terça-feira, 15 de março de 2022

Dia Mundial de Consumidor/Secretário-geral de Acobes pede criação de uma lei que protege consumidores nacionais

Bissau, 15 Mar 22 (ANG) – O Secretário-geral da Associação dos Consumidores de Bens e Serviços (Acobes), criticou hoje que os direitos do consumidor guineense está a ser violada a todos os niveis, tendo pedido a criação de uma lei, por parte do Estado,  que protege os comsumidores e penaliza os comerciantes desleais.

Bambo Sanhá falava por ocasião do Dia Internacional de Direito do Consumidor, que se assinala hoje sob o lema: “Finanças Digitais Justas”.

A celebração deste ano tem o propósito de  apelar às respostas das organizações de consumidores ao apoio a pretensão do direito aos serviços financeiros seguros e justos que todos os consumidores têm.

Sanhá frisou que os consumidores continuam sem protecção no país salientando que, por isso, evocaram algumas situações anormais que estão a acontecer no mercado nacional, para que possam merecer a preocupação dos governantes da Guiné-Bissau, uma vez que, segundo ele, o papel do governo é de trabalhar, essencialmente, em apoio a  população.

Bambo Sanhá  lamentou a passividade da população consumidora, ao contrário de outros países onde existem movimentos sociais que, enquanto eleitores, exigem aos governantes , quando os seus direitos não são respeitados.

Disse que vão continuar a pressionaer para que haja  medidas compensatórias que podiam minimizar o impacto da pandemia da Covid-19 sobre os preços dos   bens da primeira necessidade.

“Ou seja um governo não pode  pensar que pode sobreviver só com taxas e impostos provenientes das Alfândegas, uma vez que tudo o que o comerciante pagar no despacho da sua mercadoria vai descontá-lo no cidadão consumidor para obter o seu lucro”, explicou.

Sanhá lamentou a situação do consumidor guineense e diz que, além de não exigir os seus direitos os mesmos não são respeitados pelas  autoridades competentes.

A título de exemplo, disse que um quilograma de açucar, que devia custar 600 francos  custa entre 700 a 900 francos cfa. Acrescentou que óleo alimentar, farinha e carne todos estão acima dos preços fixados pelo Ministério do Comércio, que não consegue contornar a situação até agora, apesar das deligências da Acobes.

O Secretário-Geral da Acobes disse que a população consumidora guineense está a mercê dos comerciantes, uma vez que o país não dispõe de um laboratório de análise dos produtos que entram de uma forma duvidosa, sem certificados de origem e de qualidade, sem condições de conservação.

Sanhá indicou, a título de exemplo, os casos de  ovos, maioneses e latarias,que são expostos para venda em  mãs condições.

ANG/MSC/ÂC//SG

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