Bissau, 24/01/013 (ANG) - O Candidato a presidência do PAIGC, Aristides Ocante da Silva prometeu fazer
do PAIGC um espaço catalisador de energias novas e dota-lo de visão global de desenvolvimento da Guiné-Bissau, e reformar a estrutural do seu funcionamento.
Aristides Ocante da Silva, falava ontem na cerimónia pública de apresentação
da sua candidatura ao cargo de Presidente do PAIGC no VIIIº congresso dos
libertadores a ter lugar em Maio.
"Depois de 37 anos de actividade política
sinto-me com capacidade para enfrentar novos desafios", disse o dirigente
político na cerimónia de apresentação da candidatura, toda ela com referências
a Amílcar Cabral, o fundador do partido em 1956 e assassinado fez no domingo
passado 40 anos.
Nas camisolas com a sua fotografia, que foram
distribuídas pelas centenas de pessoas que assistiram à cerimónia, podia, de
resto, ler-se a frase "sou continuador de Cabral", além de "Pelo
PAIGC Força Luz e Guia do Nosso Povo".
Aristides Ocante da Silva foi o primeiro a
apresentar-se como candidato a presidente do partido, embora Carlos Gomes
Júnior, o ainda líder e em Portugal na sequência do golpe de Estado de Abril
passado que o afastou do poder, já tenha enviado uma carta ao PAIGC a dizer que
é candidato de novo.
Braima Camará, presidente da Câmara de Comércio da
Guiné-Bissau, e o antigo secretário-executivo da CPLP (Comunidade dos Países de
Língua Portuguesa) Domingos Simões Pereira foram outros militantes do partido
que já manifestaram a intenção de se candidatar, embora ainda não o tenham
feito formalmente.
Antigo ministro dos Recursos Naturais, da Educação,
da Defesa e da Função Pública, Aristides Ocante da Silva prestou hoje homenagem
aos antigos combatentes, no dia em que se assinalam os 50 anos do início da
luta armada na Guiné-Bissau (com o assalto a um quartel português na localidade
de Tite, sul de Bissau), e fez bastas referências a Amílcar Cabral.
Fazendo um historial do que foi o PAIGC ao longo dos
anos, disse que é esse legado, do partido e do seu fundador, que reivindica, e
acrescentou que se sente com capacidade para fazer face aos novos desafios e à
continuação das reformas no sector da Defesa e à dignificação dos antigos
combatentes.
Ocante quer um partido sem ideologias marxistas ou
capitalistas mas "de desenvolvimento", moderno e dinâmico, prometendo
que, caso não ganhe no congresso de Maio, irá trabalhar com quem quer que seja
o vencedor.
Aristides Ocante da Silva, 46 anos, é biólogo,
membro do bureau político do PAIGC e iniciou-se na política aos nove anos, como
"pioneiro" do partido. Era ministro da Função Pública no Governo de
Carlos Gomes Júnior na altura do golpe de Estado do ano passado.
ANG
Sem comentários:
Enviar um comentário