Taiwan rejeita
reunificação e Pequim não quer independentistas
Bissau, 03 jan 19 (ANG) – A líder taiwanesa, Tsai Ing-wen,
rejeitou quarta-feira o apelo do presidente chinês, Xi Jinping, para uma
reunificação pacífica com a China comunista, sob a política “um país, dois
sistemas”, que vigora em Macau e Hong Kong.
Tsai afirmou que Pequim se deve “conformar com a existência” da
República de Taiwan, em declarações à imprensa, na sequência de um discurso no
qual Xi avisou que ninguém pode parar a reunificação.
O princípio ‘um país, dois sistemas’ garante autonomia às
regiões administrativas especiais de Macau e Hong Kong, excepto em questões de
defesa e relações externas.
Pequim considera Taiwan uma província chinesa, e defende a
“reunificação pacífica”, mas ameaça “usar a força”, caso a ilha declare
independência.
Taiwan, a ilha onde se refugiou o antigo governo chinês depois
do Partido Comunista tomar o poder no continente em 1949, assume-se como
República da China, e funciona como uma entidade política soberana.
Num discurso dirigido a Taipé, Xi voltou a avisar que a China
“tomará todas as medidas necessárias” contra “forças externas” e “separatistas”
que se oponham à reunificação pacífica.
Mas Tsai garantiu que o povo taiwanês “deseja manter-se
autónomo” face à República Popular da China.
Segundo a RFI, as relações entre Pequim e
Taipé deterioraram-se desde que a presidente taiwanesa Tsai Ing-wen assumiu
funções em 2016.
Esta é tida como sendo favorável à
independência oficial da antiga Formosa.
Nos últimos meses a China multiplicou as patrulhas
no mar e no ar em torno de Taiwan.
Numa alocução a 2 de Janeiro de 2019 em
Pequim o presidente chinês, comandante supremo das forças armadas, frisou que
"a China não renunciará à força para combater as
forças independentistas em Taiwan".
ANG/Inforpress/Lusa
Sem comentários:
Enviar um comentário