quarta-feira, 25 de setembro de 2024

Burkina Faso/Junta Militar denuncia supostas tentativas de desestabilização

Bissau,25 Set 24(ANG) -  A junta militar do Burkina Faso denunciou nesta segu
nda-feira ter abortado várias tentativas de desestabilização implicando o antigo presidente interino, o tenente coronel Paul Henri Sandaogo Damiba, antigos ministros com o apoio de certos serviços de informação de potências ocidentais.

O ministro da segurança, Mahamadou Sana, alegou na televisão do Burkina Faso que por detrás destas tentativas de desestabilização estavam tanto civis, como militares, no activo ou tendo deixado a classe e, mesmo, o país.

O tenente coronel Paul-Henri Sandaogo Damiba, antigo presidente de transição, seria o chefe da vertente militar deste suposto complot.

De acordo com o ministro da segurança o primeiro ataque corresponderia ao de 24 de Agosto em Barsalogho, no centro-norte.

Na altura, segundo fontes locais, mais de 400 civis tinham morrido num ataque reivindicado pelo Grupo de apoio ao Islão e aos muçulmanos.

O governante alega que o plano deveria desembocar no assalto ao palácio presidencial, na capital.

Várias pessoas teriam sido detidas, algumas teriam, mesmo, sido abatidas durante uma tentativa de fuga, incluindo Ahmed Kinda, antigo comandante das forças especiais.

O complot teria sido orquestrado por cidadãos do Burkina a viver no estrangeiro, com o dedo a ser apontado à Costa do Marfim pela junta militar no poder em Uagadugu.ANG/RFI

Cabo Verde/ Selo em homenagem a Amílcar Cabral leva à demissão do líder parlamentar do MpD

Bissau,25 Set 24(ANG) - A emissão de selo em homenagem ao centenário de Amílcar Cabral gera crise no partido no poder em Cabo Verde, em vésperas das eleições autárquicas. O líder do grupo parlamentar do MpD, Paulo Veiga, abandonou o cargo afirmando que tem tido muitas dificuldades na articulação com os membros do Governo. 

Em conferência de imprensa para esclarecer as razões que o levaram à renúncia do mandato, o ainda líder do grupo parlamentar do MpD, partido no poder em Cabo Verde, Paulo Veiga, explicou que tem havido falta de articulação entre os membros do Governo e a bancada do MpD no Parlamento. A “gota de água” foi a emissão do selo comemorativo do centenário do nascimento de Amílcar Cabral.

O motivo da minha demissão é que nós tomamos um posicionamento e o Governo com toda a legitimidade pode fazer o que fez, estamos a falar no 12º selo emitido em nome de Amílcar Cabral, mas por respeito e por articulação deveria comunicar-me o que se passava, os acordos que as instituições Correios de Cabo Verde e Correios de Portugal fizeram. 

Qual a minha surpresa - e, também, em contacto com os meus colegas, nenhum foi avisado - de ver aquilo acontecer da forma como aconteceu. 

Portanto, há aqui um problema de articulação e eu considerei uma falta de respeito para comigo que faz a articulação, porque eu depois tenho que ir responder aos colegas deputados, pelo menos aos que votaram contra, como é que isso sucede e por que é que eu não lhes avisei.”

A liderança do grupo parlamentar do MpD defende que Amílcar Cabral, por não ter sido um estadista em Cabo Verde, não deve merecer celebrações de Estado como aconteceu com o centenário de Aristides Pereira, o primeiro Presidente de Cabo Verde.  

Paulo Veiga disse ainda que “Amílcar Cabral é um herói nacional, pessoa importante para a história do país, mas não o pai da nação cabo-verdiana, pois a nação tem 562 anos”.

Em Outubro de 2023, os deputados do MpD chumbaram uma proposta de resolução para que o Estado celebrasse o centenário de Amílcar Cabral.

O actual vice-presidente da bancada parlamentar do MpD, Celso Ribeiro, foi o nome indicado pela Comissão Política Nacional do MpD para presidir o seu grupo parlamentar e a eleição deve acontecer na próxima semana, antes da primeira sessão parlamentar do novo ano político, que está prevista para 09 de Outubro.

A liderança do MpD - tanto o presidente do partido e primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva como o secretário-geral do MpD, Luís Carlos Silva - tem relativizado a crise instalada no partido no poder, afirmando que o partido de centro-direita está focado na preparação das eleições autárquicas previstas para 01 de Dezembro próximo.ANG/RFI

 

TIC/Jovens europeus mostram uso cada vez mais problemático de redes sociais

Bissau,25 Set 24(ANG)  - A utilização problemática das redes sociais está a aumentar entre os jovens europeus, que são também mais propensos a desenvolver o vício do jogo, alertou esta quarta-feira a Organização Mundial da Saúde (OMS).


“Precisamos de uma acção imediata e sustentada para ajudar os adolescentes a parar a utilização potencialmente prejudicial das redes sociais, que tem demonstrado levar à depressão, ao 'bullying', à ansiedade e ao mau desempenho escolar”, afirmou o diretor da OMS para a Europa, Hans Kluge, em comunicado.

Em 2022, 11% dos adolescentes (13% das raparigas e 9% dos rapazes) mostraram sinais de utilização problemática das redes sociais, em comparação com apenas 7% quatro anos antes, de acordo com dados obtidos junto de 280.000 jovens com 11, 13 e 15 anos de 44 países da Europa, Ásia Central e Canadá.

Os sintomas são semelhantes aos da toxicodependência: incapacidade de controlar a utilização excessiva, sentimentos de desistência e abandono de outras atividades em favor das redes sociais e consequências negativas na vida diária.

Este fenómeno é mais prevalente entre os adolescentes romenos de 13 e 15 anos, afetando 28% deles, e menos prevalente entre os adolescentes neerlandeses (3%).

Outra fonte de preocupação é que um terço dos adolescentes joga jogos em linha diariamente e 22% deles durante pelo menos quatro horas, disse a OMS, sublinhando que 12% de todo o grupo de análise tem um comportamento problemático em relação ao jogo (16% dos rapazes e 7% das raparigas).

“É essencial que tomemos medidas para proteger os jovens, para que possam navegar na paisagem digital em segurança e sejam capazes de fazer escolhas informadas sobre as atividades online, maximizando os benefícios e minimizando os riscos para o bem-estar mental e social”, afirmou uma responsável da OMS/Europa, Natasha Azzopardi-Muscat, citada num comunicado de imprensa.

A agência da ONU sublinhou, no entanto, os benefícios de uma utilização responsável das redes sociais, em particular a ligação entre aqueles que partilham as mesmas paixões e interesses.

Como 36% dos jovens e 44% das raparigas de 15 anos que afirmaram estar em contacto digital constante com amigos.

Os jovens “precisam de dominar as redes sociais e não deixar que as redes sociais os dominem”, insistiu Azzopardi-Muscat.

A OMS recomenda, por conseguinte, que as autoridades de cada país melhorem os ambientes digitais e as medidas educativas para permitir que os jovens entrem no mundo digital com toda a segurança.ANG/Inforpress/Lusa

Ucránia/Presidente Zelensky nos EUA confiante num fim próximo para a guerra com a Rússia

Bissau,25 Set 24(ANG) - O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, numa entrevista ao canal televisivo ABC News afirmou nesta segunda-feira que o seu país estaria perto do fim da guerra.

O chefe de Estado da Ucrânia está em visita aos Estados Unidos: uma visita a uma fábrica de armamento na Pensilvânia, a participação na Assembleia Geral da ONU constam da sua agenda.

O presidente ucraniano afirma ser possível pressionar o seu homólogo russo, de forma firme, a acabar com a guerra nesta entrevista à ABC News dos Estados Unidos.

Volodymyr Zelensky afirmou ainda que "estamos mais perto da paz do que pensamos, estamos perto do fim da guerra".

Enquanto isso Vladimir Putin condiciona a abertura de negociações de paz à desistência por parte da Ucrânia da adesão à NATO e a que Kiev ceda os territórios entretanto anexados no sul e no leste do país por Moscovo.

Zelensky será recebido na quinta-feira por Joe Biden. O presidente ucraniano deve apresentar ao seu anfitrião um plano de vitória nesta guerra e procurar convencê-lo a dar a autorização a que a Ucrânia utilize armas ocidentais de longo alcance para visar alvos na Rússia.

Um plano que Zelensky vai também revelar perante o Congresso e perante os dois candidatos à Casa Branca, o ex presidente republicano, Donald Trump, e a vice-presidente democrata cessante, Kamala Harris.ANG/RFI

Guerra Médio Oriente/Borrell lamenta número “inaceitável” de mortos no Líbano

Bissau 25 Set (ANG) – O alto representante da União Europeia (UE) para os Negócios Estrangeiros, Josep Borrell, considerou hoje que os ataques israelitas no Líbano provocaram um número “inaceitável” de mortos.


Pelo menos, 550 pessoas morreram na sequência dos ataques no Líbano e mais de 3.000 ficaram feridas.

“Este número de vítimas civis é inaceitável. Este conflito é antigo. Verificou-se um agravamento da situação”, afirmou Borrell, em declarações à agência espanhola EFE, nas Nações Unidas.

Borrell assinalou também a divisão dos países da União Europeia na assembleia-geral das Nações Unidas, no que se refere à votação sobre o conflito em Gaza.

Países como a Espanha e a Irlanda condenam firmemente o Governo israelita, enquanto Alemanha ou França apresentam posições mais ambiguas.

“Já há algum tempo que os países europeus votam de forma diferente e cada um representa a sua própria sensibilidade relativamente à política externa”, notou.

Para o alto representante da UE para os Negócios Estrangeiros, estas diferentes posições não ajudam, nem permitem que a UE intervenha no conflito de Gaza com “a força necessária.ANG/Inforpress/Lusa

 

Justiça/LGDH condena assalto a sede da ANP e  exige um inquérito “urgente e transparente” do Ministério Público

Bissau, 25 Set 24(ANG) - A Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH), condenou aquilo que considera de assalto à sede da Assembleia Nacional Popular(ANP), pelas forças de segurança que permitiu à invasão do gabinete do presidente do hemiciclo, Domingos Simões Pereira, pela segunda vice-presidente, Adja Satú Camará, utilizando o mecanismo de "Golpe de Estado" neste órgão da soberania do país.

Em conferência de imprensa realizada terça-feira, o Presidente da organização que defende os direitos humanos Bubacar Turé, considera esta ação de "arbitrária e anti-constitucional" e exige ao Ministério Público a abertura de um inquérito urgente e transparente para a detenção dos envolvidos neste caso do assalto da Assembleia Nacional Popular (ANP) nesta "ação ilegal".

Bubacar Turé, manifesta a sua indignação face ao silêncio da Comunidade Internacional, nomeadamente a ONU, UA, CEDEAO e CPLP perante as atrocidades cometidas pelo atual regime na Guiné-Bissau.

“O secretário de Estado da Ordem Pública utilizou de forma ilegal e arbitrária as forças de segurança da Guiné-Bissau, os meios bélicos da Guiné-Bissau, as armas oficiais da Guiné-Bissau, decidiu assaltar a Assembleia Nacional Popular, violando de forma grave as portas do gabinete do presidente da Assembleia e demais responsáveis deste órgão de soberania para instalar a segunda vice-presidente, Satu Camara utilizando este mecanismo que é o Golpe de Estado”, disse.

Turé disse que a LGDH condena vigorosamente esta ação arbitrária e anticonstitucional do secretário de Estado da Ordem Publica e da segunda vice-presidente do Parlamento e exige a restauração imediata da ordem constitucional na Assembleia Nacional Popular.ANG/ÂC

terça-feira, 24 de setembro de 2024


Dia da Independência
/Presidente da República enaltece  reafirmação do Estado guineense no “concerto das Nações”

Bissau, 24 Set 24(ANG) – O Presidente da República afirma que, a reafirmação do Estado guineense no “concerto das Nações” é sem dúvida, o facto histórico mais notável das últimas décadas”.

Umaro Sissoco Embalo em mensagem à Nação por ocasião do Dia da Independência do país que se celebra hoje, 24 de setembro, frisou que, é este o contexto que continuará a marcar as celebrações dos 51º Aniversário da nossa Independência, cujo ato central vai ter lugar no próximo dia 16 de Novembro.

“Há Cinquenta e um anos – do dia 24 de Setembro de 1973 – a Assembleia Nacional Popular, proclamava, pela voz do Comandante João Bernardo Vieira, ‘Nino’, o Estado independente da Guiné-Bissau”, recordou o chefe de Estado.

Umaro Sissoco Embalo disse que a independência nacional não é apenas uma conquista do passado e  é um património inesgotável de todos os guineenses, de homens e mulheres que, ontem, combateram e venceram a dominação estrangeira.

Disse que, é um património também de homens e mulheres, de hoje, dos guineenses que, em todos os setores da nossa vida: Na Administração do Estado e na vida económica; Nas Forças de Defesa, Segurança e na Diplomacia; Na Educação e na Saúde; Na Cultura, no Desporto, nas Artes, vão dando o máximo de si próprios pelo progresso económico e social, e pela dignidade do povo guineense.

“Também eles são combatentes pela nossa Independência. São combatentes pela nossa Liberdade. São combatentes pela consolidação da nossa Soberania Nacional. Enfim, a independência nacional que hoje começamos a celebrar é um legado que se transmite à juventude guineense - a portadora do futuro que nós queremos ter. É um futuro desafiante que a Juventude Guineense – a “Geração do Concreto” - tem de assumir”, sublinhou.

Umaro Sissoco Embalo afirmou que isso exige a consolidação do Estado de Direito Democrático na Guiné-Bissau, e a concretização dos mais altos desígnios de Desenvolvimento Sustentável tal como foram articulados pela Agenda 2030 das Nações Unidas e pela Agenda 2063 da União Africana.

“Aproveito esta ocasião para expressar o nosso reconhecimento aos Representantes do Corpo Diplomático acreditados no nosso país, pela colaboração dos seus respetivos países com o Estado da Guiné-Bissau Estendo os nossos agradecimentos às Organizações Internacionais, nossas parceiras no processo de desenvolvimento que, com o seu apoio, estamos empenhados em implementar”, salientou.ANG/ÂC

segunda-feira, 23 de setembro de 2024

Comunicação social/Sindicato de Base da INACEP-ECP pondera decretar uma paralisação de três dias

Bissau, 23 Set 24(ANG) – O Presidente do  sindicato de base da Imprensa Nacional(Inacep), disse que ponderam avançar com uma paralisação  de três dias com início na próxima quarta-feira, em reivindicação ao pagamento de  três meses de salário em atraso.

Em declarações hoje à imprensa, Mohamed Lamine Monteiro, vulgo Baba, disse que a conferência de imprensa que agendaram para hoje, segunda-feira, foi suspensa, temporariamente, porque o ministro da Comunicação Social convocou o sindicato para uma reunião ainda esta segunda-feira.

Baba disse que o governante alegou que a carta de pedido de audiência enviada desde a semana passada pelo sindicato só chegou ao seu gabinete na manhã de hoje.

Lamine Monteiro disse que , mesmo depois de reunir com o ministro da tutela, a greve só será levantada se os  três meses de salário(Julho,Agosto e Setembro) forem pagos,  tendo afirmado que acredita que desta vez terão cem por cento de adesão,  porque os funcionários que furaram a greve na primeira vaga  estão a sofrer consequências.

Monteiro acrescentou que, com a exceção da parte no Serviço de Passaportes nomeadamente  a CETIS, os da parte da INACEP vão observar a  greve.

Mohamed Monteiro garantiu que se até a próxima sexta-feira  não houver resposta positiva a greve vai continuar. ANG/JD/ÂC//SG

Dia Internacional da Paz/-Primeiro-ministro defende preparação de gerações futuras  para preservação da paz

Bissau, 23 Set 24 (ANG) – O Primeiro-ministro defendeu sábado que é importante treinar as  gerações futuras sobre o diálogo inter-religioso visando o combate  a violência e preservação da paz.

Rui Duarte Barros falava no ato comemorativo do Dia Internacional da Paz que decorreu sob o lema: "A importância do diálogo Inter-religioso na consolidação da paz e na prevenção da radicalismo e extremismo violento", organizado pelo Governo, Nações Unidas e Observatório de Paz.

Sublinhou que, o fenômeno do radicalismo e extremismo violento constituem um dos maiores desafios de segurança que o mundo enfrenta nos dias que correm, devido as consequências nefastas nas sociedades,  e diz que são factores do enfraquecimento de alicerces da democracia e do Estado do Direito, com repercursões negativas no aumento de pobreza extrema.

Rui Barros salientou  que a Guiné-Bissau está inserida num contexto regional, marcado pelo aumento  de atividades criminosas, levados a cabo por diversos grupos radicais extremistas, que ocuparam grandes áreas do território de vários países da CEDEAO e do Sahel, nomeadamente Mali, Burkina Faso, Níger, Chade, entre outros, gerando problemas sócio-financeiros, através do tráfico de drogas, manipulação e incentivo de migrações.

Referiu que ao longo dos últimos anos, os números de mortes dos deslocados internos, em consequências das práticas extremistas, tem vindo a aumentar consideravelmente, sem que haja espetativas alguma de curto prazo para a sua diminuição.

Para aquele responsável, a iniciativa do Observatório de Paz “Nô Cudji Paz”, é uma mais valia  que ajuda ao Governo e a população em geral a estabelecer pontes de diálogo e sinergias na consolidação da paz e prevenção do radicalismo e extremismo violento.

"Nos últimos dois anos e meios, o Observatório de Paz tem sido, não só uma iniciativa renovadora do diálogo entre diferentes atores nacionais, mas também de formação e reforço de capacidade de diversos elementos da sociedade, nomeadamente os lideres religiosos, tais como imanes, padres, pastores, mulheres entre outros", disse.

Disse que, ernquanto cidadão atento e chefe do Governo em particular, tem acompanhado a dinâmica de aproximação e de partilha de visão entre os lideres religiosos sobre diversos assuntos da sociedade facilitadas pelo projeto Observatório da Paz.

Disse que, a sua presença no evento é testemunho da sua disponibilidade pessoal e do Governo, para criação de  sinergias necessárias com atores da sociedade civil, no sentido de garantir uma ampla participação de todos os segmentos da sociedade, no reforço da consolidação dos alicerces da coesão nacional e duma paz sustentável e duradora na Guiné-Bissau.

Na  Guiné-Bissau as celebrações do Dia Internacional de Paz decorreram desde  16 de Setembro, com atividades promovidas pelos responsáveis dos projetos do Fundo para Construção da Paz (PBF) nas comunidades de Gabu, Biombo e Bissau.

Nesse quadro, no  dia 21 de Setembro, a ONU apoiou a organização de uma série de eventos em Bissau, incluindo: animação musical com participação de artistas, campanha para promover a compreensão do conceito de paz entre os guineenses, com vídeos disponíveis nas plataformas digitais da ONU como Facebook, Twitter e YouTube. ANG/MI/ÂC//SG

Nova Iorque/ONU adopta "Pacto para o Futuro" para reforçar multiculturalismo

Bissau, 23 Set 24(ANG) – Dezenas de dirigentes do mundo inteiro reúnem-se no domingo na Cimeira do Futuro, em Nova Iorque, para traçar um "futuro melhor" para a humanidade, e lutar contra o impacto das guerras, da pobreza e do aquecimento climático.

No arranque da Cimeira foi adoptado o "Pacto para o futuro", em que os países comprometem-se a trabalhar para a "manutenção da paz", apesar da oposição ao texto de alguns países, incluindo da Rússia.

O "Pacto para o Futuro", o principal documento a sair deste evento e que foi obtido através de amplas negociações intergovernamentais, apresenta, em mais de 20 páginas, 56 acções em áreas que vão desde a importância do multilateralismo ao respeito pela Carta da ONU e à manutenção da paz. Aborda-se a necessidade da reforma das instituições financeiras internacionais e a reforma do Conselho de Segurança da ONU, assim como a luta contra as alterações climáticas, o desarmamento e o desenvolvimento da inteligência artificial.

A luta contra o aquecimento global foi um dos pontos delicados das negociações, tendo havido discórdia quanto à referência, no documento, à “transição” para abandonar os combustíveis fósseis. 

Em cima da mesa, a colaboração e confiança entre os países do Norte e os países do Sul. Os países em desenvolvimento exigiram compromissos concretos sobre a reforma das instituições financeiras internacionais, para facilitar o acesso de alguns deles ao financiamento para lidar com desafios como os impactos das alterações climáticas.

Durante as negociações, a Rússia, apoiada pela Bielorússia, o Irão, a Coreia do Norte, o Nicarágua e a Síria, apresentou uma emenda ao projecto, defendendo que a ONU “não pode intervir” nos assuntos “internos” dos Estados, mas a maioria da Assembleia recusou-se a validar esta proposta.

A Rússia manifestou a sua oposição ao texto, não impedindo a sua adopção. O vice-ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergei Vershinin afirmou que "ninguém está satisfeito com este texto" e que o acordo "não pode ser considerado multilateralista". 

Durante a cimeira, o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, apelou os países a pôr em prática as medidas contidas no Pacto e os seus anexos, o Pacto Digital Global e Declaração para as Gerações Futuras.

"Hoje, desafio-vos a agir, a pôr em prática o Pacto para o Futuro, privilegiando o diálogo e a negociação, pondo fim às guerras que fragmentam o mundo e reformando a composição e os métodos de trabalho do Conselho de Segurança. É preciso acelerar a reforma do sistema financeiro internacional e colocar as novas tecnologias ao serviço do interesse superior da humanidade. O que determina o nosso sucesso ou fracasso não é a adopção deste acordo, mas sim as nossas acções e o seu impacto na vida das populações que servimos. E em todo o mundo, as pessoas aspiram à paz, à dignidade e à prosperidade. Agora, vamos ao trabalho", afirmou o secretário-geral da ONU, António Guterres.

No entanto, o Pacto não é vinculativo, o que levanta algumas questões sobre a sua concretização, nomeadamente porque alguns dos princípios apresentados, como a protecção de civis em conflitos, são violados diariamente pelo mundo fora.ANG/RFI

 

       Portugal/ Primeira "Marxa Cabral" leva centenas de pessoas à rua

Bissau, 23 Set 24 (ANG) – Centenas de pessoas reuniram-se  sábado(21),em Lisboa, na primeira "Marxa Cabral" em Portugal organizada pelo Movimento Negro, no quadro do centenário do líder da luta pela independência Amílcar Cabral.

A primeira Marcha Cabral levou centenas de pessoas à rua este sábado 21 de Setembro em Lisboa para celebrar o centenário do nascimento do líder independentista africano Amílcar Cabral, assinalado a 12 de setembro. O activista guineense Yussef explica que por ocasião da homenagem a Cabral, o Movimento Negro, um colectivo panafricanista, pretende internacionalizar os valores e ideiais e da luta de resistência de Amílcar Cabral. 

"Há todo um contexto a nível nacional e internacional que levou vários colectivos e individualidades a organizarem esta marcha. O objectivo é institucionalizá-la, esperamos repetí-la nos próximos anos. Neste momento, a luta de Amílcar Cabral interpela-nos seja para fazer face às várias injustiças com as quais nos deparamos aqui na Grande Lisboa, com a questão do racismo, da discriminação de género, ou com a situação de desemprego. Mas na verdade, esta marcha também tem uma vertente internacionalista, na medida em que nos solidarizamos com a luta do povo palestiniano que neste momento é vítima de um genocídio. Ao mesmo tempo, também denunciamos a destruição do Estado de Direito na Guiné-Bissau, que pode ser sinónimo de ditadura", começa por explicar o activista guineense Yussef.

O Movimento Negro em Portugal, na origem da organização desta marcha, reúne vários coletivos e organizações pan-africanistas. Neste âmbito, pretendem homenagear o ideólogo das lutas de libertação na Guiné-Bissau e Cabo Verde e a internacionalização das suas ideias. 

"Há uma crítica no sentido de dizer que os objectivos pelos quais se fez a luta de libertação nos nossos países até este momento não foram concretizados. Os objectivos da geração de Cabral, dos movimentos de libertação, seja do PAIGC de Cabral, seja do MLSTP em São Tomé, seja do MPLA em Angola ou da Frelimo em Moçambique, ainda não foram concretizados. Então o pensamento de Cabral, o método de Cabral, os objectivos das lutas de libertação, continua a interpelar-nos de tal forma que pensamos também que nos próximos anos esta marcha deve realizar se", considera Yussef.

Durante a Marcha foi lida  uma declaração segundo a qual Setembro passa, a partir de domingo, a ser  o mês das Marxas Cabral em Portugal. ANG/RFI


França
/Comunidade internacional alarmada com escalada da violência no Médio Oriente

Bissau, 23 Set 24 (ANG) - A violência continua no Médio Oriente, e um bombardeamento israelita provocou sete mortos numa escola do campo de refugiados de al-Shati, no norte da faixa de gaza.

De acordo com as autoridades locais, entre as vítimas figura Majed Saleh, director do Ministério das Obras Públicas do governo do Hamas. Seis outros palestinianos morreram também noutros bombardeamentos israelitas por todo o território.

Na Cisjordânia, o canal a Al Jazeera anunciou no domingo que as suas instalações foram invadidas  pelo exército israelita que emitiu uma ordem de encerramento por 45 dias. O canal de televisão do Qatar é acusado por Israel de "incitar e apoiar" o terrorismo.

No Líbano, as autoridades deram conta de três mortos em bombardeamentos israelitas no sul, junto à fronteira com o Estado Hebreu, depois de o exército israelita ter literalmente decapitado as chefias do Hezbollah na sexta-feira com um bombardeamento que matou 16 dos dirigentes dessa organização islamista apoiada pelo Irão, activa no Líbano.

No outro lado da fronteira, no norte de Israel, centenas de milhares de habitantes refugiaram-se em abrigos e escolas, perante a intensificação das trocas de tiros entre o exército israelita e o Hezbollah.

Segundo o exército israelita cerca de 150 roquetes, mísseis de cruzeiro e drones foram lançados em direcção do norte de Israel durante a noite, Tsahal referindo por outro lado visado o Hezbollah ao lançar desde ontem mais de 290 engenhos.

Ao comentar esta situação, o Primeiro-Ministro israelita disse que as suas tropas infligiram ao Hezbollah libanês "uma série de golpes que nunca imaginou". Ao dizer-se empenhado em fazer regressar a população do norte do país às suas casas, Netanyahu garantiu ainda que "se o Hezbollah não entendeu a mensagem, ele prometia que iria entender".

Por seu lado, o Hezbollah não deu sinais de pretender deixar as armas. Esta tarde, o número dois do Hezbollah, Naem Qassem, disse que o seu movimento está a entrar "numa nova fase" na batalha que trava contra Israel desde o início da guerra na Faixa de Gaza.

"As ameaças não nos vão deter: estamos prontos para qualquer cenário militar" contra Israel, acrescentou este responsável naquela que foi a primeira declaração oficial do movimento armado desde o ataque em que numerosos membros foram mortos.

Reagindo igualmente a esta situação, o movimento islamistas palestiniano Hamas que controla a Faixa de Gaza enalteceu a "coragem" do Hezbollah contra a máquina de guerra" de Israel.

No exterior a preocupação está a aumentar. O Secretário-geral das Nações Unidas disse estar "preocupado" com a "possibilidade de o Líbano se transformar (em) outra Gaza" devido ao conflito armado entre Israel e a organização xiita libanesa. António Guterres disse ainda que lhe parece "muito claro" que nem Israel, nem o Hamas, querem um cessar-fogo.

No mesmo sentido, a Casa Branca comentou que uma "escalada" militar não é do "interesse" de Israel. John Kirby, porta-voz da Casa Branca considerou ainda que existe "espaço" para uma "solução diplomática" ao conflito. " É nisso que estamos a trabalhar", acrescentou, sem dar mais detalhes.

A União Europeia também deu conta da sua preocupação. Ao pedir um "cessar-fogo ao longo da linha azul" que separa as forças armadas libanesas das de Israel desde 2000, o chefe da diplomacia da UE, Josep Borrell considerou que "os civis estão a pagar um preço alto" e serão "novamente aqueles que mais sofrerão numa guerra total que deve ser evitada, inclusive por meio de novos esforços diplomáticos intensos". ANG/RFI

Portugal/CPLP promove encontro hoje em Nova Iorque para concertar posições

Bissau, 23 Set 24(ANG) - A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) tem agendado para hoje, em Nova Iorque, um “almoço-encontro” para, nomeadamente, analisar “os mais recentes acontecimentos político-diplomáticos nos Estados-membros” e concertar posições sobre os principais assuntos internacionais.

O encontro, que aproveita a presença em Nova Iorque dos chefes de Estado e de Governo da CPLP para participarem na Assembleia Geral da ONU, inclui ainda na sua agenda o balanço do ano da presidência são-tomense da comunidade e um ponto para “diversos”, com algumas fontes diplomáticas a admitirem que possa ser levantada a questão da assunção da presidência da organização no próximo ano pela Guiné-Bissau.

Habitualmente realiza-se, à margem da Assembleia Geral da ONU, uma reunião informal de ministros dos Negócios Estrangeiros e Relações Exteriores da CPLP, mas, segundo as mesmas fontes, este ano, a Presidência são-tomense entendeu que seria importante haver uma cimeira informal de chefes de Estado e de Governo dos nove países.

O objetivo, disseram, é haver uma decisão definitiva sobre o local da próxima cimeira, que será no país que assumirá a presidência da organização.

Na última reunião de Chefes de Estado e de Governo, que decorreu em São Tomé e Príncipe, em agosto de 2023, quando este país assumiu a presidência, ficou decidido que seria a Guiné-Bissau o próximo Estado-membro a assumir a liderança, em 2025, por dois anos.

Mas, dada a situação política neste país, os Estados-membros deverão pronunciar-se agora sobre o local da próxima cimeira.

O Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, dissolveu o parlamento em 04 de dezembro de 2023, alegando uma grave crise política, e convocou eleições legislativas antecipadas para 24 de novembro deste ano.

Já este ano, o Conselho de Ministros dos Negócios Estrangeiros e Relações Exteriores da CPLP confirmou o local, Guiné-Bissau, e a data de 17 de julho de 2025, para a realização da próxima cimeira.

No entanto, segundo as fontes, a decisão final é da competência dos chefes de Estados e de Governo e daí a marcação desta reunião informal em Nova Iorque.

Fonte do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Portugal disse à Lusa que o país estará representado na reunião pelo ministro Paulo Rangel. O primeiro-ministro, Luís Montenegro, reduziu a sua deslocação a Nova Iorque de quatro para dois dias, devido aos incêndios que têm afetado o país, pelo que só chegará na quarta-feira.

Segundo fontes contactadas pela Lusa, estão previstas as presenças dos Presidentes de Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe, bem como do primeiro-ministro de Timor-Leste, devendo o Brasil enviar o seu ministro das Relações Exteriores. O Presidente moçambicano também está em Nova Iorque, mas o encontro lusófono não consta da sua agenda oficial, tal como não foi anunciado o participante da Guiné Equatorial.

Os Estados-membros da CPLP são Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.

ANG/Inforpress/Lusa

 

Nova Iorque/Lula diz que não se pode “naturalizar” 730 milhões de pessoas a passarem fome

Bissau,23 Set 24(ANG) - O Presidente do Brasil afirmou domingo, nas Nações Unidas, que não se pode “naturalizar” 730 milhões de pessoas a passarem fome em todo o mundo e que cumprir os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável arrisca ser o “maior fracasso coletivo”.

“Naturalizar a fome de 730 milhões de pessoas seria vergonhoso. Voltar atrás em nossos compromissos é colocar em xeque tudo o que construímos tão arduamente”, afirmou Lula da Silva, ao intervir na “Cimeira do Futuro”, na sede das Nações Unidas (ONU), em Nova Iorque, evento projectado pelo secretário-geral da organização em 2021 e apresentado como uma “oportunidade única” para mudar o curso da história.

“Outras ideias não saíram do papel. Temos duas grandes responsabilidades perante aqueles que nos sucederão. A primeira é nunca retroceder. Não podemos recuar na promoção da igualdade de género, nem na luta contra o racismo e todas as formas de discriminação. Tão pouco podemos voltar a conviver com ameaças nucleares, é inaceitável”, apelou o chefe de Estado brasileiro.

Na sua intervenção na cimeira, que pretende revigorar e restaurar a confiança no multilateralismo, Lula da Silva reconheceu que os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável “foram o maior empreendimento diplomático dos últimos anos”.

Contudo, assumiu, a iniciativa “caminha para se tornar o maior fracasso coletivo”: “No ritmo atual de implementação apenas diversos 17% das metas da Agenda 2030 serão atingidas dentro do prazo. Na presidência do G20, o Brasil lançará uma aliança global contra a fome e a pobreza, para acelerar a superação desses flagelos”.

Lula da Silva recordou que na última Cimeira do Clima (COP28) “o mundo realizou um balanço global da implementação das metas do Acordo de Paris”, assumindo que “os níveis actuais de redução de emissões de gases de efeito estufa e financiamento climático são insuficientes para manter o planeta seguro”.

“Em parceria com o secretário-geral [da ONU], como preparação para a COP30, vamos trabalhar por um balanço ético global, reunindo diversos setores da sociedade civil para pensar a ação climática sobre o prisma da justiça, da equidade e da solidariedade”, garantiu Lula da Silva.

A “segunda responsabilidade” elencada pelo Presidente do Brasil visou a “responsabilidade comum” de “abrir caminhos diante dos novos riscos e oportunidades”.

“O Pacto para o Futuro [adotado minutos antes nesta cimeira] aponta a direção a seguir. O documento trata de forma inédita temas importantes como a dívida de países em desenvolvimento e a tributação Internacional. A criação de uma instância de diálogo entre os chefes de Estado e de Governo e líderes de instituições financeiras internacionais promete recolocar a ONU no centro do debate económico mundial”, assumiu.

Os Estados-membros da ONU comprometeram-se hoje a traçar “um futuro melhor” para a humanidade afetada pelas guerras, pela pobreza e pelo aquecimento global, apesar da oposição de alguns países, incluindo da Rússia, à adoção do "Pacto para o Futuro".

Depois de duras negociações até ao último minuto, a Rússia manifestou hoje a sua oposição ao texto do acordo, sem, no entanto, impedir a sua adoção por consenso, antes da sessão de abertura da “Cimeira do Futuro”.

O “Pacto Global Digital”, também a adotar nesta cimeira, reconheceu Lula da Silva, “é um ponto de partida para uma governança digital inclusiva que reduza as assimetrias e uma economia baseada em dados e mitiga o impacto de novas tecnologias, como a inteligência artificial”.

“Todos estes avanços serão louváveis e significativos, mas, ainda assim, falta ambição e ousadia. A crise da governança global requer transformações estruturais. A pandemia, os conflitos na Europa e no Médio Oriente, a corrida armamentista e a mudança do clima escancaram as limitações das instâncias multilaterais”, criticou.

Segundo Lula da Silva, a “maioria dos órgãos carece de autoridade e meios de implementação para fazer cumprir suas decisões”, a Assembleia Geral das Nações Unidas “perdeu sua vitalidade”, enquanto a “legitimidade” do Conselho de Segurança “encolhe a cada vez” que “aplica duplos padrões” nas suas decisões.

Além de declarações de Estados-Membros da ONU, a "Cimeira do Futuro" contará igualmente com diálogos interativos sobre temas como transformar a governança global e impulsionar a implementação da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável; ou reforçar o multilateralismo para a paz e a segurança internacionais.  ANG/Inforpress/Lusa

 

           
 
Política
/Forças policiais colocadas de novo na sede da ANP

Bissau, 23 Set 24(ANG) – As Forças Policiais foram ,de novo,colocadas na manha de hoje nas instalações da Assembleia Nacional Popular(ANP), em Bissau.

Abordado pelo repórter da ANG, um funcionário afecto a ANP disse que têm informações de que só é permitido o acesso às instalações do parlamento  funcionários cujos nomes constam numa lista na posse dos elementos de Forças Policiais.

A ANG falou ainda com o chefe das Forças Policiais colocadas junto a entrada principal da sede da ANP, sobre o assunto, este limitou-se a dizer que foram ali para fazer algumas abordagens cujo teor escusou-se a especificar.

Perguntado sobre se existem medidas de restrições de entradas a sede do parlamento à algumas personalidades incluindo o seu Presidente Domingos Simões Pereira, este responsável policial disse que não.

Numa reunião extraordinária realizada sexta-feira, a  Comissão Permanente do Parlamento exigiu a urgente marcação da data da realização das eleições presidenciais no decurso deste ano, com vista a evitar a vacatura no cargo de Presidente da República, a partir de 27 de Fevereiro de 2025.

Naquilo que foi a primeira reunião dos deputados após a dissolução do parlamento em Dezembro de 2023,  os deputados membros da Comissão Permanente da ANP recomendaram que seja criada uma comissão para junto do Conselho Superior da Magistratura Judicial do Supremo Tribunal de Justiça encontrar uma solução que reponham o pleno funcionamento do poder judicial.

No documento lido pelo Conselheiro Técnico Principal do presidente da Assembleia Nacional Popular(ANP), os membros da Comissão Permanente pedem que seja criada uma comissão que vai integrar os representantes dos partidos com assento no parlamento no sentido de preparar a seleção e eleição do novo Secretariado Executivo da Comissão Nacional de Eleições (CNE), órgão cuja direção é caduca há quatro anos.

Nesta reunião que decorreu mais de duas horas numa das salas do Parlamento, estavam representados três dos quatro partidos com  assento no hemiciclo guineense, ou seja, estavam presentes PAI TERRA RANKA, MADEM G-15 e o PRS. O encontro ficou marcada com a ausência do PTG.

O Presidente da República(PR) manifestou-se contra a proposta de análise da situação do Supremo Tribunal de Justiça, agendada para a  reunião extraordinária da Comissão Permanente da Assembleia Nacional Popular, realizada na passada sexta-feira.

Em declarações a imprensa, após a reunião do Conselho de Ministros, na semana passada Umaro Sissoco Embaló considerou contudo que é  regimental a análise da atual situação sóciopolitica do país pela Comissão Permanente da ANP.

Segundo o chefe de Estado,  o que não  é Constitucional e nem regimental é a tentativa de falar do outro órgão de soberania, neste caso do  Supremo Tribunal Justiça.

“Mesmo em situação normal, a  ANP  não tem competências de falar de  outro órgão da soberania”, disse.

A Comissão Permanente é o único órgão parlamentar cujo funcionamento é permitido por lei, mesmo em caso de dissolução do parlamento. ANG/ÂC//SG

sexta-feira, 20 de setembro de 2024

                                 Diplomacia/PR viaja para Nova Iorque

Bissau, 20 Set 24 (ANG( - O Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló deixou hoje Bissau rumo a Nova Iorque, onde deverá assistir a 79ª Assembleia geral das Nações Unidas, na companhia de vários outros chefes de estados.

Segundo a Inforpress, os trabalhos desta sessão da AG devem arrancar na sexta-feira, e  a Onu tem agendado várias  atividades, nomeadamente a “Cimeira do Futuro”, que deverá debater temas de governação global, ciência e tecnologia, juventude e as futuras gerações.

Ainda no quadro da sua estada em Nova Iorque, o Presidente Sissoco deverá participar no  encontro dos Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento sobre a subida do nível de águas do mar.

Trata-se de um encontro de alto nível sobre a mobilidade climática para analisar os impactos das mudanças climáticas, particularmente nos pequenos Estados insulares em Desenvolvimento. ANG//SG

Tráfico de drogas/"Nações Unidas promete dar todo apoio para sucesso de investigação relacionada com a droga apreendida no país", diz Ana Cristina Andrade

Bissau, 20 Set 24 (NG) – A Responsável do Escritório de ONUDC para Guiné-Bissau prometeu que as Nações Unidas vai continuar a seguir e dar todo o apoio necessário para que o trabalho de investigação, de prossecução e de condenação tenham um resultado, no caso de drogas apreendidas no país.

Ana Cristina Andrade, falava quinta-feira à margem da incineração da 2.633,1kg de drogas de tipo cocaína apreendidas no passado  dia 07 de setembro do ano em curso, no aeroporto internacional Osvaldo Vieira.

Disse que a ONUDC aplaude este tipo de modalidade transparente de incineração, por envolver vários  parceiros, seja da sociedade civil, as autoridades judiciais, as organizações de direitos humanos, parceiros internacionais e peritos envolvidos no processo.

"Aplaudimos, congratulamos, porque isto mostra de fato uma postura de prestação de contas e da transparência em termos de distruição das drogas. Acompanhamos desde a  manhã e vimos os trabalhos miniciosos de testes de confirmação das drogas, da pesagem e reconhecemos a modalidade utilizada na prestação de contas e de demonstração de que não se esconde nada com envolvimento de todos", disse.

Ana Andrade disse que é preciso trabalhar para prevenção de uso de substâncias, que fazem mal a saúde, uma vez que ninguém é dependente de drogas, frisando a título de exemplo que, quando na família há um dependente de drogas ninguém fica  feliz.

Aquela responsável afirmou que quando há mais drogas no país, significa que o nível de criminalidade vai aumentar, e mais problemas de saúde mental o país vai ter e diz que isso é um desafio das autoridades.

Por isso, disse que a destruição da droga é uma forma de proteção para a Guiné-Bissau, para a sub-região e também para Europa. ANG/MI/ÂC//SG