Covid-19/EUA prometem 500 milhões de doses de vacinas a países necessitados
Bissau, 10 Jun
21 (ANG) - A Casa Branca anunciou, esta quinta-feira, que os Estados Unidos vão
dar 500 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19 a países que necessitam.
A promessa vai
ser oficializada pelo Presidente norte-am
ericano, Joe Biden, durante a estada
no Reino Unido.
“Trata-se da maior
encomenda e oferta de vacinas realizada por um único país e é um compromisso do
povo americano para ajudar a proteger as populações do mundo inteiro contra a
Covid-19”, indicou a Casa Branca.
As doses da Pfizer/BioNTec vão ser
distribuídas a 92 países através da plataforma Covax e devem começar a ser
enviadas em Agosto, prevendo-se que, até ao final do ano, sejam entregues 200
milhões de doses. As outras 300 milhões devem ser entregues até finais de
Junho do próximo ano.
O anúncio vai ser oficializado por Joe
Biden, no Reino Unido, onde ele vai participar na cimeira do G7 que vai ser
dominada pelo tema da gestão mundial da pandemia.
A
20 de Maio, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, criticou
indirectamente Washington e Londres por não exportarem vacinas e se
concentrarem apenas na vacinação nacional, ao apontar que “a UE exportou 220
milhões de doses, quase a mesma quantidade que já usou nos seus próprios
cidadãos”.
Entretanto, a delegação europeia da
Organização Mundial de Saúde avisou que o nível de vacinação na Europa é
insuficiente para evitar uma nova vaga. Trinta por cento dos europeus receberam
uma primeira dose e apenas 17% recebeu as duas.
O presidente da OMS, Tedros Adhanom
Ghebreyesus, alertou que “a pandemia
acelerou as desigualdades” entre os países, disse que “os países que podem partilhar não o fazem”
e apelou os países do G7 a dar 100 milhões de doses aos países mais pobres nos
próximos dois meses.
Por outro lado, um relatório das Nações
Unidas publicado hoje alerta que mais nove milhões de crianças poderão ser
obrigadas a trabalhar por causa da crise provocada pela pandemia. Actualmente,
há 160 milhões de crianças vítimas de trabalho infantil.
O anúncio da doação norte-americana de
vacinas deverá desencadear uma corrida com promessas semelhantes no G7,
mas acontece apenas depois de os países mais ricos terem primeiro dado
prioridade aos seus próprios cidadãos.
Em África, só 2% da população está
imunizada. O acesso equitativo às vacinas vai dominar a primeira cimeira presencial
do G7 em dois anos, mas o Brexit poderá ensombrar a reunião na solarenga
Cornualha, no sudoeste de Inglaterra. Joe Biden deverá dizer hoje ao
primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, que o acordo do Brexit deve ser
cumprido para não colocar em causa a paz na Irlanda do Norte. ANG/RFI
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