quinta-feira, 3 de janeiro de 2019

Mensagem à Nação


Presidente da República afirma que os problemas do país residem no seu sistema de governação

Bissau,03 Jan 19 (ANG) – O Presidente da República afirmou que os problemas da Guiné-Bissau não são as pessoas mas sim o sistema de governação.

Em mensagem à nação por ocasião do Novo Ano, José Mário Vaz disse que o sistema actual terá de mudar para dar lugar a um país novo e naquele que inspirou os pais fundadores da República, forjada na luta armada contra o colonialismo.

“As eleições legislativas sem reformas não representarão a solução mágica para os problemas políticos na Guiné-Bissau. Após as eleições, impõe-se uma nova agenda nacional. É fundamental a reforma constitucional que permita a eliminação de focos de instabilidade institucional e a clarificação do sistema do governo”, aconselhou.

O Presidente da República disse que vamos iniciar um Ano Novo e com ele temos que renovar esperanças e ter a coragem de iniciar uma nova etapa que será marcada por muitas mudanças na vida de todos nós.

“Eu, na qualidade do Presidente da República, convido cada guineense a fazer reflexão sobre os acontecimentos que marcaram a nossa vida em 2018. Olhemos para as nossas acções para com os próximos e retiremos as conclusões de forma objectiva”, disse.

José Mário Vaz afirmou que em relação à crise político-institucional, não podemos isentar ninguém das responsabilidades que lhe cabe enquanto cidadão, ou seja cada um  de nós tem a sua quota parte de responsabilidade, seja ela dirtecta ou indirecta, seja por acção ou por omissão do dever de participação cívica.

Disse que o ano de 2018 foi marcado fundamentalmente por o país continuar a viver em clima de paz e estabilidade, acrescentando que” todos nós sabemos como é viver sem sobressaltos”.

“O país não conheceu qualquer tumulto ou agitação”, enalteceu.
O chefe de Estado sublinhou que a administração do Estado funcionou com regularidade, a sociedade prosseguiu na sua vida na acalmia e com serenidade, não há registo de violência ou violação de direitos humanos.

Declarou que a actividade económica prosseguiu o seu curso normal, s actividades produtivas conheceram um incremento normal, nomeadamente a produção de arroz e da castanha de caju.

“Demos um passo significativo no sentido de garantir a representação equitativa entre os homens e as mulheres. O parlamento da Guiné-Bissau aprovou uma Lei que garante a quota mínima de 36 por cento de representação das mulheres a nível de cargos eleigíeis”, explicou.

O Presidente da República apelou aos guineenses para que façam do ano de 2019, o da consolidação do poder democrático.

“É chegada a hora de nos entendermos como irmãos e cada um deve colocar todo o seu saber ao serviço do país e do povo. Nem tudo nesta vida é fácil, mas com certeza nada é impossível”, disse o Presidente da República.

ANG/ÂC//SG

Greve ensino



Bissau,03 Jan 19(ANG) - O presidente de comissão negocial de greve dos sindicatos de professores anunciou para o próximo dia 7 de Janeiro uma nova paralisação do sector de ensino durante um mês.
Imagem Ilustrativo

Bunghoma Duarte que falava a imprensa esta quarta-feira (2 de Janeiro) diz que decidiram paralisar de novo o sector de ensino por falta da vontade política do governo.

“Já entregamos um novo pré-aviso de greve que se inicia a partir da próxima segunda-feira e dura um mês, isto é até final de Janeiro. A nova paralisação do sector vem na sequência da falta de vontade política do governo.

 Entregamos uma contraproposta ao Ministério de Educação, mas o ministro diz que já assinou o memorando a frente do Presidente da Republica e não vai voltar assinar nada, razão pela qual achamos que cada um tem que manter na sua posição”, explica Bunghoma Duarte.

O sindicalista sublinhou por outro lado que o início das aulas anunciado pelo governo já para amanhã, não terá sucesso porque maioria das escolas não estão em condições aceitáveis para início das aulas.

“Tudo isso é política, mas o sector de educação não é lugar para fazer a política”, tendo adiantado que não assinaram o memorando de entendimento com o governo no passado mês de Dezembro porque “ isso não é memorando de entendimento mas sim um panfleto. Num total de 17 pontos, o governo quer cumprir somente um, que determina a modalidade do pagamento a efectuar com os professores”.

Entretanto, anunciou que não querem negociar nenhum ponto constante no memorando, mas sim pagamento de todas as dívidas

De referir que no passado mês de dezembro, os sindicatos em causa recusaram assinar o memorando de entendido com o governo alegando que o mesmo foi modificado pelo ministro da Educação.
ANG/Sol Mansi

Chinas


Taiwan rejeita reunificação e Pequim não quer independentistas
Bissau, 03 jan 19 (ANG) – A líder taiwanesa, Tsai Ing-wen, rejeitou quarta-feira o apelo do presidente chinês, Xi Jinping, para uma reunificação pacífica com a China comunista, sob a política “um país, dois sistemas”, que vigora em Macau e Hong Kong.
Tsai afirmou que Pequim se deve “conformar com a existência” da República de Taiwan, em declarações à imprensa, na sequência de um discurso no qual Xi avisou que ninguém pode parar a reunificação.
O princípio ‘um país, dois sistemas’ garante autonomia às regiões administrativas especiais de Macau e Hong Kong, excepto em questões de defesa e relações externas.
Pequim considera Taiwan uma província chinesa, e defende a “reunificação pacífica”, mas ameaça “usar a força”, caso a ilha declare independência.
Taiwan, a ilha onde se refugiou o antigo governo chinês depois do Partido Comunista tomar o poder no continente em 1949, assume-se como República da China, e funciona como uma entidade política soberana.
Num discurso dirigido a Taipé, Xi voltou a avisar que a China “tomará todas as medidas necessárias” contra “forças externas” e “separatistas” que se oponham à reunificação pacífica.
Mas Tsai garantiu que o povo taiwanês “deseja manter-se autónomo” face à República Popular da China.
Segundo a RFI, as relações entre Pequim e Taipé deterioraram-se desde que a presidente taiwanesa Tsai Ing-wen assumiu funções em 2016.
Esta é tida como sendo favorável à independência oficial da antiga Formosa.
Nos últimos meses a China multiplicou as patrulhas no mar e no ar em torno de Taiwan.
Numa alocução a 2 de Janeiro de 2019 em Pequim o presidente chinês, comandante supremo das forças armadas, frisou que "a China não renunciará à força para combater as forças independentistas em Taiwan".
ANG/Inforpress/Lusa