quinta-feira, 22 de novembro de 2018

Brexit


                                   Reino Unido e UE chegam a pré-acordo

Bissau, 22 nov 18 (ANG) – O Reino Unido e a União Europeia chegaram a um "acordo de princípio" sobre a sua futura relação, abrindo caminho a que um acordo Brexit seja concretizado no próximo domingo.
 A declaração política - que define como o comércio, a segurança e outras questões irão funcionar - foi aprovada, confirmou o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, no seu Twitter:
"Acabei de endereçar aos 27 um rascunho da declaração política da futura relação entre a União Europeia e o Reino Unido. O presidente da Comissão Europeia [Jean-Claude Juncker] informou-me que foi alcançado um acordo de princípio a nível político entre os negociadores, que será sujeito ao aval dos líderes", escreveu Donald Tusk na sua conta na rede social Twitter.

A primeira-ministra britânica Theresa May fará ainda hoje uma declaração  sobre este assunto.
Londres e Bruxelas já concordaram com a proposta de saída do Reino Unido da UE em 29 de março de 2019.
Segundo o DN que cita a  agência France-Presse, o texto da declaração política, que será anexado ao acordo de saída do Reino Unido e que tem 26 páginas, "estabelece os parâmetros de uma parceria ambiciosa, ampla, profunda e flexível" nos âmbitos comercial, de política externa, de defesa e de segurança.
Já o jornal The Guardien  garante que o acordo não dá qualquer esperança de que seja possível manter intactas as relações comerciais entre o Reino Unidos e os 27, algo que é considerado "vital para a economia britânica".
Os dois lados "esperam ter uma relação comercial que seja o mais próximo possível", mas a UE e o Reino Unido serão mercados separados com inevitáveis ​​barreiras ao comércio, e não há referência a um livro de regras comum, escreve o jornal.
No documento, Reino Unido e União Europeia assumem o compromisso de chegarem a acordo sobre pesca, acesso a águas e quotas, seis meses antes do final do período de transição de 21 meses após o Brexit.
No domingo, os chefes de Estado e de Governo dos 27 encontram-se numa cimeira extraordinária em Bruxelas para aprovar o texto do acordo de saída do Reino Unido do bloco comunitário e também a declaração política com as diretrizes para a futura relação entre as partes.
Um dia antes, a primeira-ministra britânica, Theresa May, deslocar-se-á novamente a Bruxelas para um encontro de trabalho com o presidente da Comissão Europeia. ANG/DN

Igualdade de Género


“Lei de paridade corre risco de não ser aplicada na próxima legislatura”, afirma deputada Suzi Barbosa 

Bissau, 21 Nov 18 (ANG) - A deputada do Partido Africano d Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Suzi Barbosa afirmou hoje que o projecto-lei de Paridade corre o risco de não ser aplicada na próxima legislatura devido a demora da sua aprovação final e consequente promulgação. 
 
A deputada do PAIGC falava à margem da sessão marcada para discutir o Projeto-lei de Paridade e que acabou por não se realizar por motivos de alguns imprevistos.

“É urgente que as mulheres guineenses em geral deixem de aplaudir os partidos políticos, porque estes não são capazes de resolver as nossas situações Assim sendo, temos que se empenhar na luta pela igualdade do género para que possamos contribuir, ao lado dos homens, no processo de desenvolvimento da nossa sociedade”, disse Barbosa. 

Sublinhou que a lei de paridade devia ser aprovada definitivamente e promulgada há muito tempo, tendo acrescentado que o desenvolvimento de uma nação também precisa de trabalhos das mulheres.

Suzi Barbosa disse que aprovação de lei de paridade não é um favor, mas sim um direito que as mulheres têm, e que por isso, os partidos políticos devem ter a consciência de que a aprovação da referida lei  é apenas um dever.

Apelou às mulheres no sentido de trabalharem para que possam ter a voz ,uma vez que constituem 52 por cento da população guineense, e que as suas decisões e contribuições devem ser valorizadas.

Por sua vez, a 2ª Vice-presidente do PAIGC, Maria Odete Costa Semedo disse que na realidade, as mulheres devem disputar sempre os cargos ao lado dos homens por  serem iguais perante a lei.

“A tarefa de uma mulher não resume apenas em ser a esposa, mãe ou de cuidar da casa, mas sim de dar o seu máximo no projecto de desenvolvimento de uma sociedade”, defendeu Costa Semedo.

A Lei de Cotas ou de paridade determina que 36 por cento dos cargos de decisão em esferas políticas devem ser ocupadas por mulheres.

ANG/AALS/ÂC//SG





Política


EUA sugerem  realização separada das eleições na Guiné-Bissau 

Bissau, 21 Nov 18 (ANG) - O embaixador dos Estados Unidos de América para a Guiné-Bissau (EUA) sugeriu terça-feira as autoridades guineenses a  realização separada das eleições legislativas e presidenciais no país, como forma de atrair mais confiança e  apoio a Comunidade Internacional.

Em conferência de imprensa, Tolinabo Mushingi disse que depois das eleições legislativas o mundo aguardará ansiosamente a realização das próximas eleições presidenciais, que estará prevista para  2019, realçando  que a concretização separada das duas eleições, na base de vontade popular, será um grande triunfo para o país.

Mushingi que efectua a sua setima visita à Guiné-Bissau na qualidade de embaixador  reuniu  com o Presidente da República José Mário Vaz, o Primeiro-ministro, Aristides Gomes, e com todos os líderes dos principais partidos políticos da Guiné-Bissau. 

Tulinabu Mushingi reconheceu haver  divergências de opinião entre os partidos políticos sobre o  processo de recenseamento, mas disse  que  mesmo assim, reconhece os desafios que as autoridades enfrentam na realização do pleito eleitoral.

Felicita  os esforços demostrados até então por ambas as partes, em abster-se de actos inflamatórios e violentos.

O diplomata norte-americano declarou que os Estados Unidos de América estão de braços abertos para continuar a apoiar a Guiné-Bissau como sempre apoiou, razão pela qual disponibilizou 200.000 dólares para a realização das eleições.

 De igual modo Tulinado Mushingi disse que o seu país financiou ainda, um projecto de formação dos jornalistas no domínio da cobertura das eleições, de forma efectiva e justa na cidade de Bafatá zona leste do país, através de um projecto apresentado pela Cobiana Communication.

Por último, o Embaixador dos Estados Unidos de América para a Guiné-Bissau com  residência em Dakar, ofereceu coletes aos jornalistas para a cobertura eleitoral, e apelou a classe para trabalhar de forma  livre , isenta e imparcial  durante a campanha eleitoral. ANG/LLA/ÂC//SG



Solidariedade


Primeira-dama entrega 50 camas beliches ao Internato de Surdos e Mudos 

Bissau,21 Nov 18 (ANG) – A primeira-dama da Guiné-Bissau procedeu hoje a  entrega de 50 camas beliche  ao Internato de Surdos e Mudos situada na localidade de Gardete no sector de Prabis, região de Biombo.
 
Ao intervir  no acto, Maria Rosa Goudiaby Vaz enalteceu a prontidão do embaixador da República Popular da China  em satisfazer a solicitação de apoio que lhe fora feita para o efeito.

“Igualmente gostaria de agradecer e felicitar o empenho de todos os técnicos e professores que trabalham arduamente, todos os dias, para  ajudar estas crianças deficientes que amanhã serão homens e mulheres responsáveis para o desenvolvimento do nosso país”, referiu.

A primeira-dama pediu aos responsáveis do Internato de Surdos e Mudos para  conservarem bem as camas beliches, de forma a servir de incentivo às crianças doentes.
O embaixador da República Popular da China no país, Jin Hongjun  disse que a  China é o maior país em vias de desenvolvimento  mais populoso do mundo e provavelmente com maior número de deficientes.

“Conforme as nossas estatísticas, a China tem mais de 80 milhões de deficientes e dentre os quais 20 milhões são surdos e mudos”, revelou.

Jin Hongjun sublinhou que ao longo dos anos desde a fundação da Nova China, o seu governo atribuiu imensa importância à causa dos deficientes.

“A nação chinesa tal como outras também têm a tradição de solidarizar-se e cuidar-se  dos deficientes”,salientou.

O embaixador da China frisou que desde a abertura do país ao exterior nos últimos 40 anos, a China , no que respeita à previdência social e aos serviços prestados aos deficientes, conseguiu criar mais de 15 mil centros de reabilitação e serviços aos deficientes e dois mil escolas especiais para os deficientes e cinco mil centros de formação profissional para os mesmos.

“Na área legislativa, a China conseguiu adoptar e aprovar umas séries de leis e decreto leis para proteger os benefícios e direitos dos deficientes e dentre as quais 50 são aprovadas na Assembleia Nacional Popular”, explicou.

O director da Escola de Surdos e Mudos, José Augusto Lopes, afirmou que o dia hoje é mais um dia de profunda alegria para os deficientes daquela instituição e que ficará gravada nas suas memórias com a recepção de 50 camas beliche.

Enalteceu a presença no evento da primeira-dama que oficialmente serviu de ponte nos contatos com o  embaixador da República Popular da China, e  que resultou na referida oferta.

“Seria injusta para a Associação de Surdos de Guiné-Bissau o não reconhecimento das acções da República Popular da China no entendimento das nossas preocupações há anos para cá, desde as ofertas de equipamentos informáticos, brinquedos, consultas gratuitas às crianças, ofertas de medicamentos, géneros alimentícios, entre outros”, indicou.

O Internato de Surdos e Mudos  foi criado em 2015 e conta actualmente com 105 crianças deficientes.   

ANG/ÂC//SG








quarta-feira, 21 de novembro de 2018

Microfinanças


Primeiro-ministro propõe criação de um  fundo para  bolsas de estudo e emprego juvenil

Bissau, 21 Nov 18 (ANG) – O Primeiro-ministro propõe  segunda-feira a criação de um fundo sustentável e bancável destinado a suportar a criação de bolsas de estudo, emprego e empreendedorismo para jovens e mulheres guineenses.

Aristides Gomes que discursa na abertura do atelier de Divulgação do Quadro Jurídico Aplicável aos Sistemas Financeiros Descentralizados disse estar convicto de que o referido desafio vai dar origem à propostas e projectos capazes de fazer chegar o microcrédito à todos os agentes económicos e sociais que deles necessitam. 

“Pretendo com isso dar relevância a este sector de actividade económica útil para a sociedade guineense, que no futuro próximo poderá ocupar um lugar chave, devido ao seu elevado potencial”, disse o chefe do executivo. 

Aristides Gomes afirmou que a intermediação financeira em torno de uso efectivo da inclusão financeira como um instrumento poderoso e necessário no combate a pobreza é imprescindível para a expansão e aumento da produtividade na Guiné-Bissau. 

“Isto porque, o uso deste instrumento económico e financeiro, permitirá, entre outros, a expansão da força produtiva nacional através do crescimento da participação dos agentes económicos, desta feita, envolvendo a camada da população mais vulnerável e excluída dos serviços financeiros dos bancos clássicos”, sustentou o Aristides Gomes. 

Segundo o chefe do governo, é de conhecimento de todos, que o sector de Microfinanças na zona da União Económica e Monetária Oeste Africana (UEMOA) conheceu um desenvolvimento ímpar durante as duas últimas décadas. 

Por seu turno, a Directora-geral da Agência de Supervisão de Actividades de Poupança e Microcrédito, Mussuba Canté, disse que o objectivo do ateliê visa diversificar a paisagem financeira da UEMOA, envolvendo todos os autores de sector do microcrédito.

“Acredito que a inclusão financeira, particularmente o microcrédito, pode permitir que em cada tabanca da Guiné-Bissau os seus habitantes possam ter nova oportunidade para uma vida melhor”, sustentou.

Mussuba Canté acrescentou  que o sector não exige muitas despesas financeiras, salientando que é só uma questão de o governo se empenhar e investir, para mais tarde beneficiar no fruto do seu retorno,  e que o seu impacto, não só é válido ao nível económico mas também ao nível social.
 
“ Se a inclusão financeira, particularmente o microcrédito, funciona muito bem em outros países, porque não na Guiné-Bissau”, questionou, tendo de seguida perguntado sobre o que falta para dinamizar o sector no país.

Afirmou que existem pessoas capacitadas para o efeito, e que  o país tem leis comparadas a de outros países da União.

Aquela responsável, disse que os 5 dias do ateliê servirão justamente para os técnicos envolvidos no sector analisarem profundamente o que deve ser feito para colmatar a problemática do microcrédito. ANG/LLA/ÂC//SG