quarta-feira, 18 de setembro de 2024

Portugal/ Fundação Gulbenkian com candidaturas abertas para apoio à mobilidade de artistas visuais dos PALOP

Bissau, 18 Set 24(ANG) – A Fundação Calouste Gulbenkian tem as candidaturas abertas até 14 de Outubro para o concurso de apoio à mobilidade de artistas de artes visuais nacionais e residentes nos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP).

De acordo com o regulamento do concurso divulgado pela Fundação Calouste Gulbenkian, serão atribuídos 12 apoios a artistas que queiram frequentar residências artísticas fora dos seus países de origem, apoiando o seu trabalho em diálogo com outros contextos de criação artística contemporânea e incentivando o seu reconhecimento e circulação internacional.

Conforme a organização, o concurso destina-se a fomentar a participação de artistas de artes visuais dos PALOP em programas de residências artísticas internacionais, através da atribuição de um montante destinado a bolsas para os artistas em residência.

A atribuição dos 12 apoios, no valor total de 2.000 euros por candidato, sendo que para ser elegível, o candidato de Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe deverá ter sido previamente admitido numa residência artística em artes visuais.

As candidaturas, assim como pedidos de esclarecimentos, podem ser apresentados através do site da organização. ANG/Inforpress

Austrália/ Polícia  detém criador de aplicação popular entre criminosos de todo o mundo

Bissau, 18 Set 24(ANG) - A polícia da Austrália deteve hoje 39 pessoas, incluindo o criador da aplicação de comunicação encriptada Ghost, que é utilizada por redes criminosas em vários países, numa operação internacional.

Além do país oceânico, ocorreram também buscas no âmbito desta operação no Canadá, Irlanda, Itália e Suécia, afirmou a Polícia Federal Australiana, em comunicado.

O alegado criador e administrador do Ghost, Jay Je Yoon Jung, de 32 anos, foi detido numa residência em Sydney (sudeste) e compareceu hoje em tribunal onde foi acusado de cinco crimes, incluindo apoiar uma organização criminosa e beneficiar de rendimentos do crime.

Jung não apresentou qualquer recurso nem pediu para ser libertado sob fiança, pelo que irá permanecer em prisão preventiva até que o caso regresse ao tribunal, em novembro.

De acordo com a investigação policial, o arguido criou o Ghost em 2017 e desde então vendeu a aplicação “a criminosos de todo o mundo”, incluindo grupos de crime organizado em Itália, Coreia do Sul e Médio Oriente.

A aplicação, instalada em telemóveis e cuja subscrição custa 2.350 dólares australianos (1.430 euros), por cada seis meses, foi utilizada para crimes como tráfico de droga, branqueamento de capitais, homicídio por encomenda ou ameaças de violência, notou a polícia.

“Nos últimos dois dias, cerca de 700 membros da Polícia Federal executaram mandados de busca em quatro estados” para deter utilizadores do Ghost, disse o vice-comissário Ian McCartney.

A polícia estima que, só na Austrália, existam atualmente mais de 375 telemóveis a utilizar esta aplicação.

McCartney disse que técnicos do Comando Cibernético Nacional do Ministério dos Assuntos Internos de França “forneceram uma porta de entrada” para a polícia australiana infiltrar as comunicações do Ghost e intervir em 50 crimes de ameaça.

As autoridades, que nesta operação apreenderam ainda 205 quilos de droga, 25 armas de fogo e 1,2 milhões de dólares australianos (730 milhões de euros), esperam realizar mais detenções nos próximos dias.

A diretora da Europol, Catherine De Bolle, destacou no mesmo comunicado o sucesso da operação, na qual participaram forças de segurança de nove países.

“Hoje deixámos claro que, por mais ocultas que sejam as redes criminosas criadas, não podem escapar aos nossos esforços coletivos”, observou De Bolle. ANG/Inforpress/Lusa

Angola/ Amnistia Internacional denuncia arbitrariedade de prisões de 4 activistas

Bissau, 18 Set 24 (ANG) -  A Amnistia Internacional apela a que as autoridades libertem quatro pessoas detidas desde 16 de Setembro de 2023 em Luanda, à margem dos protestos de então dos mototaxistas.

A ong denuncia a degradação do estado de saúde de alguns dentre eles e denuncia a injustiça de os manter em cativeiro.

Miguel Marujo é o director de comunicação da Amnistia Internacional (AI) em Portugal. Ele resumiu à RFI o sentido deste comunicado da Amnistia Internacional emitido por Vongai Chikwanda, directora regional adjunta para a África oriental e austral da ong sobre as condições com que se debatem estes 4 activistas presos há um ano.


As autoridades angolanas estão a privar de liberdade, há um ano, quatro activistas detidos que têm visto a sua saúde deteriorar-se drasticamente. As autoridades angolanas devem libertar imediatamente estes quatro activistas que foram injustamente detidos e devem também proporcionar acesso a cuidados médicos que lhes têm sido muitas vezes negado ou atrasado.

Três deles, nomeadamente, têm tido problemas de saúde, para as quais não têm tido a resposta mais eficaz da parte das autoridades angolanas. A Amnistia Internacional tem documentado várias fases de declínio significativo no seu estado de saúde, num quadro aparentemente padronizado de uma privação deliberada de assistência médica pelas autoridades em diversas prisões.

Há um outro caso conhecido que a Amnistia Internacional também tem acompanhado, que é de Neth Nahara, uma conhecida Tik Toker angolana, que também viu negado durante algum tempo o acesso a cuidados médicos, ela que é seropositiva. E um ano na prisão apenas por protestar pacificamente, é inconcebível ! Os seus nomes, pelos quais são conhecidos popularmente Adolfo Campos, Gildo das Ruas, Tanaice Neutro e Pensador, são nomes pelos quais eles são conhecidos e os quatro foram detidos a 16 de setembro de 2023, em Luanda, antes de participarem numa manifestação de solidariedade com os mototaxistas que estavam então em protesto.

De salientar que a 19 de setembro de 2023 os quatro activistas foram condenados em Luanda, de forma sumária, a 2 anos e 5 meses de prisão e ao pagamento de uma multa de 80 mil kwanzas, cada um (o equivalente a 77,5 euros).

Um tribunal de Luanda condenou-os, pois, por "desobediência e resistência às ordens". Segunda a Amnistia Internacional "relatos e vídeos de testemunhas que circularam mostram que, no momento da prisão, os ativistas estavam deitados no chão, sem resistir". ANG/RFI

Mali/Capital alvo de ataques terroristas

Bissau, 18 Set 24(ANG) – A capital do Mali foi alvo na terça-feira de atentados reivindicados, entretanto pelo Grupo de apoio ao Islão e aos muçulmanos, aparentado com a rede extremista Al Qaeda.

Os combates ainda continuariam junto do aeroporto. A RFI falou com testemunhos no local que admitem que a população ficou preocupada com os tiroteios. Já em 2016 um hotel tinha sido alvo de um atentado em Bamaco. A junta militar alega que a situação estaria, porém, sob controlo.

Da junta militar do Mali o chefe de Estado maior dos exércitos, general Oumar Diarra, afirmou na televisão estatal que "os terroristas foram neutralizados, as operações prosseguem para os desmantelar". O exército, segundo a agência AFP, apelou a população a manter-se calma.

A televisão mostrou imagens de pessoas feitas prisioneiras, na sequência dos ataques, com as mãos atadas e os olhos vendados.

Uma escola da guarda nacional ["gendarmerie"] teria sido um dos alvos dos atentados. A junta não avançou com nenhum balanço de vítimas.

Por seu lado o Grupo de apoio ao Islão e aos muçulmanos que reivindicou os atentados pelas suas redes habituais, diz ter tomado por alvo o aeroporto militar e o centro de treino dos guardas nacionais malianos na madrugada desta terça-feira "causando enormes perdas humanas e materiais e a destruição de vários aviões militares".

Na capital maliana o grosso da situação estaria normalizada e a população demonstra-se preocupada com este suposto novo episódio de terrorismo, como  relatou a RFI Carlos Alberto Martins, habitante de Bamaco.

 “Levantei-me às 6 da manhã e fiquei estupefacto ao ouvir dizer que tinha havido tiroteio numa caserna militar. Ao ligar-me nas redes sociais, nomeadamente no Facebook, foi ali que eu comecei a aperceber-me que havia já imagens de terroristas que foram presos, outros foram mortos, outros foram mesmo deitados ao fogo, foram queimados vivos. E entretanto foi-nos avisado pelas autoridades que havia uma certa estrada, que não devíamos seguir nessa estrada porque era um dos acessos ao meu trabalho. Tivemos que fazer um desvio. Acho que a situação actualmente já está toda resolvida. Está calma. Houve também, realmente muito perto do aeroporto também tiroteio, porque, segundo parece, eles queriam assaltar um domínio onde têm material militar. Eu estou fora da cidade, sete quilómetros no exterior da cidade. E eu falei com amigos meus em Bamaco. Dizem que está tudo normal.

Para os habitantes de Bamaco nunca se tratou de uma tentativa de golpe de Estado, mas mesmo de uma operação terrorista, como já houve no passado, por exemplo, em relação a um estabelecimento hoteleiro [em 2016] ?

Exactamente, foi aqui há uns anos atrás, no Radisson Blue. Houve mortos naquela altura, os terroristas assaltaram esse hotel. Foi a única vez que se ouviu que havia uma intrusão de terroristas na cidade de Bamaco. Fala-se de vez em quando um ou outro que foi apanhado dentro da cidade, mas nada daquilo que aconteceu hoje. A população está inquieta porque, ao fim ao cabo, isto é a opinião de uma grande maioria da população, há uma junta militar, um governo militar, um presidente militar. Chegamos à conclusão de que a cidade não está protegida como deveria de estar. Os terroristas entram aqui dentro de Bamaco como se entra dentro de pequenas aldeias, muito longe da cidade. E é isso que é impressionante ! A população tem medo !”. ANG/RFI                                           

Portugal/Mais de 100 fogos activos, com vento a levar ao "descontrolo" da situação

Bissau, 18 Set 24 (ANG) - O vento em Portugal não está a ajudar os esforços dos bombeiros para apagar os fogos, havendo 100 incêncios activos no centro e Norte do país.

O primeiro-ministro português propôs a criação de uma força especial de investigação para lidar com quem ateia fogos ilegalmente.

Os incêndios em Portugal estão longe de estar controlados, com novas rajadas de vento esta manhã que arrastam as chamas para o Norte e interior do país. Também no centro, a situação está a degradar-se com um incêndio que lavra em Águeda, que está "descontrolado", segundo o presidente do município, Jorge Almeida.

Com mais de 100 fogos activos no país, entre novos focos de incêndio e reactivamento de fogos anteriormente considerados extintos, várias estradas continuavam esta manhã cortadas à circulação. Em vários conselhos do Norte e centro do país, a degradação da qualidade do ar já levou ao cancelamento de actividades ao ar livre e é aconselhado que as crianças fiquem no interior das escolas e das casas.

Várias casas já terão ardido esta manhã na região de Chaves e Vila Pouca de Aguiar, assim como Arouca, São Pedro do Sul e Magualde. 

Após um conselho de ministros extraordinário devido aos incêndios, o Governo português decidiu criar uma força "especializada" para investigar criminalmente a origem dos incêndios dos últimos dias, como anunciou Luís Montenegro.

"Nós não podemos perdoar a quem não tem perdão. Nós não podemos perdoar atitudes criminosas que estão na base de muitas das ignições que ocorreram nos últimos dias. Sabemos que há fenómenos naturais e sabemos que há circunstâncias de negligência, mas há coincidências a mais. E há, portanto, uma necessidade das portuguesas e dos portugueses saberem que o Estado, em seu nome, vai atrás dos responsáveis por estas atrocidades", declarou.

Este anúncio surge numa altura em que cinco pessoas já foram detidas devido a possível mão criminosa nestes fogos.

Sete pessoas morreram já morreram neste incêndios e 40 ficaram feridas, duas com gravidade. Estes incêndios que atingem Portugal desde Domingo já foram consumidos pelas chamas 62 mil hectares.ANG/RFI

terça-feira, 17 de setembro de 2024

Politica/ Ministro do Interior e Ordem Pública pede desculpas ao repórter de imagem da Lusa, vítima de violência policial

 Bissau,17 Set 24(ANG) – O ministro do Interior e da Ordem Pública, Botché Candé pediu hoje desculpas ao repórter de imagem da Agência de Notícias de Portugal(Lusa), Júlio de Oliveira que no domingo foi vítima de violência policial , no aeroporto  Osvaldo Vieira, em Bissau quando filmava as manifestações dos  militantes do PAIGC que foram receber o seu líder, Domingos Simões Pereira.

“Em nome do Ministério do Interior e da Ordem Pública peço desculpas ao repórter da Lusa pelo ocorrido no domingo”,disse Botché Candé.

 O pedido de desculpas foi feito na sequência de uma orientação dada pelo   Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló ao ministro Botche no decurso de uma visita que o chefe de Estado guineense efetuava ao Ministério do Interior e da Ordem Pública.

 “Fui informado  pela minha assessora de que um repórter da Lusa,  que qualificou de uma pessoa muito educado, foi agredido pela polícia e de imediato mandei telefonar-lhe e na conversa que mantivemos reconheçi que realmente se trata de  uma pessoa educada”, disse Úmaro Sissoco Embaló, ao intervir durante a visita ao Minstério do Interior e da Ordem Pública.

O Presidente da República frisou que existem as vezes erros que são cometidas por forças de segurança, fora das orientações tanto do ministro do Interior, ou do Comissário Geral da Polícia de Ordem Pública, mas que devem ser considerados  “casos isolados”.

“Mandei pedir desculpas ao repórter da Lusa, como guineense que é, porque ele não é português”, sublinhou Umaro Sissoco Embaló.

Adiantou que, ele não liga interesse mesmo nos conteúdos da Rádio Televisão Portugesa(RTP), porque não gostam dele e critica que esta estação passa o seu tempo a organizar debates envolvendo pessoas para o insultar .

Embaló disse que o papel da policia não é para bater nos cidadãos, contudo afirma que, se as suas autoridades estão sendo posta e causa devem agir mediante a lei.

“Mesmo vocês jornalistas, se são alvos de agressões  recorrem aos  polícias para a vossa proteção”, vincou o Chefe de Estado.

O PR criticou  que as actuações de jornalistas guineenses não são aceites nem em Angola, Portugal ou  outros países. “Em Portugal se um jornalista insultar um detentor de cargo público, imediatamente é julgado e condenado”, disse Uamaro Sissoco Embaló.

Júlio de Oliveira disse ao DW-África que foi agredido pelas forças de defesa e segurança no aeroporto Internacional Osvaldo Vieira, no domingo(15),  enquanto cobria a chegada a Bissau do presidente do Parlamento e líder do PAIGC, Domingos Simões Pereira.

Segundo as informações da DW, citando as testemunhas e o próprio jornalista, um dos agentes desferiu-lhe um murro nas costas e  além da agressão, o repórter foi obrigado a apagar as imagens captadas durante o evento.ANG/ÂC//SG



ONU/ Inoussa Kabore é novo representante do UNICEF na Guiné-Bissau

Bissau, 17 de Set 24(ANG)  - Inoussa Kabore, natural do Burkina Faso, é o novo Representante do Fundo das Nações Unidas  para a Infância (UNICEF) na Guiné-Bissau, substituindo no cargo Etona Ekole.

A informação consta num  comunicado à imprensa da UNICEF, enviado hoje a Redação da Agência de Notícias da Guiné(ANG).

Kaboré procedeu segunda-feira a entrega da sua carta de creditação  ao Ministros dos Negócios Estrangeiros, Cooperação Internacional e das Comunidades, Carlos Pinto Pereira.

Antes de ser designado Representante do UNICEF na Guiné-Bissau, Inoussa Kabore desempenhou as funções de Representante Adjunto do UNICEF no Paquistão desde Julho de 2021.

 Kabore conta com mais de 20 anos de experiência em programas de desenvolvimento e humanitários no Sul da Ásia, em África, na América Latina, nas Caraíbas, no Médio Oriente e nos Estados Unidos.

Além disso,  Kabore é um perito nos domínios da saúde pública, planeamento de programas, monitorização, avaliação e investigação e gestão de programas. Desde 2012, que se dedicou,  no UNICEF, ao trabalho pela garantia dos direitos de cada criança e cada adolescente.

O Kabore é licenciado em Saúde Pública e Epidemiologia, na Universidade de Ouagadougou, Burkina Faso, e possui diploma de Mestrado  em Saúde Pública (MPH) em Planeamento, Monitorização e Avaliação da Saúde Internacional e do Desenvolvimento, na Faculdade de Medicina Tropical, da Universidade de Tulane, em Nova Orleäes, Louisiana, EUA. ANG/LPG//SG

Alterações climáticas  /Governo e PNUD lançam projeto para reforço do sistema de informação  e alerta precoce para desenvolvimento resilente

Bisaau, 17 set 24 (ANG) – O  Governo e Programa das Nações Unidas PNUD assinam ,hoje um protocolo de acordo para implementação  do Projecto de Reforço dos Sistemas de Informação Climática e de Alerta Precoce para o Desenvolvimento Resiliente ao Clima e Adaptação às Alterações Climáticas na Guiné-Bissau.

Da parte guineense assinou o documento o ministro do Ambiente, da Biodiversidade e Ação Climática, Viriato Luís Soares Cassamá e pelo PNUD assinou o representante da instituição, em Bissau, Alessandra Casazza .

O Projeto será executado pelo Ministério do Ambiente, Biodiversidade e Ação Climática em colaboração com o Instituto Nacional de Meteorologia e a Direção Geral dos Recursos Hidricos, com assistência técnica do PNUD.

Na ocasiã,o o Ministro do Ambiente, Biodiversidade e Ação Climática,disse que  as alterações climáticas representam um grande desafio para a economia, a geografia e os assentamentos na Guiné-Bissau, uma vez que ameaçam os meios de subsistência daqueles que dependem dos recursos naturais para a sua sobrivivência.

Viriato Luís Soares Cassamá disse que a  monitorização das alterações climáticas hidrometeorológicos é fundamental para o desenvolvimento de medidas de adaptação adequadas, para  a redução dos seus  impactos, através de um plano resiliente às alterações climáticas e de medidas de preparação para catástrofes.

Afirmou que o Projeto permitirá à Guiné-Bissau gerir melhor os desafios relacionados com o clima, que prejudicam o crescimento económico e o desenvolvimento, com uma série de desafios,incluindo as necessidades de  aumentar a capacidade dos serviços e redes hidrometeorológicas para prever eventos climáticos e riscos associados.

Viriato Cassamá  afirmou que o projeto visa reforçar as capacidades de monitorização do clima, sistemas de alerta precoce e informações para responder à choques climáticos e planear a adaptação às alterações climáticas na Guiné-Bissau através de três principais componentes.

Para o representante  do PNUD, Alessandra Casazza o ato representa um marco significativo dos esforços coletivos para enfrentar os desafios críticos resultantes das  alterações climáticas,tidas como  um dos maiores desafios globais da atualidade, com impactos graves em países como a Guiné- Bissau, onde a população depende fortemente dos recursos naturais para sua subsistência.

Afirmou que a vulnerabilidade do pais é acentuada pela relação estreita entre as atividades como a agricultura e a pesca, e os ecossistemas, tornando os efeitos das mudanças climáticas ainda mais devastadores para as comunidades locais.

Casazza referiu que a subida do nível do mar, os eventos climáticos extremos e as condições climáticas imprevisíveis ameaçam, não só a economía, mas também o bem-estar das comunidades em todo o país, razão pela qual deve haver  uma resposta robusta à estes desafios.

 “A  cerimónia  marca um passo crucial para alcançar a resiliência às alterações climáticas”, disse.

Alessandra Casazza declarou que o PNUD está determinado a apoiar o Governo da Guiné-Bissau para fazer face aos efeitos das alterações climáticas mas alerta  que o sucesso  projeto dependera da participação ativa de todas as partes interessadas, incluindo as comunidades locais, a sociedade civil e o setor privado, “para  garantir que os riscos climáticos se transformassem  em oportunidades de inovação, adaptação e crescimento amanhã”.

O Projeto é financiado num montante de 6.600.000 de dólares pelo Fundo Global do Ambiente(GEF), através do Fundo dos Países Menos Avançados (LDCF), para um período de cinco anos(2024-2029). ANG/LPG//SG

Legislativas AntecipadasGTAPE anuncia atualização de  928.187  eleitores para  próximas eleições

Bissau, 17 Set 24 (ANG) – O  Gabinete Técnico de Apoio ao Processo Eleitoral (GTAPE), anunciou que o processo de atualização dos cadernos eleitorais e  de novos recenseados permitiu o registo de  928.187 eleitores.

O número foi avançado hoje em conferência de imprensa, pelo Diretor-geral do GTAPE, Gabriel Gibril Baldé,no balanço final do processo de actualização dos cadernos eleitorais, iniciado em Março do ano em curso e que terminou hoje com a entrega dos Cadernos Eleitorais à Comissão Nacional de Eleições(CNE).

O processo serviu não só para os cidadãos que completaram 18 anos estarem inscritos nos cadernos eleitorais, após o  recenseamento de 2023, mas também para normalização da situação daqueles que mudaram de residências e os que perderam os seus cartões do eleitor.

Na ocasião, Gabriel Baldé indicou que na região de Tombali foram atualizados um total de  49.862 mil eleitores, enquanto que na região de Quinará o processo de actualização atingiu a  38.172 eleitores.

Na região de Oio, de acordo com o DG do GTAPE foram recenseados 124.864 eleitores, na região de Biombo foram registados 67.665 eleitores enquanto que em Bolama Bijagós foram registados 19.575 eleitores.

Na região de Bafatá foram recenseados 118.311 eleitores, em Gabu foram atualizados um total de  116.630 eleitores e na região de Cacheu foram registados 102.534 cidadãos.

Para a Diáspora África, o Director-geral do GTAPE disse que foram registados no Senegal um total de 11.684 cidadãos, na Gâmbia , 3.831 eleitores,  na Guiné-Conacri, 2.282 eleitores, em Cabo Verde, 2.970, Mauritânia, 733 mil, totalizando 13.682 eleitores para o Circulo 22 que corresponde a Diáspora africana.

Sobre o  Circulo 23, que corresponde a Diáspora-Europa, Gabriel Gibril Baldé disse que em Portugal foram registados 11.717 eleitores, em Espanha, 2.266 cidadãos, França, 4.054 eleitores, Inglaterra, 2.108 pessoas, em Benelux(Bélgica, Luxemburgo e Holanda), foram registados um total de 1.800 eleitores, na Alemanha,  723 cidadãos.

Informou que no Círculo 23, foram registados um total de 22.668 cidadãos eleitores.

“O total geral da Diáspora África e Europa é 44.168 eleitores”, salientou o DG do GTAPE.

Aquele responsável disse que no Sector Autónimo de Bissau, concretamente no Círculo 24, foram registados 21.272 eleitores, no Círculo 25-  53.179 cidadãos, no Círculo 26 - 26.806 eleitores, no Circulo 27 - 28.662 pessoas, no Circulo 28 - 43.206 eleitores e no Circulo 29 - 73.275 no total, sendo que o total dos inscriros no SAB é de  246.400 cidadãos eleitores. ANG/ÂC//SG

                                                           

Legislativas antecipadas/Diretor-geral de GTAPE entrega ficheiros de atualização de cadernos  eleitorais à CNE

Bissau, 17 Set 24 (ANG) – O Diretor-geral  do Gabinete Técnico de Apoio ao Processo Eleitoral (GTAPE) procedeu hoje a entrega formal dos ficheiros de atualização de cadernos eleitorais ao Presidente da    Comissão Nacional de Eleições(CNE) .

Mpabi Cabi, após a receção dos  cadernos eleitorais disse  que cabe agora à  CNE  divulgar nos órgãos de informação o mapa com os resultados globais do recenseamento, particularmente da atualização do recenseamento, conforme previsto na Lei Eleitoral (artº 30 nº 4).

"Quero deixar patente de que, este ato singelo, revestido de suma relevância, concernente a entrega de ficheiros de cadernos eleitorais, em observância as disposições legais, previstas nos números 2 e 3 do artº 30 da lei 11/2013 de 25 de Setembro – Lei de Recenseamento Eleitoral é um testemunho inequívoco do significativo passo dado para traduzir em realidade as eleições legislativas antecipadas de 24 de Novembro próximo", disse Cabi.

Mpabi Cabi  prometeu  que a CNE vai fazer  tudo o que estiver ao seu alcance para, mais uma vez, assegurar os “princípios de valores da integridade eleitoral”.

Por seu turno, o Diretor-geral de GTAPE Gabriel Djibril Baldé, disse que independentemente de haver eleições ou não, as atualizações são feitas em todos os anos entre os meses de Janeiro, Fevereiro e Março, para que possam constar nos cadernos os cidadãos que completam 18 anos depois da última atualização.

"Temos cumprido a missão de primeira atualização de cardenos eleitorais e hoje estamos a entregar estes cadernos à Comissão Nacional de Eleições, para que possam prosseguir os trabalhos, conforme a legislação dit. Trabalhamos sempre de mãos dadas com a CNE, e agradecemos muito a colaboração desta instituição, que por lei é fiscalizadora dos atos de recenseamento e das atualizações feitas pelo GTAPE", disse Djibril Baldé.

Aproveitou a ocasião para pedir ao Governo a contratação de mais  recursos humanos para a manutenção permanente dos equipamentos do GTAPE que diz se encontrarem  em condições degradantes, para que possam ter vida útil para os próximos processos de atualização de cadernos eleitorais.

“O GTAPE conta de momento com apenas  dois funcionários efetivos,  e o resto são todos contratados que depois de cada  processo, todos voltam a procedência”, disse.ANG/MI/ÂC//SG 


Sociedade
/INE lança  Cartografia Piloto para Recenseamento da População e Habitação

Bissau, 17 Set 24(ANG) – O Instituto Nacional de Estatística (INE) procedeu esta,  terça-feira, ao lançamento oficial da  Cartografia Piloto  para o Recenseamento  da  População e Habitação.

Na cerimónia, o Diretor-geral do Plano e Interação Regional Issa Jandi disse que este processo se iniciou com a elaboração do Plano Nacional de Desenvolvimento e  que vai  permitir ter dados fiáveis para elaboração de projetos de desenvolvimento do país, no horizonte 2024/2034.

Jandi garantiu que, com o termino da cartografia piloto, o INE vai iniciar o Recenseamento da População e Habitação.

Durante um mês, destinado a cartografia piloto, os técnicos do INE vão textar os equipamentos em locais e condições diferentes, segundo explicações do diretor de serviço de estatística demográfica social, e responsável para a Demografia ,Osvaldo Cristo João Mendes

 Afirmou que a Cartografia propriamente dita começa em Outubro e terá a duração de quatro meses no terreno para corrigir todas as dificuldades encontradas.

Osvaldo Cristo João Mendes disse que têm 30 cartógrafos, 10 supervisores, 07 supervisores da Tecnologia Informação e Comunicação(TIC) e a equipa de seguimento no terreno e equipa de seguimento informático para  controlar os trabalhos em tempo real  através dos servidores.

“O objetivo é  recensear todos os centros de saúde, hospitais, escolas, casas e fontenários públicos, estradas, edifícios públicos, mercados e outros imóveis que serão georeferenciados em todo o território nacional com três cores verde, amarelo e vermelho”, disse João Mendes..

Acrescentou que ainda serão recenseados os modelos de construção das casas, desde adobe, taipe e de blocos, se tem água potável, eletricidade ou não, como tratam os lixos, como cozinha, se na lenha, no fogão à gás, ou fogareiro.

Em relação ao Censo, Osvaldo Mendes disse que vai ser recenseado toda a população  existente no país, desde crianças, adolescentes, homens, mulheres,os recém-nascidos , os estrangeiros e os deslocados.

Mendes lembrou que o primeiro Censo feito na Guiné-Bissau decorreu em 1979, o segundo em 1991, o terceiro em 2009 e este quarto será em 2025.

O projeto é financiado pelo Fundo das Nações Unidas para População(FNUAP)  e o  INE vai cuidar da parte técnica. ANG/JD//SG

Reuno Unido/Países lusófonos melhoram nas classificações de relatório sobre estado da democracia

Bissau,  17 Set 24(ANG) - A maioria dos países lusófonos registou progressos nas avaliações feitas pelo Relatório Global sobre o Estado da Democracia 2024, publicado hoje, com destaque para o Brasil, apesar da turbulência criada nas eleições presidenciais de 2022. 

O estudo, publicado hoje pelo Instituto Internacional para a Democracia e Assistência Eleitoral (International IDEA), refere como os tribunais sancionaram o ex-Presidente Bolsonaro devido às tentativas para se manter ilegalmente no poder e por fazer alegações infundadas contra o sistema de votação eletrónica do país. 

Apesar de o estudo registar um declínio em vez de uma melhoria no desempenho democrático global há oito anos consecutivos a nível mundial, o país sul-americano é visto como um exemplo onde as eleições mostraram capacidade para "reforçar a democracia face à adversidade".

O Brasil verificou melhorias nos quatro parâmetros usados pelos autores do relatório, subindo cinco lugares na classificação relativa à Representação política para o 42.º, subiu 17 para 63.º em Direitos civis, ascendeu 38 posições para a 53.ª em Estado de Direito e galgou 29 lugares em Participação política e civil, chegando à 4.º posição num total de 173 países.

O relatório referiu Angola num grupo de países com progressos em matéria de ausência de corrupção, juntamente com a Bulgária, Quénia e Maldivas.

Mesmo assim, constatou pouca alteração nos diferentes parâmetros em 2023 relativamente ao ano anterior, retendo o 121.º lugar no 'ranking' de Representação, subindo um lugar tanto em Direitos (119.º) e Estado de Direito (118º) e três em Participação (134.º).

Os autores do relatório referem o "entusiasmo" criado pela emergência de uma nova geração de líderes políticos em Moçambique e Senegal, "tendo em conta o fosso extremo entre a demografia da sociedade e a demografia dos atuais chefes de Estado e de Governo em África".

Moçambique observou alguma deterioração pois, apesar de manter o 118.º lugar no 'ranking' em Representação, desceu quatro posições para a 121ª. em Direitos, caiu nove para 116º. na classificação geral sobre Estado de Direito e desceu três para 129.º em Participação.

No Relatório hoje publicado, que analisa os dados relativos a 2023, Cabo Verde está entre os 32 países, juntamente com Portugal, que registaram um retrocesso na eficácia do parlamento nos últimos cinco anos. 

Apesar de se considerar que tem um desempenho elevado, tal como Portugal, o país africano tem vindo a deteriorar o desempenho neste índice.

Nos diferentes parâmetros, Cabo Verde subiu três lugares em Representação para 32.º, manteve-se em 54.º em Direitos, desceu um para 49.º em Estado de Direito e subiu três em Participação (120.º).

A Guiné-Bissau subiu um lugar em Representação (112.º), dois em Direitos (129.º) e Estado de Direito (137.º) e três em Participação (66.º)

Timor-Leste sobressai no relatório como tendo feito progressos gerais no desempenho democrático, com destaque para a taxa de participação eleitoral média de 79%, valor elevado apesar de o voto não ser obrigatório.

O país asiático subiu cinco lugares no critério de Representação política (51.º), quatro em Direitos (95.º), dois em Estado de Direito (65.º) e sete em Participação (79.º)

A Guiné Equatorial também observou melhorias, subindo dois lugares em Representação (144.º), manteve o 163.º em Direitos, ascendeu seis em Estado de Direito (157.º) e cresceu três em Participação (161.º). 

O Relatório Global sobre o Estado da Democracia, é produzido anualmente pelo Instituto Internacional para a Democracia e Assistência Eleitoral (International IDEA), com sede em Estocolmo. 

Segundo o estudo mais recente, 2023 foi o oitavo ano consecutivo em que mais países apresentaram um declínio em vez de uma melhoria no desempenho democrático global, a queda consecutiva mais longa em 48 anos.

ANG/Inforpress/Lusa

 

Lisboa/Portugal lamenta incidente com repórter da Lusa na Guiné-Bissau

Bissau, 17 Set 24(ANG) - O Ministério dos Negócios Estrangeiros de Portugal disse hoje que o país lamenta o incidente com o repórter da Lusa na Guiné-Bissau, no domingo, e toma "boa nota das diligências efetuadas" e do pedido de desculpas do Presidente guineense ao jornalista.

Em resposta a questões enviadas pela Lusa, o ministério liderado por Paulo Rangel afirmou que "Portugal lamenta este incidente, apresentou a sua posição às autoridades da Guiné-Bissau e toma boa nota das diligências efetuadas, que produziram já resultados, desde logo o facto de o Presidente da República da Guiné-Bissau ter telefonado ao repórter de imagem a pedir desculpa pelo que aconteceu".

"Tendo tido conhecimento de que o repórter de imagem da Lusa em Bissau terá sido atacado por elementos da Polícia de Intervenção Rápida, o Ministério dos Negócios Estrangeiros rapidamente iniciou diligências a vários níveis com as autoridades para apurar factos e exigir um esclarecimento cabal sobre o ocorrido", sublinha o MNE.

O repórter de imagem da Lusa em Bissau, Júlio Oliveira, foi abordado por elementos da Polícia de Intervenção Rápida, domingo, pelas 18:20 locais, quando estava a filmar uma caravana de apoio a um político guineense.

Além de um agente o ter atingido com um murro nas costas, a polícia forçou o repórter a apagar as imagens que tinha recolhido e tentou obrigar o jornalista da Lusa a entrar numa carrinha para ser conduzido a uma esquadra, o que acabou por não acontecer.

A Direção de Informação da Lusa expressou hoje a sua veemente condenação à agressão do repórter, adiantando que tomou medidas a nível oficial.

Numa nota hoje emitida, a Direção de Informação da Lusa – Agência de Notícias de Portugal afirmou estar "chocada com a agressão inesperada e inexplicável" ao seu repórter de imagem, quando este fazia uma reportagem sobre a chegada do presidente da Assembleia Nacional Popular, Domingo Simões Pereira.

"Este tipo de procedimentos não pode deixar de merecer a mais veemente condenação da Direção da Lusa, encontrando-se em violação dos mais elementares princípios da liberdade de informação e de imprensa, bem como do estado de direito", refere, salientando a gravidade do incidente e acrescentando que tomou "de imediato as medidas tidas por convenientes a nível oficial mal tomou conhecimento dos factos ocorridos".

"[A DI] expressou pessoalmente ao jornalista sua solidariedade, tendo-se disponibilizado a dar todo o apoio que necessite", refere-se na mesma nota.

A agressão de que foi alvo o repórter de imagem Júlio Oliveira foi também hoje condenada de forma veemente pelo Conselho de Redação da Lusa que, em comunicado, manifestou a sua total solidariedade para com o camarada, condenando a atitude da polícia.

"Os membros eleitos do Conselho de Redação condenam nos termos mais enérgicos a agressão de que foi vítima o nosso camarada, a quem manifestam total solidariedade, e deploram a ação da polícia para impedir o livre exercício do jornalismo no país", sustenta.

A equipa de edição da Lusofonia e África da Lusa emitiu também hoje uma nota em que "condena e lamenta a agressão" ao jornalista.

"Nunca é demais recordar as condições de extrema pressão em que muitos jornalistas nossos, sobretudo os contratados locais, trabalham, com ataques à liberdade de imprensa e, como ficou patente no caso de domingo, vítimas de violência física no exercício da sua profissão".

Numa referência aos incidentes que tiveram por alvo Júlio Oliveira, o presidente da Assembleia Nacional Popular da Guiné-Bissau sublinhou no domingo a anormalidade de situação que o seu país vive.

“Eu cheguei e estava convencido que estava tudo normal. De repente, dou conta de que há bloqueios de acesso às pessoas ao aeroporto. Há jornalistas que foram agredidos, há jornalistas aos quais foram subtraídos os materiais que tinham utilizado para o seu trabalho”, observou Simões Pereira.

ANG/Inforpress/Lusa

 

    Portugal/Incêndios: Número de mortos desde domingo sobe para quatro

Bissau, 17 Set 24(ANG) - Uma idosa que tinha a casa numa zona de fogo em Almeidinha, Mangualde, morreu durante a noite de doença súbita, confirmou hoje à Lusa fonte da Proteção Civil, elevando para quatro o número de vítimas mortais dos incêndios.

Segundo fonte do Comando Sub-Regional Viseu Dão Lafões, a habitação não ardeu.

A morte desta idosa, cuja idade não foi indicada, eleva para quatro o número de mortos nos incêndios rurais que atingem desde domingo as regiões Norte e Centro do país e que provocaram ainda 40 feridos.

Na segunda-feira as autoridades tinham anunciado duas mortes no contexto dos incêndios: uma pessoa carbonizada e outra que sofreu um ataque cardíaco.

Na noite de domingo tinha igualmente morrido um bombeiro de doença súbita quando combatia as chamas em Oliveira de Azeméis.

Num balanço relativo às 01:30 (23:30 em Cabo Verde), a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil de Portugal disse que a maioria dos feridos (33) eram bombeiros destacados para combater as chamas, sendo os restantes civis, que sofreram queimaduras ou foram vítimas de inalação de fumos ou intoxicação.

Pelo menos 27 incêndios continuavam activos em Portugal continental esta madrugada.

A Protecção Civil estima que arderam pelo menos 10 mil hectares na Área Metropolitana do Porto e na região de Aveiro.

As chamas chegaram de forma significativa aos distritos do Porto, em Gondomar, de Braga, em Cabeceiras de Basto, de Viseu, em Penalva do Castelo e Nelas, e de Castelo Branco, em Louriçal do Campo. O distrito de Aveiro foi o centro dos maiores focos de incêndio, em Oliveira de Azeméis, Sever do Vouga, Albergaria-a-Velha e Águeda.

O Governo português alargou até quinta-feira a situação de alerta devido ao risco de incêndios, face às previsões meteorológicas, e anunciou a criação de uma equipa multidisciplinar para lidar com as consequências dos fogos dos últimos dias, com sede em Aveiro e coordenada pelo ministro português Adjunto e da Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida. ANG/Inforpress/Lusa

 

Israel/ Governo anuncia expansão da guerra ao Hezbollah na fronteira com o Líbano

Bissau, 17 Set 24 (ANG) - Ao mesmo tempo que os esforços internacionais continuam para encontrar um cessar fogo entre Israel e a Faixa de Gaza, as autoridades israelitas vieram hoje dizer que vão expandir a guerra a alvos do Hezbollah, na fronteira Norte com o Líbano.

As autoridades israelitas decidiram durante esta noite expandir os objectivos da guerra contra ao Hamas e adicionar aos seus objectivos a aniquilação também do Hezbollah, em nome da segurança dos seus cidadãos que vivem no Norte do país junto à fronteira com o Líbano.

Mesmo se não há qualquer guerra formalmente declarada, as trocas de tiros entre tropas israelitas e o Hezbollah já fizeram centenas de pessoas no Líbano, assim como dezenas de israelitas entre militares e civis. Este conflito, paralelo à invasão da Faixa de Gaza, fez ainda milhares de deslocados tanto no Líbano como em Israel.

Benjamin Netanyahu quer "uma mudança fundamental" na segurança de Israel no Norte do país, com múltiplos ataques a terem acontecido este fim de semana e já no início desta semana. Para o primeiro-ministro, o objectivo é que estes deslocados voltem às suas casas no lado de Israel.

Este desenvolvimento no conflito do Médio Oriente acontece ao mesmo tempo que Anthony Blinken, Secretário de Estado dos Estados Unidos da América, está de novo nesta região do Mundo para tentar mais um esforço um possível cessar-fogo. Blinken estará esta semana no Egipto de forma a continuar as negociações entre Hamas e o Governo de Israel. ANG/SG

Chade/Mais de mil mortos nas inundações na África Central e Oriental, quase metade no Chade


Bissau, 17 Set 24(ANG) - O número de mortos nas inundações causadas por chuvas torrenciais no Chade desde o final de julho subiu para 487, quase metade de mais de um milhar de vítimas mortais das cheias na África Central e Oriental.

De acordo com informações divulgadas hoje pelas autoridades do Chade à agência de notícias EFE, só na última semana o Chade registou 146 mortes resultantes das inundações.

Na Nigéria, o número de mortos também aumentou de 259 para 269, e mais de 640.000 pessoas tiveram de deixar as suas casas, informou hoje a Agência das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR).

“Até à data, registámos 487 mortes relacionadas com as cheias e quase 1,7 milhões de pessoas afetadas (...). É um número alarmante e estamos a pedir ajuda aos parceiros do Chade”, disse à EFE o vice-presidente do Comité Nacional de Prevenção e Gestão de Cheias, Mahamat Assileck Halata, confirmando os dados divulgados na passada sexta-feira pelas Nações Unidas.

De acordo com Halata, as chuvas destruíram 200 mil casas e mais de 355 mil hetares de terras agrícolas, enquanto 66 mil cabeças de gado foram perdidas num fenómeno que afetou 117 dos 120 departamentos do país.

As zonas onde se registaram mais mortes são as províncias de Logone Est e Mayo-Kebbi Ouest, no sul do país, e Ouaddaï e Wadi Fira, no leste, embora a província de Lac (oeste) tenha o maior número de pessoas afetadas pela catástrofe.

“Todos os campos estão inundados. As nossas colheitas estão a apodrecer na água. Esta situação não augura nada de bom para o dia de amanhã: se as pessoas não colherem o que semearam, haverá fome nos próximos meses”, lamentou Jonas Masra, um habitante da cidade de Sarh, na província de Moyen-Chari (sul), também em declarações à EFE.

Para além do Chade, há meses que chuvas fortes atingem vários países da África Ocidental e Central, incluindo a Nigéria, a República Democrática do Congo (RDC), a República Centro-Africana (RCA), o Togo, a Costa do Marfim, a Libéria, o Níger e o Mali.

Esta situação agrava as circunstâncias de uma população já vulnerável devido à pobreza crónica, ao subdesenvolvimento, aos conflitos e à instabilidade política.

Segundo números divulgados também hoje pela agência de notícias Bloomberg, as cheias numa faixa da África Central e Ocidental e Ocidental deixaram sem casa pelo menos 2,9 milhões de pessoas, além de estarem a devastar as colheitas numa região que já tem falta de alimentos e assolada pela insegurança.

As fortes chuvas na metade ocidental da zona semi-árida do Sahel zona semi-árida do Sahel, que faz fronteira com o deserto do Saara de África, é provável que se mantenham, de acordo com a Rede de Sistemas de Alerta Precoce contra a Fome.

O dilúvio deste ano - que coincide com uma época crucial para as colheitas - é atribuído ao aquecimento global pelos especialistas.

Uma grande parte do Sara receberá mais de 500% da sua precipitação normal de setembro, segundo o bloguer Severe Weather Europe, que publica previsões meteorológicas.

O Grupo Internacional de Salvamento descreveu as inundações na região como as piores em 30 anos e as estimativas do Centro de Riscos Climáticos da Universidade da Califórnia, em Santa Barbara mostram que grandes extensões do Mali e da Mauritânia e da Mauritânia registaram os níveis de precipitação mais elevados de que há registo nos primeiros dez dias de setembro, segundo a Bloomberg. ANG/Inforpress/Lusa