terça-feira, 29 de janeiro de 2013



BANCARIZAÇÃO DE SALÁRIO NA FP DIVIDE FUNCIONÁRIOS

Bissau, 29 Jan. 13 (ANG) - O Processo da retoma do pagamento, por via bancária, de salários aos funcionários públicos levado a cabo pelo governo de transição, está a dividir a opinião pública guineense.

Dinheiro sendo contado por um funcionário bancário
Por exemplo, o jurista Jorge Gomes Mankakanjan entende que o momento “não é oportuno” para adoptar a medida, dado que na sua óptica, os bancos comerciais no país se concentram quase todos os seus serviços em Bissau.

“Em primeiro lugar antes da tomada duma decisão como esta que mexe com os direitos das pessoas, deve-se fazer o trabalho prévio de desconcentrar dos serviços bancários a todas as regiões e sectores da Guiné, de forma a facilitar o levantamento dos salários”, defendeu.

O jurista cita o exemplo de um funcionário público que se encontra em Mansoa, norte do país, que é obrigado a pagar mensalmente o transporte e outras despesas para vir levantar o seu salário em Bissau.

Sem, segundo ele, falar do “desconforto” provocado pela aglomeração das pessoas nos bancos.

Quem igualmente manifestou a sua inquietação sobre esta questão é a Ludimila Sanca, Funcionária da Imprensa Nacional que, acha que o montante de salário como 50.000 Francos CFA, “ deve continuar a ser pago pelos serviços financeiros dos respectivos departamentos estatais, poupando assim, as pessoas em causa, do pagamento nomeadamente, do cartão VISA e da manutenção mensal da conta.

Já, numa conversa com o repórter da ANG, Sori Dabó, Funcionário do Ministério da Justiça elogiou a medida do executivo, “não só visando a modernização dos serviços de estado, mas também ajudar no controlo “dos que são os verdadeiros servidores públicos e no consequente descobrimento do pessoal fantasma”.

Assim, nas suas palavras, com as eventuais poupanças, no futuro, a mesma poderá repercutir na melhoria salarial na administração Pública.

Finalmente, para Aua Camará, funcionária do Ministério da Comunicação Social, o maior problema que se coloca é a “morosidade na transferência do salário do Ministério das Finanças para as contas individuais nos bancos”.

Por isso, apela celeridade nestas operações, de forma a evitar o “vai vem” aos bancos.

FIM/QC

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