segunda-feira, 5 de maio de 2025

Rússia/Putin diz que o país tem forças suficientes para vencer a guerra sem armas nucleares

 

Bissau, 05 Mai 25 (ANG) - A Rússia tem forças suficientes para vencer a guerra na Ucrânia sem recorrer a armas nucleares, disse o presidente russo, Vladimir Putin, num documentário que será hoje transmitido na televisão e cujos excertos começaram a ser publicados.

 

O documentário será divulgado por ocasião do 25.º aniversário da sua primeira tomada de posse como chefe de Estado, em 07 de Maio.


"Queriam provocar-nos para que cometêssemos erros. Mas não havia necessidade de utilizar as armas a que se referiu. E estou confiante de que não será necessário", disse Putin, de 72 anos, ao seu interlocutor, citado pela agência EFE.

De acordo com Putin, existem “forças e recursos suficientes para concluir politicamente o que foi iniciado em 2022 com o resultado que a Rússia precisa”.

O documentário, que será exibido hoje às 21:00, hora de Moscovo (17:00, hora de Cabo Verde), foi anunciado na sexta-feira passada pelo jornalista Pavel Zarubin, um dos autores do filme.

A primeira tomada de posse de Putin teve lugar em 07 de maio de 2000, depois de ter vencido as eleições presidenciais antecipadas de março de 2000 com 52,94% dos votos, na qualidade de Presidente interino, na sequência da demissão de Boris Ieltsin.

Desde então, com exceção de 2008, quando Dmitry Medvedev, seu vice, assumiu a presidência para um mandato de quatro anos, Putin foi empossado quatro vezes, graças a alterações à Constituição, que inicialmente só permitia dois mandatos presidenciais.  ANG/Inforpress/Lusa

             Irão/ Governo tenta mediar conflito entre Índia e Paquistão

Bissau, 05 Mai 25 (ANG) - O chefe da diplomacia do Irão reuniu-se hoje com o homólogo paquistanês em Islamabade para tentar mediar as tensões entre o Paquistão e a Índia após o atentado contra turistas na Caxemira indiana em abril.

visita de Abbas Araghchi é a primeira de um dignitário estrangeiro desde que as tensões aumentaram na sequência do massacre de 26 turistas, em 22 de abril, que a Índia atribui ao Paquistão, segundo a agência de notícias norte-americana Associated Press (AP).

Teerão ofereceu-se para ajudar a aliviar as tensões entre os vizinhos com armas nucleares.

"Tanto a Índia como o Paquistão são países amigos da República Islâmica do Irão", disse Araghchi aos jornalistas após um encontro com o ministro dos Negócios Estrangeiros paquistanês, Ishaq Dar.

"O Paquistão é o nosso país vizinho e irmão, e estávamos interessados em ser informados das posições dos nossos amigos no Paquistão antes de viajar para a Índia", acrescentou, citado pela agência de notícias iraniana Irna.

O exército paquistanês tem estado em alerta máximo depois de o ministro do Governo, Attaullah Tarar, ter citado informações credíveis de que a Índia poderia atacar.

O Paquistão negou qualquer papel no massacre de turistas maioritariamente indianos e ofereceu-se para cooperar com uma investigação internacional credível.

Até à data, a Índia não aceitou a oferta e vários líderes mundiais apelaram às duas para usar de contenção e evitar o agravamento da situação.

O chefe da diplomacia paquistanesa congratulou-se com a mediação iraniana para desanuviar as tensões com a Índia.

Ishaq Dar disse que desde a semana passada, contactou com mais de uma dezena de ministros estrangeiros, incluindo os homólogos norte-americano, Marco Rubio, e russo, Serguei Lavrov.

"Não seremos os primeiros a dar qualquer passo de escalada", disse Dar em Islamabade.

Referiu, no entanto, que avisou a comunidade internacional de que, em caso de "qualquer ato de agressão por parte da Índia, o Paquistão defenderá resolutamente a sua soberania e integridade territorial".

Dar acusou a força aérea indiana de tentar violar o espaço aéreo paquistanês em 28 de abril.

O Paquistão enviou aviões e forçou os jatos indianos a voltar para trás, disse, segundo a AP.

A Índia não fez qualquer comentário imediato sobre estas alegações.

O Presidente russo, Vladimir Putin, falou hoje com o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, e "condenou veementemente o ataque terrorista em Pahalgam", anunciaram os governos russo e indiano.

A Caxemira está dividida entre a Índia e o Paquistão e é reivindicada por ambos na totalidade.

Os dois países travaram duas das suas três guerras na região dos Himalaias e as relações têm sido marcadas por conflitos, diplomacia agressiva e suspeitas mútuas, sobretudo devido às reivindicações concorrentes sobre Caxemira.

O último conflito levou os dois países a expulsar diplomatas e cidadãos um do outro, bem como a fechar o espaço aéreo.

Ishaq Dar também denunciou a suspensão pela Índia do tratado de partilha de água.

Na cidade de Akhnoor, na Caxemira controlada pela Índia, onde o rio Chenab corre para o Paquistão, os residentes disseram hoje que os níveis de água estavam tão baixos que as pessoas podiam atravessar o rio a pé.

"Nunca vi este rio secar na minha vida", disse o agricultor Bal Krishan, 55 anos, acrescentando que concordava com "a decisão de Modi de suspender o tratado e punir" o Paquistão.

Narendra Modi autorizou na semana passada uma resposta militar contra o Paquistão.

Desde então, o Paquistão tem afirmado ter "informações credíveis" sobre um ataque indiano iminente e efetuou dois testes com mísseis de médio alcance no sábado e hoje.

A marinha indiana também reforçou a presença no Mar Arábico, dentro da respetiva Zona Económica Exclusiva, através da realização de vários exercícios de tiro ao largo da costa de Gujarat, nas proximidades do Paquistão.ANG/Lusa

Rússia/"Eleitores romenos foram privados do direito de votar em quem quisessem"

Bissau, 05 Mai 25 (ANG) - O Kremlin considerou hoje que os eleitores romenos foram impedidos de votar num dos favoritos das eleições presidenciais de domingo após a exclusão do líder de extrema-direita romeno Calin Georgescu.


Um dos favoritos às eleições foi expulso da campanha de forma completamente arbitrária", disse o porta-voz da presidência russa, Dmitri Peskov, durante a sua conferência de imprensa diária.

Peskov acrescentou que, por esse motivo, "os eleitores romenos foram privados do direito de votar em quem quisessem".

Nas eleições presidenciais romenas, realizadas no domingo, o candidato de extrema-direita George Simion venceu com mais de 40% dos votos, muito à frente de Nicosur Dan, o atual presidente da Câmara de Bucareste, mas ainda assim haverá uma segunda volta, marcada para 18 deste mês.

Simion obteve a vitória após receber apoio explícito e repetido por parte de Georgescu, que foi desqualificado depois de a primeira volta das eleições presidenciais de 24 de novembro ter sido anulada porque o Tribunal Constitucional encontrou provas de irregularidades.

Entre as alegações para a anulação estava a deteção de interferência russa no processo eleitoral.

O Kremlin já tinha criticado a decisão de excluir Georgescu das eleições devido a essa alegada interferência russa, afirmando que as eleições sem a participação deste candidato não seriam legítimas.

Hoje, Peskov insistiu que, com esta decisão, a Roménia optou por "desrespeitar a democracia" e rejeitou as acusações de que a Rússia tem quaisquer ligações a Georgescu.

O porta-voz do Kremlin denunciou ainda as "medidas restritivas" impostas aos partidos críticos do sistema, na Europa, como o partido de extrema-direita Alternativa para a Alemanha (AfD), que Berlim declarou extremista.

"Por um lado, trata-se, naturalmente, de uma questão interna da Alemanha. Não temos o direito nem a intenção de interferir. Mas repito mais uma vez: o cenário político europeu está repleto de diversas medidas restritivas contra as forças políticas e os indivíduos cuja visão de mundo é inconsistente com a linha dominante", disse o porta-voz presidencial russo.

Questionado sobre as relações com o futuro chanceler alemão, Friedrich Merz, Peskov assegurou que a Rússia estará sempre disponível para um bom relacionamento diplomático com Berlim, mas lembrou que recentes declarações do futuro chefe de Governo da Alemanha não demonstram vontade de normalizar as ligações com Moscovo. ANG/Lusa

 

Ruanda/ Governo e EUA discutem envio de migrantes deportados para o país africano

Bissau, 05 Mai 25 (ANG) - Ruanda e Estados Unidos estão em conversações sobre a possibilidade de o país africano receber migrantes deportados pela administração norte-americana, anunciou o ministro das Relações Exteriores ruandês, após o plano migratório com o Reino Unido ter sido cancelado.

“Estamos atualmente em conversações com os Estados Unidos [EUA]. Como sabem, tivemos conversações no passado com o Reino Unido, por isso isto não é novo para nós", afirmou Olivier Nduhungirehe, no domingo, acrescentando que as conversações com Washington estão ainda numa fase inicial e que "é demasiado cedo para dizer como irão decorrer".

O ministro fez o anuncio após os EUA terem informado que Omar Abdulsattar Ameen, um refugiado iraquiano reinstalado nos EUA que tinha pedido a extradição na sequência de acusações do Governo iraquiano de que estaria a colaborar com o Estado Islâmico, foi enviado de volta para o Ruanda em abril.

As conversações com o Governo norte-americano surgem na sequência do cancelamento, em 2024, do plano de migração falhado que previa o envio de migrantes irregulares para o país africano, que foi abandonado pelo Governo trabalhista de Londres após a vitória do primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, nas eleições gerais de julho.

O controverso "plano Ruanda" foi inicialmente lançado em abril de 2020 pelo antigo primeiro-ministro do Reino Unido Boris Johnson e posteriormente transformado numa das peças centrais do programa de Rishi Sunak, também primeiro-ministro do país.

O plano procurava enviar os migrantes que chegavam irregularmente ao território britânico através do Canal da Mancha para o Ruanda, sem possibilidade de regresso.

Em 15 de novembro de 2023, o Supremo Tribunal do Reino Unido considerou o plano ilegal, justificando que existia risco de os requerentes de asilo, enviados para o Ruanda, serem deportados para os seus países de origem.

O programa teve um custo elevado para Londres, tendo o Governo britânico pagado ao país africano 240 milhões de libras (cerca de 290 milhões de euros) para acolher os deportados.

Apesar de o plano ter acabado por ser cancelado, o Ruanda recusou-se a devolver o montante, argumentando que tinha sido o Reino Unido a rescindir o acordo e que os fundos já tinham sido utilizados para preparar o acolhimento de migrantes.

As Nações Unidas e organizações de direitos humanos como a Amnistia Internacional criticaram o projeto por "minar" o Estado de direito e violar os direitos dos refugiados. ANG/Lusa

 

Portugal/ Cerca de 5000 imigrantes clandestinos com ordem de expulsão

Bissau, 05 Mai 25 (ANG) A Agência para a Integração, Migrações e Asilo, AIMA, vai começar a dar ordem de expulsão a 4574 imigrantes clandestinos presentes atualmente em território nacional.

O processo de notificações para saídas voluntárias arranca a partir desta segunda-feira, e é apenas o início.

Em declarações recolhidas pela agência Lusa, o ministro da Presidência, Leitão Amaro, informou que a AIMA tem neste momento em análise 110 mil pedidos de legalização, dos quais 18 mil foram já recusados. 

De acordo com o governo, as 4574 notificações que irão seguir nos próximos dias são apenas o primeiro grupo de imigrantes ilegais de um total de 18 mil que irão receber o aviso de expulsão nas próximas semanas.

Portugal passou a ter uma política de imigração regulada. As regras são para cumprir, o não cumprimento tem consequências. Até por respeito com quem as cumpre.

Os cidadãos estrangeiros notificados terão 20 dias para abandonarem voluntariamente o país, período após o qual serão obrigados a sair à força pelas autoridades portuguesas. 

Leitão Amaro reconhece que desde a extinção do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, Portugal tem tido uma grande dificuldade no afastamento coercivo, lamentando que o Parlamento nacional tenha chumbado recentemente, medidas propostas pelo Governo e que facilitariam esses processos. ANG/RFI

Educação/ Ministro Hery Mané promete medidas “severas” contra consumo de estupefacientes nas escolas públicas

Bissau, 05 Mai 25 (ANG) – O ministro da Educação Nacional,  Ensino Superior e  Investigação Científica prometeu medidas “severas” contra o consumo de estupefacientes nas escola públicas.

A promessa foi tornada pública no  fim de semana por Hery Mané, na cerimónia de  lançamento de inquérito internacional do Programa de Avaliação do Sistema Educativo (PASEC) da Guiné-Bissau.

O governante disse na ocasião que  o consumo de estupefacientes vai acabar nas escolas públicas.

Referindo-se ao inquérito internacional do Programa de Avaliação do Sistema Educativo da Confemem(Conferência de Ministros da Educação de Países Francófonos), o governante sublinhou que desde a admissão da Guiné-Bissau  no Programa de Avaliação do Sistema Educativo da Confermem, em 2024 foi levado a cabo um conjunto de ações que vão culminar com a realização de testes aos alunos do segundo, sexto e nono ano de escolaridade, previsto para decorrer entre 05 à 25 de Maio do ano em curso, envolvendo 180 administradores.

O ministro da Educação Nacional disse que Programa de Avaliação do Sistema Educativo da Confemem , que envolve 44 estados e governos tem como finalidade principal averiguar a equidade e  eficiência dos processos de ensino e  aprendizagem e, a partir dos seus resultados, subsidiar os órgãos formuladores de políticas nas tomadas de decisões.

Informou que esta é a primeira vez que a Guiné-Bissau participa nestas avaliações, que diz serem de grande importância para o sistema educativo nacional.

“A avaliação permitirá aos 21 países envolvidos conhecer os progressos realizados em termos de sistema de ensino, ”salientou Hery Mané.

Frisou que os resultados das avaliações  vão permitir a promoção de política educativa inclusiva e de qualidade para todos até 2030.

“Para que este desiderato seja efetivo, solicitamos a colaboração de todas as autoridades locais, religiosas e tradicionais, pais e encarregados de educação, delegados regionais, professores e alunos no sentido de facilitar o trabalho dos administradores”, afirmou.

Frisou que para se ter uma educação de qualidade precisa-se de pessoas capacitadas, e diz que é esta  capacitação que os inquiridores vão analisar.

Acrescentou  que o inquérito tem por objetivo harmonizar o sistema do ensino ao nível de África, para combater as dificuldades que os alunos enfrentam quando vão para outros países frequentar o ensino superior.

Afirmou que, para ter um ensino de qualidade é preciso erradicar
um conjunto de ações, desde greves e outras manifestações dentro do sistema para permitir o cumprimento do programa.

“Para o efeito, é necessário o envolvimento dos sindicatos, país e encarregados de educação”, disse, sublinhando que os resultados obtidos servirão de  guião para elaboração de políticas públicas capazes de melhorar o sistema educativo guineense.ANG/LPG/ÂC//SG

Ensino/ Inquérito internacional de Avaliação do Sistema Educativo da Guiné-Bissau  vai decorrer em 200 escolas públicas

Bissau, 05 mai 25 (ANG) - O Responsável Nacional dos Inquéritos Internacional de Avaliação do Sistema Educativo da Guiné-Bissau , Jaílson  Cuino disse que os trabalhos  que iniciam hoje, serão feitas em  200 escolas e que mais de 280 pais e encarregados de educação vão ser inqueridos.


A revelação foi feita  à imprensa, no fim de semana, no ato de lançamento oficial dos Inquéritos.

Jailson Cuino revelou que  a candidatura da Guiné Bissau para essa avaliação foi apresentada , em 2003, à Conferência  de ministros de Educação, dos Estados e Governo de Francofonia(Confermen).

Disse que é  importante proceder com  Avaliação do Sistema Educativo, porque contribui para a melhoria do desempenho dos alunos, identifica suas dificuldades de aprendizagem dentro das salas de aulas.

“Para que haja qualidade no ensino é preciso avaliar os professores, diretores e alunos”,  acrescentou Cuíno.

 “Escolhemos o segundo ano, por ser  a partir dali que as crianças começam o processo de aprendizagem; sexto ano, porque é fim do ensino básico, nono ano porque é um nível que permite aluno sair da primeira fase do ensino secundário para segunda fase”, sustentou.

Jailson Cuino disse esperar que não haja  resistência da parte dos inqueridos, sobretudo os professores, diretores, pais e encarregados de educação e da comunidade.

Jailson Cuino afirmou que os resultados obtidos neste inquérito vão permitir ao país elaborar projetos visando a  melhoria da qualidade do ensino.

Confirmou que os inquéritos serão realizados em todo o território nacional e   que todas as condições logísticas estão garantidas para o efeito.

ANG/LPG/ÂC//SG

Desporto-luta livre/Diamantino e Wotna conquistam medalhas de ouro e bronze no Campeonato Africano de Luta Livre

Bissau, 05 Mai 25(ANG) - O  Diamantino Iuna Fafé continua no trono de Luta Livre Africana na categoria de 57 kg, ao conquistar no domingo(04) uma medalha de Ouro no Campeonato Africano de Luta, a decorrer na cidade de Casablanca, em Marrocos.

Segundo a página da Federação de Luta da Guiné-Bissau no Facebook, outro lutador, Wotna Cana Ndoc, conquistou uma medalha de Bronze na categoria de 65 quilos .

Gino Intchala, na categoria de  97 kg, está na final na sua categoria, enquanto que Caetano António Sá, de 74, vai lutar pela medalha de Bronze (3º) lugar.

Com cinco atletas na competição, a caravana guineense que já conquistou duas medalhas, (Ouro e Bronze), com os lutadores Diamantino e Wotna, aguarda pelos resultados das  competições de Gino [final (97kg) - Ouro ou prata] e Caetano [3º lugar - Bronze].ANG/FLGB

sexta-feira, 2 de maio de 2025

Liberdade de Imprensa /SINJOTECS defende criação de politicas públicas que promovam inclusão digital e acesso à informação

Bissau, 02 Mai 25 (ANG) – O Sindicato dos Jornalistas e Técnicos da Comunicação Social da Guiné-Bissau (SINJOTECS) defendeu, em comunicado à imprensa, a criação de politicas públicas  que promovam a inclusão digital e  o acesso à informação.

Por via desse comunicado à imprensa, tornado público por  ocasião da celebração do Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, que se assinala sábado, 03 de Maio de 2025, o Sinjotecs  ainda defendeu o fortalecimento dos meios de comunicação social locais, sobretudo, nas regiões mais isoladas do país.

O Sinjotecs reafirma, por outro lado, o seu compromisso com a defesa da liberdade de expresão, da ética profissional e da voalorização dos jornalistas guineenses.

A organização que zela pela defesa dos jornalistas e técnicos da Comunicação social, diz que a Guiné- Bissau não está imune dos novos desafios da  liberdade de imprensa , como a desinformação, a censura digital e a intimidação de profissionais, que o mundo enfrenta atualmente.

“Os jornalistas guineenses continuam a exercer  o seu trabalho com coragem e dedicação, muitas vezes em contextos de instabilidade política, precáridade laboral e falta de proteção legal adequada”, refere o comunicado.

Por isso, neste dia, o SINJOTECS rende homenagem à todos os jornalistas  e técnicos da comunicação social que, com profissionalismo, informam a população de forma responsavel e ética.

Apela ao governo e ás autoridades nacionais a reforçarem o compromisso com a liberdade de imprensa, respitando os direitos dos jornalistas  e garantindo melhores condições sociais.

O Sinjotecs condena  qualquer forma de assédio,intimidação ou sensura contra jornalistas e meios de comunicação social.

“O   jornalismo é essencial para a demopcracia, a justiça e o desenvolvmento. Não há liberdade sem imprensa livre. E não há imprensa livre sem jornalistas protegidos, valorizados e respeitados”, diz o Sinjotecs em comunicado. ANG/LPG//SG

Caju/“ “Combate ao contrabando da castanha de caju é um desafio nacional que requer envolvimento de todos”, diz Inspetor-geral do Comércio

Bissau, 02 mai 25 (ANG) – O Inspetor-geral do Comércio disse que o combate ao contrabando da castanha de caju é uma questão de soberania, por isso,  um desafio nacional que requer o envolvimento de todos.

“Ninguém, mas ninguém deve brincar com processo da fiscalização da castanha de caju, porque é o nosso ouro e petróleo ”, disse  Anselmo Mendes, numa recente reunião de sensibilização de elementos da Guarda Nacional colocados em postos avançados de fiscalização da comercialização da castanha na Região de Oio, nomeadamente em Guidadji, Dungal, Bacar Ndjai e Sidif.

Mendes acrescentou  que mais de 90 por cento de exportações  do país é  da castanha de caju, e que se não sair do  Porto de Bissau diminuirá a capacidade económica do país em termos de arrecadação de receitas, e que, se assim for,  os reflexos acabam por atingir à todos.

Anselmo Mendes afirmou que o país depende muito da castanha de caju, razão pela qual exorta a colaboração dos populares no cambate ao seu contrabando .

O Governador da região de Oio, Bacar Camará reconheceu  dificuldade no processo de fiscalização, devido a existência de milhares de pequenos caminhos junto das linhas fronteiriças da Guiné-Bissau com o Senegal.

Mesmo assim, Bacar Camará encoraja aos fiscalizadores a serem determinantes no exercício das suas funções, porque, diz, “a castanha é o maior  produto que o país exporta”.

O Comandante de Guarda Nacional na zona Norte, Badjunco Sanhã  recomendou rigor aos  agentes de fiscalização da castanha de caju, sobretudo os afectos ao posto Bacar Ndaji, onde no ano passado foi apreendido  um Canter cheio de castanha de caju.

Badjunco Sanhã  declarou tolerância zero a qualquer agente  envolvido  no contrabando da castanha de caju.

Este ano foram criados 35 postos na linha de fronteiras com o Senegal para travar o contrabando da castanha de caju.ANG/LPG//SG

 

 Liberdade de imprensa/ Declínio preocupante em muitos países africanos

Bissau, 02 Mai 25 (ANG) - O "Índice Mundial da Liberdade de Imprensa 2025” dos Repórteres Sem Fronteiras (RSF) foi publicado, esta sexta-feira, na véspera do Dia Mundial da Liberdade de Imprensa. No topo da classificação aparecem a Noruega, a Estónia e os Países Baixos. Portugal surge em oitavo lugar.

Poucos países africanos têm razões para comemorar o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa porque o relatório revela que "a liberdade de imprensa está a sofrer um declínio preocupante em muitos países africanos". A Eritreia é o pior país do planeta para os jornalistas e detém "o triste recorde das mais longas detenções de jornalistas no mundo", aparecendo em último lugar nos 180 países analisados. Outros países africanos com pior classificação são o Uganda (143.º), a Etiópia (145.º lugar) e o Ruanda (146.º lugar).

A Guiné-Bissau está em 110° lugar e o sindicato da profissão alerta que “os jornalistas estão a sofrer”. Cabo Verde aparece como um dos melhores países africanos para a profissão, ao lado da África do Sul e da Namíbia. Angola também aparece a laranja no mapa da RSF e surge na posição número 100. Moçambique surge logo depois, em 101º lugar. São Tomé e Príncipe não fez parte da lista.

Na pior posição entre os países afro-lusófonos avaliados, aparece a Guiné-Bissau que caiu da posição 92 para a 110ª. O relatório aponta que “na Guiné-Bissau, nos últimos anos, a forte degradação do contexto de segurança para a imprensa e as pressões políticas e económicas colocaram o jornalismo à prova”.

Questionada sobre esta classificação e sobre a dificuldade de ser jornalista neste país, Indira Baldé, a presidente do Sindicato dos Jornalistas e Técnicos da Comunicação Social da Guiné-Bissau, diz que “a classificação vem revelar, mais uma vez, a situação que os jornalistas e os profissionais da Guiné-Bissau têm vivido ao longo dos tempos” porque a pressão política e a pressão económica continuam a fazer parte do dia-a-dia dos profissionais da comunicação social guineenses.  

Vimos cada vez mais a liberdade de imprensa a ser limitada, o acesso à fonte de informação continua a ser limitado, a precariedade continua a falar cada vez mais alto. Essas situações continuam a fazer com que a Guiné-Bissau esteja cada vez mais a regredir no ranking da liberdade de imprensa dos Repórteres Sem Fronteiras”, explica a jornalista.

Como é que os jornalistas resistem às pressões? Indira Baldé diz que “está a ser difícil a resistência”, que “os que resistiram continuam a sofrer pressões” e “outros estão a resistir com alguma reticência porque podem perder o emprego”. No fundo – resume - “os jornalistas estão a sofrer” e “fazer um jornalismo isento de qualquer interesse está a ser cada vez mais difícil, como vem referido na classificação” da RSF.

No que toca aos órgãos públicos da Guiné-Bissau, a presidente do Sindicato dos Jornalistas acrescenta que “o cenário é extremamente difícil porque os jornalistas têm ou de alinhar com o que a direcção do órgão quer, ou perder o emprego”. Por outro lado, “o mercado não é aberto nem actractivo para se procurar emprego”.

Segundo a RSF, a Guiné-Bissau caiu da posição 92, em 2024, para a 110ª, em 2025. O que aconteceu num ano? Indira Baldé responde: “A questão política piorou bastante. Vimos jornalistas a serem insultados publicamente. Vimos jornalistas a serem expulsos das actividades das coberturas. Vimos jornalistas a serem limitados de acederem a certas actividades políticas. Vimos também que, para precaverem essas situações, muitos jornalistas já não vão a certas coberturas, decidem ficar nas suas redacções (…) A situação política não tem ajudado a classificação da Guiné-Bissau. Depois vem a situação económica. Os órgãos de comunicação social enfrentam muitos problemas de sustentabilidade, funcionam com apoios dos parceiros, prestação dos serviços, ainda não temos uma subvenção do Estado aos órgãos de comunicação com serviço público prestado. Isto tem prejudicado bastante e tem limitado muita produção de qualidade nos nossos órgãos de comunicação.”

Em ano de eleições presidenciais e legislativas na Guiné-Bissau, o cenário arrisca-se a piorar. Indira Baldé acredita que “os jornalistas vão ter grandes desafios” e alerta que “a pressão política vai continuar e a precariedade económica vai continuar”.

Cabo Verde é o terceiro melhor país africano em termos de liberdade de imprensa na classificação da Repórteres Sem Fronteiras. O arquipélago aparece na 30ª posição, apenas antecedido pela África do Sul em 27° lugar e pela Namíbia em 28°. Cabo Verde sobe 11 posições já que em 2024 se encontrava em 41°.

Geremias Furtado, presidente da Associação Sindical dos Jornalistas de Cabo Verde (AJOC), congratula-se com a classificação, mas avisa que ainda se tem que melhorar vários aspectos.

Eu vejo essa subida com muita alegria tendo em conta que sempre queremos estar bem posicionados nos rankings de liberdade de imprensa. Entendemos que muito mais do que estar bem posicionado, temos que sentir que, de facto, há liberdade de imprensa em Cabo Verde e que é uma liberdade plena e absoluta. Ficámos felizes, sim, confiamos muito na análise dos Repórteres Sem Fronteiras, mas acho que não nos devemos contentar com esta simples subida e dizer que tudo já foi feito”, adverte Geremias Furtado.

O jornalista diz que “há que se trabalhar, reflectir e ter acções concretas no sentido de se garantir que a liberdade de imprensa seja plena em Cabo Verde” porque “a precariedade laboral é um problema crónico dos jornalistas em Cabo Verde”, nomeadamente, os “contratos a prazo, salários que não condizem, sobrecarga no horário, poucas condições de trabalho”.

Geremias Furtado considera que se deve “aproveitar esta subida” para pedir a clarificação do Código do Processo Penal no que toca ao segredo de justiça porque é ambíguo: “Num artigo diz que os jornalistas não estão vinculados pelo segredo de justiça e num outro artigo logo a seguir diz que quem divulgar parte de peças processuais incorre no crime de desobediência”, explica.

Além disso, o sindicato está preocupado com “os ataques e discursos de ódio contra jornalistas que vêm surgindo de forma proliferada nas redes sociais”, apontando, como exemplo, o caso de um deputado que sugeriu “umas palmadas aos jornalistas”. Acima de tudo – diz- “há que respeitar o trabalho dos jornalistas”.

Por outro lado, o relatório da RSF escreve que “o país se destaca na região pelo ambiente de trabalho favorável aos jornalistas”, recorda que “a liberdade de imprensa é garantida pela Constituição”, mas adianta que “os chefes dos meios de comunicação públicos, que dominam o cenário mediático, são nomeados directamente pelo governo”. Jeremias Furtado diz que agora isso apenas acontece com a agência de notícias Inforpress, já que a RTC tem um conselho independente que escolhe os cargos do topo.

O que acontece na Rádio e Televisão de Cabo Verde é que há um conselho independente – embora a AJOC discorde da forma como esse conselho é composto- mas há um conselho independente que nomeia os gestores desse órgão. A nossa preocupação prende-se, agora, com a Inforpress que é a única agência de notícias cabo-verdiana e o administrador é escolhido directamente pelo governo. Entendemos que se há da parte da RTC um conselho independente que elege os administradores porque é que o administrador único da Inforpress não pode ser nomeado por um conselho independente? O director e o chefe de redação também são nomeados e não há concursos internos para escolha destas chefias intermédias”, conclui Geremias Furtado.

Angola também aparece a laranja no mapa da RSF e surge na posição número 100 de uma lista de 180 países. Em 2024 estava na posição 104. O relatório aponta que “após 40 anos de governo do clã Dos Santos, a chegada ao poder do Presidente João Lourenço, em Setembro de 2017, não foi um ponto de viragem para a liberdade de imprensa” e “a censura e o controlo da informação ainda pesam sobre jornalistas angolanos”.

Quanto a Moçambique,que surge na 101ª posição e também melhora relativamente a 2024 (105°), a ONG aponta que“a eleição de Daniel Chapo em Outubro de 2024, seguida de confrontos violentos que deixaram mais de 300 mortos, agravou o preocupante declínio da liberdade de imprensa em Moçambique”. ANG/RFI

 EUA/Acordo entre Washington e Kiev "retira tapete vermelho” estendido a Putin

Bissau, 02 Mai 25 (ANG) - Os Estados Unidos e a Ucrânia assinaram, na quarta-feira, em Washington, um vasto acordo económico que dá acesso aos recursos naturais ucranianos e que vai passar também por um fundo de investimento para a reconstrução do país devastado pela guerra.

Sandra Dias Fernandes, professora de Relações Internacionais da Universidade do Minho, diz que este acordo parece salvaguardar a soberania ucraniana, mas só dá uma “garantia de segurança indirecta” a Kiev. Por outro lado, é o fim do “tapete vermelho” que Donald Trump tinha estendido a Vladimir Putin.

Foi numa mensagem de vídeo que o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, anunciou o que descreveu como acordo histórico de parceria económica”. A ministra ucraniana da Economia, Ioulia Svyrydenko, foi assinar o documento a Washington e disse que o acordo vai financiar “projectos de extracção de minerais, de petróleo e de gás, considerando que o fundo vai “atrair investimentos mundiais, mas sublinhando que a Ucrânia “conserva a propriedade e o controlo dos seus recursos”. E é justamente aqui que reside a diferença relativamente ao primeiro acordo apresentado em Fevereiro e que era, então, visto como “uma autêntica extorsão”, sublinha Sandra Dias Fernandes, professora de Relações Internacionais da Universidade do Minho, em Portugal.

“A grande diferença é que a primeira proposta de Fevereiro era considerada uma autêntica extorsão. Neste momento, nós não temos, obviamente, os detalhes todos, mas as declarações oficiais dos representantes ucranianos sublinharam uma dimensão que é o facto de os ucranianos continuarem proprietários do seu solo, do seu subsolo e de controlar toda a extracção. Pelo menos foi isso que foi declarado”, explica Sandra Dias Fernandes.

O esboço precedente do texto deveria ter sido assinado durante a visita do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, à Casa Branca, no final de Fevereiro, mas o incidente na conferência de imprensa - com Trump a repreender Zelensky - precipitou o seu regresso e cancelou a assinatura do acordo. Entretanto, o documento foi revisto, mas não parece incluir garantias de segurança americanas face à Rússia, algo que Kiev tinha pedido e no qual insistia Zelensky. De recordar que dois meses depois do polémico encontro na Casa Branca, Trump e Zelensky voltaram a ver-se e a reunir-se em plena Basílica de São Pedro, à margem do funeral do Papa Francisco. Esta quarta-feira, no canal NewsNation, Donald Trump declarou que, durante esse encontro, disse ao seu homólogo que se o acordo fosse assinado seria bom porque a Rússia é bem maior e mais forte”.

Por isso, este é, acima de tudo, “um acordo económico”, sem nenhuma garantia directa de segurança para a Ucrânia, admite Sandra Dias Fernandes, ressalvando que Kiev obtém uma certa “garantia de segurança indirecta”.

A Ucrânia obtém o interesse dos Estados Unidos da América na sua própria segurança, daí ser uma garantia de segurança indirecta. Portanto, é dado um acesso aos Estados Unidos que permite também que os Estados Unidos, na sua perspectiva, se sintam compensados, porque o Presidente Trump tem muitos problemas com todo o dinheiro que já foi investido na Ucrânia. Ele quer ser ressarcido desse dinheiro, comenta.

Outro “avanço também positivo para os ucranianos”, no sentido diplomático, é de sair um bocadinho do isolamento que Trump tinha criado à volta da Ucrânia a favor dos russos”, acrescenta a investigadora. É, por isso, o fim do ciclo iniciado no célebre episódio da Casa Branca, no final de Fevereiro.

“Este acordo fecha um ciclo que se iniciou em Fevereiro e que surpreendeu toda a gente quando o Presidente Trump, por iniciativa dele, apresenta este acordo que não estava, de todo, previsto nem falado. E fecha o ciclo do Presidente Zelensky ser acusado de ingratidão na Sala Oval no passado dia 28 de Fevereiro. Temos aqui o fechar de um ciclo menos positivo na relação dos Estados Unidos com a Ucrânia, em que a Ucrânia era muito pressionada e até, de alguma forma, acabava por sair isolada”, continua a investigadora.

O acordo acontece paralelamente às negociações em curso para encontrar uma saída para o conflito, três anos depois do início da invasão russa. O Tesouro americano usou, curiosamente, essa expressão “invasão russa”, algo que era evitado desde o regresso ao poder de Donald Trump. “O acordo reconhece a importante ajuda financeira e material que o povo americano forneceu à defesa da Ucrânia desde a invasão a grande escala da Rússia”, afirma o Tesouro.

Na Fox News, o secretário do Tesouro acrescentou que Donald Trump quer que ambas as partes se sentem à mesa e indiciou que é um trunfo o facto de os Estados Unidos mostrarem que têm um interesse económico na Ucrânia“É um sinal para os dirigentes russos. É também um sinal para o povo americano que temos uma oportunidade para participar e obter uma compensação em troca dos financiamentos e armas fornecidas à Ucrânia, declarou Scott Bessen. Será que o acordo vai permitir acelerar as conversações para se chegar a um cessar-fogo na Ucrânia? Não, na opinião de Sandra Dias Fernandes, que fala antes no fim do “tapete vermelho estendido a Putin” por Trump.

Não creio que venha acelerar. Creio que veio retirar aquela espécie de tapete vermelho que Trump tinha estendido a Putin e, portanto, vem temperar a posição americana no sentido de não ser tão má para os ucranianos. Há aqui sinais que fazem com que já não seja uma espécie de mão dada à Rússia relativamente à questão ucraniana. Portanto, não há aqui uma relação directa, mas há um ambiente que poderá ser interpretado por parte da Rússia como o momento em que a Rússia tem que deixar de dilatar no tempo a ideia do cessar-fogo (…) Eu vejo isso tudo como obviamente mais positivo para a Ucrânia e, sobretudo, menos facilitado do ponto de vista diplomático para os russos, no sentido da estratégia de fazer durar no tempo a ideia de que um cessar-fogo está a ser negociado para continuar os seus ataques de forma absolutamente igual e até, às vezes, mais intensa do que tem sido nos últimos meses”, acrescenta.

Sandra Dias Fernandes lembra, ainda, que o anúncio de um cessar-fogo de 8 a 10 de Maio, “foi muito mal recebido” “o próprio enviado de Trump para a Ucrânia, Keith Kellogg, apelidou essa trégua de ridícula” porque “o que eles querem é uma trégua de 30 dias”. ANG/RFI

 

 Angola/Conjuntura económica afeta capacidade de produção jornalística

Bissau, 02 Mai 25 (ANG) - A Entidade Reguladora da Comunicação Social Angolana (ERCA) considerou hoje que os profissionais do setor em Angola trabalham numa conjuntura económico-financeira "menos favorável", que afeta, em grande medida, a sua capacidade de produção e de cobertura jornalística.


AERCA, na sua mensagem alusiva ao Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, que se assinala no dia 03 de maio, saúda os profissionais da comunicação social angolana pela sua "resiliência e capacidade de adaptação", numa conjuntura económico-financeira "menos favorável, que afeta, em grande medida, a capacidade de produção e de cobertura dos factos por muitos órgãos".

O regulador refere que todos os profissionais da comunicação social, independentemente do seu estatuto, são chamados a trabalhar nos marcos legais, para a salvaguarda dos direitos dos cidadãos a uma informação objetiva, isenta e imparcial.

Apela para a necessidade de se prestar atenção aos problemas da atualidade, "atrelados" ao advento das novas tecnologias de informação e comunicação, tais como a "informação falsa, a desinformação e o discurso do ódio, que se disseminam com alguma facilidade nas plataformas digitais".

É aos média tradicionais que cabe a responsabilidade de "desencorajar e contrariar essa tendência nociva dos dias correntes", promovendo o debate público, através da difusão de factos verídicos, contados com clareza e relatados de acordo com os princípios da ética e envolvendo todos os atores dos factos a relatar, refere-se na mensagem.

"Impacto da Inteligência Artificial na Liberdade de Imprensa e nos Meios de Comunicação Social" é o lema das celebrações do Dia Mundial da Liberdade de Imprensa 2025, como recorda a ERCA, considerando que "o exercício pleno das liberdades de expressão, de informação e de imprensa, consagrados na Constituição angolana, representa um compromisso do Estado angolano" com a Declaração Universal dos Direitos Humanos.

A ERCA defende igualmente que não obstante os avanços tecnológicos que se observam, com enfoque na Inteligência Artificial, "é imperioso que, no exercício da sua nobre missão, os profissionais dos média não se deixem substituir pelas novas tecnologias por mais avançadas que se apresentem".

Encoraja ainda a classe profissional angolana a cumprir escrupulosamente o Estatuto dos Jornalistas, o Código de Ética e Deontologia e implementar os Conselhos de Redação, "enquanto mecanismos de autorregulação e como fator de equilíbrio nas relações entre profissionais e o patronato".ANG/Lusa