segunda-feira, 4 de fevereiro de 2019

Forças Armadas/capacitação


“Sem meios a Marinha Nacional não pode fiscalizar as águas territoriais do país ”, avisa chefe da Direcção dos Recursos Humanos do EMGFA

Bissau,04 Fev 19(ANG) – O chefe da Direcção dos Recursos Humanos do Estado-maior General das Forças Armadas, afirmou que sem  meios materiais e humanos a Marinha  Nacional não pode desempenhar o seu principal papel que de  defesa da  integridade territorial marítima.
 
Júlio Nhaté que falava hoje na cerimónia de encerramento do curso em Direito Internacional Marítimo, destinado à 40 efectivos da Marinha de Guerra Nacional, afirmou que, se os referidos oficiais navais forem dotados de meios, estarão na altura de  exercer as suas actividades como deve ser.

“Todos sabem das fragilidades que o país tem em controlar o nosso território e por causa disso, nos últimos anos a Guiné-Bissau foi alvo de especulações de vários actos ilícitos como placa giratória de tráfico de drogas, de armas, seres humanos, entre outros males”, disse.
Aquele responsável militar disse que foi nesta óptica que estão a pedir apoios da comunidade internacional para  dotar a Marinha Nacional de meios para que possa controlar as fronteiras marítimas do país.

“É de conhecimento de todos que o nossos territórios marítimo e terrestre estão a ser consumidos pelos países vizinhos e há muito que estamos a alertar ao Governo sobre essa situação mas nada foi feito”, disse Júlio Nhaté

Apelou aos formandos para que tudo fizessem a fim de aplicar na prática os ensinamentos adquiridos ao longo do curso.

Por sua vez, o Chefe de Estado-maior da Armada(CEMA),  Carlos Alfredo Mandugal afirmou que se trata da primeira formação do género que a sua instituição levou ao cabo.

“Acabamos de dotar os nossos oficiais da Marinha de conhecimentos em Direito Marítimo Internacional  de que há muito tempo necessitavam para o desempenho profícuo da nossa nobre missão, que é da defesa e apoio a política da segurança e autoridade marítima” enalteceu.

O CEMA disse que as ameaças tais como pescas ilícitas, contrabando de armas, narcotráfico, piratarias e fluxos migratórias para a europa são actualmente muito frequentes.

“Neste âmbito, entendemos que é momento de agir não apenas com  meios navais mais também com  recursos humanos qualificados em matérias jurídicas a fim de permitir uma abordagem  científica e qualificada durante as nossas opeaççoes navais”, sublinhou Carlos Alfredo Mandugal.

O Curso que terminou na quinta-feira teve início no passado 13 de Dezembro passado e  foi organizado pela Consultaria Internacional da ONU. ANG/AC//SG    




Saúde pública


“Cancro constitui a segunda maior causa de mortes no mundo”, afirma médico Mboma Sanca

Bissau,04 Fev 19(ANG) – O médico da clínica geral, Mboma Sanca afirmou que  o cancro é actualmente a segunda doença mais mortífera no mundo logo depois de crises cardiovasculares.

Imagem Ilustrativo
Em declarações à Rádio Jovem, por ocasião da celebração do Dia Mundial de Luta contra o Cancro, que se assinala hoje em todo o planeta, Mboma Sanca disse que essa doença mata por ano quase o número de pessoas igual a totalidade da população da Guiné-Bissau.

Informou que até hoje em dia a medicina não consegue diagnosticar os factores da contaminação dessa doença, embora os esforços estão sendo feitos para descobrir as causas dessa patologia. 

Mboma Sanca sublinhou que as pessoas fumadores, alcoólicos e que não praticam actividades desportivas, são as mais vulneráveis e propensos à essa doença.

Perguntado se essa doença já existe na Guiné-Bissau, o médico clínico respondeu que sim, salientando que há muitos anos que o cancro existe no país.

“Estamos a ter um grande número de pessoas com cancro no país e não temos condições para o seu tratamento”, lamentou, acrescentando que a data de hoje deve centrar-se em aspectos de prevenção.

Disse que as autoridades competentes do sector de saúde ainda não conseguem fornecer os dados concretos das pessoas com a doença de cancro, frisando que cada país devia dispor de dados estatísticos das doenças com que padece as suas populações, de forma a melhorar as formas de seu combate.

“Até hoje em dia não existem dados concretos de número de pessoas infectadas no país não só pelo cancro como por outras doenças como diabetes, paludismo entre outros, o que é muito complicado”, criticou o médico.

Afirmou que os dados estatísticos da Guiné-Bissau são as vezes ditados pelos organismos internacionais e que, em muitas situações, não correspondem com a realidade.
O Dia Mundial de Luta Contra  Cancro  é celebrado este ano sob o lema “estou atento e vou agir”

Segundo um comunicado à imprensa da OMS enviado à ANG, o tema tem como propósito, alertar  sobre  as medidas que todos devem tomar enquanto indivíduos, grupos, comunidades e líderes políticos para reduzir o impacto da doença na sociedade. 

O comunicado refere que o câncro é uma das principais causas de mortalidade no  mundo, e que, estima-se que o fardo de cãncer em África  deverá duplicar-se de 1055.172 novos casos de 2018 para 2.123.245 caso até 2040.

“A pobreza, o diagnóstico tardio e incorecto e a falta de cobertura médica, figuram na lista dos desafios mais importantes que os doentes oncológicos  enfrentam em África”, refere o comunicado que entretanto acresenta que “um futuro sem cancro está ao nosso alcance individual e colectivo”.

A OMS pede o empenho de todos na luta contra o câncer/cancro, como parte do compromisso com a Cobertura Universal de Saúde, e sustenta que “milhares de vidas podem ser salvas em África com uma prevenção, detecção precoce, acesso e tratamento adequados do Cãncer”.
ANG/AC//SG