terça-feira, 3 de junho de 2025

China/ Governo vai continuar a alargar política de isenção de vistos a mais países

Bissau, 03 Jun 25 (ANG) - A China afirmou hoje que vai continuar a alargar a sua política de isenção de vistos a mais países, destacando a recente inclusão, pela primeira vez, de países da América Latina, incluindo o Brasil.


"Vamos continuar a otimizar as nossas políticas de entrada, a alargar o número de países isentos de vistos e a convidar mais amigos internacionais a experimentar os produtos, serviços e ofertas de consumo de qualidade da China", afirmou o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Lin Jian, em conferência de imprensa.

Desde 01 de junho, os cidadãos do Brasil, Argentina, Chile, Peru e Uruguai podem entrar na China sem visto até 30 dias, no âmbito de uma iniciativa-piloto anunciada durante a última cimeira China - Comunidade dos Estados Latino-Americanos e das Caraíbas (CELAC).

Com a entrada em vigor, a 09 de junho, da isenção de visto para os cidadãos da Arábia Saudita, Omã, Kuwait e Barém, o número de países com acesso à China com isenção de visto aumentará para 43.

A política abrange também Portugal desde o ano passado.

Esta expansão reflete o compromisso de Pequim com uma "abertura de alto nível" e com a construção de uma "economia mundial aberta", disse Lin.

O porta-voz sublinhou que as medidas de facilitação da entrada "já estão a produzir resultados concretos": no primeiro trimestre de 2025, mais de nove milhões de estrangeiros entraram na China, um aumento de mais de 40%, em relação ao mesmo período do ano passado.

Além disso, mais de 18.000 novas empresas com investimento estrangeiro foram criadas na China entre janeiro e abril, um aumento homólogo de 12,1%, de acordo com dados oficiais citados por Lin.

Pequim acredita que estas políticas ajudarão a impulsionar o turismo, a reforçar os laços com os países parceiros e a projetar uma imagem moderna e acessível da China, após anos de restrições fronteiriças devido à pandemia da covid-19.ANG/Lusa

 

            Coreia do Sul/Candidato da oposição  vence presidenciais

Bissau, 03 Jun 25 (ANG) - O candidato da oposição Lee Jae-myung (centro-esquerda) é dado como vencedor das eleições presidenciais na Coreia do Sul, com 51,7% dos votos, segundo as projeções divulgadas após o encerramento desta votação com uma única volta.


De acordo com as sondagens à boca das urnas, Lee Jae-myung (Partido Democrata) obteve 51,7% dos votos, contra 39,3% do seu principal adversário, o conservador Kim Moon-soo (PPP, direita), informaram as três maiores emissoras de televisão sul-coreanas.

Esta votação, cujo resultado ainda precisa de ser confirmado pela Comissão Eleitoral Nacional, deve permitir que a Coreia do Sul recupere um líder e a estabilidade política, após seis meses de crise desencadeada pelo anterior chefe de Estado, Yoon Suk Yeol.

No início de dezembro, Yoon declarou surpreendentemente a lei marcial e enviou o exército para assumir o controlo do parlamento, amplamente dominado pela oposição, a fim de silenciá-lo.

Na ocasião, um número suficiente de deputados conseguiu reunir-se para votar uma moção e rapidamente fazer fracassar a iniciativa do então Presidente, que foi classificada como um golpe de força.

Seguiram-se seis meses de profundo caos político, entre manifestações maciças, prisão e destituição de Yoon Suk Yeol, sucessão inédita de presidentes interinos e outras reviravoltas, nomeadamente judiciais.

Devido ao vazio na chefia do Estado, o vencedor da eleição assumirá as suas funções assim que o resultado for validado, o que está previsto para quarta-feira de manhã.

Se a sua vitória for homologada, Lee Jae-myung, um antigo operário de 61 anos, terá a difícil tarefa de enfrentar a ameaça representada pelo imprevisível vizinho norte-coreano, ao mesmo tempo que se posiciona entre a China, principal parceiro comercial da Coreia do Sul, e os Estados Unidos, aliado e protetor histórico.

O futuro governante também enfrenta sérios desafios nacionais, incluindo uma das taxas de natalidade mais baixas do mundo e o aumento do custo de vida.ANG/Lusa

      ONU/ Denunciados crimes de guerra nos centros de ajuda em Gaza

Bissau, 03 Jun 25 (ANG) - O Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Turk, classificou hoje como "crimes de guerra" os ataques israelitas contra civis perto de centros de ajuda humanitária na Faixa de Gaza.

 

"Pelo terceiro dia consecutivo, foram mortas pessoas nas imediações de um local de distribuição de ajuda gerido pela Fundação Humanitária de Gaza", afirmou Turk num comunicado citado pela agência de notícias France-Presse (AFP).

Turk referia-se à morte de 27 palestinianos que a Defesa Civil de Gaza disse que foram abatidos pelas forças israelitas quando se dirigiam para um local de distribuição de ajuda da fundação apoiada pelos Estados Unidos e por Israel.

Segundo relatórios recebidos pelo alto-comissariado da ONU, os ataques israelitas contra palestinianos que tentavam aceder a ajuda alimentar causaram pelo menos 62 mortos e centenas de feridos nos últimos três dias.

Os dados referem 32 mortos no domingo, três na segunda-feira e 27 hoje de manhã, disse o porta-voz do alto-comissariado, Jeremy Laurence, aos jornalistas em Genebra, Suíça, segundo a agência de notícias espanhola EFE.

"Os ataques assassinos contra civis desesperados que tentam aceder a quantidades insignificantes de ajuda alimentar em Gaza são inaceitáveis", afirmou Turk.

Tais "ataques contra civis constituem uma grave violação do direito internacional e um crime de guerra", disse o chefe dos direitos humanos da ONU.

A Fundação Humanitária de Gaza (GHF, na sigla em inglês) começou a distribuir ajuda em três pontos de Gaza há uma semana, dois no sul e um no centro.

A decisão deixou a população do norte sem abastecimento, sendo a ajuda fornecida considerada insuficiente para os de 2,1 milhões de habitantes de Gaza.

A organização, com um financiamento opaco, segundo a AFP, afirmou hoje ter distribuído sete milhões de refeições desde que iniciou as operações.

A atuação da GHF tem sido marcada por cenas caóticas e relatos de disparos israelitas perto dos centros de distribuição.

As Nações Unidas recusaram-se a trabalhar com a GHF devido a preocupações sobre procedimentos e neutralidade.

"Os palestinianos são confrontados com a mais terrível das escolhas: morrer à fome ou arriscar-se a ser mortos ao tentar aceder aos escassos alimentos fornecidos pelo mecanismo militarizado de assistência humanitária de Israel", afirmou Turk.

O alto-comissário austríaco afirmou que cada ataque perto de centros de ajuda humanitária "deve ser investigado de forma rápida e imparcial".

"Os responsáveis devem ser chamados a prestar contas", afirmou.

O grupo radical Hamas, que governa Gaza desde 2007, denunciou hoje que 102 pessoas já foram mortas nos centros de distribuição de ajuda criados por Israel.

O grupo palestiniano qualificou a situação como "um dos crimes mais hediondos de assassínio em massa".

"A ocupação [israelita] está a utilizar o 'mecanismo israelo-americano' como uma armadilha mortal para matar à fome, matar e deslocar à força o nosso povo", declarou o Hamas num comunicado.

A GHF declarou num comunicado que não assume qualquer responsabilidade "pela área fora" dos centros de distribuição, "que continua a ser uma zona de guerra ativa".

O exército israelita admitiu ter disparado "perto de alguns suspeitos" que deixaram a rota designada, que abordaram as suas forças ou ignoraram os tiros de aviso.

O conflito em curso em Gaza foi desencadeado pelos ataques do Hamas em 07 de outubro de 2023 no sul de Israel, que causaram cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns.

Em retaliação, Israel lançou uma operação militar na Faixa de Gaza que já provocou mais de 54 mil mortos, a destruição de quase todas as infraestruturas do território e a deslocação forçada de centenas de milhares de pessoas.ANG/Lusa

 

Bélgica/Fundação quer António Costa e João Lourenço a relançar parceria UE-África

Bissau, 03 Jun 25 (ANG) - A diretora executiva adjunta da Fundação África-Europa, Holy Ranaivozanany, considera que as presidências de António Costa no Conselho Europeu e do Presidente angolano, João Lourenço, na União Africana são uma oportunidade para relançar a parceria afro-europeia. 


dirigente admite que, nos últimos dois anos, registou-se um "decréscimo em termos de confiança na relação" da parte dos países africanos relativamente à União Europeia (UE). 

A pandemia de covid-19, a guerra na Ucrânia e, mais recentemente, a redução da ajuda externa, são fatores que contribuíram para esta amargura, explicou. 

"Penso que existe uma perceção de dois pesos e duas medidas, de que não cumprimos os nossos compromissos e de que, no novo contexto geopolítico, África, não é vista como uma prioridade para a Europa", afirmou à agência Lusa, à margem da conferência Ibrahim Governance Weekend, a decorrer em Marraquexe. 

Na cimeira UE-África em fevereiro de 2022, recordou, "sentia-se uma grande energia e foram feitos compromissos, mas algumas semanas depois começou a guerra na Ucrânia e, obviamente, houve uma mudança e a Europa começou a prestar mais atenção ao Leste". 

Mais recentemente, a redução da ajuda externa europeia para investir no rearmamento acentuou o sentimento de abandono pelos africanos. 

No entanto, Ranaivozanany tem esperança que possa ser dado um novo impulso à relação, e que a lusofonia possa desempenhar um papel. 

"Contamos com a nova liderança da UE para reformular uma nova dinâmica, com pessoas como António Costa, que tem interesse nos países [africanos] lusófonos, e a nova liderança também na União Africana, de modo a definir uma nova direção e a reiniciar a relação", afirmou à Lusa.

A diretora executiva adjunta da Fundação África-Europa sugeriu a possibilidade de uma nova cimeira UE-África ainda em 2025, "que poderá ter lugar em Angola".

O desenvolvimento de projetos ligados à energia, o combate aos fluxos financeiros ilícitos e o investimento na capacidade industrial em África são alguns dos setores que considera ser de interesse mútuo. 

"Têm-se registado progressos. Por exemplo, desde 2022, a Europa assumiu o compromisso de ajudar na instalação de fábricas de vacinas em África e isso foi feito em oito países até agora", exemplificou.

A UE tem também a Estratégia 'Global Gateway', que prevê a mobilização de 150 mil milhões de euros para investir em setores estratégicos em África. 

"É um montante considerável de dinheiro para investimento em diferentes questões, desde a agricultura, à tecnologia e às infraestruturas. Temos é de monitorizar o impacto para saber se realmente mudou alguma coisa, quantos empregos criou e tornar esta contribuição mais visível para que as pessoas compreendam o resultado da parceria efetiva da Europa com África", salientou Holy Ranaivozanany.

A conferência Ibrahim Governance Weekend (IGW) 2025, organizada pela Fundação Mo Ibrahim, termina hoje em Marraquexe com uma série de encontros promovidos por diversas organizações independentes. 

A Fundação África-Europa, criada em 2020 para promover e reforçar as relações entre os dois continentes, tem uma sessão intitulada "Renovar a Cooperação África-Europa nos Minerais de Transição: uma oportunidade benéfica para ambos".  

Durante três dias, entre 01 de junho e hoje, políticos, académicos e ativistas debateram sob o tema "Alavancar os recursos de África para colmatar o défice financeiro", sobre como podem os países africanos mobilizar-se para acelerar o desenvolvimento social e económico num contexto internacional de declínio da ajuda externa.ANG/Lusa

 

Noruega/ Moçambique entra em lista dos mais negligenciados em crises de deslocados

Bissau, 03 Jun 25 (ANG) - Moçambique entrou pela primeira vez na lista dos dez países com as mais negligenciadas crises de deslocados, elaborada anualmente pelo Conselho Norueguês para Refugiados (NRC, na sigla em inglês), que identifica 600.000 afetados pela violência e desastres naturais.


"
Em 2024, Moçambique enfrentou uma tempestade perfeita de conflito armado, turbulência política e desastres climáticos. Esses choques sobrepostos criaram uma emergência humanitária volátil e profundamente complexa, tornando Moçambique uma das crises de deslocados mais negligenciadas do mundo pela primeira vez", refere-se no relatório da NRC, divulgado hoje, em que o país africano aparece em terceiro lugar.

No relatório sublinha-se que a violência armada na província de Cabo Delgado, no norte do país, continuou "a desarraigar comunidades, enquanto as tensões se intensificaram em todo o país", após as eleições gerais de 09 de outubro, seguindo-se, poucas semanas depois, o ciclone tropical Chido, que provocou "estragos em infraestruturas já frágeis e afundando ainda mais a população em crises".

"Até o final do ano, quase 600.000 pessoas foram deslocadas por uma combinação de violência e desastre. O acesso a alimentos era uma grande preocupação, e 2,8 milhões enfrentaram insegurança alimentar aguda entre abril e setembro", aponta-se no documento.

Apesar de "necessidades crescentes", no relatório de 2024 do NRC refere-se que "a resposta humanitária teve dificuldades" na mobilização de apoio em Moçambique e que o "financiamento foi drasticamente insuficiente".

"O Plano de Resposta Humanitária de 2024 teve apenas 41% de financiamento -- o menor nível de todos os tempos. A assistência alimentar foi particularmente afetada, cobrindo apenas 13% das necessidades em Cabo Delgado", lê-se ainda no documento, no qual se acrescenta que os primeiros números para 2025 "indicam mais um ano de necessidades não atendidas".

Aponta-se também que o financiamento garantido até o momento "tem sido extremamente limitado, sinalizando uma tendência preocupante e potencialmente agravando a crise".

"A crise em Moçambique desenrolou-se em grande parte fora dos holofotes. A cobertura limitada dos 'media', agravada por crises globais concorrentes, desviou a atenção e os recursos. À medida que o mundo olha para outros lugares, a crise multifacetada de Moçambique está a tornar-se cada vez mais invisível e perigosa", alerta o NRC.

O Conselho Norueguês para Refugiados publica anualmente um relatório sobre as dez crises de deslocamento mais negligenciadas do mundo, com o objetivo de "focar na situação das pessoas cujo sofrimento raramente chega às manchetes internacionais", que "recebem pouca ou nenhuma assistência" e crises "que nunca se tornam o centro das atenções dos esforços da diplomacia internacional".

A lista de 2024 é liderada pela tripla crise de deslocados nos Camarões, nomeadamente a decorrente do longo conflito armado, com 3,4 milhões de pessoas que necessitavam de apoio urgente e proteção, seguindo-se a Etiópia, com 2,3 milhões de pessoas deslocadas, e depois Moçambique.

O número de pessoas deslocadas em todo o mundo duplicou nos últimos dez anos, mas que, ao mesmo tempo, o financiamento humanitário "cobriu apenas metade das crescentes necessidades", acrescenta.

"A mudança de prioridades domésticas, a incerteza económica e a fadiga política levaram a cortes severos no apoio às pessoas afetadas pela crise e pelo deslocamento. O mundo está em transição, mas não devemos aceitar esse abandono como algo inevitável", apela-se.

A lista integra ainda a crise de deslocados no Burkina Faso, no quarto lugar, seguindo-se Mali, Uganda, Irão, República Democrática do Congo, Honduras e Somália.

Alerta-se ainda para o crescente impacto das alterações climáticas nas crises de deslocados, mas também para a "escassez de financiamento", que tem vindo a "tornar-se a norma", necessitando os planos de resposta de pelo menos 50% de financiamento.ANG/Lusa

 

Pescas/ Navio de fiscalização N´djamba Mané zarpou para manutenção em Espanha

Bissau, 03 jun 25 (ANG) – O  navio de fiscalização marítima denominado Djamba Mané, lançou-se, segunda-feira ao mar para uma longa viagem até Espanha para efeitos de manutenção.

Segundo o ministro das Pescas e Economia Marítima, Mário Mussante,  a  manutenção de NDjamba Mané deverá atingir os seus cascos e estruturas metálicas para identificação de corrosões e fissuras que possam comprometer a  integridade do navio.

Mário Mussante da Silva   falava à imprensa no momento da partida do  navio do Instituto Nacional de Fiscalização e Controlo das Actividades das Pescas, ”FISCAP-IP),com cinco marinheiros a bordo para  reparação  em Espanha.

 “Na ausência de estaleiros e uma doca seca no país que possa receber os navios para reparações,  o barco teve que deslocar para ir sofrer essa manutenção nas terras espanholas”, disse o ministro que no entanto evoca outras razões para o estado de degradação em que o Djamba Mané  e Ubuno, outro navio que aguarda o dia de seguir  a mesma rota, se encontram.

“Tem a ver com a capacidade de gerir a embarcação, e de seguir as normas do fabricante e, muitas vezes, a falta de peças subsalentes locais, levam a este estado de degradação acentuada em que se encontram as embarcações. Havendo espaço no Estaleiro em Espanha o outro navio de fiscalização, Ubuno deve deixar brevemente o país para  manutenção”, disse o Mussante.

Djamba Mané, Ubuntu e Rainha foram adquiridos no quadro do apoio setorial da União Europeia, e Mário Mussante disse que sofreram desgaste com o tempo e chegou-se a conclusão de que ainda podem ser reparados ao invés de se andar a procura ou aquisição de novos navios. ANG/LPG/ÂC//SG

       Religião/ Primeira-Dama doa materiais de som à Sé Catedral de Bissau

Bissau,03 Jun 25(ANG) – A Primeira-Dama, Dinísia Reis Embaló ofereceu , segunda-feira, um conjunto de materiais de som à Sé Catedral de Bissau, nomeadamente colunas, microfones e mesa de mistura e amplificador.

Segundo a Rádio Sol Mansi, a entrega dos materiais foi feita pela Diretora do Gabinete do Presidente da República, Gilda Lobo de Pina, que disse que o gesto representa uma surpresa desejada pela Primeira-dama.

O Pároco da Sé Catedral, Frei Armando Cossa, após  receber a doação manifestou o desejo de  todos os guineenses colaborassem  para o “bem comum” do país.

Cossa, na qualidade de Custódio Franciscano, referiu que a Primeira-Dama já havia feito doações  ao Hospital de Cumura e apelou à todos para que façam gestos concretos de solidariedade e caridade.

Aquele responsável religioso afirmou que continuará a rezar para que a Guiné-Bissau encontre o caminho do desenvolvimento, em que todos possam viver em paz.

Os equipamentos de son doados a Igreja Nossa Senhora de Candelária constituem-se de duas colunas Electro-Voice de 120W, quatro microfones dinâmicos Shure, quatro microfones para salas de conferência, uma mesa de som YamahMG16XU, um amplificador Peavey de 2000W, 29 cabos XLR, 20 Colunas entre 40 e 60 W, e quatro microfones d
e lapela. ANG/RSM

segunda-feira, 2 de junho de 2025

Justiça/Ex- Comandante da GN Victor Tchongo condenado a oito anos de prisão efetiva

Bissau, 02 Jun 25(ANG) - O antigo Comandante Geral da Guarda Nacional (GN), Victor Tchongo, foi condenado esta segunda-feira, a oito anos de prisão efetiva, pelo Tribunal Militar Regional, por "crime de sequestro", tipificado no Código Penal Militar.

De acordo com a Capital FM, sob os ombros do operacional das forças armadas, pendiam vários crimes, nomeadamente de Comando Ilegítimo, Movimento Injustificado, Uso Ilegítimo de Armas, Desobediência, Desmando e Desobediência Coletiva, todos do Código de Justiça Militar. Mas esses delitos acabaram por ser desconsiderados pela acusação.

Quem também foi condenado pelo Tribunal Militar Regional, mas a nove anos de prisão efetiva, é Ramalhano Mendes, antigo chefe das operações da GN, enquanto o seu braço-direito, Lamine Camará foi sentenciado a sete anos.

Todos os condenados neste caso foram, por ordem do coletivo de juízes, expulsos das forças armadas, após o cumprimento das respetivas penas.

31 pessoas tiveram sortes diferentes e foram absolvidos pelo Tribunal Militar Regional, por falta de provas.

Os três oficiais foram detidos na manhã de 1 de dezembro de 2023, após uma noite agitada em Bissau, na sequência de retirada, à força, das celas da Polícia Judiciária (PJ), do então ministro das Finanças, Suleimane Seidi, e do secretário de Estado do Tesouro, António Monteiro, acusados da prática de corrupção, pelo Ministério Público guineense, num caso que ficou conhecido por "seis bilhões".

O Presidente Umaro Sissoco Embaló considerou o ato uma tentativa de golpe de Estado e acusou a GN, dirigida por Victor Tchongo, na altura, de ser responsável pela retirada dos dois governantes das celas. A noite de 30 de novembro e manhã de 1 de dezembro de 2023 foram marcadas por trocas de tiro entre o batalhão da Presidência da República e os elementos da Guarda Nacional.

Suleimane Seidi e António Monteiro, agora em liberdade, foram devolvidos às celas após o batalhão da Presidência da República controlar a situação e deter vários elementos da Guarda Nacional.

O coletivo de advogados dos condenados, na pessoa de Wilqueia  Semenate, já fez saber  que vai interpor um recurso junto do Tribunal Superior Militar, e sustenta  que “o crime está desenquadrado da condenação”, nomeadamente por falta de confirmação do sequestro por parte dos  sequestrados, e ainda de provas, segundo as quais, os dois ex-governantes estiveram sequestrados durante pelo menos 72 horas de tempo. ANG/CFM

 

 

Desporto-Futebol/Sport Bissau e Benfica vence Arados de Nhacra por 2-0 e continua líder isolado da  Liga Orange

Bissau, 02 Jun 25 (ANG) – O Sport Bissau e Benfica (SBB), venceu no último fim-de-semana, os  Arados de Nhacra por 2-0 ,na 23ª jornada da prova, e com este triunfo  permanece isolado  no comando da Liga Orange, a maior prova de futebol guineense.

Os restantes encontros produziram os seguintes resultados: Sporting Clube da Guiné-Bissau-0/FC Canchungo-0, Tigres de São Domingos-1/Flamengo de Pefine-0, Háfia de Bafatá-2/Nuno Tristão FC.Bula-0, FC Pelundo-1/Os Balantas de Mansoa-0, FC.Cumura-1/Portos de Bissau-1, FC.Sonaco-1/FC.Cuntum-2, União Internacional Desportiva de Bissau (UDIB)-0/CDR.Gabu-1.

Eis a tabela classificativa, apôs a 23ª jornada da Liga Orange, prova mãe de futebol da Guiné-Bissau.

1º-Sport Bissau Benfica-56 pts                           09º-Arados de Nhacra-29 pts

2º-UDIB-42 pts                                                       10º-Flamengo de Pefine-28 pts

3º- FC.Cumura-37 pts                                          11º-T.São Domingos-28 pts

4º-CDR.Gabu-35 pts                                             12º-FC.de Canchungo-28 pts

5º-Os Bal Mansoa-35 pts                                     13º-Háfia de Bafatá-28 pts

6º-Portos de Bissau-33 pts                                  14º-NTFC.Bula-24 pts

7º-FC.Cuntum-31 pts                                           15º-FC.Pelundo-19 pts

8º-Sporting Clube da Guiné-Bissau-30 pts      16º-FC.Sonaco-14 pts.

Para a 24ª jornada estão previstos os seguintes encontros: Portos de Bissau/Háfia FC.Bafatá, FC.Cuntum/União Desportiva Internacional de Bissau (UDIB),Flamengo de Pefine/FC.Sonaco, CDR.Gabu/FC.Pelundo, Nuno Tristão FC.Bula/Tigres de São Domingos, FC.Canchungo/FC.Cumura, Clube Futebol Os Balantas de Mansoa/Arados FC.Nhacra.

A 24ª jornada da Liga Orange encerra com um grande derbi, dos eternos rivais da Capital, o Sport Bissau e Benfica/Sporting Clube da Guiné-Bissau.ANG/LLA/ÂC//SG

   

Política/Presidente da República confere posse ao novo ministro de Agricultura e Desenvolvimento Rural

Bissau, 02 Jun 25 (ANG ) – O Presidente República conferiu hoje posse ao novo ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural, na pessoa de Keta Baldé que substituiu nas funções Fatumata Djau Baldé, exonerada no dia 18 de Março do corrente ano, por suspeita de alegada prática de corrupção.


Umaro Sissoco Embaló disse esperar que o novo ministro da Agricultura empregasse toda a sua dedicação e  capacidade, por ser sempre um bom quadro, sublinhando que a corrupção para ele é linha vermelha e que não há negociação para seus praticantes.

O Presidente da República disse que, no Ministério de Agricultura e Desenvolvimento Rural durante os últimos cinco anos muitos ministros saíram de lá de forma infeliz acrescentando que espera que o atual marque  a diferença.

Por seu turno, Keta Baldé  disse que  a sua prioridade imediata é ir ouvir os agricultores e os técnicos para entender os grandes desafios, para promover políticas que promovam a sustentabilidade da produtividade agrícola.

Sublinhou que vai elaborar um  miniprograma para a campanha agrícola dos anos 2025 e 2026, para intervenção nas áreas mais críticas, porque no ano passado houve chuva intensa que acabou por danificar muitas plantações nas várias zonas do país.

“É  preciso no inicio
de ano agrícola de 2025 e 2026, fazer um mini- programa de intervenção e interação com aos agricultores2, disse.

Questionado sobre a chamada de atenção do Presidente da República com relação a corrupção, disse que, encarrou a referida chamada de atenção com muita seriedade, uma vez que haverá verbas que serão destinadas aos agricultores e que para que chegue e seja um benefício em proveito dos agricultores, tem que se aplicar uma rigorosa política de fiscalização, para controlar se a verba chegou ao não ao destino. ANG/MI/ÂC//SG

Dia Internacional da Criança / Governo e parceiros renovam compromisso de defender, proteger e promover direito das crianças no país

Bissau, 02 jun 25 (ANG) – O Governo, através do Ministério  da Mulher, Família e Solidariedade Social e parceiros, nomeadamente, PLAN Internacional, Fundo da Nações Unidas para Infância (UNICEF) e Aldeia de Crianças SOS Guiné-Bissau, renovaram o compromisso de  defender, proteger e promover os direitos das crianças no país.

A renovação do compromisso foi feita no fim de semana, pela ministra da Mulher, Família e Solidariedade Social, Maria Inácia Có, pelo Representante do UNICEF, Inoussa Kabore, do PLAN Internacional, Sherif Djaló e Representante da presidente em exercício da ANP,


Astu Sauane, na cerimónia comemorativa do Dia Internacional das Crianças,  assinalado, domingo(01 de Junho), sob o Lema: “Planeamento e Orçamento para os Direitos das Crianças, Progresso desde 2010”.

Na ocasião, Maria Inácia Có  afirmou que, é  responsabilidade do Governo, com a colaboração dos pais e de toda a sociedade, garantir que as crianças tenham acesso à educação de qualidade, saúde, segurança e acima de tudo proteção.

Para o efeito, Maria Inácio Có disse que o Governo está convencido de que a Convenção dos Direitos das Crianças e todas as legislações domésticas que asseguram a protecção dos direitos das crianças têm de ser aplicadas.

De acordo com a ministra, ultimamente, têm se testemunhado  episódios de tratamentos ignóbeis de que são vitimas algumas crianças, desde a mutilação genital, passando por  desaparecimentos por falta de cuidados de alguns pais, de infanticídio cometido pelos próprios progenitores ou por familiares diretos, casamentos precoces, até a abusos e exploração sexual contra as crianças, entre outros.

Acrescentou que é doloroso ver as crianças passarem por essa situação inaceitável, sobretudo quando há conivência de próprios pais ou de familiares próximos.

Maria Inácia disse que o  Governo vai multiplicar esforços para estancar estas práticas que afligem a sociedade, através de mecanismos apropriados, acrescentando que, com o Parlamento Nacional Infantil,  quer  maior relação de proximidade para escutar as suas preocupações.

Astu Suane, em representação da Presidente em exercício da Assembleia Nacional Popular, disse que é importante investir nas crianças com foco na educação e formação .

Sblinhou que 1 de Junho é uma data para refletir sobre a situação das crianças em todo mundo, sobretudo as crianças da Guiné-Bissau.

Para Sauane a data assume um significado maior e um lembrete da importância para garantir que todas as crianças tenham acesso aos seus direitos fundamentais, como a vida,  saúde,  educação,  proteção e a liberdade de expressão.

“É nossa responsabilidade e compromisso  garantir que todas as crianças da Guiné-Bissau tenham acesso a uma infância feliz e saudável, onde possam brincar, aprender, crescer e desenvolver todo o seu potencial”, disse Astu Suane.

Assegurou que, o Dia Internacional da Criança seja uma oportunidade para reforçar o seus compromissos com as crianças e com a construção de um mundo onde todas elas possam viver em paz, com segurança e dignidade.

 “Nesta data quero dirigir uma palavra especial aos verdadeiros pilares do desenvolvimento infantil: Professores, que semeiam conhecimento e sonhos nas salas de aula; Profissionais de saúde, que curam corpos e salvam vidas com dedicação; Agentes de segurança, que protegem as crianças. Seu trabalho diário - muitas vezes silencioso tem o poder de transformar trajetórias”, destacou o representante do PLAN na Guiné-Bissau, Sherif Djaló.

Salientou  que as crianças são futuras lideres, por isso lhes recomenda  estudos com determiação, respeito aos raízes, que acreditem nos seus potenciais.

 “A Plan Internacional reafirma, hoje e sempre, o seu compromisso de promover a igualdade de género e apoiar programas de educação e proteção infantis, e advogar por orçamentos públicos que priorizem os direitos da criança”, disse. Djaló.ANG/LPG/ÂC//SG

 

 

             
Piscicultura
/Guiné-Bissau acolhe primeira Conferência Nacional


Bissau, 02 Jun 25 (ANG) - A Guiné-Bissau vai acolher no próximo domingo, 08 de Junho, a primeira Conferência Nacional sobre Piscicultura.


O evento pretende reunir técnicos nacionais e internacionais, com o futuro dos oceanos no centro do debate.

A organização do encontro está a cargo da Mana Nanque Piscicultura. Um dos objectivos é chegar ao fim da conferência com um documento, a entregar ao Governo, que permita lançar as bases do sector, como explicou em entrevista à RFI Dembo Mané Nanque.

A primeira Conferência Nacional sobre a Piscicultura da Guiné-Bissau decorre precisamente no dia dos Oceanos, 08 de Junho, no Centro Cultural Francês e “contará com a presença de investigadores internacionais e nacionais. Nós escolhemos como lema deste evento “sustentando o que nos sustenta”. Estamos a realizar esse evento com o intuito de criar uma reflexão nacional sobre a saúde dos oceanos, sobre os recursos marinhos, como é que nós, a partir da nossa realidade, podemos criar soluções que vão impactar os oceanos de uma forma positiva”, sublinhou o organizador.

O jovem guineense denuncia a sobrepesca a nível global, com os pescadores a não respeitarem os períodos de repouso biológicos. Portanto, defende a piscicultura para “libertar a pressão sobre os oceanos”. Segundo Dembo Mané Nanque, “a piscicultura contribuirá de uma forma significativa para garantir a sustentabilidade dos oceanos. Uma das coisas mais importantes que nós queremos com este evento é propor ao Estado um documento - planos estratégicos - que vise essencialmente promover a economia azul e o desenvolvimento sustentável através da promoção da piscicultura. Sabemos que os oceanos estão a ficar cada vez mais ácidos, a maior parte dos resíduos da humanidade vão directamente para os oceanos. É urgente investir na piscicultura como uma das alternativas para garantir a segurança alimentar e a sustentabilidade do planeta.” ANG/RFI

 


Comercio internacional/OMC alerta para necessidade de aumentar impostos em África

Bissau, 02 Jun 25 (ANG) - Os países africanos vão ter de aumentar os impostos e combater fluxos financeiros ilícitos para colmatar o vazio financeiro deixado pela redução da ajuda externa internacional, avisou hoje a diretora-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Ngozi Okonjo-Iweala. 


"Na era pós-ajuda, temos, antes de mais, de levar a sério a mobilização dos nossos recursos internos. O aumento dos impostos faz parte do contrato social", afirmou, durante a abertura do Forum Ibrahim, parte da conferência Ibrahim Governance Weekend, a decorrer em Marraquexe.

O tema do evento é "Alavancar os recursos de África para colmatar o défice financeiro" perante a redução da ajuda externa dos Estados Unidos e de países europeus.

A economista nigeriana admitiu que a situação "é um desafio", enfatizando que, para que a população aceite impostos mais elevados, os governos africanos têm de garantir a prestação de melhores serviços públicos.

"Como antiga ministra das Finanças, sei-o bem. Mas não temos escolha. Temos de melhorar a cobrança de impostos. Temos de combater os fluxos financeiros ilícitos e a corrupção", vincou. 

Okonjo-Iweala citou dados da ONU que estimam que o continente africano perde anualmente cerca de 89 mil milhões de dólares (78 mil milhões de euros no câmbio atual) em fluxos financeiros ilícitos, nomeadamente a sobrefaturação das exportações de matérias-primas. 

A diretora geral da OMC admitiu a necessidade de os países africanos colaborarem com os países europeus, árabes, EUA e outros para recuperar essas verbas e investi-las na consolidação financeira e no desenvolvimento.

"Aos próprios países que nos dão donativos, dizemos: recusem simplesmente os fluxos ilícitos e cooperem connosco para os travar e devolver quaisquer recursos provenientes de bens adquiridos ilicitamente ou de recursos ocultos", afirmou.

De acordo com o relatório "Financiar a África que queremos" da Fundação Mo Ibrahim, em média as receitas fiscais dos países africanos são de 16% do Produto Interno Bruto (PIB), mas só 14 atingem o limiar de 15% considerado necessário para o desenvolvimento sustentável. 

Uma maior taxação das empresas e da riqueza é considerada pelos autores do estudo como possibilidade para fazer subir as receitas fiscais em África.  

A diretora-geral da OMC acredita também que África deve aproveitar o contexto de guerras comerciais em curso entre os Estados Unidos e outros países para reforçar o comércio interno no continente e, ao mesmo tempo, procurar mercados de exportação noutras regiões no hemisfério sul. 

"As cadeias de abastecimento estão a diversificar-se à medida que as empresas procuram reduzir os riscos e reforçar a resiliência. África pode e deve procurar atrair este tipo de investimento. Na OMC, estamos a trabalhar nesta matéria no âmbito de uma iniciativa de reglobalização, procurando persuadir as cadeias de abastecimento a diversificarem-se em África", adiantou.

A conferência IGW 2025 decorre até terça-feira, em Marraquexe.

Políticos, académicos e ativistas debatem como podem os países africanos mobilizar-se para acelerar o desenvolvimento social e económico num contexto internacional de declínio da ajuda externa. ANG/Lusa