África Austral e Grandes Lagos pedem
recontagem dos votos
Bissau,
15 jan 19 (ANG) - Os vizinhos da República Democrática do Congo (RD Congo)
pediram nesta segunda-feira uma recontagem dos votos das eleições presidenciais
e sugeriram a formação de um governo de unidade nacional para evitar uma
possível instabilidade, informou a Lusa.
As
declarações dos blocos regionais da África Austral e dos Grandes Lagos colocam
nova pressão sobre o governo do
Presidente cessante Joseph Kabila para encontrar uma solução pacífica e transparente para uma crescente crise eleitoral numa das maiores e mais ricas nações de África.
Presidente cessante Joseph Kabila para encontrar uma solução pacífica e transparente para uma crescente crise eleitoral numa das maiores e mais ricas nações de África.
Os líderes dos Grandes Lagos emitiram uma nota durante
a noite na qual expressaram "profunda preocupação" sobre os vários
desafios decorrentes dos resultados oficiais e exortaram as autoridades
congolesas a serem mais transparentes no interesse da estabilidade do país.
Esta nota foi seguida de uma declaração similar da
Comunidade de Desenvolvimento da África Austral, que inclui poderes regionais
da África do Sul e Angola.
Os resultados das eleições presidenciais de 30 de
Dezembro na RDCongo deram a vitória ao candidato da oposição Félix Tshisekedi,
que conquistou 38,57%.
O outro candidato da oposição Martin Fayulu (coligação
Lamuka) ficou em segundo lugar com 34,86% e contestou de imediato os
resultados, denunciando o que considera ser um "golpe eleitoral".
O candidato apoiado pelo partido do Governo, Emmanuel
Ramazani Shadary, considerado o delfim do Presidente Joseph Kabila que estava
impedido de se candidatar pela Constituição ficou em terceiro lugar.
Martin Fayulu garante que a sua formação ganhou 61%
dos votos nas eleições de 30 de Dezembro e não 34,86%, de acordo com dados da
Comissão Eleitoral (CENI).
O líder do Lamuka ("Awaken" em
Lingala) acusa Félix Tshisekedi de ter feito um acordo com Kabila para ganhar o
poder.
Segundo a comissão eleitoral, a data para a posse presidencial é 22 de Janeiro.ANG/Angop
Segundo a comissão eleitoral, a data para a posse presidencial é 22 de Janeiro.ANG/Angop
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