional Eleitoral (CNE), no seu último pronunciamento, cerca das 23:00 de quarta-feira, não avançou resultados provisórios nem prazos para o efeito, o responsável do MPLA afirma que a vitória do partido "está a ser confirmada a cada passo".

"O que temos a dizer é que devemos aguardar com serenidade, quer os resultados que vão ser divulgados pelos órgãos institucionais competentes, nomeadamente a CNE, quer aqueles que outros setores vão fazendo a sua divulgação. O MPLA está confiante, cada vez mais confiante, agora com maior certeza, depois de já ter feito uma apreciação preliminar dos resultados que os seus delegados de lista forneceram ao centro coordenador da campanha e que estivem em apreciação pela direção do partido", acrescentou.

Mais de 9,3 milhões de angolanos estavam inscritos para escolherem quarta-feira, entre seis candidatos, o sucessor de José Eduardo dos Santos - que não integrou qualquer lista candidata -, com a votação a decorrer até às 18:00.

Esta votação envolve a eleição direta do parlamento (220 deputados) e indireta do Presidente da República, que será o cabeça-de-lista do partido mais votado.


 ANG/Lusa

Angola/Eleições


 Contagem está a decorrer – CNE

Bissau, 24 Ago 17 (ANG) -  A Comissão Nacional Eleitoral (CNE) de Angola informou que está a decorrer a contagem nas mesas de voto das eleições gerais de quarta-feira, processo que permitirá a elaboração das atas de operações eleitorais e síntese do processo de votação.

Em conferência de imprensa, a porta-voz da CNE, Júlia Ferreira, avançou que a contagem dos votos é feita nas mesas de voto e posteriormente elaboradas as atas, que são igualmente entregues aos delegados de lista das forças políticas concorrentes presentes mesas de voto.

Segundo Júlia Ferreira, as atas são entregues às comissões municipais eleitorais e posteriormente remetidas às comissões provinciais eleitorais, para efeitos de apuramento provincial.

Relativamente à ata síntese da assembleia de voto, a responsável deu a indicação de que "tão logo seja enviada para os centros de escrutínio provinciais e para o centro de escrutínio nacional, a CNE estará em condições de passar a divulgar os resultados provisórios, que são feitos com base na ata síntese das assembleias de voto".

Júlia Ferreira disse que a CNE vai reunir o seu plenário, para fazer um balanço daquilo que foi o ato eleitoral realizado quarta-feira em Angola.

Num balanço sobre o ato eleitoral em si, a porta-voz do órgão eleitoral afirmou que "o ato eleitoral correu sob feição", destacando o "papel cívico, ordeiro, de respeito pela legalidade, pelas instituições angolanas", assumidos pelos eleitores angolanos.

"E parece-nos, sem qualquer dúvida inquestionável, que estamos em condições de dizer que o ato eleitoral correu sob feição", atestou.

A CNE apontou anteriormente para as próximas horas a divulgação dos resultados provisórios.

"Em termos gerais, os angolanos estão de parabéns, o país está de parabéns, ganhou a democracia, ganhou o pluralismo multipartidário, os angolanos e vamos agora dar sequência aos nossos trabalhos, fazendo uma retrospetiva geral daquilo que foi o dia de hoje, dia 23 de agosto", acrescentou.

Angola realizou quarta-feira as suas quartas eleições, às quais concorrem o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), Convergência Ampla de Salvação de Angola - Coligação Eleitoral (CASA-CE), Partido de Renovação Social (PRS), Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA) e Aliança Patriótica Nacional (APN).

A CNE constituiu 12.512 assembleias de voto, que incluem 25.873 mesas de voto, algumas a serem instaladas em escolas e em tendas por todo o país, com o escrutínio centralizado nas capitais de província e em Luanda, com 9.317.294 eleitores em condições de votar.

A Constituição angolana aprovada em 2010 prevê a realização de eleições gerais a cada cinco anos, elegendo 130 deputados pelo círculo nacional e mais cinco deputados pelos círculos eleitorais de cada uma das 18 províncias do país (total de 90).

ANG/Lusa

Saúde Materno Infantil


“Mais de 52 por cento das crianças guineenses são amamentadas exclusivamente”, diz Ivone Moreira

Bissau,24 Ago 17 (ANG) – Mais de cinquenta e dois por cento de recém-nascidos na Guiné-Bissau são amamentados exclusivamente nos primeiros seis meses de vida, afirmou quarta-feira a Directora do Serviço de Alimentação, Nutrição e Sobrevivência da Criança.

Em declarações à ANG por ocasião do mês de amamentação exclusiva que se assinala em Agosto , Ivone Menezes Moreira confirmou que este dado consta do inquérito do MICS 2014.

Ivone Moreia destacou  que   o mês de amamentação nacional é celebrado para sensibilizar e informar as mães sobre a importância do aleitamento materno para as crianças durante os primeiros seis meses de vida.

Esclareceu que para uma criança crescer saudável e inteligente, logo ao nascer deve ser amamentado imediatamente, isso ajuda a regular doenças de diabetes, hipertensão, de que eventualmente a mãe possa padecer, e evita também os riscos de cancro da mama e de colo de útero.

“Também constitui um método de planeamento familiar seguro, além de permitir o fortalecimento do sistema de crescimento do bebé“, disse moreira, tendo acrescentado ainda que dificilmente a criança adoece.

Aconselhou as mães para evitarem de dar de comer e beber aos seus bebés logo no primeiro semestre de vida, porque torna as crianças mais fracas em relação aos que foram bem amamentadas exclusivamente durante seis meses.

Esclareceu que o leito materno é rica e tem tudo que uma criança precisa desde  água, vitaminas e outras proteínas.

“Se a mãe é funcionária pública ou privada deve, antes de ir trabalhar, espremer o peito e colocar o leite num biberão para dar a criança durante a sua ausência, “aconselhou.

Ivone Moreira disse que, mundialmente, as mães têm uma licença para amamentar durante seis meses ao contrário da Guiné-Bissau onde se  dá três meses, apesar de ainda não estar oficializada pela Assembleia Nacional Popular.

Aquela responsável agradeceu a UNICEF pelo empenho e apoio que tem dado ao ministério da Saúde todos os anos através do programa de amamentação, desnutrição aguda e grave das mães e crianças na Guiné-Bissau.

ANG/JD/JAM/SG
 


quarta-feira, 23 de agosto de 2017

Crise política



Estados Unidos de América apelam formação de um governo de inclusão na Guiné-Bissau

BISSAU, 23 Ago 17 (ANG) – O Novo embaixador dos Estados Unidos de América para a Guiné-Bissau e Senegal apelou terça-feira aos  políticos guineenses, para optarem na formação de um governo de inclusão nacional de forma a ôor fim a crise política vigente no pais.

Em conferência de imprensa, Tulinabo Mushingi, disse ser  uma honra estar na República da Guiné-Bissau como novo Embaixador dos Estados Unidos de América.

“Nos, os Estados Unidos de América, instamos aos actuais líderes a tomarem prontamente medidas que promovam o consenso e permitam a criação de um governo inclusivo. Isso pressupõe juntar líderes políticos de todas as alas e priorizar os interesses nacionais”, disse o Embaixador.

O diplomata americano explicou que um governo inclusivo que serve o seu povo é pré-requisito para o sucesso económico-financeiro para o seu pais, ao passo que a instabilidade política constitui barreira para potenciais investimentos.   

Aquele diplomata sublinhou que  a Guiné-Bissau atravessa um momento de impasse político, razão pela qual   todas as Organizações Internacionais, incluindo o Conselho de Segurança das Nações Unidas declararam que a implementação do “Acordo de Conacry” continua a ser a melhor forma de saída da crise política que assola o pais.

De acordo com aquele diplomata, as partes envolvidas na crise podem contar com o apoio dos Estados Unidos de América, na busca de solução para pôr  cobro ao impasse político na Guiné-Bissau.

“Continuamos firmes e comprometidos com o povo da Guiné-Bissau, continuaremos a apoiar um leque de programas de formação para jornalistas, no domínio da língua inglesa, programas de saúde pública, agricultura e cooperação na área de segurança”, disse.

Tulinabo Mushingi realçou ainda que o investimento privado será a chave de sucesso para o futuro da Guiné-Bissau, acrescentando que empresas Norte Americanas estariam interessadas em investir nas áreas de fosfato, energia, petróleo, gás e telecomunicações. 

ANG/LLA/JAM/SG


    





Peregrinação



Estado disponibiliza mais de 150 milhões de Cfa para apoiar a deslocação dos fiéis guineenses

Bissau, 23 ago 17 (ANG) – O Estado da Guiné-Bissau ofereceu um acréscimo de 300 mil francos Cfa a cada um dos 510 peregrinos da Guiné-Bissau que nos próximos dois dias viajam para a cidade santa de Meca para o cumprimento do quinto pilar do Islão. 

A informação foi avançada à imprensa terça-feira pelo Coordenador Nacional do Alto Comissariado para Peregrinação aos Lugares Santos, Dino Seidi, ao proceder ao balanço dos trabalhos desenvolvidos por esta organização.

Este responsável explicou que os 2.5 milhões de Francos Cfa pagos por cada peregrino não eram suficientes para cobrir as despesas de viagem, alimentação, alojamento, deslocações  internas e per-diem, pelo que o próprio Estado teve que intervir para superar o problema.

“Convêm aqui referir que o Presidente da República obteve e ofereceu de imediato mais de 300 bolsas de peregrinação à pessoas mais carenciadas”, destacou Dino Seidi que lamentou o atraso no início dos trabalhos este ano, mas que no entanto não impossibilitou o sucesso obtido.  

Os peregrinos guineenses serão divididos em dois grupos, sendo que o primeiro devera deixar o país no próximo dia 24 e o segundo seguir-lhe-á no dia seguinte, explicou ainda o Coordenador Nacional.

Os elementos do Alto Comissariado, segundo o Coordenador, tiveram que desdobrar-se em três equipas que trabalharam em estreita colaboração em Bissau, Dakar, Senegal e na Arábia Saudita, o que possibilitou o sucesso que agora se constata em relação a campanha deste ano.  

 ANG/JAM/SG