Presidente
da República afirma que povo precisa de mais justiça
Bissau, 10 Jan 19 (ANG) – O
Chefe de Estado afirmou terça-feira que
o povo guineense espera mais da justiça, porque o país vive momentos de grande
desafio da sua democracia, por isso os guineenses devem confiar mais em si
mesmo para juntos virar a página da história do país.
Segundo a TGB, José Mário
Vaz que discursava no acto de
cumprimento de novo ano por parte dos profissionais da justiça e Sociedade Civil
disse que nunca deixou de acreditar na Guiné-Bissau, apesar de todas as adversidades,
tendo pedido à todos que façam o mesmo porque, segundo ele, ainda é possível reconstruir
o país e mudar o rumo das coisas
.
“Em meu nome e da minha
família retribuo calorosamente os mesmos votos ou seja, um novo ano próspero, de
muita saúde e felicidade à todas as mulheres e homens que comungam da nobre
causa da edificação de sagrados valores da justiça na Guiné-Bissau”, disse.
Mário Vaz desejou que o ano
de 2019 seja de consolidação do poder democrático no país, e salientou que será marcado por inúmeros desafios e que para
isso conta com o apoio do poder judicial.
Por seu turno, o Presidente
do Supremo Tribunal de Justiça frisou que num Estado que se pretende
transformar em democrático e social é fundamental a separação de poderes, o que
não pode ser entendida como causa de disputas institucionais, as querelas
emocionais entre os titulares dos vários órgãos que encarnam os respectivos
poderes.
Paulo Sanhá disse que, pelo contrário,
deve existir entre estes poderes a salutar interdependência na sua coexistência
porquanto pessoas concorrem a realização de fins do mesmo Estado.
Salientou que as omnipresentes
dificuldades económicas e financeiras do país reflectem-se, com mais acuidade, no
poder judicial ou seja, este poder, sem autonomia financeira, no cumprimento da
sua agenda nacional e internacional fica, de forma inaceitável, dependente da
benevolência do Estado, através do Ministério da Economia e Finanças.
“Quadro este que contrasta com
aquele que nos parece definir o tratamento reservada aos outros órgãos da soberania
que cumprem a sua agenda sem qualquer obstáculo. Por exemplo, o Supremo
Tribunal de Justiça tem-se visto impedido de realizar e participar nos eventos
internacionais de enorme importância, situação que belisca não só a imagem da
instituição em causa, mas do próprio país “,lamentou Sanhá.
ANG/MSC/ÂC//SG
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