segunda-feira, 11 de março de 2024

Moçambique/Polícias dizem que falta “vontade política” para travar raptos

Bissau, 11 Mar 24 (ANG) – A Associação Moçambicana de Polícias considera que falta vontade política para travar a onda de raptos no país, defendendo uma reforma e investimentos na corporação para eficácia das autoridades no combate a este tipo de crime.

“Para termos a segurança desejada no combate a este crime precisamos de uma força organizada. A nossa polícia hoje não está preparada para garantir a ordem e segurança públicas. Isso não quer dizer que nós não temos polícias, temos sim muitos e bons, mas falta vontade política”, diz Nazário Muanambane, em entrevista à Lusa, em Maputo.

Em causa está a onda de raptos em Moçambique, que começou em 2011, afetando, sobretudo, empresários e seus familiares. Após um período de relativa estabilidade, os casos voltaram a ser registados nos últimos anos, principalmente nas capitais provinciais, com destaque para Maputo.

As autoridades moçambicanas, entre as quais a Procuradoria-Geral e o Comando-Geral da polícia, admitiram, por várias vezes, o envolvimento de membros da polícia e de magistrados nestes crimes, cujas ramificações se estendem até à vizinha África Sul, país com o qual Moçambique tem fortes relações.

O presidente da Associação Moçambicana de Polícias, com registo de 14 mil membros, critica este posicionamento dos dirigentes, considerando que este argumento esconde “a incapacidade de gestão do Estado” por parte das próprias lideranças.

“Se eles são os dirigentes e dizem que a nossa política é frágil porque está envolvida no mundo do crime, isto significa que eles é que estão a admitir a sua incapacidade de gestão e de controlo do Estado”, diz.

Nazário Muanambane defende maior investimento na polícia para evitar que os membros da corporação sejam empurrados para o mundo do crime, bem como a aposta na tecnologia para fazer face à dinâmica do crime.

“Não tomem só o facto de que o polícia fez um juramento à bandeira, ele também é humano, tem família e necessidades como todos têm (…) Mas quando estas condições não são encontradas, sendo alguém com capacidade, acaba se deixando aliciar”, explica o presidente da Associação Moçambicana de Polícias, lembrando que os raptos são registados, em muitos casos, em locais com câmaras de vigilância.

Enquanto se debatem eventuais soluções para o problema, nas ruas de Maputo o receio de um novo caso de rapto à luz do dia prevalece, sobretudo para aqueles cujo trabalho é proteger os outros.

“Temos receio”, admite à Lusa Manuel Gamito, um segurança de um supermercado em Maputo que presenciou o último rapto na capital moçambicana, ocorrido na manhã de 11 de Fevereiro, a poucos metros da Casa Militar, quartel responsável pela guarda do Presidente da República, Filipe Nyusi.

“A ação deles não levou nem dois minutos. Eles estavam armados, apontaram-lhe uma arma e levaram-no para o carro e depois saíram”, lembra Manuel Gamito.

Este é o segundo rapto registado este ano na cidade de Maputo.

Em 20 de Janeiro, um empresário foi raptado na capital moçambicana por um grupo de homens armados, dois dos quais já detidos, mas a vítima “continua em cativeiro”, segundo os últimos dados avançados pela polícia.

No dia 16 de Janeiro, um gestor de uma loja de venda de mobília foi ferido no abdómen durante uma tentativa de rapto frustrada por populares que atiraram pedras contra os autores do crime, disse então à Lusa o porta-voz da polícia em Maputo, Leonel Muchina.

Desde Janeiro de 2023, as autoridades moçambicanas detiveram 38 pessoas envolvidas na onda de raptos no país, que registou um total 13 casos no mesmo período, segundo dados oficiais. ANG/Inforpress/Lusa

 

Bélgica/NATO "mais forte" com Suécia e "mais perto" da Ucrânia, diz SG

Bissau, 11 Mar 24 (ANG) - O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, salientou hoje que a Aliança Atlântica está "maior e mais forte" do que o esperado pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a adesão oficial da Suécia e "mais perto do que nunca" da Ucrânia.


"Quando o Presidente (russo) Putin lançou a sua guerra de escala contra a Ucrânia, há dois anos, queria menos NATO e mais controlo sobre os seus vizinhos. Queria destruir a Ucrânia como Estado soberano, mas não conseguiu. A NATO é maior e mais forte e a Ucrânia está mais perto do que nunca de aderir à NATO", declarou Jens Stoltenberg.

Falando à imprensa na sede da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), em Bruxelas, no dia em que se celebra a adesão oficial da Suécia à Aliança Atlântica, o responsável acrescentou que Putin começou a guerra e pode acabar com ela hoje, mas que a Ucrânia não tem essa opção pois "a rendição não significa paz".

"O nosso apoio à Ucrânia salva vidas e deve continuar", vincou Jens Stoltenberg, falando num "dia bom para a Suécia, para a NATO e para a paz e segurança em toda a Europa".

Destacando os "corajosos ucranianos que continuam a lutar pela liberdade", o líder da organização salientou ser necessário "continuar a fortalecer a Ucrânia para mostrar ao Presidente Putin que ele não vai conseguir o que quer no campo de batalha", devendo antes "sentar-se e negociar uma solução em que a Ucrânia seja reconhecida e prevaleça como uma nação independente e soberana".

A bandeira da Suécia é hoje hasteada na sede da NATO, em Bruxelas, numa cerimónia que oficializa a adesão do país nórdico à Aliança Atlântica após dois anos de negociações.

Referindo-se à adesão, Jens Stoltenberg observou que a Suécia tem "capacidades de vanguarda" na área da Defesa, por terra, no ar e no mar,  alocando desde já mais de 2% do seu Produto Interno Bruto (PIB) a este sector.

Em resposta à agressão de guerra da Rússia contra a Ucrânia, a NATO aumentou substancialmente a nossa presença nas linhas de demarcação e a adesão da Suécia reforça ainda mais essa presença, adiantou.

Também presente na ocasião, o primeiro-ministro da Suécia, Ulf Kristersson, salientou que a Suécia, enquanto membro da NATO, irá "partilhar os encargos, as responsabilidades e os riscos com os aliados".

A situação de segurança na nossa região não era tão grave desde a Segunda Guerra Mundial e a Rússia continuará a ser uma ameaça para a segurança euro-atlântica num futuro previsível.

Foi nesta perspectiva que a Suécia pediu para aderir à aliança de defesa da NATO para ganhar segurança, mas também para proporcionar segurança, adiantou o responsável.

Sobre a guerra na Ucrânia causada pela invasão russa, Ulf Kristersson garantiu apoio a Ucrânia, que "está a lutar corajosamente pela sua própria liberdade, mas também a defender a liberdade europeia".

Após mais de 200 anos de neutralidade, a Suécia é hoje oficialmente o 32.º membro da Aliança Atlântica.

A adesão da Suécia à NATO, desencadeada pela invasão russa da Ucrânia e conseguida após dois anos de intensas negociações, ocorreu após a Hungria, um dos aliados, a par da Turquia, que colocou os maiores obstáculos, ter aprovado no parlamento e ratificado o protocolo de adesão de Estocolmo. ANG/Angop

 

     Portugal/ Aliança Democrática vence eleições legislativas com 29,49%

Bissau, 11 Mar 24(ANG) - A Aliança Democrática (AD) foi a formação mais votada, com 29,49% dos votos e 79 deputados nas eleições legislativas de domingo, em que o Chega quadriplicou o número de deputados, com 48 mandatos.

O PS foi o segundo mais votado, com 28,66% e 77 deputados, no final do escrutínio em Portugal, e quando ainda faltam apurar os resultados nos círculos da emigração, que elegem quatro deputados, segundo dados da Secretária-geral do Ministério de Administração Interna - Administração Eleitoral.

 O presidente do PSD disse esperar que PS e Chega “não constituam uma aliança negativa para impedir o Governo que os portugueses quiseram”, voltou a recusar entendimentos com o partido de André Ventura, mas sem excluir diálogo.

Na fase das perguntas dos jornalistas, Luís Montenegro foi questionado se, com uma vitória por margem curta da Aliança Democrática (coligação que junta PSD/CDS-PP e PPM), mantém o “não é não” que tinha dito a entendimentos com o Chega antes e durante a campanha.

“Eu assumi dois compromissos na campanha eleitoral e naturalmente que cumprirei a minha palavra. Nunca faria a mim próprio, ao meu partido e à democracia portuguesa tamanha maldade que seria incumprir compromissos que assumi de forma tão clara”, disse.

Sobre a margem da vitória, salientou que “ela tem a expressão que os portugueses lhe quiseram dar”, acrescentando que “há dois anos havia uma maioria absoluta do PS, agora há uma maioria relativa da AD”.

Montenegro foi questionado se não teme que o Chega possa derrubar o Governo à primeira oportunidade.

“Estamos cientes que, em muitas ocasiões, a execução do programa de Governo terá de passar pelo diálogo na Assembleia da República. É natural e é nossa expectativa que todos partidos possam assumir a sua responsabilidade, a começar pelo principal partido da oposição”, disse.

Neste ponto, o líder do PSD disse compreender que o PS não se reveja no programa do Governo, nem adira às propostas da AD, mas defendeu que tem a responsabilidade de respeitar “a vontade do povo português”.

“E é nessa lógica que a minha mais firme expectativa é que o PS e o Chega não constituam uma aliança negativa para impedir o governo que os portugueses quiseram”, enfatizou. ANG/Inforpress/Lusa

 

   Índia/Vacina de baixo custo contra a malária chega a África em Maio

Bissau, 11 Mar 24 (ANG) - O maior fabricante de vacinas do mundo, sediado na Índia, vai começar a distribuir uma nova vacina contra a malária, a partir de Maio, em África, noticiou a agência France-Presse (AFP).

O Serum Institute of India (SII) planeia enviar, este ano, 25 milhões de doses da vacina, de baixo custo, denominada R21 e desenvolvida com a Universidade de Oxford, no Reino Unido.

Moçambique, Chade, República Centro-Africana, RDC e Sudão do Sul serão os primeiros cinco países a receber as doses da R21, disse o Fundo da ONU para a Infância (Unicef) à AFP.

Uganda e Nigéria estão a planear a introdução da vacina no final do ano.

"Oferecemos estas vacinas ao continente africano a quatro dólares (3,65 euros) ou menos no primeiro ano. E à medida que aumentarmos a produção, poderemos baixar o preço um pouco mais", disse o diretor executivo da SII, Adar Poonawalla.

A produção pode chegar a 100 milhões de doses por ano, indicou.

O envio das vacinas deverá começar no final de Abril e a distribuição terá início em maio e Junho, disse o diretor de investigação e desenvolvimento da SII, Umesh Shaligram.

A R21 foi recomendada em outubro pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para "prevenir a malária em crianças em risco de contrair a doença". A Unicef e Aliança Global de Vacinas (Gavi) vão ser as principais organizações a adquirir e a distribuir as vacinas.

Transmitida aos seres humanos pela picada de certos tipos de mosquitos, a malária mata mais de 600 mil pessoas todos os anos, 95% das quais em África, de acordo com dados da OMS. No continente, mais de 80% das mortes são crianças com menos de 05 anos.

Em 2021, outra vacina, a "RTS,S", produzida pelo gigante farmacêutico britânico GSK, tornou-se a primeira vacina a ser recomendada pela OMS para prevenir a malária em crianças em áreas onde a transmissão da doença é moderada a alta.

As duas vacinas têm taxas de eficácia semelhantes, de cerca de 75%, quando administradas nas mesmas condições. ANG/Inforpress/Lusa

 

     Religião/Fiéis muçulmanos iniciam hoje jejum do ano 1445 de Ifiginal

Bissau, 11 Mar 24 (ANG) - Os fiéis muçulmanos iniciam hoje o jejum de ramadã do ano 1445 de Ifiginal, um momento de sacrifício baseado na celebração e revelação do Alcorão ao profeta  Muhammad, informa uma nota da  Comissão Nacional de Observação Lunar da Guiné-Bissau, assinada pelo seu Coordenador Infali Coté, à que a ANG teve acesso hoje.

“A Comissão Nacional de Observação, vem através deste presente nota, informar a opinião pública em geral e em particular a comunidade muçulmana da Guiné-Bissau, que hoje marcou o fim do mês de Shaaban, 10 de Março em curso. O dia 11 é o primeiro dia do Ramadã do ano 1445 de Ifiginal”, refere o documento.

Jejum é uma prática obrigatória do islamismo de 30 dias e faz parte dos cinco pilares da religião muçulmana. ANG/AALS/ÂC//SG

 

Sociedade /Régulos pedem intervenção  do Chefe de Estado para garantia de boa campanha de  comercialização da castanha de caju

Bissau 11 Mar 24 (ANG) – O Presidente da Associação Nacional de Rêgulos da Guiné-Bissau pediu no fim dse semana ao Presidente da República para usar a sua influência para que os produtores possam vender as suas castanhas de caju a bom preço, na próxima campanha de comercialização, cuja abertura está prevista para o próximo dia 15.

Mama Mané fez o pedido no encontro dos Régulos com o Presidente da República , e disse que o  povo está com fome, uma vez que a população deixou de cultivar outros produtos em grande quantidade, dedicando unicamente ao cultivo do caju.

 Mané  disse que a fome está a ameaçar nas tabancas e que se a chuva começar  a situação vai piorar, razão pela qual pede ao  Chefe de Estado para se  deslocar para o interior do país para constactar a realidade.

O Presidente da República ,em resposta, sublinhou  que, apesar de não ser da sua respoonsabilidade  a definição das regras de comercialização da castanha, já  avisou ao  primeiro-ministro   de que a campanha não pode falhar este ano.

Umaro Sissoco Embaló recomendou aos régulos a promoção da diversificação das culturas junto das populações para se livrar do monopólio do cultivo da castanha.

“Devemos cultivar a batata doce, abóbora, inhame entre outros e depois vender para os países vizinhos aumentando assim a economia, não só do país mas da própria família”,disse.

Embaló garantiu aos líderes do poder tradicional que enquanto estiver como  Chefe de Estado podem contar com a sua solidariedade total, tendo os pedido o votarem nos partidos que já deram provas de serem capazes de fazer algo e não nos que só prometem.

O Chefe de Estado garantiu que, de vez em quando, vai reunir com régulos em diferentes cidades do país e pediu aos mesmos a se distanciarem da política  e serem os primeiros juizes do povo, resolvendo assuntos antes mesmo de chegar as autoridades judiciais.

Pediu-lhes para se  distanciarem de atos de crime , tais como os que ocorreram, recentemente, em São Domingos, onde as pessoas são mortas acusadas de feitiçaria.

O Chefe de Estado disse  aos Régulos que o seu objectivo é mudar a Guiné-Bissau e  que está mudança já começou em Bissau, que é a capital, e que  depois vai se estender para todo o país, garantindo-os de que, até o final deste ano, todo o país terá luz elétrica .

O Presidente da República manifestou na ocasião  o seu repúdio a  queimanças de lugares de culto, nomeadamente Balobas, frisando que ninguém tem direito de o fazer, uma vez que a Guiné-Bissau é um país laíco.

Pediu  aos Régulos para lutarem contra essa prática, uma vez que, na Guiné-Bissau, cada um é livre de praticar o culto  que desejar , segundo a sua fé.

“Os guineenses sempre conviveram em hermonia, eu tenho irmãos papeis e eu sou muçulmano, por isso, dou esta responsabilidade aos régulos para tratarem deste assunto que é tão delicado e por isso o Ministério do Interior deve descobrir os atores desta prática para responsabilizá-los”, disse.ANG/MSC/ÂC//SG

Desporto-futebol/Sport Bissau e Benfica empata 1-1 com Os Balantas de Mansoa e reduz a vantagem sobre seu  perseguidor direto o FC Canchungo

Bissau, 11 Mar 24 (ANG) – O líder da Guiness-Liga Sport Bissau e Benfica, empatou  1-1 com os Balantas de Mansoa, e está agora a um ponto do seu perseguidor direto, o atual campeão nacional FC Canchungo, no jogo a contar para a 13ª jornada da prova.

Os Balantas de Mansoa

As restantes partidas produziram os seguintes resultados: Canchungo-2/São Domingos-0, Sporting Clube da Guiné-Bissau-3/Flamengo de Pefine-1, Nhacra-0/CDR Gabú-0, Sonaco-1/UDIB-1, Pelundo-0/Nuno Tristão de Bula-2, Sporting Clube de Bafatá-0/Cuntum-2.

E para encerrar a jornada, o Estádio Lino Correia receberá hoje a partir das 16H00, o encontro entre Portos de Bissau e Binar FC.

Eis a tabela classificativa após  a 13ª jornada da prova da Guiness-Liga:

1º-Sport Bissau e Benfica-29 pts

2º-FC Canchungo-28 pts

3º-Sporting Clube da Guiné-Bissau-24 pts

4º-UDIB-22 pts

5º-Gabú-21 pts

6º-Portos-18 pts

7º-Pelundo-17 pts

8º-Cuntum-17 pts

9º-Bula-15 pts

10º-Nhacra-14 pts

11º-São Domingos-13 pts

12º-Bafatá-13 pts

13º-Sonaco-13 pts

14º-Binar-12pts

15º-Pefine-08 pts

16º-07

Para a 14ª jornada estão previstos os seguintes encontros: FC Cuntum/Sonaco, UDIB/Nhacra, Sport Bissau e Benfica/Sporting Clube de Bafatá, Portos de Bissau/FC Pelundo, Binar/Flamengo de Pefine, Bula/FC Canchungo, São Domingos/Os Balantas de Mansoa, Gabú/Sporting Clube da Guiné-Bissau.ANG/LLA/ÂC//SG

quinta-feira, 7 de março de 2024

Dia Internacional da Mulher/Presidente Interina do IMC destaca que a efeméride se celebra num contexto em que o mundo se encontra entre vários conflitos

Bissau, 07 Mar 24 (ANG) – A Presidente Interina do Instituo da Mulher e Criança
(IMC) disse que o Dia da Mulher, 08 de Março, se celebra num contexto em que o mundo  se encontra  entre vários conflitos, que põem em risco a vida humana, em especial da mulher e criança.

Maria Texeira falava no ato da abertura do Ateliê de Reflexão sobre a Vida da Mulher Guineense, promovido pelo Ministério da Mulher, Família e Solidariedade Social, através do Instituto da Mulher e Criança.

Aquela responsável declarou a sua solidariedade para com   as mulheres da aldeia de Djobel, do setoir de São Domingos,Norte do país, por perdas de vidas, uma vez que este ano o Dia Internacional da Mulher se comemora para reconhecer as contribuições das mulheres e meninas que estão a liderar as tarefas de adaptação  às mudanças climáticas e empoderamento, respostas que constroem  um futuro sustentável, mesmo que ainda prevaleça a discriminação baseada no género e práticas nocivas.

Maria Teixeira disse acreditar que, com esforço de todos os homens e mulheres, vão superar adversidades e ameaças, para um diálogo no seio da família e comunidades como pressuposto duradoura para a paz dos guineenses.

Para a Presidente da Plataforma Política das Mulheres, Silvina Tavares,nesta data, é imperativo reconhecer a luta travada pelas mulheres, ao longo do tempo contra a discriminação do género, para o direito à oportunidade e reconhecimento das suas qualidades como ser humano igual aos outros.

“A mulher é, indiscutivelmente, a embaixadora de todas as conquistas que alcançou, constituindo-se a fonte da vida e fator da paz, no papel que desempenha, a ética e o respeito pelo próximo”, disse Silvina Tavares.

Disse que as mulheres, quando são confiadas algumas responsabilidades realizam-nas de forma exemplar, e que exercem  tarefas fundamentais para a construção da sociedade modemo e próspera que todos almejam para o bem do país.

A presidente da Plataforma Política das Mulheres sublinhou que têm que assumir em suas consciências que ainda há um longo caminho a precorrer, para que as   mulheres conquistassem, plenamente, todos os seus direitos.

“O caminho feito até aqui dá esperança a um futuro promissor para uma sociedade mais equitativa e justa”, disse.

O Instituto da Mulher e Criança(IMC), celebra amanha, o Dia Internacional da Mulher com uma cerimónia a decorrer no Centro Cultural Franco Bissau Guineense onde serão condecoradas algumas figuras destacadas pelas suas lutas e emancipação em prol da camada feminina. ANG/MI/ÂC//SG


Economia/Preços das moedas para quinta-feira, 7 de março de 2024

MOEDA

COMPRAR

OFERTA

Euro

655.957

655.957

dólares americanos

598.750

605.750

Yen japonês

4.040

4.100

Libra esterlina

763.250

770.250

Franco suíço

680.000

686.000

Dólar canadense

442.250

449.250

Yuan chinês

82.750

84.500

Dirham dos Emirados Árabes Unidos

162.500

165.500

 Fonte:BCEAO


Pequim/China apoia "reconhecimento total" da Palestina e insiste na solução de dois Estados

Bissau,  07 Mar 24(ANG) – A China apoia o "reconhecimento pleno" da Palestina como Estado na ONU, afirmou hoje o ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, em conferência de imprensa.

Wang Yi acrescentou que a China "vai insistir" na solução de dois Estados para garantir a "coexistência pacífica" entre israelitas e palestinianos.

"O atual conflito israelo-palestiniano já causou mais de 100 mil vítimas civis. Esta catástrofe humanitária é uma tragédia para a humanidade e uma vergonha para a civilização. Nada justifica a morte de civis e a comunidade internacional deve atuar para promover um cessar-fogo imediato", afirmou o responsável, à margem da Assembleia Popular Nacional (APN), a decorrer esta semana em Pequim.

O diplomata chinês afirmou que a assistência humanitária "deve ser garantida" em Gaza, "uma calamidade" que mostra que "a longa ocupação dos territórios palestinianos é um facto que não deve continuar a ser ignorado".

"A aspiração dos palestinianos a um Estado independente não pode continuar a ser ignorada. Não se pode permitir que a injustiça histórica com os palestinianos fique por corrigir. Restaurar a justiça para o povo palestiniano e implementar plenamente a solução de dois Estados é a única forma de quebrar o círculo vicioso dos conflitos israelo-palestinianos", considerou.

Wang garantiu que a China vai continuar a "apoiar firmemente" a "causa justa do povo palestiniano", bem como o pleno reconhecimento como Estado na ONU.

"Apelamos a alguns membros do Conselho de Segurança para que não se coloquem no caminho para alcançar este objetivo. Acreditamos que a Palestina e Israel devem retomar as conversações de paz o mais rapidamente possível para atingir o objetivo final de uma coexistência pacífica como dois Estados e para que os povos árabe e judeu vivam em harmonia como dois grupos étnicos", afirmou.

A China está empenhada no "compromisso e na solução política para resolver desacordos e disputas" e evitar "o uso da força ou de pressões e sanções".

"O que é necessário é o diálogo com a máxima paciência, procurando um terreno comum que satisfaça as necessidades de todas as partes em todas as questões polémicas. A China promove sempre as conversações para a paz. A China nunca atira achas para a fogueira", sublinhou.

Nos últimos meses, o país asiático apelou para "todos os esforços possíveis para proteger os civis e evitar uma catástrofe humanitária ainda mais grave".

Pequim manifestou igualmente o apoio à "causa justa do povo palestiniano para restaurar os seus direitos e interesses legítimos" e à "solução dos dois Estados", tendo responsáveis chineses realizado numerosas reuniões com representantes de países árabes e muçulmanos para reafirmar esta posição ou tentar fazer avançar as conversações de paz. ANG/Inforpress/Lusa

 

Angola/Escritora devolve medalha em sinal de protesto contra genocídio em Gaza

Bissau, 07 Mar 24 (ANG) - A escritora, editora e curadora sul-africana Zukiswa Wanner devolveu a Medalha Goethe, que lhe havia sido atribuída em 2020 pelo Instituto alemão com o mesmo nome, em protesto contra as posições das autoridades de Berlim sobre o genocídio cometido por Israel em Gaza.


Zukiswa Wanner, que reside atualemnte em Nairobi (Quénia), explicou que a devolução da medalha não é um protesto contra o Instituto Goethe, mas contra o governo alemão, que mais uma vez está do lado errado de um genocídio.

Lembrou que a Medalha Goethe é uma condecoração oficial do Governo alemão, parceiro dos EUA, o maior fornecedor de armas para Israel.

Zukiswa Wanner é autora do ensaio “Vignettes of a People in an Apartheid State” (Notas sobre um Povo sob um Regime de Apartheid), escrito em 2023.

No ensaio, a escritora, que visitou no ano transato os territórios palestinos ocupados, mostra uma realidade semelhante à vivida pelo povo sul-africano durante o período de segregação racial.

A autora observa, por outro lado, que a Alemanha tem discriminado desde 7 de Outubro de 2023 (dia do ataque do Hamas a Israel) vários artistas, sobretudo judeus anti-sionistas, devido às suas posições anti-colonialistas e contrárias à não-aplicação dos Acordos de Oslo, que preveem a solução de dois estados, por parte de Tel Avive.

Wanner conta o exemplo ocorrido durante o Festival de Cinema de Berlim, onde a ministra alemã da Cultura, Cláudia Roth, foi vista a aplaudir apenas o jornalista israelita Yuval Abraham, um dos produtores do documentário “No Other Lands”, vencedor na categoria, não tendo feito o mesmo ao outro produtor, o realizador palestino Basel Adra. ANG/Angop

 

        Haiti/ Gangue ameaça avançar para uma guerra civil e genocídio

Bissau, 07 Mar 24(ANG) - O líder de um grupo armado ameaça com uma guerra civil sangrenta e genocídio, no Haiti ,se o Primeiro-ministro Ariel Henry permanecer no poder.

Ariel Henry está bloqueado em Porto Rico e tenta sem sucesso regressar ao país.

Há meses que gangues matam, roubam, violam, raptam e controlam a maior parte de Port-au-Prince. Na capital, os habitantes enfrentam a penúria generalizada.

Desde a semana passada, os gangues têm realizado ataques coordenados no Haiti, libertaram prisioneiros dos dois maiores estabelecimentos prisionais do país e continuam a tentar controlar o aeroporto de Port-au-Prince. 

Esta terça-feira, 05 de Março, em conferência, o líder de um gangue Jimmy Cherizier, também conhecido como Barbecue, ameaçou o país com uma guerra civil.

Se Ariel Henry não se retirar, o país enfrentará um genocídio.

Se Ariel Henry não se retirar e se a comunidade internacional continuar a apoiar Ariel Henry, levar-nos-á diretamente a uma guerra civil que terminará em genocídio.

Entretanto, Ariel Henry continua a tentar regressar ao país, mas sem sucesso. O Primeiro-ministro haitiano estava em Nairobi para assinar um acordo que permitia o envio de uma força multinacional para o Haiti. Entretanto, o avião privado do Primeiro-ministro chegou a Porto Rico, onde se encontra bloqueado.

Esta quarta-feira, o Conselho de Segurança da ONU realiza uma reunião de emergência sobre a nova escalada de violência no Haiti.

Desde o ataque de gangues a duas prisões no fim-de-semana e a fuga de milhares de detidos, que os tiros se multiplicam na capital. Os habitantes não saem de casa com medo de serem atingidos por balas perdidas.

 As farmácias foram vandalizadas, comerciantes recusam abrir as lojas e não há reposição de stocks. A principal empresa de água potável, Culligan, avisou, desde segunda-feira, 4 de Março, aos haitianos nas redes sociais que as entregas de garrafões de água estão suspensas.

Mesmo que o Haiti já tenha enfrentado outros picos de crises de segurança, o embaixador de França no Haiti, Fabrice Mauriès, acredita que um novo patamar foi atingido e que o envio de uma força multinacional é a única alternativa. Uma força liderada pelo Quénia e apoiada financeiramente, entre outros, por Paris, que forneceria apoio à PNH, a polícia nacional haitiana.

Não é surpreendente que a Polícia Nacional Haitiana (PNH) enfrente dificuldades. Precisamos dessa força. Não para fazer o trabalho da PNH, no lugar da PNH.

A PNH está atualmente a lutar contra os gangues e com muita coragem. Mas precisamos absolutamente da missão porque a PNH sozinha não será capaz de reverter a situação. 

A PNH é um reflexo do Estado haitiano, uma instituição fraca, subdimensionada, uma instituição que perdeu homens nos últimos anos e uma instituição cujo treinamento não foi destinado a lutar contra guerrilheiros.

Há uma urgência em agir.

Não se trata de, mais uma vez, vir em auxílio de tal ou tal personalidade ou de tal ou tal Governo, mas sim, vir em auxílio de uma população que está exausta e esgotada.

A organização Médicos Sem Fronteiras avisou igualmente esta quarta-feira, 06 de Março, que o hospital da capital está no limite da capacidade por causa do agravamento da violência provocada pelos grupos armados.

Em 2023, a MSF tratou mais de quatro mil vítimas de violência sexual e estima que com actual instabilidade no país os números podem aumentar "muito mais". ANG/RFI

 

       Brasil/Lula promete acabar com a fome  até ao fim do mandato

Bissau, 07 Mar 24(ANG) – O Presidente brasileiro, Lula da Silva, fez quarta-feira “um compromisso de honra” de acabar com a fome no país até ao fim do seu mandato, em 2026.

“É um compromisso de honra, de fé, de vida, a gente acabar com essa maldita doença chamada fome que não deveria existir”, afirmou Lula da Silva, no Palácio do Planalto, em Brasília, durante uma reunião do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional.

“Ao terminar o meu mandato, no dia 31 de Dezembro [de 2026], a gente não vai ter mais ninguém passando fome por falta de comida neste país”, garantiu.

Dirigindo-se ao seu Governo, o chefe de Estado brasileiro disse que este objetivo só não será cumprindo “se a gente virar preguiçoso e a gente não trabalhar”.

“Nós temos todos os instrumentos para acabar com a fome no país”, sublinhou, referindo-se ao facto de o país ser um dos principais produtores e exportadores de agropecuária do mundo.

De acordo com o relatório da Organização das Nações Unidas (ONU), divulgado em julho de 2023, mais de 70 milhões de brasileiros sofria de insegurança alimentar moderada ou severa em 2020 e 2022.

Esta situação atinge 32,8% da população do maior país da América Latina, equivalente a 70,3 milhões de brasileiros.

De acordo com a ONU, um em cada dez brasileiros passou por situação de insegurança alimentar severa entre 2020 e 2022.

Por outro lado, 10,1 milhões de pessoas no Brasil passaram pelo nível mais elevado de insegurança alimentar, subalimentação crónica, representando 4,7% da população do país. ANG/Inforpress/Lusa

 

     Senegal/ Eleições presidenciais marcadas para o final de Março

Bissau, 07 Mar 24 (ANG)–  As eleições presidenciais no Senegal estão marcadas para o final deste mês de Março, anunciaram a presidência e o Conselho Constitucional esta quarta-feira, no entanto, persistem incertezas quanto à data exata, com a Presidência a anunciar que a primeira volta teria lugar em 24 de Março e o Conselho Constitucional a fixá-la para 31 de Março.

O Conselho Constitucional rejeitou as recomendações do diálogo nacional que defendeu eleições a 2 de Junho e a reabertura da lista de candidatos além dos 19 já validados. Em resposta, o Presidente Macky Sall anunciou uma nova data das eleições presidenciais: domingo, 24 de Março.

Num comunicado de imprensa, o governo anunciou que a primeira volta das eleições presidenciais seria realizada a 24 de Março: "O Presidente da República informou o Conselho de ministros da marcação da data das eleições presidenciais para domingo, 24 de Março de 2024". O Presidente também dissolveu o governo, o primeiro-ministro, Amadou Ba, deixou o cargo para se dedicar à campanha eleitoral, e foi substituído pelo ministro do Interior, Sidiki Kara.

O Conselho Constitucional marcou a votação para 31 de Março, justificando que a data foi definida para “compensar a inércia das autoridades competentes”.

Os membros do Conselho Constitucional lembram que o mandato do chefe de Estado termina a 2 de Abril, pelo que não é possível organizar eleições depois desta data, rejeitando a possibilidade de o Presidente cessante se manter no cargo como presidente interino, caso um novo chefe de Estado ainda seja eleito até 2 de Abril.

O Conselho Constitucional rejeita outra recomendação feita por Macky Sall, declarando que a lista de 19 candidatos já validados pela instituição não deveria ser revista.

O Senegal enfrenta uma grave crise política desde o anúncio do Presidente senegalês, que decidiu adiar as eleições presidenciais de 25 de Fevereiro para 15 de Dezembro. Este adiamento foi interpretado como sendo um "golpe de Estado constitucional" pela oposição e por grupos da sociedade civil, desencadeando atos de violência de que resultaram mortos. ANG/RFI

Ensino/Secretário Geral de CONAIGUIB pede solução para falta de professores  nas escolas públicas

Bissau, 07 Mar 24 (ANG) – O Secretário-geral da Confederação Nacional das Associações Estudantis da Guiné-Bissau (CONAIGUIB), apela as autoridades competentes para  adotarem, o mais depressa possível, uma política capaz de estancar a situação de falta de professores com que as escolas públicas se confrontam atualmente.

Em entrevista a Agência de Notícias da Guiné(ANG), Augusto Na Psau pede que sejam criadas   condições aos professores, como forma de motivá-los a ingressarem nas escolas públicas, a fim de melhorar as dificuldades com que se deparam.

Muitas  escolas públicas do país se confrontam com  problemas de falta de professores , e em outras,  os alunos recusaram os nomes de diretores que o Ministério da Educação enviou para administrar essas escolas.

Augusto Na Psau diz que a falta de professores se deve as dificuldades que a maioria dos docentes enfrenta, e que está na origem de emigração de muitos, e que, por outro lado,  muitos aguardam a efetivação.

Na Psua disse entretanto que, divido a essa situação de dificuldades que o setor enfrenta, muitos, assim que forem efetivados, optam-se por trabalhar noutro setor, que não no ensino.

Na Psau pede ao ministro de tutela para procurar saber os motivos da  rejeição de alguns nomes, por parte de alunos, de algumas escolas públicas.

“Nós enquanto Associação que trabalha ligada à problemática que o sistema do ensino enfrenta, apuramos que muitos deles tiveram um passado negativo, no desempenho das mesmas funções que  pretendem reocupar”, disse.

Acrescenta que os  atuais estudantes, ao nível nacional, estão “super atentos” a forma como as  direções  das respetivas escolas funcionam, e diz que  muitos diretores  tinham deixados “manchas negativas” ao serviço das escola.

“É nessa base que há  fortes críticas e rejeições dos nomes indigitados pelo Ministério”, disse Augusto Na Psau.

Disse   que o ministro deve indigitar pessoas certas, responsáveis com domínio do setor, para irem desempenhar as funções de novos diretores nestas escolas.

“Essas nomeações não devem ser  do partido que o ministro pertence, mas sim, na base de profissionalismo e de competências requeridas para o setor”, defendeu o Secretário-gera da CONAIGUIB. ANG/LLA/ÂC//SG