Egipto/Avanços em negociações para tréguas na Faixa de
Gaza
Bissau,08 Abr
24(ANG) - As negociações para chegar a uma trégua na Faixa de Gaza alcançaram
progressos no Cairo, com "um consenso" sobre "muitos pontos
controversos", informou hoje o canal egípcio Al Qahera News.
"Na
ronda de negociações do Cairo, estão a ser feitos progressos significativos na
aproximação dos pontos de vista", disse fonte egípcia próxima dos serviços
secretos do Egito ao canal Al Qahera News, referindo que se alcançou um
"consenso sobre muitos pontos controversos".
As delegações
dos Estados Unidos e de Israel "vão retirar-se" hoje e as consultas
"prosseguem nas próximas 48 horas", indicou o Al Qahera News.
Também as
delegações do Qatar e do movimento islamita palestiniano Hamas "vão partir
e regressar ao Cairo dentro de dois dias", precisamente no início do Eid
al-Fitr, festividade que encerra o mês sagrado do Ramadão.
No regresso,
vão acordar "os termos do acordo final", a partir dos "eixos
básicos" já alcançados entre todas as partes.
Esta ronda de
negociações, que decorre em total secretismo, teve lugar na noite de domingo na
capital egípcia entre as partes em conflito e os mediadores.
Desde antes
do início do Ramadão que se tenta chegar a um acordo de tréguas, que inclua um
cessar-fogo e a troca de reféns israelitas em Gaza por prisioneiros
palestinianos nas prisões israelitas, mas todas as tentativas falharam até
agora devido à rejeição das exigências.
A atual
proposta em negociação podia resultar num cessar-fogo de seis semanas na Faixa
de Gaza, bem como na libertação de 40 dos reféns detidos pelo Hamas, incluindo
soldados do sexo feminino, homens com mais de 50 anos e outros homens com
problemas médicos graves.
Em
contrapartida, Israel libertaria 700 prisioneiros palestinianos, de acordo com
meios de comunicação social norte-americanos e israelitas.
No domingo, o
primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, reiterou que não haverá trégua
sem que os 133 reféns ainda detidos pelo Hamas regressem a casa, acrescentando
que Israel não vai ceder a "exigências extremas" dos islamitas.
De acordo com
os últimos dados do Ministério da Saúde de Gaza, 33.175 pessoas foram mortas na
guerra que começou há seis meses, depois de o Hamas ter atacado território
israelita, a 07 de outubro, matando cerca de 1.200 pessoas. ANG/Inforpress/Lusa
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