quarta-feira, 23 de setembro de 2020

DesportoSecretário de Estado da Juventude e Desporto promete instalações para outras modalidades desportivas

Bissau, 23 set 20 (ANG) – O Secretário de Estado da Juventude e Desporto Florentino Fernando Dias disse hoje que está a trabalhar para que as outras modalidades desportivas possam ter instalações próprias, à semelhança da Federação de Futebol da Guiné-Bissau(FFGB).

Em declarações à imprensa no final da visita que efetuou a sede nacional da Federação de Futebol da Guiné-Bissau, o governante confirmou a realização da Assembleia Geral da organiza

ção na sala da FFGB.

Disse que a visita serve para se inteirar das condições das instalações  da Federação de Futebol da Guiné-Bissau e saber das condições do lugar em que se vai realizar Assembleia Geral  agendada para a próxima quarta-feira.

“A secretária de Estado da Juventude e do Desporto está a trabalhar para que  as outras modalidades desportivas tenham estruturas próprias à semelhança da Federação de futebol”, disse.

Florentino Fernando Dias revelou no final de que está em curso a construção de um Centro de Estágio para todas as modalidades desportivas.

Em relação ao Congresso da FFGB, Dias disse que os preparativos estão no bom caminho e que recebeu  informações da parte da Secretária Geral de que não haverá nada de extraordinário que possa por em causa a realização da eleição no dia 30 de setembro.  

De  acordo com o Secretário de Estado da Juventude e do Desporto foram criadas  todas as condições necessárias para que o processo tenha lugar no dia 30 de Setembro.

“Tive a oportunidade de ser apresentado a sala, onde o processo vai decorrer  e respeitou as normas de prevenção a Covid-19,  e que será um processo muito escrutinado”,disse.

Florentino  Dias acrescentou que qualquer um pode acompanhar o processo a distância através dos meios tecnológicos a disposição para tornar o processo mais transparente.

“Sei também que no dia 30 de Setembro vai se realizar apenas a eleição do novo Presidente da Federação de Futebol da Guiné-Bissau e quando se realiza só um acto eleitoral não é preciso aglomeração de pessoas no espaço. Por isso permite só a presença dos  membros da Comissão Eleitoral, e de representantes de todos os candidatos ”, referiu.

Adiantou  que os   delegados e representantes das organizações desportivas terão acesso a sala para exercerem o seus direitos de voto, um de cada vez e a partir da outra sala acompanhar o processo.

Instado sobre os preparativos para o próximo jogo particular da seleção nacional de futebol, previsto para inicio de Outubro contra as congéneres de Angola e Moçambique, a serem disputados em Portugal, Dias disse que tudo está a postos, acrescentando que o governo, através da Secretaria de Estado da Juventude e Desporto está a trabalhar, em estreita colaboração com Federação de Futebol da Guiné Bissau, e que já foram criadas todas as condições para que as duas partidas tenham lugar.ANG/LPG/ÂC//SG

Especial 24 de Setembro/ Antigo aluno do Lar de Estudantes de Conacri pede políticos para se  abdicarem de  “guerrinhas”

Bissau, 23 set 20 (ANG) – O antigo aluno do Lar de Estudantes de Conacri pede aos políticos para se  abdicarem de “guerrinhas políticas”,  a fim de trabalharem para o desenvolvimento do país.


Ilna Nbana Sanhá, em entrevista conjunta à ANG, Jornal Nô Pintcha e RDN no quadro da comemoração de mais um ano da independência do país, que se assinala no dia 24 de Setembro, disse ainda que os governantes devem mudar seus hábitos de irem comprar casas no exterior, “porque  não é  solução para o desenvolvimento do país”.

 Acrescentou que os próprios governantes daqueles países sabem que os guineenses não estão preparados para desenvolver o país.

“Comprar casas em França, Portugal ou Senegal não é  solução. Porquê que  não podemos construir casas no nosso país? Os nossos governantes devem  deixar de  guerrinhas políticas  senão vamos fazer 100 anos na mesma situação”, frisou.

Aquele combatente disse ainda que a má governação do país começou a partir de 14 de novembro de 1980, sublinhando que no período em que o Luís Cabral era Presidente da República  nenhum político tinha ousadia de roubar o dinheiro do Estado para construir sua casa, ao contrário do que hoje se verifica.

Contou que entrou na luta de libertação do país com 15 anos de idade, mas sempre era expulso do grupo no momento da formatura devido o tamanho do seu corpo, porque era uma pessoa fraca fisicamente.

“Em 1969 entrei em Ziguinchor onde fui recebido naquela noite pelo Bacar comandante do Lar, naquela zona e quando ele me viu disse que estou com sorte e no dia seguinte  iria partir  para Guiné-Conacri. No dia seguinte perguntaram-me onde é que o meu paí pagava o imposto e eu disse em Bissorã. E como sou balanta não duvidaram tendo em conta que não falava nenhum dialeto a não ser balanta”, recordou.

Sanhá disse que fizeram três dias de caminho para Conacri e foram recebidos no Secretariado do Comité Central do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), acrescentando que antes de Cabral lhes enviar  para Madina de Boé trabalharam no armazém de roupas usadas que eram divididas para diferentes zonas de combate.

Contou ainda que foram levados por Pedro Pires, o antigo Presidente de Cabo-Verde para Madina Boé, e que ele e alguns alunos, que se encontravam  no internato se ocuparam de transporte de armamentos para as zonas de guerra.

 
Ilna Sanhá disse que ele e seus colegas é que limparam o lugar onde foi proclamado o Estado da Guiné-Bissau, antes da chegada de  Luís Cabral, Nino Vieira, Aristides Pereira e outros altos dirigentes do partido, e de coluna de militares que ocuparam  as zonas estratégicas para neutralizar qualquer tentativa de inviabilização do acto.  

Disse que não se arrependeu de ir a luta porque consegue-se a libertação do jugo colonial.

“Cabral nos dizia para não estragar nada, as coisas que pertenciam aos portugueses vão ficar para nós e não vão as levar. Tínhamos 83 países amigos que ajudavam na luta de libertação nacional. Alguém pode te ajudar quando está no momento difícil como estávamos na guerra, mas quando termina, com certeza aquela ajuda vai diminuir, por isso não deviam dizer para que os tugas levassem tudo porque   virão de Boé”, disse.

Aquele veterano da guerra informou que o Amílcar Cabral na altura não permitia que guerrilheiros guineenses utilizassem muitas armas pesadas que podem danificar casas, acrescentando que, por isso, ele dizia que a luta que está a ser feita com as armas nas mãos era o programa mínimo, e a luta  de construir o país seria o  programa maior.

“Para construir uma casa é difícil porque vai precisar de pedreiros, carpinteiros e outros profissionais de diferentes áreas, mas para destruir é muito fácil. Então não devíamos permitir que os tugas levassem todos os materiais que tinham na Guiné”, considerou  Ilna Nbana.

Aquele combatente da luta disse que esse comportamento dos guineenses na altura fez com que os colonialistas portugueses danificassem muitos equipamentos que não podiam levar, ao contrário dos cabo-verdianos que recusaram a retirada e danificação de pertenças  portuguesas com justificação de que tudo pertencia ao povo.

Ilna Nbana Sanhá disse que a população de Tite estava muito contente no dia em que foi proclamado o Estado da Guiné-Bissau, em Boé porque tinha a esperança de que o país teria uma governação que vai permitir que a terra seja construída para o bem de todos os guineenses, o que não veio a acontecer até hoje.

Sublinhou que aos 47 anos da independência do país nenhum governador ou administrador construir
algo para o setor, justificando que um comandante que estivesse na luta colonial e veio a ser um governador ou administrador não pode ter planos para o desenvolvimento do setor, justificando que não tem capacidade administrativa para desenvolver nada. ANG/DMG/ÂC//SG

 

              
           
          Covid-19
/ África com mais 255 mortos e mais 8.319 infecções

Bissau, 23 Set 20 (ANG) - O número de mortos em África devido à covid-19 subiu nas últimas 24 horas para 34.327, mais 255, e há mais 8.319 casos de infecção, num total de 1.420.629, segundo os dados mais recentes da pandemia no continente.

Segundo o Centro 

de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (África CDC), nas últimas 24 horas o número de recuperados nos 55 Estados-membros da organização é agora de 1.168.444, mais 10.282 casos.

O maior número de casos de infecção e de mortos continua a registar-se na África Austral: 722.376 e 17.322, respectivamente. Nesta região, apenas a África do Sul, que é o país mais afectado do continente, contabiliza agora 663.282 casos, mais 1.346 casos do que nas últimas 24 horas, e 16.118 mortos, mais 126.

O norte de África, a segunda zona mais afectada pela pandemia, tem 305.935 pessoas infectadas e 10.175 mortos e na África Ocidental o número de infecções é de 172.961, com 2.574 vítimas mortais.

A região da África Oriental contabiliza agora 162.189 casos e regista 3.185 vítimas mortais e na África Central estão registados 57.168 casos e 1.071 óbitos, os mesmos desde há 48 horas.

O Egipto, que é o segundo país africano com mais vítimas mortais, a seguir à África do Sul, regista 5.806 mortos e 102.254 infectados e Marrocos contabiliza 1.889 mortos e 105.346 casos.

A Argélia surge logo a seguir, com 50.217 casos de infecção registados e 1.689 vítimas mortais.

Entre os seis países mais afectados constam também a Nigéria, com 57.613 infectados e 1.100 mortos, o mesmo número que nas últimas 24 horas, e a Etiópia, que ultrapassou em igual período os 70.000 casos de infecção (70.422) e regista 1.127 mortos.

Entre os países africanos que têm o português como língua oficial, Angola lidera em número de mortos e Moçambique em número de casos, que ultrapassou a barreira dos 7.000.

Angola regista 155 mortos e 4.236 casos, seguindo-se a Guiné Equatorial (83 vítimas mortais e 5.018 infectados), Cabo Verde (52 mortos e 5.337 casos) e Moçambique (45 óbitos e 7.114 infectados).

A Guiné-Bissau mantém os 39 mortos, e o número de infectados é hoje de 2.324, enquanto São Tomé e Príncipe mantém o número de 15 mortes e 908 infectados registados nas últimas 24 horas.

O primeiro caso de covid-19 em África surgiu no Egipto em 14 de Fevereiro e a Nigéria foi o primeiro país da África subsaariana a registar casos de infecção, em 28 de Fevereiro. ANG/Angop

 

Especial 24 de Setembro/Director de saúde de Bafatá defende  ampiliação dos Centros Hospitalares 

Bissau, 23 Set 20 (ANG) - O Director de saúde da região de Bafatá defendeu  a  necessidade de se ampliar os Centros Hospitalares da região para melhor aten

dimento das necessidades populacionais

 Armíndo Comando Sanhá falava em entrevista  aos repórteres da ANG, Jornal Nô Pintcha e RDN no âmbito das celebrações dos 47 anos da independência, que se assinala no próximo dia 24 de Setembro.

A região conta actualmente com  14  áreas sanitárias e 16 estruturas sanitárias.

“A maioria dos Centros Hospitalares que temos aqui na região de Bafata foi construída há muitos anos, mas  hoje  a necessidade aumentou tendo em conta o aumento de número da população. Por isso, é fundamental ampliar estes centros para que possamos fazer o nosso trabalho da melhor forma possível”, defendeu  aquele responsável.

Acrescentou que têm problemas de falta de meios materiais e que isso acaba por condicionar a evacuação de muitos pacientes para a capital Bissau,  com o objectivo de receber o tratamento adequado.

Por outro lado, Armíndo Sanhá declarou  que no quadro de pandemia de Covid-19, até a data presente foram registados 268 casos de infecção por Covid-19, dos quais  cinco pessoas morreram, 29 recuperaram e outros estão ainda no processo de tratamento..

Revelou  que uma das dificuldades que estão a enfrentar no quadro de pandemia de Covid-19 está ligada à desobediência da população no que tange ao cumprimento das medidas preventivas recomendadas pelos profissionais de saúde.

“A doença mais frequente na região de Bafata é o paludismo, diarreia sobretudo nesta época da chuva, mas sempre preocupamos com a distribuição das tendas e sensibilizações de modo a diminuir o impacto dessas doenças”, explicou aquele responsável.

Questionado sobre as dificuldades dos meios de transporte, respondeu que, na realidade existem algumas áreas sanitárias da região que devem ter  ambulâncias para transportar os seus pacientes.

Sanhá disse que existem zonas de difícil acesso  na região de Bafatá devido as más condições das estradas e que por isso, é necessário que o governo melhore essas vias para diminuir o risco de perda de vida por parte da população.

O Director regional da Saúde disse que perspectivam a reciclagem permanente para os  Técnicos de Saúde à nível da região de Bafatá, com a finalidade de estarem  actualizados e aptos nos seus trabalhos.

“A aprendizagem é um processo contínuo, por isso, não devemos poupar os nossos esforços em formar e autoformar, porque só desse jeito é que estaremos aptos para efeitos de concorrências e de fazer o nosso trabalho como deve ser”, considerou.ANG/AALS/ÂC//SG

 

                        Mali/ Bah N’Daw nomeado presidente de transição

Bissau, 23 Set 20 (ANG) - O ex-ministro da Defesa, Bah N’Daw  nomeado presidente de transição do Mali pelo Comité Nacional para a Salvação do Povo do Mali, deve ser empossado sexta-feira, 25 de Setembro, anunciou o chefe da Junta, o coronel Assimi Goïta à televisão nacional.

Nascido em 1950, Bah N’Daw fez carreira na Força Aérea. Em 2014, depois de se ter reformado, assumiu o cargo de 

ministro da defesa, em substituição de Soumeylou Boubèye Maïga.

O coronel na reforma vai conduzir a transição no país ao lado do chefe da Junta Militar -que organizou um golpe de Estado contra o Presidente Ibrahim Boubacar Keita- Assimi Goïta, que assume o cargo de vice-presidente.

Os dois homens têm a missão de governar o Mali durante os próximos 18 meses, período definido pela junta como necessário para se fazer uma transição política o menos disruptiva possível, antes do agendamento de novas eleições.

A Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) e o Movimento 5 de Junho-União de Forças Patriótica (M5-RFP) – composto pelos partidos da oposição que lideraram a onda de protestos contra Ibrahim Boubacar Keita e que negociaram com a junta militar um roteiro de transição– exigiam que o presidente de transição fosse civil e não um militar.

A escolha de N’Daw, ex-coronel, pode ser vista como a solução intermédia apresentada pelo Comité Nacional, resta saber se a CEDEAO e o M5-RFP a vão aceitar. ANG/RFI

 

 

 

terça-feira, 22 de setembro de 2020

 Prevenção contra coronavirus

No plano individual deve-se  manter o distanciamento físico, usar  uma máscara,  lavar as mãos  regularmente e tossir fora do alcance  dos outros. Façam  tudo isso!

A nossa mensagem às populações e aos governos é clara.Façam tudo isso!"

                                        ( Tedros Adhanom Ghebreyesus - DG da OMS)

Especial 24 de Setembro/Antigo aluno do Internado de Boé lamenta estado avançado de degradação das infraestruturas locais

Bissau, 22 Set 20 (ANG) – Um dos antigos estudantes do Internato de Madina de Boé lamentou  o estado de degradação das infraestruturas daquele sector onde foi proclamado o Estado da Guiné-Bissau.

Amadu Djaló, em entrevista concedida à ANG, Jornal Nô Pintcha e RDN, no quadro da comemoração de mais um ano de independência da Guiné-Bissau 


que se assinala no dia 24 de Setembro, disse que, de facto, existia um Internado em Boé por iniciativa do PAIGC e de Amílcar Lopes Cabral.

Contou  que durante a visita que Cabral efectuou àquela localidade, em 1971, quando passou numa tabanca de nome Sibidjam, constatou que havia muitas crianças sem escola e que havia necessidade de criar um Internato local, uma vez que Boé já era uma zona libertad
a e que  a maioria das crianças era indígena.

“Foi assim que  o Internado surgiu e o primeiro professor foi um português de nome Duarte Campos que fugiu para as matas para combater contra o regime colonial do seu país de origem. Havia um primeiro Internado entre 1969/70, mas os alunos foram dispersos porque na altura existiam  muitos bichos parasitas que atacavam as pessoas nos dedos dos pés e como não havia alternativa para sanear este problema os alunos dispersaram", explicou.

Djaló disse que a iniciativa de criar um Internato era para fazer com que as crianças sejam alfabetizadas, o que foi um grande problema, uma vez que os mais velhos não tinham a ideia de mandar os filhos para a escola.

Disse que,  com ajuda de um homem chamado Sori Djaló, que falava a língua local que é fula, convenceu os pais a deixarem pelo menos um dos filhos  ir para escola e os restantes continuavam a cuidar dos campos de cultivo.

“Foi assim que ele consegiu levar certos alunos, principalmente os que moravam perto da zona onde situava o Internato, entre eles destaco o Malal Sané, Aldjuma Sissé, Talal Sané. Estes foram os primeiros filhos de Boé que foram para o Internato”, explicou.

Acrescentou que, depois vieram  crianças de Norte e Sul do país para ingressar no Internato, uma vez que Boé foi a primeira zona libertada e que posteriormente Sori Djaló foi nomeado Presidente da região de Boé.

Amadu Djaló lembrou que os alunos recebiam nomeadamente roupas, comida, latarias, leite e quando vão para as tabancas as outras crianças vendo isto começaram a frequentar as aulas até atingir o número de 500 à 600 alunos, antes de proclamação da independência.

“A independência foi proclamada junto a um local chamado “Balion “,que significa negro na língua fula, em 1973. Foi junto ao nosso Internato no campo onde jogávamos a bola foi ali que colocaram a tribuna de honra entre duas árvores, uma de Pau Sangue outra de Conta e a partir daí a luta tomou um novo rumo ou seja, as hostilidades no campo da batalha diminuiu com cessar fogo unilateral”, lembrou Djaló.

O antigo estudante do Internato de Madina de Boé salientou que falar daquela localidade hoje é uma tristeza devido as péssimas condições de vida que os seus citadinos levam, frisando que o primeiro Presidente após a independência, Luis Cabral visitava-os no Internato em Lugadjol.

Amadu Djaló disse que Luís Cabral chegou de afirmar que Boé seria capital política e Bissau seria capital comercial da Guiné-Bissau.

“Isso era o seu plano mas  depois de 14 de Novembro de 1980, tudo mudou ou seja os projectos foram esquecidos e o país ficou a deriva e agora os internatos, a nivel nacional, simplesmente desaparaceram”, disse. ANG/MSC/ÂC//SG

 

 

 

 

 

 

Especial 24 de Setembro/Governador de Bafatá perspectiva realização de uma Conferência para promover desenvolvimento regional

Bissau, 22 Set 20 (ANG) - O Governador da região de Bafatá, perspetiva a realização de uma  Conferência regional com os filhos influentes daquela zona, actores sociais, amigos e sector privado após a pandemia de Covid-19 com o objectivo de mobilizar investimentos para a região.

Caba Sambú, em entrevista concedida aos repórteres da ANG, Jo

rnal Nô Pintcha e RDN, no âmbito das celebrações dos 47 anos da independência, que se assinala no próximo dia 24 de Setembro, revelou  que estão à elaborar um plano de relançamento da região de Bafatá em todos os aspectos.

Aquele responsável sustentou   que trabalhou como coordenador de um ONG o que lhe permitiu ter  relações  com  parceiros nacionais e internacionais e que isso vai lhe ajudar no  processo de relançamento da região de Bafatá.

Segundo Sambú, a região de Bafatá oferece oportunidades de investimento nos domínios de agricultura, pecuária, conservação e transformação de frutas, e comercialização das mesmas entre outras.

Sublinhou  que a administração, em colaboração com a comunidade,  pretende fazer um trabalho de recuperação  de certas vias de acesso, tendo exemplificado que, na cidade de Bafatá, existem vias que dificultam acesso entre os bairros ou ruas devido as inundações .

 Caba Sambú ainda revelou  que têm um plano de reciclagem dos lixos e que isso vai evitar acumulação de lixos na cidade e nos bairros.

 “No período pós colonial, a cidade de Bafatá se encontrava num bom estado com boas infraestruturas, estradas em condições, mas actualmente está num estado de degradação total, e essa situação é muito grave, porque se um pai construir uma casa e a entrega ao  filho, o filho pode não estar na altura de construir mais casas mas deve cuidar da manutenção do que já tem. No nosso caso nem se quer conseguimos cuidar do que herdamos dos portugueses”, criticou.

Caba Sambú disse estar confiante que a nova geração dos filhos e amigos da região de Bafatá trabalharão para progresso da região, em diferentes domínios.

“A região de Bafatá, com  quase 200 mil habitantes, de acordo com os dados de 2014, tem menos de 20 centros de saúde e possui um único hospital regional de referência", disse o governador daquele região Leste do país.

Sublinhou que a região de Bafatá tem  capacidade de produzir arroz durante toda época do ano e que dos 90 por cento das zonas que permitem praticar a lavoura nas épocas na seca apenas 40 por cento são utilizadas, os restantes não são tocadas ainda, mas têm todas as condições agrometeorológicas e climáticas para serem produtivas.

O governador explicou que estão a funcionar com bastante dificuldades que herdaram da direcção cessante, inclusive dividas salariais , mas que  vão trabalhar para minimizar a situação.

Por outro lado, Caba Sambú disse que a pandemia de Covid-19 reflecte, de certa forma, na situação de dificuldades que estão a enfrentar e que por isso, deseja que a pandemia seja controlada, o mais depressa possível, para que tudo possa voltar a normalidade na Guiné-Bissau e no  mundo.ANG/AALS/ÂC//SG

 

 

 

Lei da Concorrência/Ministro do Comércio reafirma engajamento do Governo na implementação das directivas da UEMOA

Bissau,22 Set.20(ANG) – O ministro do Comercio e Indústria reafirmou o  engajamento do Governo na implementação das directivas da União Económica e Monetária Oeste Africana(UEMOA), sobre aplicação de regras e normas em especial na conclusão e adopção da Lei da concorrência.

Artur Sanhá que falava hoje na abertura do Seminário Nacional

de Sensibilização sobre Concorrência e Consumo no espaço UEMOA, disse que na Guiné-Bissau um dos grandes desafios em matéria da concorrência, é a  criação de condições para institucionalização de uma Autoridade Nacional da Concorrência.

O governante disse que o objectivo da criação da referida instituição, visa o  controlo das operações de concentração e inspecção permanente com vista a detectar  práticas restritivas de livre concorrência no mercado.

Adiantou que os principais fundamentos da liberalização das trocas comerciais baseiam-se nos princípios da interdição total de todas as práticas suscetíveis de restringir a livre concorrência no interior do espaço comunitário, visando a transparência nos procedimentos e cooperação entre a Comissão e os estados membros.

“Esse seminário que estamos a assistir hoje, conta com apoio integral da Comissão de UEMOA e visa informar aos dirigentes da administração pública responsáveis pela aplicação das regras da concorrência, os actores do sector privado e da sociedade civil, sobre questões relacionadas com a aplicação das regras da concorrência e a defesa do consumidor numa economia de mercado”, explicou Artur Sanha.

Por sua vez, o representante residente da UEMOA no país, Bertin Felix Comlanvi afirmou  que os principais objectivos da organização é o reforço da competitividade das actividades económicas e financeiras nos Estados membros bem como no estabelecimento de um mercado aberto, concorrencial e na criação de um ambiente jurídico racional e harmonizado.

O seminário com a duração de um dia, debruçará sobre  o Dispositivo Nacional da Concorrência, Direito da Concorrência no Consumerismo, Concorrência e Regulação.ANG/ÂC//SG

 

 

                                      
                               Cultura/
Lançado  grupo “Coral Nacional”

Bissau, 22 Set 20 (ANG) – A Secretaria de Estado da Cultura procedeu  esta terça-feira  a apresentação pública do  “Coral Nacional” constituído por cerca de duzentas pessoas, entre homens e mulheres incluindo artistas da nova geração.

Na ocasião, o Secretário de Estado da Cultura disse que o grupo criado recentemente  e é um projecto dentro de outro maior,  para a reabertura da Escola de Música, paralisada há 30 anos e fundada após a independência pelo  então Chefe de Estado, Luís Cabral.

“A Escola de Música formou muito

s artistas que hoje representam o país, nos palcos internacionais", referiu.

Francelino Cunha disse que criaram o Coral Nacional como forma de dizer ao público, as autoridades nacionais e os parceiros internacionais que a cultura guineense precisa com muita urgência, de retomar a Escola de Música.

Aquele responsável cultural disse que na Guiné-Bissau os corais existem só nas  igrejas e muitos entendem que é um grupo só da igreja, acrescentando que, entretanto esta é a primeira experiência que estão a fazer, de tirar o coral dentro da igreja para fazê-lo nacional. 

Segundo Cunha, o Coral Nacional servirá também para outros eventos nomeadamente as solenidades, cerimónias de alto nível, como chegada de delegações estrangeiras, abertura do ano judicial, da Assembleia Nacional Popular, nos momentos de alta competição  desportivas, nas aberturas dos campeonatos.

Afirmou que não existe nem o edifício da Escola de Música, nem instrumentos, mas existem  professores com competências.

Por sua vez, a Alta Comissária para COVID-19, Magda Robalo agradeceu a Secretaria de Estado da Cultura pela iniciativa, e diz que o país deve aproveitar e transformar a indústria criativa num polo de desenvolvimento.

Robalo acrescentou que a Guiné-Bissau é um país bastante rico culturalmente, mas que não explora suficientemente as suas potencialidades no domínio da cultura e que isso é um factor que não ajuda a avançar no ponto de vista social,  económico, cultural e político.

Magda Robalo destacou que a cultura, para além da música, é muito rica na pintura, banda desenhada, vídeos e outros, atividades que criam emprego e geram desenvolvimento.

Aconselha à todos a usarem corretamente as máscaras  e disse que no dia da independência quer ver o distanciamento social entre as pessoas nas cerimónias de comemoração dos 47 anos da libertação da Guiné-Bissau.

O acto central das festividades dos 47 anos de independência vão decorrer no Estádio nacional 24 de Setembro. A entrada só é permitida a detentores de um convite para o efeito. ANG/JD/ÂC//SG

 

 

 

Especial 24 de Setembro/Régulo de Boé lamenta abandono do “berço da Independência

Bissau 22 Set 20 (ANG) – O régulo do sector de Madina Boé, região de Gabú,  leste do país, lamentou  terça-feira a deterioração, abandono e isolamento do Sector, berço da Independência.

José Adramane Djaló falava em entrevista concedida à ANG, Jornal Nô Pintcha e RDN, no quadro da comemoração de mais um ano de independência da Guiné-Bissau que se assinala no dia 24 de Setembro, disse que a situação é preocupante porque o que pensavam de Boé como local da proclamação da independência e dos projectos que estavam na manga todos foram para água abaixo.

 “Após 47 anos desde a proclamação do Estado guineense, o sector transformou-se num dos  mais vulneráveis do país. Imagina, ontem saímos com géneros alimentícios que o governo deu para as populações de Boé vitimas do sinistro causado pelas fortes chuvas e todo o apoio ficou no caminho devido a más condições das estradas o que significa que alguma coisa não está bem”, lamentou.

Adramane Djaló contou que actualmente as viaturas não podem circular naquela zona e a própria jangada que faz a travessia no rio Tchechi não está a funcionar e as pessoas são obrigadas a usar  pequenas pirogas para atravessar o rio e depois usam as motorizadas ou andam de pé para os seus destinos.

Para o régulo, o Boé como um local histórico, não podia estar nesta situação.

Referiu que  os grandes projectos de infraestruturas foram simplesmente esquecidos por sucessivos governos que passaram no país.

Adramane Djaló afirmou  que uma parte da população  de Boé vive  da Guiné Conacri, acrescentando que nestas localidades as  pessoas preferem adquirir a moeda da Guiné Conacri em vez do franco cfa, utilizado na Guiné-Bissau.

Segundo Djaló,  só uma vez é que as estradas da zona de Boé foram reabilitadas até a povoação de Beli ,e que o resto do troços e  mantem tal como estava desde a época colonial.

“Estamos cansados de pedir mas vamos continuar a apelar o Governo para que melhore as condições deste sector”, disse Djaló.ANG/MSC/ÂC//SG


Especial 24 de Setembro
/Antigo condutor de Comité de Estado da Cidade de Bafatá reafirma nascimento de Amílcar Cabral naquela localidade

Bissau, 22 Set 20 (ANG) – O antigo condutor de Comité de Estado da Cidade de Bafatá, Mamadu Fofana reafirmou esta segunda-feira o  nascimento do pai da nação guineense Amílcar Cabral naquela localidade da zona Leste da Guiné-Bissau.

Em entrevista concedida aos repórteres da ANG, Jornal Nô Pintcha e RDN no âmbito das celebrações dos 47 a

nos da independência, que se assinala no próximo dia 24 de Setembro,  Mamadu Fofana disse que cada pessoa é livre de pensar o que quiser, mas que na realidade, o facto de Amílcar Cabral ter nascido na cidade de Bafatá não pode ser mudado.

“O pai de Amílcar Cabral era professor na secção de Geba, sector de Bafatá, de forma que Cabral nasceu aqui, muita gente sabe disso, porque testemunharam o mesmo assunto. Por isso, se os cabo-verdianos pretendem dizer que ele nasceu em Cabo-Verde podem seguir em frente, mas eu sei que nasceu em Bafatá”, afirmou aquele responsável.

Mamadu Fofana sublinhou que só pelo facto de Amílcar Cabral ser o libertador das  pátrias  Guiné-Bissau e Cabo-Verde, não deve ser   motivo para existir puxa-puxa sobre a sua terra natal.

Questionado se valeu a pena lutar pela independência da Guiné-Bissau uma vez que o país está a degradar cada vez mais, respondeu que na realidade valeu a pena sim porque o povo foi libertado da escravatura.

Acrescentou que o problema do país está nos sucessivos governantes, porque os mesmos não privilegiam o bem comum, mas sim  os seus interesses particulares, e que desse jeito será quase impossível o progresso da Guiné-Bissau.

“O maior problema da Guiné-Bissau, é que cada pessoa  pretende estar a frente para governar, uma vez que na realidade só deveriam estar ali os que podem fazer algo para o progresso do país”, disse aquele ansião.

Segundo  o responsável de Casa Museu Amílcar Cabral, Mamudu Djata, a casa na qual Cabral vivia com os pais foi recuperada em 2011 e  reabilitada em 2017 por iniciativa de Adriano Ferreira vulgo “Atchutchi” que era o Governador de região de Bafatá, na altura e Alfa Djaló era Secretário Regional.

Vista da Casa Museu de Cabral em Bafatá

Casa Museu Amílcar Cabral tem dois dormitórios , tem um salão com muitos quadros com  imagens de “Abel Djassi”, (nome de guerra de Cabral) em diferentes idades e etapas da sua vida, também existem quadros com as imagens dos pais.

 Na mesma Casa existem ainda uma sala de visita, sala jantar que actualmente foi transformada em Biblioteca, uma saleta com espécie de Capela na qual a família pratica a reza , porque pertenciam a religião católica, uma cozinha e outra parte que era Casa do gerador está habitada actualmente pelo responsável do referido Museu com a sua família.

A Casa tinha um Bunquer e que atualmente deixou de funcionar.

Amílcar Cabral é o pai fundador da nacionalidade guineense e cabo-verdiana, nasceu 12 de Setembro de 1924 na cidade de Bafatá,  Leste da Guiné-Bissau, morreu a 20 de Janeiro de 1973, em Conacri,  com 48 anos de idade, ele era político, engenheiro agrónomo e escritor.

Cabral  é  filho de Juvenal Lopes Cabral que era professor de origem cabo-verdiana e ascendência guineense  e de Iva Pinhel  guineense de ascendência cabo-verdiana. ANG/AALS/ÂC//SG

 

      Covid-19/Empresa japonesa lança lâmpada UV  que inactiva coronavírus

Bissau, 22 Set 20 (ANG) – Uma empresa japonesa desenvolveu uma lâmpada de radiação ultravioleta que inactiva o novo coronavírus, recorrendo a um comprimento de onda que um estudo científico diz ser inócuo para os seres humanos.

A lâmpada Care 222 foi desenvolvida pelo fabricante de equipamento de iluminação Ushio em colaboração com a Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, para potencial uso na desinfecção de espaços com grande afluência e elevado risco de contágio, como transportes públicos ou escritórios


.As lâmpadas de luz ultravioleta são utilizadas há muito como meio de esterilização, especialmente nas indústrias médicas e de processamento alimentar, mas os raios ultravioleta convencionalmente usados causam cancro de pele e problemas oculares, pelo que não podem ser utilizados em espaços com pessoas.

A nova lâmpada emite raios ultravioletas com um comprimento de onda de 222 nanómetros, em vez dos convencionais 254, o que a torna benigna para os seres humanos, afirma a empresa nipónica no seu ‘site’.

Segundo a Ushio, nesse comprimento de onda, os raios ultravioletas não podem penetrar na superfície da pele ou dos olhos para causar danos genéticos que provocam cancro e outras doenças.

Um estudo da Universidade de Hiroshima publicado este mês no American Journal of Infection Control confirmou que o tipo de raios ultravioletas utilizados na nova lâmpada são eficazes contra o coronavírus.

Segundo a Ushio, quando emite luz a partir do teto, a lâmpada Care 222 inactiva 99% dos vírus e bactérias no ar e em superfícies até três metros quadrados num raio de 2,5 metros.

Actualmente, a empresa apenas aceita encomendas de instituições médicas, mas planeia expandir a produção e alargá-la a outros sectores, de acordo com a informação publicada hoje pela agência noticiosa Kyodo.

A pandemia de covid-19 já provocou pelo menos 961.531 mortos e mais de 31,1 milhões de casos de infecção em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência de notícias France-Presse (AFP).

A doença é transmitida por um novo coronavírus detectado no final de Dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em Fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes. ANG/Inforpress/Lusa

 

 


Especial 24 de Setembro
/ Presidente da República confirma presença de cinco chefes de Estado africano  na festa de independência

Bissau, 22 set 20 (ANG) – O Presidente da República  confirmou a presença de cinco chefes de Estados africano nas celebrações do Dia da Independência do país que se assinala no próximo dia 24 de Setembro.

A confirmação  foi feita esta terça-feira pelo Chefe de Estado guineense Umaro Sissoco Embalo em declarações à imprensa no quadro dos preparativos para a comemoração da efeméride.

O chefe de Estado confirmou a prese

nça no acto dos seus homólogos do Senegal, Nigeria, Burkina Faso, Mauritânia e Togo.

Enquanto que Portugal será representado pelo chefe da diplomacia, Augusto Santos Silva.

Informou ainda que a Gâmbia e Costa de Marfim serão igualmente representados pelos respectivos ministros dos  Negócios Estrangeiros.

O Chefe de Estado  guineense informou que o presidente do Niger não estará presente por ter marcado a sua intervenção no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas  no dia 24 de setembro

No encontro com a imprensa, Umaro Embaló pediu aos guineenses no sentido de deixarem as querelas políticas por forma a mostrar aos hóspedes ou aos chefes de Estados africanos que estarão presentes no acto das celebrações,  que a Guiné-Bissau vive  momentos de tréguas.

Úmaro Sissoco Embaló quer a participação de todos à semelhança do que acontece quando haja partidas de futebol envolvendo a selecção nacional.

O Presidente da República confirmou igualmente a realização de  uma visita  oficial à Portugal, em outubro, na seguência de um convite formulado  pelo  chefe de Estado Português Marcelo Rebelo de Sousa.ANG/LPG/ÂC//SG

 

 

Especial 24 de Setembro/Combatentes  da Frente Leste preocupados com o “estado de abandono” em que se encontram

Bissau 22 Set 20 (ANG) – Os combatentes da liberdade da pátria  da frente leste, concretamente do sector de Boé, região de Gabú,  lamentaram esta terça-feira o que dizem ser “estado de abandono” ao que foram submetidos  pelos sucessivos governos, volvidos 47 anos da proclamação da independência.

O veterano de luta, Malaqui Bary ,em entrevista colectiva  aos repórteres da ANG, Jornal Nô Pintcha e RDN, por ocasião da celebração do Dia da Independência que

se assinala no próximo 24 de Setembro, disse que apesar desse abandono não estão arrependidos de terem se empenhado   na  juventude para libertar a Guiné-Bissau.

“Depois de expulsarmos os brancos da nossa terra, os sucessivos governantes deixaram a ideologia de Cabral e passaram a pensar nas suas próprias vidas, deixando os interesses do país, o que paralizou o processo de desenvolvimento”, lamentou.

Bary criticou o partido libertador de ter desviado do seu objectivo que era de trabalhar no programa maior para desenvolver a Guiné-Bissau.

Segundo Malaqui, mesmo com o multipartidarismo, se o PAIGC tivesse seguido as orientações de Amilcar Cabral os partidos que surgiram não teriam força que hoje austentam.

Falando da vida que levam como libertadores da Nação guineense disse que “tudo está mal”.

 “Durante a luta percorríamos, de pé, de Fulamori até Gabú, carregando balas, debaixo da chuva e as nossas comidas eram servidas em sacos de arroz ou em folhas de árvores. Se lembramos estes a mais sacrifícios que passamos e o lugar onde estamos hoje, deixa muitas perguntas”, disse.

 Malaqui Bary aderiu a luta em 1966, em Madina Boé.

Disse que, Cabral dizi

a, se ganharmos a guerra, temos que construir  o país e e que isso seria o trabalho de todos não só das Forças Armadas que libertaram o país.  

Por seu lado, Caro Queta igualmente antigo combatente da frente leste disse que assistiu a proclamação da independência em Boé, e lembrou que os combatentes tiveram uma reunião antes, onde foram informados que chegou o dia de serem livres de ocupação  colonial português.

 “Saímos do local da reunião e fomos até a fronteira com a República de Guiné Conacri onde encontramos com os colegas que iam proclamar o Estado livre da Guiné-Bissau”, recordou.

Segundo ele, outros decidiram mesmo entrar no território da Guiné-Conacri ,mas foram avisados para não o fazer porque a proclamação será no território da Guiné-Bissau, adiantando que a situação que os populares de Boé atravessam hoje é de lamentar.

“Não estamos satisfeitos em Boé, uma vez que havia projectos para realçar o sector torná-lo numa cidade com infraestruturas modernas, mas hoje nem a estrada temos”, lamentou.

Afirmou que, hoje como um país independente, esperava  outro tipo de comportamento por parte dos governantes em relação a Madina de Boé, enquanto
lugar histórico e onde a independência foi proclamada.

“Mas mesmo nós que pegamos nas armas para expulsar os tugas não fomos lembrados ou vistos. Contudo o meu desejo é que haja paz no país porque se isso acontecer os nossos filhos poderão ir à escola e terem uma vida melhor para que  nos possa  fazer feliz e não arrependermos de ter dado a nossa infância e juventude à causa da  libertação do país”,vincou Queta.ANG/MSC/ÂC//SG