sexta-feira, 27 de dezembro de 2019

Conflito líbio


               Turquia vai enviar tropas para apoiar o governo legítimo
Bissau, 27 dez 19 (ANG) - O governo legítimo líbio vai receber tropas turcas para defender a capital Trípoli contra ataques do marechal Haftar que já controla o leste da Líbia.
Foi o próprio Presidente turco, Erdogan, que anunciou o envio de tropas turcas para a Líbia, acrescentando que submeterá em janeiro um projecto de lei nesse sentido ao Parlamento.
Ancara concluiu há um mês dois acordos com o governo líbio de união nacional reconhecido pela comunidade internacional: um sobre a segurança e a cooperação militar e outro sobre as fronteiras marítimas no Mediterrâneo oriental;
O exército nacional líbio do marechal, Khalifa Haftar, que controla o leste da Líbia, lançou em abril uma ofensiva contra o governo oficial em Trípoli, com apoio da Rússia, do Egipto e dos Emirados árabes unidos.
Para já, o ministro do Interior do governo líbio, Fathi Bachagha, declarou em Tunes que que o seu governo ainda não tinha pedido à Turquia para enviar tropas para Líbia.
“Se a situação se agravar, é nosso direito defender Trípoli e seus habitantes e faremos um pedido oficial ao governo turco para nos apoiar militarmente e expulsar as forças mercenárias”, sublinhou o ministro líbio.
Há várias semanas que a Turquia, que interveio no nordeste da Síria, evoca a hipótese de colocar forças terrestres na Líbia.
Aliás o governo turco já envia armas às forças fiéis ao governo líbio de união nacional  apesar do embargo da ONU sobre armamento com destino à Líbia.
Por seu lado, Moscovo, exprimiu a sua preocupação sobre um eventual estacionamento militar turco na Líbia em apoio ao governo líbio.
O Presidente turco Erdogan, replicou que já há  2000 combatentes da empresa privada russa, Wagner, a combater ao lado de Haftar.
"Eles estão  apoiando  um chefe de guerra enquanto nós fomos convidados pelo governo legítimo da Líbia", sublinhou o presidente turco, Erdogan.ANG/RFI


Política


PM diz não ter recebido qualquer pedido de Sissoco para  entrada no país do multimilionário saudita

Bissau, 27 dez 19 (ANG) - O primeiro-ministro  Aristides Gomes, afirmou hoje que não recebeu qualquer pedido do candidato às presidenciais Umaro Sissoco Embaló relativo à entrada no país de um multimilionário saudita, anunciou hoje a Lusa
"O Governo da República da Guiné-Bissau não recebeu nenhum pedido (formal ou informal) do senhor Umaro Sissoco Embaló para a entrada no país de quem quer que seja", lê-se numa mensagem de Aristides Gomes nas redes sociais.
Na mensagem, o primeiro-ministro guineense pede a Umaro Sissoco Embaló para "apresentar provas de ter feito tal pedido ao Governo".
Num comício realizado quarta-feira em Bafatá, leste da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló acusou o primeiro-ministro guineense de ter impedido a deslocação à Guiné-Bissau do "homem mais risco da Arábia Saudita", o magnata Bin Talal, com receio que influencie a sua vitória eleitoral.
"Lamentamos o facto de o candidato Umaro Sissoco Embaló ter estado a desperdiçar as inúmeras oportunidades que vai tendo para falar aos guineenses das suas ideias e projectos enquanto pretendente ao mais alto cargo da nossa magistratura, preferindo recorrer às mentiras, calúnias e difamações infundadas", salientou o primeiro-ministro.
Mais de 760 mil são chamados no domingo às urnas para escolher o próximo Presidente da Guiné-Bissau, entre Umaro Sissoco Embaló, apoiado pelo Movimento para a Alternância Democrática (Madem-G15), e Domingos Simões Pereira, apoiado pelo Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC).
A campanha eleitoral para a segunda volta das presidenciais da Guiné-Bissau teve início no dia 13 e termina hoje, sexta-feira com a realização em Bissau dos últimos comícios dos dois candidatos, que quinta-feira a noite se confrontaram num debate televisivo transmitido, em directo, pelas rádios nacionais. ANG/Angop

EUA


  Trump pede à Rússia, Síria e Irã que parem com matança de civis em Idlib
Bissau, 27 dez 19 (ANG) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pediu nesta quinta-feira (26) aos governos da Rússia, Síria e Irã que parem com a violência contra civis na província síria de Idlib, controlada pelos rebeldes
"Rússia, Síria e Irã estão matando, ou a caminho de matar, milhares de civis inocentes", escreveu Trump em seu Twitter.
"Não façam isso! A Turquia está trabalhando duro para impedir esses assassinatos", acrescentou.
Desde 16 de dezembro, as forças do presidente sírio Bashar al-Assad, com o apoio da força aérea russa, intensificaram seus bombardeios sobre a região e os combates terrestres contra jihadistas e rebeldes, apesar de um cessar-fogo anunciado em agosto.
A região de Idlib é dominada por jihadistas do grupo Hayat Tahrir al Cham (HTS) e outros movimentos rebeldes.
Cerca de 80 civis foram mortos na nova escalada de violência.
Ancara disse nesta terça-feira (24) que está conversando com Moscou para assegurar um novo cessar-fogo em Idlib, e pediu o fim imediato dos ataques.
A França também pediu uma reversão "imediata" das ações, acusando Damasco e seus aliados russos e iranianos de "agravarem a crise humanitária".
O regime, que agora controla mais de 70% do território sírio, disse repetidamente que está determinado a recuperar Idlib. ANG/RFI/AFP

quinta-feira, 26 de dezembro de 2019

Presidenciais 2019/2ª volta


Painel de Monitorização Eleitoral enaltece “evolução satisfatória” dos media no cumprimento de Código de Conduta

Bissau,26 dez 19(ANG) – O Painel de Monitorização Eleitoral do Conselho Nacional de Comunicação Social revelou em comunicado  que os Media evoluíram satisfatoriamente no concernente ao cumprimento do Código de Conduta estabelecido no âmbito da realização das eleições presidenciais com realização de trabalhos jornalísticos com isenção,transparecia e equidistância.

De acordo com o Relatório Síntese Semanal do Painel de Monitorização enviado à ANG, produzido no final da uma reunião realizada hoje ,  ainda que na recta final da campanha eleitoral não foram observadas e nem registadas práticas ou comportamentos que violam os indicadores de avaliação da equidade, a linguagem e o pluralismo dos órgãos de comunicação social nacionais.

“O Painel registou com agrado as melhorias nos programas das rádios no capítulo do respeito às disposições do artigo 4º do Código de Conduta para a cobertura eleitoral”, disse o Relatório.

Informou ainda que o Conselho Nacional de Comunicação Social, através de Painel de Monitorização observou com satisfação que apesar das dificuldades que os Media enfrentam no quadro da realização da cobertura das movimentações dos candidatos, não foram registados tratamentos diferenciados.

Acrescenta, por outro lado, que o período estipulado nos tempos de antena para os candidatos foi escrupulosamente respeitado.

O Painel apela os Media a continuarem a respeitar as recomendações feitas e a não difusão de propaganda eleitorais nos espaços de publicidade comercial, tendo felicitado os órgãos de comunicação social e os seus profissionais que nesta 2ª volta têm vindo a usar uma linguagem moderada nas coberturas dos actos dos candidatos às presidenciais.

“Outrossim, cumpre observar que em alguns programas radiofónicos matinais, nomeadamente das Rádios Capital  e África fM, apesar de registarem algumas melhorias, persiste o uso da práticas tendenciosas que desrespeitam as disposições do artigo 4º do Código de Conduta”, refere o Relatório Sintese Semanal do Painel de  Monitorização do Conselho Nacional de Comunicação Social.ANG/ÂC/SG

Turismo


Secretária de Estado  ambiciona inserir a Guiné-Bissau no maior “Mapa Turístico Mundial”

Bissau, 26 dez 19 ( ANG) – A Secretária de Estado do Turismo e Artesanato disse que ambiciona inserir a Guiné-Bissau no maior Mapa Turístico do mundo para que quando os turistas vão escolher um destino que a Guiné-Bissau faça parte.

Estas  declarações foram feitas esta quinta-feira pela Catarina Taborda numa conferência de imprensa de despedida  aos 22 alunos beneficiários de bolsa de estudos no estrangeiro na área de turismo, hotelaria, entre outras, no âmbito de uma parceria entre a sua instituição e as Universidades de Penacova e Cearte de Coimbra(Portugal).

"Queremos promover a Guiné-Bissau para que os próprios nacionais tenham conhecimentos daquilo que o país tem, suas potencialidades, tanto na parte insular como na parte continental," realçou Taborda.

Ainda disse que a Guiné-Bissau tem necessidade de captar investimentos, e ter respostas positivas para as demandas do sector, frisando que  o país já dispõe de mais de três hotéis de cinco estrelas.

Por isso,  a Guiné-Bissau precisa de ter recursos humanos capacitados e  apoiar jovens formados no sector porque a vontade não lhes faltam.

"Foi com muito sacrifício que conseguimos essas bolsas pelo que aconselho que empenhem no estudo dando o máximo para formar e virem dar contribuição no país, porque a Guiné-Bissau precisa de vocês”, aconselhou.

Apelou os pais e encarregados de educação para não esquecerem seus filhos, que os acompanhem no seu dia-a-dia durante os estudos.

Catarina Furtado promete disponibilizar um funcionário da Secretaria do Estado de Turismo para apoiar os estudantes.

Para Mamadu Saliu Candé, representante dos pais e encarregados de educação dos bolseiros, o gesto da Secretaria de Estado do Turismo e Artesanato é louvável, uma vez que concedeu bolsas aos filhos das pessoas carenciadas.

Sérgia Mota, falando em nome dos bolseiros, agradeceu a  oportunidade que a Secretaria de Estado lhes concedeu para irem estudar em Portugal, porque “estudar fora do país oferece mais oportunidades de empregabilidade”.

Disse que esperam contar com apoio de todos porque a caminhada vai ser longa e difícil e sem seus pais e encarregados  de perto, acrescentando que só com apoio de uns e outros poderão   chegar a meta.ANG/MI/ÂC//SG
  

Presidenciais 2019/2ª volta





Bissau,26 dez 19(ANG) - O candidato suportado pelo Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), às presidenciais de 29 de dezembro, Domingos Simões Pereira, prometeu acabar  com a venda de bolsas aos peregrinos à cidade Santa de Meca, se for eleito  Presidente da República.

Simões Pereira que falava na noite desta quarta-feira, 25 de dezembro de 2019, numa pequena paragem no sector de Bigene, região de Cacheu norte do país, disse que, quando for eleito como chefe de Estado, usará a sua influência junto do governo na procura de bolsas à Meca cuja gestão será entregue aos Imames, que considera serem pessoas indicadas para fazer a distribuição dessas bolsas, sem interferência política.

Em resposta ao pedido feito pelos habitantes daquele sector nortenha do país, o candidato mais votado na primeira volta prometeu ainda aos populares de Bigene a oferta de  uma ambulância após as eleições presidenciais. 

O candidato suportado pelo PAIGC voltou a reafirmar a promessa feita nas legislativas de garantir 40 mil empregos e alcatroar mil quilómetros de estradas da Guiné Bissau.

“Com a minha eleição como primeiro magistrado da nação, haverá a estabilidade governativa e a tranquilidade, mas também vai constituir um desafio enorme para construir este país, em que todos os guineenses terão orgulho de pertencer e de viver na paz e  segurança”, sublinhou Simões Pereira.

No quadra da campanha eleitoral para a segunda volta das presidenciais prevista para o próximo domingo, os dois candidatos finalistas, ou seja Domingos Simões Pereira e Umaro Sissoco Embaló estarão  hoje a noite num debate televisivo que será transmitido, em directo, pelas rádios do país.
ANG/O Democrata


Presidenciais 2019/2ª volta





Bissau,26 dez 19(ANG) - O candidato do Movimento para Alternância Democrática (MADEM-G15), Úmaro Sissoco Embaló, disse que o bilionário saudita, Alwaleed Bin Talal Alsaud, que teria prometido apoiar o país com um bilião de dólares norte-americanos foi impedido pelo governo de Aristides Gomes de entrar na Guiné-Bissau. 

Embaló fez esta revelação durante um comício popular realizado na cidade de Bafatá, que reuniu milhares de pessoas.

 Durante o evento, Embaló aproveitou a ocasião para agradecer os citadinos daquela região leste do país pela forma como votaram nele, em massa, na primeira volta permitindo a sua qualificação para a segunda volta.

O candidato do MADEM-G15, que igualmente conta com o apoio do PRS, do líder da APU-PDGB e candidato derrotado na primeira volta, Nuno Gomes Nabiam, esteve  esta quarta-feira, 25 de dezembro de 2019, na região natalícia de Amílcar Cabral [Bafatá], tida como a base do seu partido (MADEM-G 15).

Sobre o impedimento da entrada do bilionário saudita no país, Embaló garantiu que se for eleito no escrutínio do próximo domingo, 29 de dezembro, o bilionário Alwaleed Bin Talal Alsaud, poderá vir ao país.

Segundo anunciara Sissoco, na semana passada,  o referido multimilionário estaria em Bissau esta quinta-feira com quatro aviões de bens que seriam doados as autoridades da Guiné-Bissau, e que o mesmo homem entregaria, se for eleito presidente da República, um cheque visado no valor de mil milhões dólares americano ao governo guineense. ANG/o Democrata


Religião/Mensagem de Natal


      Papa  denuncia acções de grupos extremistas no continente africano
Bissau, 26 dez 19 (ANG) - O Papa Francisco denunciou quarta-feira na tradicional mensagem de Natal as acções "de grupos extremistas" no continente africano, especialmente no Burkina Faso, no Mali, no Níger e na Nigéria.
 Neste continente onde reinam “violências, calamidades naturais ou emergências de saúde”, o Papa Francisco também quis expressar o seu consolo “a todos os que são perseguidos por causa da sua fé religiosa, especialmente os missionários e os fiéis sequestrados”.
Em relação ao Médio Oriente, o Papa Francisco pediu  à comunidade internacional para “garantir a segurança”, particularmente na Síria, noticiou o Noticias de Coimbra.
Na tradicional mensagem “Urbi et Orbi” na praça de São Pedro, o Papa Francisco recordou “as numerosas crianças atingidas pela guerra e pelos conflitos no Médio Oriente e em diversos países do mundo”.
O Papa Francisco pediu esperança "para todo o continente americano, onde várias nações estão a passar por um período de agitação social e política" e incentivo ao "povo venezuelano há muito afectado por tensões" políticas e sociais.
O Papa Francisco falou dos conflitos no mundo, como em outras ocasiões, e começou por sublinhar as "trevas" nos corações humanos, nos relacionamentos pessoais e familiares, e nos conflitos económicos, geopolíticos e ecológicos, salientando a "luz de Cristo".

Na sua mensagem, o Papa pediu "que o pequeno filho de Belém seja esperança para todo o continente americano, onde várias nações estão a passar por um período de agitação social e política", mas sem mencionar os países acerca dos quais falava.
Desejando "encorajar o amado povo venezuelano, há muito afectado por tensões políticas e sociais, a receber a ajuda que precisa", o Papa apelou a que se abençoem "os esforços de todos aqueles que se esforçam por favorecer a justiça e a reconciliação, e se empenham em superar as várias crises e as inúmeras formas de pobreza que ofendem a dignidade de cada pessoa".
Na sua análise dos conflitos actuais, o Papa recordou a guerra na Síria, a situação no Líbano e no Iraque, e também mencionou as pessoas que são perseguidas por causa da sua fé e "especialmente os missionários e os fiéis sequestrados, e os que são vítimas" de ataques de "grupos extremistas, especialmente em Burkina Faso, Mali, Níger e Nigéria".
Desejando particularmente "o conforto do bem-amado povo sírio que ainda não vê o fim das hostilidades que dilaceraram o país nesta década", o soberano pontífice exortou "os governos e a comunidade internacional a encontrarem soluções que garantam a segurança e a coexistência pacífica dos povos da região", cujo sofrimento deve terminar.
Francisco também teve um pensamento de "apoio para o povo libanês, para que possa sair da actual crise e redescobrir a sua vocação de ser um mensageiro da liberdade e da convivência harmoniosa para todos".
Francisco considerou ainda que os habitantes da Terra Santa "aguardam dias de paz e segurança" e destacou também as "tensões sociais" no Iraque e a "grave crise" no Iémen.ANG/Angop

Presidenciais 2019/2ª volta




Bissau,26 Dez 19(ANG) - O régulo de Bafatá, Seco Mussá Sidibé, alertou os guineenses que quem fez a luta pela independência da Guiné-Bissau não selecionou etnias e que todos contribuíram com o seu “quinhão”.

“A Guiné-Bissau é constituída por um mosaico étnico e, portanto, quem fez a luta não selecionou as raças (etnias), todas as que surgiram participaram na luta e tem o seu quinhão”, afirmou Seco Mussá Sidibé.

O régulo de Bafatá, cidade situada a cerca de 150 quilómetros a leste de Bissau, falava à Lusa no âmbito da campanha eleitoral para a segunda volta das eleições presidenciais na Guiné-Bissau, marcadas para dia 29, que tem sido marcada por um discurso étnico e religioso.

“É a primeira vez que está a surgir no nosso país. O meu alerta vai para os meus conterrâneos guineenses para não verem esta questão da religião e a questão étnica e para verem, primeiro, o que significa uma eleição e, de seguida, o que é um cartão de eleição, que é um voto”, afirmou Seco Mussá Sidibé.

Para o régulo de Bafatá, o problema está no índice de analfabetismo que existe no país.

“Estamos na dinastia do analfabetismo e uma pessoa só orienta mil pessoas e não deve ser. Uma pessoa deve saber que tendo o seu cartão de eleitor na mão vai deixar o seu voto na urna”, salientou.

Para o régulo, as pessoas devem pensar, primeiro, no país e perceberam que com o voto na urna, enquanto cidadãos, estão a contribuir para o círculo de decisão do país.

“As pessoas estão a ver coisas novas nestas eleições e o que todo o mundo quer é que as pessoas votem conscientemente”, acrescentou.

Questionado sobre se o discurso étnico e religioso vai prosseguir após o fim do ciclo eleitoral na Guiné-Bissau, Seco Mussá Sidibé disse que os guineenses se entendem muito facilmente.

“É só neste época e nesta fase, terminando as eleições voltamos a estar alinhados. Estamos a fazer isto, porque muitas pessoas são orientadas”, explicou.

Para o futuro Presidente da Guiné-Bissau, o régulo de Bafatá, uma região de predominância muçulmana, em que Umaro Sissoco foi o mais votado na primeira volta, aconselha que a sua primeira obra seja banir aquele discurso e ser um “pai da pátria, sem excluir ninguém”.


Mais de 760.000 guineenses escolhem no dia 29 o próximo Presidente da Guiné-Bissau entre Domingos Simões Pereira, apoiado pelo Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), e Umaro Sissoco Embaló, apoiado pelo Movimento para a Alternância Democrática (Madem-G15). ANG/Lusa


EUA


    Homem rouba banco e joga dinheiro na rua aos gritos de "Feliz Natal
Bissau, 26 dez 19 (ANG) - Um homem de barba branca roubou um banco de Colorado, nos Estados Unidos, na segunda-feira (23), dois dias antes do Natal.
Em vez de guardar o fruto do roubo, ele jogou o dinheiro para cima no meio da rua aos gritos de “Feliz Natal!”, segundo contaram testemunhas.
A polícia confirmou em um comunicado que um "homem branco idoso" roubou o Academy Bank em Colorado Springs, depois de ameaçar os funcionários com uma arma. Não foi informado o valor roubado.
Segundo a imprensa norte-americana, um homem de 65 anos, identificado como David Wayne Oliver, foi preso na sequência em um Starbucks perto do banco.
Os policiais disseram à imprensa que o homem não estava armado no momento da prisão.
Testemunhas disseram ao jornal Denver Post que os pedestres tentaram devolver parte do dinheiro roubado ao banco.
Contudo, milhares de dólares ainda estão desaparecidos, disse um policial ao Denver Post. ANG/RFI/AFP


Obséquias/Padre Domingos da Fonseca


  Pároco Eli Coly reitera apelo para  abertura de  Centro de hemodiálise no país

Bissau, 26 dez 19 (ANG)- O Pároco da Paróquia Nossa Senhora de Ajuda, Eli Cassien Coly, reiterou o apelo ao governo para a construção de  um Centro de Hemodiálise no país para evitar  mortes de pessoas por falta desse serviço sanitário.

Obséquias do padre Domingos da Fonseca
O apelo foi lançado na missa de corpo presente do Padre Domingos da Fonseca, falecido no passado dia 19 do mês corrente em Ziguinchor, República vizinha do Senegal e enterrado no dia 23 do corrente.

“Por falta de hemodiálise, padre Domingos morreu. Um país como a Guiné-Bissau com toda a sua possibilidade não podia ficar sem um Centro de Hemodiálise. Alguém me disse que há máquina de hemodiálise mas que por falta de interesse de algumas pessoas essa máquina não entrou em funcionamento até agora”, lamentou Eli Cassien Coly.

O Paróco ainda mostrou a sua indignação perante as más condições das estradas do país, acrescentando que todos os guineenses sabem quem era o padre Domingos da Fonseca, que faleceu devido a complicações relacionadas a insuficiência renal.

“O percurso Bissau/Ziguinchor, uma distância de cerca de 140 km, pode ser andado numa hora e trinta minutos, com a ambulância a andar muito mais rápido. Quando estávamos a evacuar o falecido missionário para Zinguinchor, percorremos três horas de tempo porque as estradas não estão em condições. Todos nós sabemos que o padre Domingos é um homem forte mas que veio a pedir ajuda, é porque não estava bem”,referiu.

Eli Cassien Coly elogiou o esforço dos técnicos de saúde do país, acrescentando que, apesar da falta das condições de trabalho fizeram grandes esforços com dignidade e honestidade para salvar a vida do padre Domingos da Fonseca.

“Os médicos de Bissau fizeram o diagnóstico e obtiveram um resultado e esse mesmo resultado foram conformados pelos médicos do Senegal, em Ziguinchor. Por isso, os nossos médicos são excelentes, o que lhes faltam são condições de trabalho”, disse o Padre.

Domingos da Fonseca foi o primeiro paroquiano da Nossa Senhora de Ajuda que tornou padre em 1984.

Padre Domingos da Fonseca, licenciado em Teologia Dogmática em Sociologia, era Vigário Geral da Diocese de Bafatá e igualmente Pároco da Paróquia de Bambadinca, e morreu com 64 anos.

De maio de 2015 até a data da sua morte, era Presidente da Comissão Organizadora da Conferência Nacional para a Reconciliação e Desenvolvimento, integrada por  32 pessoas entre as quais académicos, membros de Organizações da Sociedade Civil, juristas, militares, dirigentes políticos e religiosos.

A Comissão tem como principal objetivo criar condições para que a Conferência Nacional de Reconciliação que se prevê se realize em tempo razoável e definir um modelo de reconciliação entre os guineenses. ANG/DMG/ÂC//SG

Costa do Marfim


              Candidato às presidenciais  impedido de entrar no país
Bissau, 26 dez 19 (ANG) - As autoridades da Costa do Marfim impediram de entrar no país, Guillaume Soro, candidato às presidenciais de 2020.
Guillaume Soro
 Guillaume Soro, é alvo de um mandado de captura internacional da justiça marfinense, que não o prendeu, preferindo que o seu avião retomasse um outro rumo, em África ou na Europa, segundo fontes discordantes. 
O ex-chefe da rebelião e candidato às eleições presidenciais de 2020 na Costa do Marfim, Guillaume Soro, denunciou  num tuíte a "brutalidade inaceitável" das forças da ordem contra alguns dos seus companheiros.
"A brutalidade da repressão que se abateu sobre os militantes da GPS, Gerações e Povos Solidários é inaceitável", escreveu, na sua conta Twitter, Guillaume Soro, cujo regresso ao país não ocorreu enquanto 15 dos seus apoiantes foram presos.
Soro, ex-Presidente da Assembleia nacional de 2012 a 2019, é alvo de um mandado de captura internacional da justiça marfinense por "tentativa de atentado à autoridade de Estado", anunciou quarta-feira à noite o Procurador da República de Abidjan, Richard Adou.
O ex-chefe da rebelião devia entrar no país, após 6 meses de ausência, para lançar a sua campanha eleitoral para as presidenciais de outubro de 2020, que se apresenta tensa. Mas o seu avião particular acabou por ir aterrar no Gana.
No seu tuíte, Guillaume Soro, explicou que o comandante de bordo do seu jet privado foi informado de que o avião poderia ser assaltado no aeroporto de Abidjan, pelo que decidiu ir para o aeroporto de Acra.
Mas, as autoridades ganesas impediram-no de sair do avião que teve de se descolar.
Uma fonte no aeroporto de Acra, indicou que o avião de Soro, partiu para a Europa. ANG/RFI

Economia


                        BCEAO elogia opção pela futura moeda única

Bissau,26 Dez 19(ANG) - A reforma do franco CFA, que abrange oito Estados da África Ocidental constitui uma "etapa significativa" no projecto da moeda única, estimou terça-feira o Banco Central dos Estados da África Ocidental (BCEAO).
"Esta decisão histórica marca uma etapa significativa na realização de um projeto comum: construir colectivamente o crescimento dos países da CEDEAO (Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental) e fazer desta região o epicentro de uma prosperidade que beneficiará as actuais e futuras gerações", considerou num comunicado divulgado pelo governador do BCEAO, Tiémoko Meyliet Konsé.
No passado sábado em Abidjan, na presença do chefe de Estado francês, Emmanuel Macron, o Presidente da Côte d’Ivoire, Alasanne Ouattara, divulgou as grandes linhas do acordo concluído entre os oito países da União Económica e Monetária Oeste Africana (UEMOA -- Benim, Burkina Faso, Côte d’Ivoire, Guiné-Bissau, Mali, Níger, Senegal e Togo).
A reforma prevê uma alteração do nome da moeda -- o franco CFA que dará lugar ao eco, previsivelmente no próximo ano -, o fim do depósito de reservas do BCEAO no Banco de França e o abandono da nomeação por Paris de representantes nas instâncias do BCEAO e da UEMOA.
Em contrapartida, a paridade fixa do futuro eco em relação ao euro será mantida -- ainda que criticada por vários economistas africanos -- e Paris manterá o seu papel de garante financeiro.
As medidas constituem "um grande avanço no sentido da integração económica e monetária dos oito países membros da UEMOA, constituindo as bases da respectiva adesão ao eco, projecto de moeda única da CEDEAO", de acordo com o comunicado do BCEAO, cuja sede se encontra em Dakar, capital do Senegal. ANG/Angop


terça-feira, 24 de dezembro de 2019

Presidenciais 2019/2ª volta


Domingos Simões Pereira promete trabalhar em colaboração com governo para promoção do “bem comum”

Bissau, 24 dez 19 (ANG) – O candidato suportado pelo Partido Africano da Independência de Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Domingos Simões Pereira prometeu trabalhar, de mãos dadas com o governo, caso venha a ser eleito  Presidente República de modo  garantir o “beneficio comum”.

Simões Pereira fez a referida promessa na segunda-feira no comício popular que fez na cidade de Gabú, zona leste da Guiné-Bissau no quadro da segunda volta de campanha eleitoral para as presidenciais de 29 do corrente mês.

O candidato disse que para o sucesso de qualquer que seja nação, deve existir a colaboração entre os governantes e um espírito de diálogo construtivo, de forma a evitar constantes situações de conflitos que acabam por prejudicar o próprio povo.

“Não pretendo priorizar constantes derrubes dos governos, porque isso, com certeza, não vai ser uma solução, mas sim  apenas mais problemas. Tudo farei para melhorar a vida dos guineenses e para mostrar ao mundo de que somos capazes, tal como o povo de qualquer país Também pretendo ser um Presidente de que os guineenses vão se orgulhar”, prometeu aquele candidato.

Por outro lado, Domingos Simões Pereira manifestou a sua satisfação pela forma como foi recebida em Gabú, tendo dito que a melhor resposta que poderia ter é da manifestação da população de Gabú.

“Tinha a esperança de que pelo menos ia conseguir algo na região de Gabú, mas hoje passarei  a ter certeza de que  realmente vou ter sucesso nessa zona, porque o comportamento da população não deixou nenhuma dúvida face à isso, muito embora existem pessoas que pensam  que podem tirar proveito étnico e religioso. A resposta de Gabú é diferente”,referiu Domingos Simões Pereira.

Agradeceu a população da referida região pela forma como foi recebido e sublinhou que a reacção  dos cidadãos de Gabú demonstra a coesão do Povo guineense, e disse estar convicto que a mesma região está pronta  para estabelecer o compromisso com a sua candidatura no dia 29 do mês em curso.

“Queremos estabelecer um compromisso no dia 29, que a partir da próxima legislatura possamos ver aquele sol à arder para todo o filho da Guiné-Bissau. O que não posso fazer para minha mãe como sendo a mulher que me deu a vida pretendo o fazer para as mulheres da Guiné-Bissau. Não vou dirigir o país pensando no meu beneficio particular, mas sim no bem do Povo em geral”, garantiu Simões Pereira.

Acrescentou que a atitude dos populares da região de Gabú só mostra que não pode existir outro tipo de solução ou resultado a não ser a confirmação da sua  vitória no dia 29 de dezembro.

Questionado por um elemento de Juventude Africana de Amílcar Cabral (JAAC) sobre a sua proposta para a região de Gabú, uma vez que existem especulações de que essa zona não consta no projecto de governação “Terra Ranca”, respondeu que, infelizmente não vale a pena responder a referida questão, tendo justificado que já escreverem, mas que as pessoas lêem e não são capazes de compreender e se passam o tempo a explicar continuarão a  não perceber do mesmo jeito.

 “A nossa prioridade do projecto  “Terra Ranca” é de começar o nosso processo com três cidades ou seja escolhemos uma cidade para cada província (cidades de Cachéu, Bolama e Bafatá) de modo a criar um pólo urbano que irá dignificar cidadão guineense e de lhe dar outra qualidade de vida. Isso não significa que a cidade de Gabú ficou de fora, até porque no nosso plano para a exploração de bauxite vai começar na cidade de Gabú. Por isso, é fundamental  compreender algo antes de especular”, disse Simões Pereira. ANG/AALS/ÂC//SG

Presidenciais 2019/2ªvolta


Umaro Sissoco promete isentar cidadãos guineenses de Conacri de Autorização  de Residência caso for eleito Presidente da República

Bissau, 24 dez 19 (ANG) – O candidato apoiado pelo Movimento para Alternância Democràtica (Madem G-15), garantiu  segunda-feira que caso for eleito Chefe de Estado no próximo dia 29 de Dezembro, vai dispensar todos os cidadãos da Guiné-Conacri residentes no país do pagamento e uso de Cartão da Autorização de Residência, no território da Guiné-Bissau.

Umaro Sissoco Embaló deu essa garantia  durante um comício popular na cidade de Gabú, leste do país, onde afirmou que a Guiné-Bissau tem uma dívida para com a Guiné-Conacri ou seja, segundo ele, durante a luta de libertação nacional os guineenses ocuparam aquele país como retaguarda, mas nunca foram pedidos uma carta de autorização de residência.

Embalo reafirmou a tese de não ser tribalista por isso pediu ao Povo a fazer-lhe confiança uma vez que é um candidato capaz de unir todos os guineenses, frisando que a liderança está no seu sangue,  uma vez que pertence a família real.

“Eu não tenho problema com Domingos Simões Pereira, mas as nossas formas de ver as coisas é que são diferentes ou seja ele é  meu concorrente, gosta de menosprezar as pessoas, enquanto eu não. Conhecemos-nos há mais de 30 anos e sempre existiu uma relação de respeito e de consideração entre nós”,disse.

Sissoco Embalo criticou o comportamento de Baciro Djá, candidato do partido Frente Patriótica de Salvação Nacional(Frepasna), derrotado na primeira volta das presidenciais e que decidiu apoiar Domingos Simões Pereira nesta segunda ronda, e diz que este é “incoerente”.

 “Ele contou muitas coisas sobre Domingos Simões Pereira e agora está o apoiá-lo. Mas, com tudo isso, vou lhe perdoar e se ganhar vai-lhe chamar para trabalharem juntos porque Guiné-Bissau é um país de todos os guineenses”, prometeu.

Sissoco Embaló afirmou que Simões Pereira não consegue nem gerir o partido que lidera, a titulo de exemplo, expulsou os mandingas e beafadas do PAIGC.

“Quem não consegue gerir um partido como pode gerir uma Nação. No meu caso, eu nasci para dirigir e vamos ser um bom condutor para guiar os destinos deste Povo martirizado”,frisou .

Sobre a vinda do milionário Saudita ao país, Embalo disse que há vozes  contra essa iniciativa , tendo questionado se aquelas pessoas são mais guineenses do que ele, ao ponto de estarem contra a vinda de uma pessoa que vem para ajudar o Povo, tendo pedido o voto em massa na sua pessoa, no dia 29 de Dezembro.


Disse que a região de Gabu é o seu bastião politico ao contrário do seu opositor que não tem zona de influência e que os votos recebidos são graças ao PAIGC, explicando que não são os discursos que ganham as eleições .

“O meu programa é a Constituição da República. Não participei na entrevista na TGB e no debate organizado pelo Sindicato dos Jornalistas e Técnicos da Comunicação Social (Sinjotecs) por causa do comprimento da minha agenda no Sul do país ou seja nas zonas onde não consegui chegar na primeira volta “,disse.

O candidato apoiado pelo Madem G-15 garantiu que vai participar no debate televisivo do dia 26 de Dezembro tendo convidado ao seu opositor a levar a Bíblia porque  ele vai levar o Alcorão, para jurarem que só vão dizer a verdade para o Povo. ANG/MSC/ÂC//SG