UA pede respeito pelo voto popular
Bissau, 03 jan 19
(ANG) quarta-feira, para que os resultados
eleitorais a serem proclamados, no país, sejam conformes à vontade do povo
congolês expressa nas urnas.
- A missão de observação eleitoral da União Africana (UA), na República
Democrática do Congo (RDC), apelou,
Numa declaração preliminar sobre as
eleições gerais de 30 de Dezembro, os observadores da UA exortam os actores do
processo eleitoral a preservar o clima de paz que prevaleceu durante o
escrutínio e a privilegiar as vias legais para eventuais recursos.
A declaração nota que a realização destas
eleições representa uma primeira grande vitória do povo congolês e uma etapa
decisiva na consolidação da democracia, da paz e da estabilidade.
Para além da UA, as eleições foram também
supervisionadas por observadores da Comunidade de Desenvolvimento da África
Austral (SADC), da Comunidade Económica dos Estados da África Central (CEEAC) e
da Conferência Internacional sobre a Região dos Grandes Lagos (CIRGL).
Na sua declaração, a missão de observadores
da SADC anuncia, por seu turno, que o seu relatório final será publicado nos 30
dias seguintes ao fim do ciclo eleitoral, a ser marcado pela investidura do
novo presidente eleito, a 18 de Janeiro corrente.
A título de avaliação preliminar, os
observadores da SADC reconhecem os desafios de saúde pública e de segurança que
afectam a parte oriental da RDC, abalada pela epidemia do vírus de Ébola, e
felicitam as Forças Armadas, as Nações Unidas e os profissionais da saúde pelo
seu empenho para a criação de um ambiente seguro para as populações.
Enquanto isso, os observadores da CEEAC
reconhecem que a Comissão Eleitoral Nacional Independente (CENI) organizou os
escrutínios num contexto “extremamente difícil”, pelo que também consideram que
estas eleições constituem “um importante avanço democrático para a RDC”.
Quanto à avaliação global do acto de
votação, todas as cinco missões internacionais acreditadas em Kinshasa, para
acompanhar o processo eleitoral na RDC, declararam, unanimemente, que as
eleições decorreram num clima relativamente calmo e pacífico, apesar de alguns
incidentes e irregularidades registados nalgumas localidades do país.
Congratularam-se igualmente com a coragem,
a paciência e a determinação do povo congolês para a realização do pleito eleitoral,
sublinhando que este permitiu à maioria dos cidadãos da RDC exercer o seu
direito de voto.
Cerca de 40 milhões de eleitores congoleses
votaram, a 30 de Dezembro passado, para eleger um novo presidente da República,
500 deputados nacionais e 780 provinciais, estando a publicação dos resultados
finais provisórios previstos para 6 de Janeiro corrente.
O período de 7 a 14 do mesmo mês está
reservado a eventuais recursos e tratamento contencioso dos resultados
das presidenciais, antes da proclamação dos resultados definitivos pelo
Tribunal Constitucional, a 15 do mesmo mês. ANG/Angop
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