Atualização
dos Cadernos Eleitorais/GTAPE
nega existência de irregularidades no processo
Bissau, 02 Abr 24(ANG) – O Diretor do Gabinete Jurídico do
Gabinete Técnico de Apoio ao Processo Eleitoral(GTAPE), negou que haja irregularidades no processo de atualização dos
Cadernos Eleitorais, denunciado na semana passada pelo porta voz da Coligação
PAI-Terra Ranka, Muniro Conté.
Em conferência de imprensa realizada hoje, Luís Epifânio
Lopes Machado, disse que, o artigo 20 da Lei Eleitoral estabelece uma baliza
que permite o GTAPE fazer a atualização dos Cadernos Eleitorais, ou seja de 31
de Dezembro do ano passado até 31 de Dezembro de cada ano em decorrência.
O porta-voz da Coligação
Plataforma de Aliança Inclusiva(PAI Terra Ranka), Muniro Conté, disse numa conferência
de imprensa, no passado dia 28 de Março que a forma como o processo de atualização dos Cadernos
Eleitorais está a ser conduzido, não obedece os preceitos da Lei Eleitoral.
Segundo o porta voz, de acordo
com a lei, é dado 40 dias para a preparação da atualização dos Cadernos Eleitorais,
e disse que a mesma lei atribui ao
GTAPE, 20 dias para a instituição trabalhar
com a mídia, na campanha de divulgação das informações, para sensibilizar as pessoas
a irem se recensear, e diz ainda que o processo decorre num clima de muita
frieza, “quase não se sente nada de sensibilização, nos bastidores”.
O Diretor do Gabinete Jurídico
do GTAPE disse que não existe nenhum interesse público ou privado que está a
ser prejudicado com o processo de atualização dos Cadernos Eleitorais em curso.
”O que as pessoas querem é desvalorizar as proezas alcançadas no processo
de recenseamento de raiz, realizado no ano passado e que motivou saudações e
elogios ao nível nacional e internacional, só para provocar outro recenseamento
de raiz no próximo ano”, disse.
Aquele responsável frisou que
todos sabem dos custos que o recenseamento de raiz acarreta para o país.
“Penso que os partidos
políticos como atores interessados no processo, deviam aplaudir e ajudar em vez
de estarem a fazer afirmações infundadas e descabidas”, disse Luís Epifânio
Lopes Machado.
Acrescenta que o artigo 17º da
Lei Eleitoral determina que, a partir do
momento em que foi anunciado a data de início do processo de atualização dos Cadernos
Eleitorais, que é um ato público, cabe aos partidos a responsabilidade de criarem
as condições de fiscalização efetiva de todo o processo no terreno.
“Não é responsabilidade do GTAPE criar as condições
para que os partidos fiscalizem o processo, porque o GTAPE só deve trabalhar
com a Comissão Nacional de Eleições(CNE) como entidade supervisora do processo
e a CNE está a acompanhá-lo desde início”, sublinhou.
Em relação a campanha de
informação e sensibilização, o Diretor do Departamento Jurídico do GTAPE disse
que é um pacote assumido pelo Programa das Nações Unidas para o
Desenvolvimento(PNUD), e que não está sob responsabilidade do Governo.
“Já é possível verificar no
terreno as equipas de animadores a fazerem trabalhos de sensibilização das
pessoas bem como os spots publicitários sobre a forma como os cidadãos podem
comportar no processo, em todos as rádios do país”, disse.
O processo de atualização dos Cadernos Eleitorais
arrancou no passado dia 25 de Março, em todo o território nacional, devendo
decorrer até o dia 25 de Maio, enquanto que o da diáspora vai iniciar a partir
de 25 de Abril e prolongar até 25 de Junho. ANG/ÂC//SG
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