Cooperação/Ministro dos Negócios Estrangeiros considera de “muito positiva” a visita do Chefe de Estado a Moçambique
Bissau 25 Jun 24 (ANG) – O
ministro dos Negócios Estrangeiros, da Cooperação Internacional e das
Comunidades afirmou hoje que a visita oficial do chefe de Estado à Moçambique,
na semana passada foi “muito útil”, por possibilitar a assinatura de acordos nos
domínios da formação da Polícia da Ordem Pública, Enfermagem e Administração Pública.
O chefe da diplomacia
guineense disse que dentro de pouco tempo será enviado um grupo de cinco
pessoas para receber formação em cada
uma dessas áreas, em Moçambique.
Disse haver uma promessa daquele país lusófono de enviar dentro de dois ou três meses um navio de
dragagem para fazer limpeza no porto de Bissau , de forma a melhorar a sua
capacidade de operação.
Dentro de pouco tempo,
prosseguiu, serão selecionados alguns trabalhadores dos Portos de Bissau ou pessoas
que estão interessadas em trabalhar nesta área para irem a Moçambique para
formação no dominio da operação portuária.
“Igualmente se falou em
aproveitar as experiências mútuas dos dois países no domínio de caju, e Moçambique
tem certa experiência na transformação deste produto, no sentido de uma
parceria que irá proporcionar a transformação local na Guiné-Bissau “,explicou.
Em Malawi, Carlos Pinto
Pereira, disse que, apesar de a visita
do Presidente da República fôr particular, foi de “grande importância”, uma
vez que sendo um país sem acesso ao mar, mas que exporta peixes através da
peixecultura, ou seja, os malawianos,
criam peixes através das mais variadas técnicas.
Disse que este país está disposto a colaborar com a
Guiné-Bissau neste sentido, frisando que pretende que os jovens que irão a
Malawi para formação tenham dois
objectivos, sendo o primeiro para formar e criar seus próprios empregos e o
segundo, aproveitar as condições favoráveis que a Guiné-Bissau dispôe neste
donimio.
“Queremos que estes jovens
sejam igualmente formadores nas tabancas ajudando as pessoas nas comunidades a
fazerem criação de peixes. Esta é uma forma muito concreta de combater a
pobreza, fome, bem como melhorar a nossa dieta alimentar”,disse.
Na Tanzânia, segundo Pinto
Pereira, os resultados da visita foram “altamente encorajadores”.
O chefe da diplomacia
guineense anunciou que no quadro das
relações bilaterais com vários países africanos sobretudo da sub-região, vai-se
iniciar um conjunto de reuniões de Comissões Mistas, salientando que já na quarta-feira
arranca com a República da Gâmbia, com o objectivo de, entre outros, reforçar a
cooperação.
Afirmou que essas ações visam
a criação das condições para que essencialmente
a Guiné-Bissau, Gâmbia e Senegal começem a trabalhar, em conjunto, nomeadamente
na importação de arroz, farinha e açucar, para facilitar as populações desses
países, e viabilizar uma intervenção no
mercado capaz de provocar a redução dos
preços dos produtos de primeira
necessidade.
“Nesse encontro que começa
amanhã com a Gâmbia vai ser passada em revista o princípio de livre circulação
de pessoas a bens que não tem tido uma implementação prática, nem na
Guiné-Bissau, nem no Senegal e nem na Gâmbia,
o que complica a vida das populações que fazem negócios pagando taxas que não
deviam pagar. As burocracias nas fronteiras não estão a favorer o
desenvolvimento”, disse.
No quadro ainda da formação,
Carlos Pinto Pereira disse que a República da Coreia do Sul prometeu formar cerca
de 1000 jovens nas áreas técnicas ligadas as pescas, e salientou que o Marrocos
está igualmente disposto a formar
técnicos nas áreas de agricultura, agroindústria, pescas e turismo. ANG/MSC/ÂC//SG
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