quarta-feira, 24 de abril de 2024

Sudão/Guerra  provoca maior degradação da situação alimentar em África em 2023

Bissau, 24 Abr 24 (ANG) - O Sudão é o país africano onde a segurança alimentar mais se deteriorou, com um ano de conflito a acrescentar 8,6 milhões, para 20,3 milhões, de pessoas em insegurança alimentar aguda, o segundo nível mais elevado da FAO.

Esta situação deverá, ainda assim, piorar nos próximos meses, de acordo com o Relatório Mundial sobre a Crise Alimentar (GRFC, na sigla em inglês) de 2023, elaborado por uma rede de 16 agências, e hoje divulgado em Roma, cidade que acolhe a sede da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO).

"O conflito no Sudão criou a maior crise de deslocação interna do mundo, com um impacto atroz sobre a fome e a nutrição, em especial para as mulheres e as crianças", sublinha o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, no prefácio do relatório.

A degradação da situação alimentar no Sudão reflecte-se no retrato de toda a região da África Oriental, mas o impacto persistente da seca sem precedentes de 2020-2023, as inundações provocadas pelo El Niño, o aumento dos conflitos e a contínua instabilidade macroeconómica exacerbaram os já elevados níveis de insegurança alimentar aguda no conjunto dos oito países da região.

Um total de 64,2 milhões de pessoas, ou 24% da população analisada, enfrentaram níveis elevados de insegurança alimentar aguda em 2023 na região, aponta o relatório, sublinhando ainda a existência de 20,7 milhões de pessoas deslocadas - 15,9 milhões de deslocados internos e 4,8 milhões de refugiados e requerentes de asilo.

O relatório dá conta de 12,1 milhões de crianças com subnutrição aguda, das quais 3 milhões sofrem da forma mais grave em oito países.

O Sudão tornou-se a maior crise alimentar da região em termos de números e registou a maior deterioração anual devido ao início do conflito em 15 de Abril de 2023.

Burundi, Djibuti, Somália e zonas comparáveis do Quénia registaram igualmente uma deterioração significativa das situações de insegurança alimentar aguda.

No Sudão do Sul, a situação permaneceu persistentemente terrível, com 63% da população a registar níveis elevados de insegurança alimentar aguda.

A análise à Etiópia no relatório relativo a 2023 não é directamente comparável com a de 2022, mas integra, com o Sudão, Sudão do Sul e Somália, o grupo de países com "grandes crises alimentares prolongadas", na expressão do GRFC.

Na região da África Central e Austral, a República Democrática do Congo (RDC) continuou em 2023 a albergar a maior crise alimentar no conjunto dos 13 países, com 25,8 milhões pessoas a enfrentar a situação de insegurança alimentar aguda, mais de metade dos 49,6 milhões de pessoas, ou 21% da população analisada em toda a sub-região do continente.

Também aqui, o número de deslocados - 10,1 milhões de pessoas em 13 países - foi fortemente alimentado pela crise de segurança na província congolesa do Norte do Kivu.

O relatório regista um total de 3,9 milhões de crianças com subnutrição aguda em cinco países da África Central e Austral a braços com a crise alimentar, das quais 1,2 milhões sofrem da forma mais grave de emaciação.

Se a RDC é o país em toda a África com o maior número de pessoas em situação de insegurança alimentar, a República Centro-Africana é o que enfrenta a maior crise em termos de percentagem da população (44%, percentagem equivalente a 2,7 milhões de pessoas).

Alguns países, como o Malawi e o Zimbabwe, assim como áreas localizadas de Moçambique, nomeadamente a província de Cabo Delgado, e da Zâmbia, experimentaram um agravamento da insegurança alimentar aguda em comparação com o relatório de 2022.

Em contrapartida, a RDC, Essuatíni, Lesoto e Namíbia registaram ligeiras melhorias.

A escalada dos conflitos na África Ocidental e no Sahel, a terceira região africana subsariana isolada no relatório, continuou a alimentar "níveis elevados de insegurança alimentar aguda em 2023", ainda que a percentagem global da população afectada na sub-região (11%) tivesse diminuído, por comparação com 2022 (12,5% da população analisada), o pior ano desde que este relatório começou a ser feito, há oito edições.

O estudo registou 44,3 milhões de pessoas em insegurança alimentar aguda no conjunto de 14 países da sub-região.

O número de deslocados ascendeu a 9,7 milhões de pessoas em 13 países em situação de crise alimentar em 2023 - 7,5 milhões de deslocados internos e 2,2 milhões de refugiados e requerentes de asilo.

O número de crianças com subnutrição aguda em 14 países em crise alimentar ascendeu a 14 milhões, das quais 3,9 milhões sofriam no ano passado da forma mais grave de emaciação. ANG/Angop

            EUA/Senado  aprova novo pacote de ajuda militar à Ucrânia

Bissau, 24 Abr 24 (ANG) – O Senado dos Estados Unidos aprovou, após meses de bloqueio, um novo pacote de ajuda militar de 61 mil milhões de dólares (57 mil milhões de euros), que pode ser enviado para Kiev esta semana.

A câmara alta do Congresso norte-americano aprovou na terça-feira à noite, por uma maioria de 79 votos contra 18, um pacote global de 95 mil milhões de dólares (cerca de 90 mil milhões de euros) para ajudar Ucrânia, Israel e Taiwan.

O Presidente norte-americano, Joe Biden, disse que os EUA iam “começar a enviar armas e equipamentos para a Ucrânia esta semana”, de acordo com um comunicado divulgado após a aprovação no Senado, de maioria democrata.

“Assinarei esta proposta de lei e falarei com o povo norte-americano quando ele chegar à minha mesa”, disse o democrata.

“Uma maioria bipartidária no Senado juntou-se à Câmara [dos Representantes, a câmara baixa, de maioria republicana] para responder ao apelo da história neste ponto de inflexão crítico”, disse Biden.

Já hoje, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse estar “grato ao Senado dos Estados Unidos por aprovar (…) uma ajuda vital à Ucrânia”.

“As capacidades de longo alcance, a artilharia e a defesa aérea da Ucrânia são ferramentas essenciais para restaurar mais rapidamente uma paz justa”, considerou Zelensky, numa mensagem nas redes sociais.

O pacote inclui o envio de munições, incluindo de defesa aérea e munições de artilharia, pedidas pelas forças ucranianas, bem como veículos blindados e outras armamento.

Na semana passada, o diretor da agência de informações norte-americana CIA, Bill Burns, defendeu que a Ucrânia pode perder a guerra se Kiev não receber ajuda militar até ao final deste ano.

Também o secretário da Defesa norte-americano, Lloyd Austin, disse aos membros da Câmara dos Representantes que as condições no campo de batalha estavam a mudar e que as forças russas estavam a obter ganhos substanciais na frente de batalha.

A aprovação seguiu-se a semanas de debate de alta tensão entre republicanos e democratas e mesmo dentro do Partido Republicano, onde uma fação radical próxima do ex-presidente Donald Trump ameaça mesmo tentar destituir o líder republicano da Câmara dos Representantes, Mike Johnson, acusando-o de ser cúmplice da Casa Branca.

Desde o início da invasão russa, em fevereiro de 2022, os EUA enviaram mais de 44 mil milhões de dólares (cerca de 41 mil milhões de euros) em armas, manutenção, treino e peças sobressalentes para a Ucrânia.

Durante a maior parte desse tempo, os pacotes de ajuda foram sendo transferidos num período de poucas semanas, mas o dinheiro começou a escassear a partir de setembro passado.

Em meados de dezembro, o Pentágono informou que tinha ficado sem verbas de ajuda a Kiev e tinha de parar de enviar armas porque, sem autorização do Congresso, não tinha condições para esse apoio.

ANG/Inforpress/Lusa

 

terça-feira, 23 de abril de 2024

Política/”Governo decidiu aumentar preços de arroz devido a incapacidade de subvencionar empresas importadoras”, diz  Secretário de Estado de Tesouro

Bissau, 23 Abr 24 (ANG) – O Secretário de Estado de Tesouro afirmou hoje que o   Governo decidiu aumentar os preços de arroz porque não está em condições de subvencionar as empresas importadores deste produto básico de alimentação dos guineenses.

Mamadú Baldé que falava em conferência de imprensa disse que o Executivo tem um défice estrutural negativo ao longo dos anos e  que as receitas arrecadas pelo Tesouro não cobrem as despesas.


O Governo decidiu em reunião extraordinária do Conselho de Ministros, realizada na passada sexta-feira, fixar em 21.500 francos CFA, um saco de 50kg de arroz tipo “nhelém” 100% partido, e o da qualidade 5% partido(grosso), passa a custar 24.000 francos. A decisão governamental foi tomada após o Executivo decidir suspender a subvenção à importação de arroz, que tem permitido a venda do produto à preço mais baixo, alegando dificuldades financeiras.

O arroz do tipo “nhelém” 100% partido era vendido no valor de 17.500 por saco de 50kg e do tipo 5% partido(grosso), no valor de 22 000 francos CFA.

Baldé afirmou que desde Novembro até a data presente  foi despendido mais de quatro mil milhões  de francos CFA para financiar a subvenção de arroz no país, frisando que doravante não há   condições de  sustentabilidade orçamental para continuar a referida prática.

O governante acrescentou que, atualmente, o Estado despende uma taxa de arroz no valor de 5 mil francos CFA por saco para que o preço ao consumidor seja acessível.

 Por sua vez, o ministro do Comércio e Indústria informou que no dia 22 de Agosto de 2023 o anterior Executivo deliberou a subvenção de arroz para 17.500 francos, mas estava bem explícito no documento que tem a ver com o compromisso  eleitoral.

Orlando Mendes Viegas acrescentou que  o Governo não tinha dinheiro e recorreu ao banco para fazer empréstimo para pagar os empresários, e que a  empresa Trading com 20 mil toneladas   recebeu  1 bilhão e 722 milhões de francos  e a ADG Comercial recebeu 1 bilhão de fcfa.

Em relação as informações postas a circular segundo a qual o Executivo pagou uma soma de 400 milhões de francos CFA para importação de oito mil toneladas de arroz, o governante disse que não tem conhecimento sobre o assunto e que não sabe se  esse montante foi pago ou não.

Viegas garantiu que o Governo vai colocar inspetores em todo o território nacional para controlar o preço de arroz, se está a ser implementado ou não. ANG/JD/ÂC//SG


Cooperação/PR defende necessidade de mais esforços coletivo para fazer face à situação de alterações climáticas no litoral da sub região

Bissau, 23 Abr 24 (ANG) - O Presidente da República (PR) defendeu esta segunda-feira a necessidade de se desenvolver mais esforço coletivo para fazer face à situação de alterações climáticas no litoral da  África Ocidental.

Umaro Sissoco Embaló falava na cerimónia de abertura da 11ª  Edição do Fórum da Parceria Regional Costeira Marinha da África Ocidental,  que a Guiné-Bissau acolhe nos dias 23 à 26 deste mês sob o tema “Conservação, Resiliência e Desenvolvimento Sustentável da Costa Ocidental Africana face às Alterações Globais”.

“Este Fórum é um exemplo da cooperação regional e uma demonstração clara do compromisso comum que assumimos por um futuro sustentável para as comunidades costeiras”, disse Embaló.

O Chefe de Estado guineense acrescentou que o tema do  evento põe em evidência a urgência e a importância da  defesa de  esforços coletivos, tendo acrescentado que, hoje em dia é reconhecido que as alterações climáticas representam uma ameaça,  sem precedente, tanto para ecossistemas marinhos e costeiras, bem como para a subsistência de milhões de pessoas que dependem desses ecossistemas.

“Reunimos os principais atores que operam nas zonas marinhas e costeiras da África Ocidental, com a finalidade de coordenar, promover e articular as ações em torno dos desafios de desenvolvimento sustentável, em toda a extensão desta linha costeira”, referiu.

Para o Presidente da República  o Fórum representa uma oportunidade de  partilha de experiências e perspetivas, de reforço de laços entre as instituições parceiras e acesso à uma rede de alto nível de doadores e decisores.

Segundo o  Diretor-geral de Parceria Regional Costeira Marínha, Ahmed Senhoury , o Fórum Regional Marinho e Costeiro é uma iniciativa da parceria regional para a consevação Costeira e Marinha da África Ocidental.


No evento será debatido os
  subtemas: Ciência, conhecimentos locais e políticas sustentável, soluções de resiliência costeira (adaptar, mitigar e prosperar), economia azul e proteção dos oceanos, juventude, educação e empenhamento num ambiente costeiro saudável, litoral, paz e segurança (proteger, e restaurar uma perspetiva de sustentabilidade) e mobilizar os atores da África Ocidental para enfrentar os desafios.

O Fórum Regional Marínho e Costeiro  foi lançado no ano 2024 em Conacri para promover ações em torno dos desafios da consevação e desenvolvimento sustentável da África Ocidental e partihar as experiências no domínio da conservação Marinha e Costeira.

Nesta 11ª  Edição  tomam parte  delegados dos cinco Estados Membros da organização: Cabo-Verde, Gâmbia, Guiné Conacri, Mauritânia e  Senegal.

ANG/AALS/ÂC//SG

Rússia/Tropas forças de paz se retiram e deixam controlo total ao Azerbaijão

Bissau, 23 Abr 24 (ANG) – As tropas russas estão a retirar-se da região de Nagorno-Karabakh, no Azerbaijão, onde têm estado estacionadas como forças de manutenção da paz desde o fim de uma guerra em 2020, disseram hoje funcionários dos dois países.

Numa videoconferência com jornalistas, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, confirmou relatos da retirada, mas não avançou mais pormenores.


Hikmet Hajiyev, chefe da política externa da administração presidencial do Azerbaijão, confirmou a retirada, dizendo que foi acordada por ambos os países, mas não explicitou por que razão as forças russas estavam a sair do enclave, apesar de ser reconhecido que a presença russa se tornou supérflua depois de o Azerbaijão ter recuperado o controlo total da região no ano passado.

A região de Nagorno-Karabakh esteve sob o controlo da etnia arménia até à guerra de 2020, que resultou na recuperação do controlo de partes do enclave por Baku.

A guerra terminou com um cessar-fogo mediado pela Rússia que previa a colocação de cerca de 2.000 soldados de manutenção da paz nas partes de Karabakh que ainda eram detidas pelos arménios. 

Entre os deveres destas forças estava o de assegurar a livre passagem na única estrada que liga Nagorno-Karabakh à Arménia.

No entanto, o Azerbaijão começou a bloquear a estrada no final de 2022, alegando que os arménios a estavam a utilizar para o transporte de armas e contrabando de minerais. Na altura, as forças russas não intervieram.

Devido ao bloqueio, e após meses de uma escassez cada vez maior de alimentos e de medicamentos em Nagorno-Karabakh, o Azerbaijão lançou um ataque fulminante em setembro de 2023 que obrigou as autoridades arménias de Nagorno-Karabakh a capitularem após um dia de negociações mediadas pelas forças russas.

 Depois de o Azerbaijão ter recuperado o controlo total do enclave, que tinha uma população de cerca de 120.000 habitantes, mais de 100.000 arménios fugiram da região, embora Baku tenha dito que eram bem-vindos a ficar e prometido que os seus direitos humanos seriam garantidos.

Mas, além da retirada das tropas russas, a Arménia e o Azerbaijão anunciaram hoje terem começado a demarcar a fronteira comum, um passo importante para os dois países do Cáucaso, que travaram várias guerras por questões territoriais, apesar de, no terreno, a situação estar a complicar-se.

Num comunicado, o Ministério do Interior do Azerbaijão declarou que grupos de peritos estão "a clarificar as coordenadas com base num levantamento geodésico do terreno".

O Ministério do Interior arménio, que confirmou que estavam a ser realizados "trabalhos de demarcação" na fronteira, excluiu "a transferência de qualquer parte do território soberano da Arménia" para Baku na sequência deste processo.

No mês passado, o primeiro-ministro arménio, Nikol Pachinian, aceitou um pedido de Baku para a devolução de quatro aldeias fronteiriças confiscadas pelas forças de Erevan durante uma guerra na década de 1990.

A decisão desencadeou manifestações de centenas de arménios da região fronteiriça, que receiam ficar isolados e sob controlo de Baku.

Segunda-feira, bloquearam brevemente a estrada que liga a Arménia à Geórgia, que passa nas proximidades e representa para a população local a principal ligação ao mundo exterior. Tentaram também impedir os trabalhos de desminagem.

Hoje, entretanto, eclodiram novos protestos em vários locais da Arménia, nomeadamente perto do lago Sevan e da cidade de Noyemberyan.

Na semana passada, os dois países rivais anunciaram a sua intenção de demarcar a sua fronteira com base em mapas que datam da era soviética.

Pachinian sublinhou a necessidade de resolver os diferendos fronteiriços para "evitar uma nova guerra" com o Azerbaijão.

As duas ex-repúblicas soviéticas travaram duas guerras, a primeira na década de 1990, vencida pela Arménia e que provocou mais de 30.000 mortos, e a segunda em 2020, vencida pelo Azerbaijão e que deixou mais de 6.000 mortos.

Após a derrota arménia em 2020, Erevan foi forçada a ceder ao seu adversário um território significativo em Nagorno-Karabakh e arredores, um enclave que controlava há cerca de 30 anos. ANG/Lusa

Desporto/Sport Bissau e Benfica mantém-se isolada na liderança  da Guiness-Liga

Bissau, 23 Abr 24 (ANG) – O Sport Bissau e Benfica (SBB) mantem-se isolada no comendo do campeonato da primeira divisão em futebol a  Guiness-Liga, ao derrotar o Clube Desportivo de Gabu pour 4-2 no jogo realizado no fim de semana a contar para a 19ª jornada.

Eis os restantes resultados da mesma ronda: FC de Cuntum-0/UDIB-0, São Domingos-0/Flam Pefine-0, FC Pelundo-3/FC Sonaco-1, FC Canchungo-1/SC Bafatá-0, Balantas de Mansoa-0/Binar FC-0, Nuno Tristão de Bula-1/Sporting Clube da Guiné-Bissau-0, Portos de Bissau-0/Arados de Nhacra-1.

Eis a tabela classificativa após a  19ª jornada:

1º-Sport Bissau e Benfica- 47 pts

2º-Canchungo-44 pts

3º-UDIB-34 pts

4º-Gabú-30 pts

5º-Sporting-30 pts

6º-Pelundo-29 pts

7º-Cuntum-26 pts

8º-NTFC Bula-24 pts

9º-A.Nhacra-24 pts

10º-Sonaco-23 pts

11º-Portos-23 pts

12º-SC.Bafatá-17 pts

13º-Binar FC-17 pts

14º-S.Domingos-17 pts

15º-B.Mansoa-14 pts

16º-Flam.Pefine-11 pts

Para a 20ª jornada estão previstos os seguintes encontros: Sporting Clube da Guiné-Bissau/Portos de Bissau, UDIB/Sport Bissau e Benfica, CDR.Gabú/São Domingos, FC Sonaco/FC Canchungo, Nhacra/FC Pelundo, Flamengo de Pefine/Nuno Tristão de Bula, Binar FC/FC Cuntum, Sporting Clube de Bafatá/Os Balantas de Mansoa.ANG/LLA/ÂC//SG

 

Comunicação Social/ FAAPA capacita mais de 20 jornalistas de Agências de Notícias de países  membros sobre “Verificação de Factos” em Rabat

Bissau, 23 Abr 24 (ANG) – Mais de duas dezenas de jornalistas de países membros da Federação  Atlântica das Agências de Notícias Africanas partipam desde  segunda-feira,em Rabat, Marrocos, numa formação sobre “Verificação de Factos”, que prolonga até o proximo dia 26.

Fouad Arif, presidente da FAAPA enalteceu na abertura dos trabalhos a importância do tema do seminário, em que tomam parte jornalistas das Agências de Notícias de quatro países  lusófonos a saber Guiné-Bissau, Cabo Verde, Angola e São Tomé e Principe.

Arif  sustentou  que o tema reflete a importância dada pela organização que dirige para fortalecer competências e troca experiências entre as Agencias de Noticias Africanas.

Segundo o  programa do seminário, durante cinco dias, os participantes vão falar de  Verificação dos Factos durante o período de crise,Verificação de Factos uma necessidade, da Inteligência Artificial e Verificação de Factos, Principios e Requisitos de Verificação de Factos, a Dessiminação de Noticias Falsas e o  Surgimento da Verificação de Factos, Ferramentas da Verificação de Factos, a Importâncias da Criação de Plataforma de Verificação de Factos.

O Presidente da FAAPA disse que o assunto é actual e que preocupa a todos os profissionais da comunicação social, por isso, todo o cuidado será pouco, realçando que as Agências de Notícias filiadas na FAAPA devem unir no combate a este flagelo ou seja contra informações falsas.

As Agências de Noticias filiadas na FAAPA têm esta missão de todos os dias difundir as informações credíveis e verdadeiras para a segurança do país e da nação”, disse Fouad Arif. Mikail Silva Cabral, jornalista da ANG em Rabat(Marrocos)

 

Transporte Marítimo/”Portugal vai instalar sistema de monitorização de embarcações da Guiné-Bissau”, diz PCA do IMP

Bissau,23 Abr 24(ANG) – O Presidente do Conselho de Administração do Instituto Marítimo Portuário(IMP), Gualdino Afonso Té disse que uma delegação da Direcção Geral dos Faróis de Portugal estará no país na segunda semana  de Maio para iniciar a instalação do sistema de monitorização de embarcações no âmbito do Projecto “Costa Segura”.

O anúncio de Afonso Té foi feito  na pâgina oficial do IMP no Facebook.

Uma delegação do IMP da Guiné-Bissau está de visita a Portugal  e realizou segunda-feira uma  visita ao Instituto Hidrográfico de Portugal (IHP), inteirando-se do funcionamento dos seus diferentes departamentos, nomeadamente, cartografia, Direção-Geral dos faróis, serviços de Hidrografia e laboratórios.

O Instituto Hidrográfico de Portugal (IHP) e o Instituto Marítimo e Portuário da Guiné-Bissau (IMP), assinaram, em Julho de 2015, um protocolo de cooperação para o desenvolvimento de atividades de interesse comum nas áreas relativas às ciências e tecnologias do Mar, nos espaços sob a soberania da Guiné-Bissau.

Gualdino Té disse que, ainda no âmbito do Projecto "Costa Segura” técnicos do IMP participarão ,este ano,no curso de Categoria A, sobre a hidrografia e cartografia náutica no IHP, em Lisboa.

A delegação guineense do IMP foi recebida pelo Director-Geral do IHP, o Contra-Almirante João Paulo Ramalho Morreiros e o Capitão
-de-Mar-e-Guerta, João Vicente.ANG/ÂC//SG

Nova Iorque/Trump acusado de querer influenciar eleição de 2016 de forma ilegal

Bissau,  23 Abr 24 (ANG) - Donald Trump tentou influenciar a eleição presidencial de 2016 de forma ilegal, ao procurar que informação negativa sobre a sua vida pessoal fosse divulgada, disse um procurador aos jurados no início do julgamento do antigo presidente por corrupção.

“Esta foi uma conspiração planeada e de longo alcance para influenciar a eleição de 2016, de forma a ajudar Donald Trump a ser eleito, através de despesas ilegais para silenciar pessoas que tinham algo de mau a dizer sobre o seu comportamento, disse o procurador Matthew Colangelo, na segunda-feira. “Isto é fraude eleitoral, pura e simples”, reforçou.


Um advogado de defesa contestou a acusação, dizendo que o caso não tinha base e atacando a integridade da antiga confidente da Trump, que agora é a principal testemunha de acusação.

“O presidente Trump é inocente. O presidente Trump não cometeu qualquer crime. O procurador nunca deveria ter avançado com este caso”, ice o advogado Todd Blanche.

As declarações de abertura ofereceram visões radicalmente diferentes de um caso que deve prosseguir com uma renhida disputa eleitoral para a Casa Branca, em que Trump não é apenas o presumível candidato republicano, mas também alguém que se está a defender em um processo-crime, em que enfrenta a possibilidade de uma condenação e uma sentença a tempo de prisão.

Este é o primeiro julgamento de um antigo presidente e o primeiro de quatro processos a ter um júri constituído.

Com este contexto, os procuradores procuraram desde o início realçar a gravidade do caso, que, salientaram, respeita principalmente a uma interferência eleitoral, como decorre do pagamento a uma atriz pornográfica que disse que teve um encontro sexual com Trump. ANG/Lusa

 

  Defesa e Segurança/Despesas militares mundiais atingem recordes em 2023

Bissau, 23 Abr 24 (ANG) - As despesas militares mundiais registaram, em 2023, o maior aumento em uma década, atingindo cerca de 2 300 mil milhões de euros.

Estados Unidos, China, Rússia, India e Arábia Saudita foram os que mais investiram no sector militar, segundo um recente estudo publicado pelo Instituto internacional de investigação sobre a paz de Estocolmo (Sipri).  


O ano de 2023 registou um aumento de 6,8% de despesas militares a nível mundial, o maior aumento nos últimos dez anos, atingindo os 2 400 mil milhões de euros, devido aos conflitos actuais, segundo um relatório publicado a 22 de Abril pelo instituto Sipri. 

Os gastos militares progrediram no mundo inteiro, mas foi na Europa, na Asia e no médio Oriente que se registaram os aumentos mais notáveis. 

"As despesas militares atingiram um pico, e pela primeira vez desde 2009, expandiram nos cinco continentes", avançou à agência France-Presse Nan Tian, investigador no Sipri.  

Estados Unidos, China, Rússia, India e Arábia Saudita foram os que mais investiram no sector militar.

Na Europa, a Polónia é o país que regista o maior aumento em 2023, de 75%, equivalente a cerca de 29 mil milhões de euros.

A Ucrânia, invadida pela Rússia em 2022, elevou os custos militares de 51% a cerca de 61 mil milhões de euros, o que corresponde a mais de metade (58%) das despesas públicas do país. "A margem de manobra da Ucrânia para aumentar as suas despesas está agora muito limitada", analisou o investigador. 

Rússia por sua vez aumentou as despesas bélicas de 24%, ou seja de cerca de 102 mil milhões de euros.   

O ano de 2023 foi também o ano em que Israel lançou a ofensiva terrestre na Faixa de Gaza, território palestiniano ocupado. Segundo país mais dispendioso na região depois da Arábia Saudita, o Estado hebreu aumentou as suas despesas militares de 24% para atingir cerca de 26 mil milhões de euros em 2023. 

Quanto aos Estados Unidos, primeiro país do mundo para as despesas militares, chegaram em 2023 a cerca de 860 mil milhões de euros, tendo registado um aumento de apenas 4,3%. As despesas militares dos Estados Unidos representam 68% do orçamento total dos 32 países da NATO. 

A China é o segundo país do mundo que mais investe no sector militar. Em 2023, aumentou as despesas de 278 mil milhões de euros, de 6% ao todo.

República Democrática do Congo (RDC) duplicou as despesas militares (mais 105%) para atingir os 745 milhões de euros, para fazer face às tensões crescentes com o vizinho Ruanda, sendo este o maior aumento a nível mundial

segundo maior aumento no mundo verifica-se no Sudão do Sul, com um acréscimo de 78%, equivalente a cerca de 950 mil milhões de euros. 

Segundo o investigador Nan Tian, esta "tendência mundial para um aumento das despesas militares irá continuar por mais alguns anos". 

Ainda em 2023, foram utilizadas armas explosivas em cerca de 75 países e territórios, ou seja um terço do globoIsto causou um nível de danos sem precedentes nas infraestruturas civis e danos físicos, segundo outro relatório anual, da Handicap Internaitonal, também publicado a 22 de Abril. 

número de civis mortos aumentou 122% em 2023, comparando com o ano de 2022. O Líbano, o Myanmar, o Paquistão, a Palestina, a Somália, o Sudão, a Síria, a Ucrânia e o Iémen são os países mais afectados. 

A situação na Faixa de Gaza, atacada há seis meses por Israel, em resposta ao ataque do Hamas a 7 de Outubro, onde já morreram mais de 33 000 pessoas segundo o ministério da Saúde do Hamas, contribui em grande parte para o aumento destes dados, como indica o relatório, que se baseia em informações do Banco Mundial, segundo os quais mais de 60% das habitações foram destruídas no território palestiniano, um dos mais densamente habitados no mundo. 

O relatório indica ainda que os civis representam 90% das vítimas de armas explosivas utilizadas em cidades

"A utilização de armas explosivas em meio urbano tem consequências absolutamente devastadoras para os civis", insistiu o responsável pela comunicação da Handicap International, Gilles Lordet. "Para além do número de mortos, provocam movimentos massivos de população e têm consequências a longo prazo como a contaminação dos solos com minas ou armas que não explodiram". ANG/RFI

Reino Unido/ONU pede a Londres para não deportar migrantes do Rwanda

Bissau, 23 Abr 24(ANG) - A ONU apelou hoje ao Governo britânico para reconsiderar o plano de deportação de migrantes para o Rwanda, na sequência da votação da medida no Parlamento de Londres.


O Alto-comissário para os Direitos Humanos das Nações Unidas, Volker Turk, e o homólogo responsável pelos refugiados, Filippo Grandi, apelaram hoje ao Governo britânico para que "tome medidas concretas para combater os fluxos irregulares de refugiados e migrantes, com base na cooperação internacional e no respeito pelo direito internacional em matéria de direitos humanos".

Na mesma linha, o Conselho da Europa apelou hoje ao Governo britânico para que anule o plano de deportação de imigrantes para o Rwanda.

"O governo britânico deve abster-se de deportar pessoas ao abrigo do plano Rwanda e reverter o ataque à independência do poder judicial que este projecto de lei constitui", afirmou o Comissário do Conselho da Europa para os Direitos Humanos, Michael O'Flaherty, em comunicado.

O Parlamento aprovou o projecto legislativo na noite de segunda-feira, após uma noite intensa e de vários meses de debates na Câmara dos Comuns (baixa) e a Câmara dos Lordes (alta) sobre as alterações que tinham sido acrescentadas pelos pares e rejeitadas pelos deputados.

O Ministro do Interior, James Cleverly, sublinhou, num vídeo publicado nas redes sociais que a legislação vai "impedir que as pessoas abusem da lei, utilizando falsas alegações de direitos humanos para bloquear as expulsões, e torna claro que o Parlamento britânico é soberano".

"Estamos agora a trabalhar dia após dia para que os voos arranquem".

O objectivo do projecto de lei do Executivo era tornar o Rwanda um país seguro, depois de o Supremo Tribunal do Reino Unido ter considerado o plano inicial ilegal.

Em Novembro do ano passado, o Supremo Tribunal concluiu que o país africano não é seguro porque os imigrantes podem ser reenviados para os países de origem que abandonaram. ANG/Angop

 

Reino Unido/Deportação para Rwanda vai mudar equação global da migração

Bisssau, 23 Abr 24 (ANG) - Primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, qualificou hoje a
aprovação da legislação que permite a deportação de migrantes ilegais para o Rwanda como uma mudança fundamental na equação global da migração, anunciou a Reuters.

 “A aprovação desta legislação histórica não é apenas um passo em frente, mas uma mudança fundamental na equação global da migração", afirmou, em comunicado.

A chamada Lei do Rwanda, argumentou Sunak, "pretende dissuadir os migrantes vulneráveis de fazerem travessias perigosas e romper o modelo de negócio dos grupos criminosos que os exploram".

Disse ainda que a aprovação desta legislação vai permitir-nos fazer isso e tornar muito claro que quem vier para cá ilegalmente não poderá ficar.

Após várias semanas de impasse, a proposta de lei foi aprovada sem alterações pela Câmara dos Lordes, a câmara alta do parlamento, pouco depois da meia-noite, abrindo caminho para a sua promulgação nos próximos dias.  

O texto já tinha passado quatro vezes pela Câmara dos Comuns graças à maioria do Partido Conservador, que em cada uma dessas vezes rejeitou as diferentes emendas propostas pelos Lordes.  

O Governo anunciou estar confiante que o primeiro voo para o Rwanda possa ser efectuado dentro de 10 a 12 semanas, antecipando múltiplos recursos judiciais.

Vários grupos e organizações humanitárias têm criticado esta legislação por considerarem que viola o direito internacional.

Segundo o Comissário para os Direitos Humanos do Conselho da Europa, Michael O'Flaherty, a legislação "levanta questões importantes sobre os direitos humanos dos requerentes de asilo e sobre o Estado de direito em geral". ANG/Angop

 

segunda-feira, 22 de abril de 2024

Sociedade/Secretário-geral da ACOBES acusa governo  de tomar decisão “unilateral” sobre aumento do preço arroz

Bissau, 22 Abr 24(ANG) – O Secretário-geral da Associação dos Consumidores de Bens e Serviço (ACOBES)  acusou hoje o  governo  de tomar decisão “unilateral” sobre  aumento de arroz tipo “nhélem” 100 por cento partido e  o grosso  (PAM), em todo o território nacional, sem consultar seus parceiros sociais.

Em entrevista exclusiva concedida hoje à ANG, Bambo Sanhá afirmou que esta “decisão repentina” vai causar ainda mais  problemas sociais, frisando que qualquer decisão governamental deve ser de interesse dos consumidores não o contrário.

O Governo decidiu em reunião extraordinária do Conselho de Ministros, realizada na passada sexta-feira, fixar em 21.500 francos CFA, um saco de 50kg de arroz tipo “nhelém” 100% partido, e o da qualidade 5% partido(grosso), passa a custar 24.000 francos. A decisão governamental foi tomada após o Executivo decidir suspender a subvenção à importação de arroz, que tem permitido a venda do produto à preço mais baixo, alegando dificuldades financeiras.

O arroz do tipo “nhelém” 100% partido era vendido no valor de 17.500 por saco de 50kg e do tipo 5% partido(grosso), no valor de 22 000 francos CFA

O Secretário-geral da ACOBES destacou que o governo anterior tinha priorizado a baixa de produtos da primeira necessidade incluindo arroz, e diz que  governação é continuidade pelo que  o atual Governo devia fazer o mesmo.

Sanhá disse que antes de tudo, a   ACOBES solicitou um encontro com  ministro do Comércio , há dois meses, mas que foi sem sucesso.

Considerou que tanto o Governo assim como o ministro do Comércio estão no “chão” com esta decisão de aumento unilateral do preço do arroz. 

Bambo Sanhá  pede ao Chefe de Estado para usar sua magistratura de influência para se voltar atrás com esta decisão governamental .

Mudando de assunto bambo Sanhá recomenda ao Executivo a adopção de  uma política agrícola que priorize a importação de  máquinas de lavoura, a fim de possibilitar aos camponeses o aumento das produções e diversificação das suas culturas.ajudar os camponeses no aumento das sua produções em grande quantidade e na diversificação dos produtos.ANG/JD/ÂC//SG


Política
/PR promete continuar a trabalhar para estabilidade da Guiné-Bissau

Bissau, 22 Abr 24 (ANG)- O Presidente da República (PR) garantiu no fim-de.semana que vai continuar a trabalhar para a promoção da estabilidade da Guiné-Bissau com a finalidade de garantir o progresso da futura geração.

Umaro Sissoco Embaló falava no âmbito  da sua participação no Festival Cultural de Pelundo, à convite da Associação dos Filhos e Amigos dessa localidade do Norte da Guiné-Bissau.

“A Guiné-Bissau tem que mudar para positivo, e vamos trabalhar sempre para promover a estabilidade do país, de modo a deixar algo de bom para a junventude, em  para o próprrio país em geral”, garantiu o chefe de Estado guineense.

Embaló disse  haver já  um financiamento para construção   da estrada desde Safim – Mpak.

O PR defendeu  que a justiça deve exercer o seu papel de forma a promover estabilidade do país, em alusão a situação de roubo de gados frequentemente praticado na região, cujo combate deverá contar com a abertura de mais uma esquadra de polícia local.

Aconselhou aos populares para se evitarem de fazer a justiça com suas p´roprias mãos caso prendessem um ladrão. “A justiça deve ser feita por entidades competentes”, disse.

O Chefe de Estado da Guiné-Bissau felicitou a comunidade de Pelundo pela capacidade organizacional demonstrada com a realização do festival.

Por sua vez, o régulo de  Pelundo, Aliu Sadjau Indjai pediu apoio do Presidente da República e do ministro de Interior no sentido de solucionar  problemas de vária ordem  com que se deparam os populares de Pelundo, nomeadamente falta de transportes, precariedade de saúde e da educação, entre outros.

Segundo o presidente da Associação dos Filhos e Amigos de Pelundo, Infali Donque duas dezenas de filhos de Pelundo vieram da diáspora  para participar neste festival dos filhos de Pelundo.

Donque agradeceu a presença do Presidente da República no evento atribui ao chefe de Estado o estatuto de  filho de Pelundo, por  estar sempre presente nas atividades que associação organiza. ANG/AALS//SG

 

 

Finanças/Guiné-Bissau espera ver resolvidos até 2025 problemas das empresas estatais falidas

Bissau,22 Abr 24(ANG) - O ministro das Finanças disse que espera ver resolvidos os problemas das empresas estatais falidas "até 2025", admitindo haver já "uma luz verde no túnel" após o trabalho conjunto com o Banco Mundial.

Em entrevista à agência de notícias Lusa, em Washington, à margem das Reuniões de Primavera 2024 do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial, Ilídio Vieira Té considera que o contexto mundial tem um impacto avassalador no poder de compra dos guineenses.

“Os preços dos produtos de primeira necessidade dispararam, o poder de compra ficou reduzido. E temos estado a empreender esforços para termos mais receitas e menos despesa. E que saia despesa de qualidade, a nível da infraestrutura, da educação, da saúde”, disse.

Té disse que apesar de a energia elétrica do país ser fornecida desde 2018 pela empresa turca Karpower, o Governo quer acabar com a dependência de uma única fonte de energia, salientando que já está em curso uma negociação com a companhia para reduzir para 17 megawatts a quantidade de energia fornecida.

No ano passado, a empresa turca chegou a cortar fornecimento da energia durante dois dias devido a uma dívida de 15 milhões de dólares (14 milhões de euros).

Ainda segundo Vieira Té, a perspectiva é que a Guiné-Bissau consiga "ainda mais apoio de outros países”, destacando que o dossier do país no FMI vai para o Conselho de Administração em maio próximo.

Já há uma luz verde no túnel que estamos a ver. Acho que, se calhar, daqui até 2025 vamos ter os problemas resolvidos.

Vieira Té assegurou que o Executivo está a fazer "todo o esforço possível" para ajudar a população, com medidas como a subvenção de produtos de primeira necessidade, como o arroz ou o açúcar, apesar de o "Estado estar a perder muito dinheiro". ANG/RFI/ Lusa